Separados Por Uma Vida escrita por Tony


Capítulo 3
Capítulo 3 - Decisões


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, e espero que esteja do agrado de todos! ^^



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A sexta não chegava nunca, parecia ser uma eternidade. Eu já não aguentava mais. Precisava vê-la. Aquilo me atormentava de modo que chegava a acabar comigo, mas eu sabia que era tudo coisa da minha cabeça e eu precisava me conter, afinal seria um encontro de amigos e nada mais. Bom, não custa nada ter esperanças, certo? Eu realmente queria aquele encontro, queria que aquilo acontecesse da melhor forma possível, porque seria muito importante para mim. Afinal, seria um encontro... Meu primeiro encontro.

Não sei quanto tempo fiquei pensando nisso, mas foi o suficiente para o filme que passava na TV acabar.Logo desliguei a mesma e subi as escadas.Entrei em meu quarto, troquei minhas roupas e fui dormir pensando nela, como sempre.

No outro dia acordei feliz, pois me lembrei de seu sorriso perfeito. Ela realmente podia pedir tudo para mim, exatamente tudo. Peguei o celular na cabeceira da cama para ver a hora e, de repente, o susto: já era sexta! Mas como?! Havia tanta coisa para fazer e eu precisava,em primeiro lugar,comprar o buquê.Sei que aquilo seria apenas um encontro de amigos, mas eu já tinha esperanças de que algo a mais pudesse acontecer.

Chegando à escola, encontrei Helena. Fui cumprimentá-la, mas ela estava olhando para o outro lado. “O que ela estava vendo?”. Segui seus olhar e percebi que a mesma olhava para Bruno, que foi correndo a seu encontro e a beijou. Aquilo bastou, quebrou o que restava de meu coração. Só sei que saí correndo e as lágrimas escorriam intensamente por meus olhos. Corri o mais rápido que pude, cheguei em casa rapidamente e subi as escadas. Eu não conseguiria mais ficar lá, mesmo que quisesse ter um dia de aula normal, como todos os outros. Entrei em meu quarto e bati a porta com força, joguei a bolsa no chão, deitei em minha cama e chorei...Chorei tudo o que tinha que chorar.

Mal notei que a hora do encontro havia chegado, mas eu sabia exatamente o que fazer: eu iria cancelar o encontro! Não importa mais. Ela pisou em mim e aquilo bastou. Eu não aguentava mais. Era hora de desistir de um amor que nunca seria retribuído e parar de pensar naquilo. Chorei ainda mais.

Meu celular tocou e logo o peguei. Olhei quem era e resolvi atender. Era Helena.

–Alô? – minha voz estava rouca.

–Ah... Oi. Você está bem? – sua voz doce soava preocupada.

–Sim... – porque ela me ligou?

–Sabe o encontro...? – o que tem ele? Ela iria cancelá-lo?!

–Sim, algum problema? – agora eu estava ficando nervoso.

–Não, só liguei para saber se você vai... (?) – hã? Como assim?

–Vou sim, a gente se encontra lá, ok? – já era. Agora não havia mais escolha.

–Ok. Tenho uma coisa importante para te falar... Pessoalmente – ela estava triste. Aconteceu algo?

–Você está bem? – agora eu estava preocupado. Será que Bruno fez algo a ela?

–Sim, estou. Lá a gente conversa... Até.

–Até. – desliguei o celular.

Eu sabia que ela não estava bem e me falou aquilo somente para me acalmar... Só que não funcionou. Pelo contrário! Só me preocupou ainda mais.

Fui me arrumar e coloquei o básico – camisa, calça jeans e All Star – saindo do meu quarto logo em seguida. Antes, dei uma olhada no espelho, passei as mãos por meu cabelo e finalmente sai do quarto. Desci as escadas, peguei a chave do carro na mesinha da entrada, fui até a garagem e apertei o alarme do Mercedes. Entrei no mesmo, dei partida e liguei o rádio. Fiquei escolhendo uma música, até que achei o que procurava: Paradise City, Guns N’ Roses. Comecei a cantar enquanto dirigia, percebendo que eu realmente cantava mal. Passei em uma loja de flores, comprei um buquê de tulipas violetas, voltei ao carro e, novamente, liguei o rádio, que caiu direto na música Misunderstood, Bon Jovi. Fui cantando e dirigindo até a casa de Helena, que me esperava do lado de fora. Parei em frenteasua casa, me estiquei até o banco do passageiro e abri a porta. Helena estava perfeita.Usava um vestido branco na altura do joelho com detalhes de renda, e o cabelo preso em uma trança. Ela sorriu para mim e eu retribuí, de bom grado.

–Boa noite senhorita, deseja ir aonde? – imitei um motorista, na esperança de animá-la, mas foi em vão.

–Boa noite. – ela estava triste e sua voz confirmava minha sentença.

–Você está bem? – eu já estava mais que preocupado.

–Não, não estou bem. – é... Eu já sabia.

–Pode me contar o que aconteceu? – liguei o carro e continuei o caminho.

–Pode... – falou desanimada.

Peguei o buquê no banco de trás e entreguei a ela, percebendo que a mesma ficou surpresa.

–O que é isso? – perguntou confusa. – Não posso aceitar! – agora ela estava nervosa.

–É um presente. Por favor, não me faça esta desfeita. – fiz uma cara de dó e ela resolveu aceitar.

–Obrigada. – olhou para baixo.

–Pode me contar agora...? – o que era tão importante assim?

–Eu e o Bruno. Bom, nós... – ela não quis continuar.

–Vocês o quê? Pode me contar. – fala logo!

–Bom... – esperei tanto que parecia ser uma eternidade. Ela não iria contar não?! Conta!

–Pode falar, não vou contar para ninguém. Palavra de escoteiro. – eu estava segurando o nervosismo.

–Eu estou grávida... E ele não quer assumir. – ela olhou para baixo.

–Como assim?! – sem querer, acabei gritando com ela.

Ela ficou triste e as lágrimas escorriam por seu rosto, então percebi que a julguei, jogando-a contra a parede. Estacionei o carro e o desliguei. Sem pensar a abracei, percebendo que ela retribuiu. Quando me dei conta, ambos estávamos chorando.

–Vai ficar tudo bem. Eu estou com você... Agora e para todo o sempre. – ela me olhou com sinceridade. E como se nada mais importasse, eu enxuguei suas lágrimas e a beijei. Um beijo que falou tudo o que eu sentia e ela retribuiu. Logo, afastei meu rosto.

–Helena... Sei que será difícil para você, agora, principalmente por seus pais, ser uma mãe solteira. Não é fácil e... Você vai precisar de todo apoio possível. – suspirei. – Não fique assim! Tudo vai se encaixar. – apenas falei o que meu coração mandou. Naquele momento, percebi que não poderia deixá-la sozinha. Ela precisava de mim e aquilo me fez ver o que euantes não conseguia. Eu iria ajudá-la.

–Helena... Eu vou te ajudar. Só espero que isso te ajude mesmo. – olhei no fundo de seus olhos e ela estremeceu.




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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!



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