Is What We Are? escrita por bolkan


Capítulo 1
Because I love you


Notas iniciais do capítulo

Em homenagem a Fernanda Cristina Martins. Virou uma estrelinha e deixou saudades.



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Ele vislumbrou um brilho na multidão. Um pequeno ponto que parecia refletir a luz do sol, de algum modo. Um insight, ele percebe o que era responsável pelo reflexo. Uma arma.

-KATE! – Ele gritou, pulando na frente da detetive na tentativa de salva-la.

E o disparo foi ouvido.  Ele caiu sobre ela, enquanto cada um   procurava se proteger e descobrir de onde tinha vindo o tiro. Ele viu sangue, muito sangue. Ela não poderia morrer, não assim.

-Kate? – E a voz dele começou a falhar. – Não me deixe... Não... Kate...

-Castle? – Então ela percebeu o que ocorrera. Ele pulara em sua frente. Ele recebera o tiro. Ele sangrava em cima dela. –CASTLE!

-Kate... Eu... Eu...

-CASTLE! MEU DEUS, CASTLE! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?!

-Por que eu... Te amo... – As últimas palavras saíram com muito esforço. Os olhos dele começaram a se fechar.

-CASTLE! NÃO FECHE OS OLHOS, CASTLE! NÃAAAO!

 ~~ # ~~

A ambulância chegou levando-o ao hospital. Deixando rastro de sangue por onde passava. No corredor, estavam a família de Castle, Ryan, Esposito, Lane, Beckett e Josh.

Martha chorava compulsivamente enquanto Alexis acusava Beckett pelo ocorrido com o pai.

- A CULPA FOI SUA! – Ela gritava. – Ele nunca deveria ter te seguido, pulado em frente a um tiro destinado a você! Ele disse pra você parar! – E as lágrimas escorriam compulsivamente pelo rosto das duas. – Se ele morrer, eu nunca vou te perdoar! NUNCA!

Martha tenta acalmar Alexis.

-Pare com isso, Alexis. A culpa não é da Detetive Beckett. Seu pai é muito crescidinho e sabe o que faz. E ele teve seus motivos para fazer isso... – E ela olha para Beckett, para deixar claro sobre o que estava falando. “Por que eu te amo”. – Detetive Beckett, perdoe Alexis, ela não sabe o que está falando...

-Não tem problema, Martha. E ela está cer...

-Nem ouse dizer isso! Nem pensei nisso, ok? Não é sua culpa e de ninguém mais além daquele atirador. Não vamos nos culpar por isso.

-O-ok. – Disse ela, tentando manter a calma.

Pouco depois, Alexis e Martha choravam uma nos braços da outra.  O pessoal do 12º distrito estava calado em um canto, chateados pelo ocorrido ao amigo deles. Lane ainda tinha sangue nas mãos, por ter tentando ajudar Castle antes de a ambulância chegar. Josh tentava acalmar Beckett.

-Kate, não é culpa sua. Ele só tentou te proteger.

-Essa é a questão, não é? Ele sempre tenta me proteger. Sempre está lá... E eu o mandei embora. Eu não estive lá... Eu...

-Kate, acalme-se. Estou aqui, não chore.

Ela perdeu a paciência. Porque diabos não poderia chorar? Por ele estar ali?  Esse seria seu grande motivo de consolo? Ele estar ali enquanto Castle lutava pela vida na mesa de cirurgia? Ele nunca estava ali mesmo, realmente talvez fosse um motivo pra se comemorar, mas ela não conseguia... Não pensando em Castle morrendo. “Por que eu te amo”. Ela ficava relembrando de novo e de novo.

-Ele disse que me ama. – Ela falou num sussurro.

-Como?

-Ele disse que me ama, Josh.

-Oh... Eu já sabia disso. Acho que todos sabem, Kate.

Ela o olha, surpresa.

-Como assim? Você sabia?

-Bem, o jeito como ele te olha, como ele faz de tudo por você. Dá pra perceber.

Ela ficou pensando. E um sorriso teimava em querer enfeita-la a face.

-É Josh, você está certo.

-Eu sei disso, meu amor.

-ELE me ama. – Enfatizou bem o ELE. – Sempre esteve lá pra mim, até quando eu o mandei embora. Ele me salvou novamente. Josh, acabou.

-Como é?

-Você ouviu bem. Acabou, Josh.

-Só por que ele disse que te ama? Eu te amo também, Kate.

-Não só por isso. Mas por que ele esteve lá pra mim, por mim. E você não. – E levantou-se, deixando um Josh ainda chocado no banco do corredor.

Encostou-se a parede, e enfiou o rosto entre as mãos. Querendo conter a própria dor. Sua roupa ainda continha sangue de Castle, como uma lembrança do ocorrido. Não que ela precisasse ser lembrada, a imagem de Castle sangrando não saia de sua cabeça. Rezava em silêncio pedindo que ele sobrevivesse, pedindo que ele não morresse daquele jeito. Não pôde deixar de lembrar-se de como eram seus dias com ele, e não conseguia mais imagina-los sem sua presença. Tentou lembrar-se de como era antes dele. Dias escuros e sem graça, comuns. Com ele, parecia que cada dia tinha algo mais. Mesmo quando ela reclamava, ela sentia isso. Seus dias eram bem mais interessantes, e ele sabia que sempre tinha alguém com quem contar. Pouco tempo antes ela o havia questionado sobre o que era o relacionamento deles. Ele disse “pense nas pessoas que te amam”. Falou de seu pai, de Josh. Mas e ele? Ele disse que se preocupava com era, pois era seu parceiro, era seu amigo. Era só isso o que eles eram? Ele não soube responder. E depois lhe dissera que a amava. Ele a amava. E esse pensamento a fazia sorrir, só para depois deixa-la ainda mais triste. O cheiro férrico do sangue invadia-lhe as narinas e lhe deixava nauseada. Não por ser sangue, mas por toda a mensagem que aquele sangue carregava. Castle baleado, na mesa de cirurgia, entre a vida e a morte. Ela o viu fechar os olhos, morrer em seus braços, e também não saberia se ele conseguiria sair dessa vivo.

-Vamos, Rick. Sobreviva... Por mim. Por favor. – Ela sussurrava de maneira inaudível, enquanto as lágrimas caiam sem cessar.

Ela mal percebe uma pessoa aproximar-se, até ouvir a voz.

-São os parentes do Sr. Castle? – A voz rouca do médico ecoava pelo corredor, chamando a atenção e todos os presentes para si.

-Castle! Como ele está, Doutor? – Ela perguntou, assim que o médico acabara de pronunciar o nome do escritor.

-Sim, como ele está? – Perguntava Martha, com Alexis chorando agarrada ao seu ombro.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Reviews? Me incentivarão a postar o próximo capítulo.
Deadly kisses, folks.



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