Perdida Em Seu Olhar - (Finalizada) escrita por Eu-Pamy


Capítulo 24
Capítulo vinte e três - Sentimentos novos.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com foto...



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Capítulo vinte e três. – Sentimentos novos.

Com o passar dos meses, tive que admitir que namorá-la estava fazendo bem para ele. Eu sentia que ele estava mais calmo, mais seguro, educado... Entretanto, eu não conseguia afastar a sensação de desagrado de mim sempre que os via juntos. Eles costumavam sair juntos, mas por alguma razão, sempre que podiam, eles preferiam ficar em casa, bem diante dos meus olhos. Pelo menos, eu sabia onde eles estavam e o que estavam fazendo.

A namoradinha dele ao menos, era uma garota respeitável (menos quando se tratava de roupa), e logo na primeira semana de namoro, fez questão que eu conhecesse a sua família, o que achei muito honrado da sua parte. Ela tinha quinze anos, um metro e sessenta e cinco, era loira das raízes escuras, e possuía olhos muito miudinhos para o seu rosto, além se estar sempre sorrindo, o que muitas vezes me irritava. Raquel costumava ir à minha casa aos finais de semana e nas quartas-feiras, enquanto o Lucas ficava encarregado de visitá-la nos outros dias da semana. Eu achava isso um saco, não entendia porque os dois precisavam se ver todos os dias da semana, sendo que já estudavam no mesmo colégio, além de ficarem sempre grudados como dois gêmeos siameses quando estavam juntos. Era insuportável aquele grude, aquela dependência um do outro, parecia até que os dois não poderiam viver sem o outro, porque até mesmo quando estavam longe, eles estavam perto, se falando pelo telefone. Cansei de levantar na madrugada, caminhar até o quarto do Lucas e pedir para ele desligar o celular. Meu Deus, eles iriam se ver no colégio no dia seguinte, precisavam mesmo conversar também durante a noite?

Mas eu me acalmava a respeito quando via as melhorias que esse namoro estava proporcionando para ele. Ele não estava mais saindo com a durma dos rebeldes sem causa que costumava, ele abandonou o senso de humor agressivo, não se estressava mais tão facilmente, começara a tentar aceitar o meu namoro com o Daniel (e estava começando a ter alguns progressos); estava tirando boas notas no colégio, não se metia mais em brigas ou escândalos, não respondia os professores, voltara a almoçar e a jantar na cozinha ao invés de no quarto, voltara a ir para igreja e o melhor de tudo, voltara a me tratar bem. Entretanto, não eram apenas nisso que ele também melhorara, suas pinturas, eu reparei, também estavam passando por mudanças drásticas. Elas não eram mais agressivas como passaram a ser nos últimos anos, elas não estavam mais carregadas de sentimentos obscuros, não retratavam a morte nem a perda, não retratavam mais o ódio, ao invés, com o inicio do namoro, elas começaram a retratar o amor. Eram obras carregadas de cores alegres, amarelas, azul, branco, verde, cores que chamavam a atenção de longe, cores quentes. O preto não era mais a cor predominando, ao contrario, ele quase não aparecia. E aos poucos, ele voltara a pintar quatros de famílias sentadas à mesa, garotas levando seus cachorros para passear, lagos com peixes, parques de diversão, buquês de rodas, janelas abertas, pássaros voando, tudo que as pessoas gostam de ver, tudo que transmitia alegria e liberdade. Porque era assim que ele se sentia naquele momento: Feliz e liberto.

– Quantos quadros será que tem aqui? – Eu estava sentada no chão do quarto dele, ajudando-o a organizar as coisas em uma caixa para levar para a garagem, porque as paredes do cômodo precisavam de uma pintura nova. – Uns cem? Cento e vinte? – Olhei para ele. Ele estava amontoando a sua coleção de livros em algumas caixas.

– Mais ou menos isso. Eu não conto.

Encarei a pintura na minha mão, ele havia feito essa pouco depois de se mudar para a minha casa, há muitos anos atrás. Era a pintura do céu e das nuvens e ao fundo uma borboleta voava, era muito realista.

– Gosto desse. – Mostrei a obra para ele, ele olhou para mim e riu.

– Eu também. Foi uma das minhas primeiras.

Coloquei o quadro com cuidado dentro da caixa.

– Lucas, você não pensa em vendar ou dar esses quadros não? – Perguntei com curiosidade – Você já tem tantos... Não sei se é uma boa idéia ficar juntando tudo dentro do seu quarto, eles podem mofar. Você pinta tão bem, é um desperdício deixar essas obras escondidas dentro de uma caixa. Você poderia doá-las para um orfanato, uma casa de arte, uma escola ou até mesmo vendê-las pela internet, já imaginou? Você poderia ganhar um bom dinheiro. - Ele sorriu e ficou em silêncio – Tenho certeza que muita gente compraria as suas pinturas se você colocasse a venda. Elas são lindas. – Tentei persuadi-lo.

– Você disse doá-los? – Ele se levantou do chão e caminhou até o outro lado do quarto, onde eu estava.

– Sim. – Ele ergueu uma sobrancelha – Tem muitos lugares que você poderia doá-los. Para uma escola, orfanato... – Dei de ombros.

– Um orfanato? – Ele sorriu e se sentou do meu lado, pegando um quadro e avaliando-o com curiosidade.

– Seria maravilhoso para as crianças, ter um contato com a arte... Isso é tão difícil de acontecer nesses lugares.

– Eu sei... Lembra? - Sua boca era apenas uma linha reta no seu rosto.

– Claro que lembro. – Peguei outro quadro e entreguei para ele. Era a imagem de uma coruja e o seu filhote perdidos no meio de uma estrada deserta.

– Mas quem me garante que esse orfanato não venderia os meus quadros?

– Ué, eles precisam de dinheiro Lucas. Então se alguém aparecer oferecendo quatro mil reais em uma pintura, é claro que eles vão vender... – Era assim que ao menos eu pensava.

– E quem me garante que esse dinheiro vai para as crianças? – Fiquei sem resposta.

Dei de ombros.

– Você pode vendê-los também. São os seus quadros, você que decide. Só estou dizendo que é uma pena deixá-los mofando dentro de caixas... Eles merecem um destino melhor. Além do mais, você não precisa doar TODOS para o mesmo orfanato. Você pode doar uns trinta para um, outros trinta para uma escola, alguns para uma casa de artes, vender outros... Só estou dando a idéia. – Ele me encarou e depois encarou o quadro das duas corujas.

– Vou pensar sobre isso.

– Ok.

Voltei a encaixotar as pinturas. Ele se levantou e se dirigiu aos seus livros.

Obtive a resposta apenas uma semana depois. Eu estava na cozinha preparando algumas sardinhas para nós dois comermos, enquanto cantava alguma música aleatória que tocava no rádio. Ele entrou sem eu perceber e como eu estava de costas para a entrada, tomei um susto quando escutei a sua voz.

– Tudo bem, eu vou doá-los, mas temos que escolher os lugares com cuidado.

A maioria das obras foram doadas para orfanatos, asilos, hospitais e escolas. E as que sobraram, foram disputadas a tapas pelos amigos e parentes, o que proporcionou muito riso entre nós dois. Entretanto, algumas ele simplesmente não conseguiu dar, porque eram muito importantes para ele, como o quadro do céu, a imagem que ele pintou da mãe, as duas corujas, o quadro da chuva de lágrimas, entre outros.

(...)

Quando as férias do meio do ano na escola do Lucas chegaram, ele me perguntou se poderia viajar com a família da namorada para a Praia Grande, onde tinham um apartamento perto da praia. Eu demorei um pouco a concordar com a idéia, mas depois de conversar com os pais dela, decidi deixar. Com o mês inteiro sozinha naquela casa, decidi aproveitar ao máximo o trabalho e o meu namorado, as duas coisas que mais me faziam bem no mundo. Além disso, também conclui que já estava na hora de fazer uma reforma na casa. E foi assim, entre trabalho, casa do namorado e reforma na minha própria, que eu passei o mês, sem me sentir deprimida por causa da solidão que parecia tomar a casa, o jeito então foi contratar pedreiros, arquitetos e o escambau para que a casa sempre estivesse bastante movimentada, o problema é que a idéia deu certo demais, chegando ao ponto de eu não conseguir dormir à noite por causa do barulho da obra.

Quando o Lucas voltou, ele estava vermelho do Sol, descascando e cheio de novidades para contar. Passei muitos jantares escutando ele contar como a sua “sogrinha” o paparicava, do modo com o qual o seu “sogrinho” havia ensinado ele a jogar xadrez, de como o seu cunhado estava sempre com uma garota diferente quando se encontravam e de como ele e a namorada se davam bem. E eu escutava tudo em silêncio, sem nenhuma novidade para contar, além de como o preço do cimento havia aumentado e de como estava difícil encontrar mão-de-obra decente nesse bairro.

–... Depois que o biquíni da Raquel estourou no meio do mar, a senhora Rose teve que buscá-la com uma toalha porque ela simplesmente se negava a sair do mar daquele jeito! Acredita? – Ele riu da própria namorada, depois olhou para mim, cobrando uma reação.

– Hã... Pode me passa a salada, por favor? – Era tudo que eu tinha para dizer.

(...)

Em agosto de 2006, as coisas estavam indo bem, tudo muito normal, até que um dia, no meio da tarde de sábado, o Lucas entra no meu quarto e me acorda. Eu não estava dormindo, apenas tirando um cochilo.

– Precisamos conversar. – Ele falou. Me sentei na cama, o olhando atordoada.

– Tudo bem, eu sou toda ouvido.

Ele olhou para os lados, parecendo incomodado. Caminhou até a janela.

– Nossa, como o seu quarto é escuro. – E abriu a janela, fazendo a claridade entrar. Depois se virou para mim, pegou a cadeira da minha escrivaninha e se sentou de frente para a minha cama.

– iii... Estou vendo que lá vem bomba. – Brinquei, ficando curiosa.

Ele respirou fundo.

– Bom, Susan, como você sabe... Eu não sou mais criança. – Assenti. – Então... – Seja lá qual for o assunto, estava fazendo-o hesitar. – e como você também sabe, eu estou namorando... namorando uma garota muito legal – concordei, o incentivando a continuar - E nós dois somos adolescentes... Adolescentes com necessidades. – Minha expressão se fechou um pouco. Eu não estava gostando do rumo daquela conversa.

– Sim. – Concordei.

Ele respirou fundo, tomando fôlego.

– E eu estava pensando... Como namorados, é natural que nós dois tenhamos relações sexu... – Levantei minhas mãos pro alto, impedindo que ele continuasse. Eu não queria ouvir aquilo.

– EPA, EPA, EPA! Calma ai garotão, calma ai. Olha lá o que você vai dizer, pelo amor de Deus! Vocês são duas crianças, veja bem o que você vai dizer para mim!

– Sim, eu sei... É que...

A imagem daquela loira baixinha veio à minha cabeça, e a cena se fez na minha mente. “Ele e ela na cama, juntos, se tocando...”. Depois outra ainda mais assustadora. “Aquela menina de apenas quinze anos... GRÁVIDA”.

Talvez eu tenha empalidecido nesse momento ou ganhado uma expressão mortificada, porque ele me olhou preocupado.

– NÃO ME DIGA QUE AQUELA COISINHA ESTÁ GRÁVIDA?! – Gritei, me levantando da cama. Estava começando a entrar em pânico, minhas mãos tremendo.

– O QUE?! – Ele quase caiu da cadeira com a minha reação.

– LUCAS!! SEU IRRESPONSÁVEL!!! COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO COM A SUA VIDA E A VIDA DESSA GAROTA?!! E AGORA, O QUE VAI SER DE VOCÊS?!! – Minhas mãos foram para a minha cabeça, e eu comecei a caminhar de um lado para o outro no quarto, imaginando um futuro horroroso para os dois. – Isso é inaceitável... Isso... Isso...

Ele se levantou e parou na minha frente. Olhei furiosa para ele, pensando se devia ou não esmurrar o seu rosto.

– Susan, se acalma, a Raquel não está grávida! Você entendeu errado!

– VOCÊ SÓ TEM DEZESSEIS ANOS E ELA QUINZE! Meu Deus, o que vai ser das suas vidas...? – Parei. – O que você falou garoto?

– Ela não está grávida, ela não está. Você que entendeu errado. – Mesmo assustado, ele parecia querer rir.

Senti meu mundo parar de tremer e a razão voltar a me dominar

– Ela não está? – Sussurrei.

Ele negou com a cabeça.

– Não... – E sem agüentar, riu. – Da onde você tirou essa idéia absurda?

Levei minha mão ao peito.

– É que... Do jeito que você falou pareceu que... – Sorri. – Acho que...

Ele gargalhou.

– Que absurdo. Eu e ela sempre tomamos muito cuidado quando...

– EU NÃO QUERO SABER. – Falei alto. Ele se calou. Respirei fundo e então me sentei na cama. – Nossa agora estou me sentindo um pouco idiota... – Ri. Ele continuou em pé. – É que está acontecendo tanta coisa ao mesmo tempo... São tantas novidades... Acho que estou ficando um pouco maluca. – Sorri. – Me desculpe.

Ele riu.

– Mas que é engraço você pensar isso é. – Dei de ombros, tomando fôlego outra vez.

– Tudo bem, vamos esquecer esse meu ataque e voltar ao assunto da conversa. O que você estava falando mesmo antes de eu dar uma de louca?

Ele sorriu e se sentou na cadeira.

– Eu estava falando sobre as minhas necessidades como homem. – Torci o nariz.

– É, estava. – Eu não queria ter aquela conversa. Não, não mesmo. Mas sabia que era importante, que como responsável por ele, eu não poderia simplesmente fugir desse assunto, ou fugir correndo pela porta como eu havia imaginado. – Bom... Mas e então, você está com alguma dúvida? – Tentei manter a calma e a serenidade. Ele era um adolescente, eu deveria saber que um dia ele iria querer falar sobre isso, ainda mais quando ele começou a namorar aquela coisinha loira. O jeito então era respirar fundo e ser o mais natural possível. Não queria que ele tivesse uma impressão errada sobre sexo por minha causa.

Ele riu.

– Não, duvida nenhuma. Não mesmo, acredite, eu e a Raquel já... – Falou, dando a entender que era um rapaz muito experiente. Aquilo fez meu estomago embrulhar. Eu não queria imaginá-los juntos, não outra vez.

Pigarreei. Ele me olhou confuso.

– Sem detalhes, por favor. – “Por favor mesmo, porque se não eu vou vomitar em cima de você”. – Seja objetivo.

– Ok. Bom... É simples, eu só queria que você entendesse o meu ponto de vista. Eu já tenho dezesseis anos, tenho uma namorada e estou começando a ter uma vida sexual ativa com ela... – Engoli em seco – E eu estava pensando, que talvez seria uma boa idéia... Trocar a minha cama de solteiro por uma de casal. – Minha boca quase caiu.

– O que você disse? – Eu deveria ter escutado errado. Não é possível que ele tenha me pedido isso, seria muita falta de noção.

– Eu estava pensando que talvez você pudesse trocar a minha cama de solteiro por uma de casal. - Fiquei encarando-o por alguns segundos, até a sua expressão começar a ficar incomodada. – E então, o que você me diz?

– Não. Claro que não. Que idéia idiota. Claro que eu NÃO vou fazer isso! Você só pode ter enlouquecido mesmo para me pedir uma coisa dessas! Isso é uma insanidade, uma idéia absurda! – Ele abriu a boca para se defender, mas eu não deixei que ele dissesse nada – Vocês são duas crianças, não podem ficar pensando nessas coisas... Minha nossa senhora, ela só tem quinze anos!

– E o que que têm?

– O que que têm é que ela é só uma menina, Lucas. Uma garotinha. – Suspirei – No meu tempo, as mulheres costumavam se guardar... Não entendo o motivo de vocês pensarem em sexo sendo que estão namorando só faz alguns meses. Isso é tão precipitado... Sexo é algo sério, muito sério, não é brincadeira de criança.

Ele me olhou incrédulo.

– Mas eu não sou criança!

– Mas é muito novo.

– Eu já tenho dezesseis anos!

– Então, é muito jovem. Eu não quero saber de você fazendo essas coisas na minha casa, entendeu? Pelo amor de Deus, tenha bom-senso, olhe bem o que você está fazendo! Tenha consciência! Isso não é brincadeira! Você precisa estar pronto para...

– Mas eu estou pronto. – Persuadiu. Neguei com a cabeça.

– Chega, menino. Eu não quero ficar mais falando sobre isso, cansei. Vamos acabar por aqui, já escutei bobagem suficiente por um dia. Você está fazendo a minha cabeça doer.

Ele arqueou os ombros.

– Susan... Qual é? Eu só estou conversando com você. Poxa, não estou dizendo nada demais...

– Lucas, por favor, deixa essa conversa para outro dia, está bem? Outro dia nós dois conversamos sobre isso.

– Mas e a minha cama?

Bufei. Ele ainda estava sustentando essa idéia idiota?

– Eu penso nisso depois.

– Tá, mas tente entender, eu e a Raquel...

Me levantei da cama e caminhei até a porta, abrindo-a.

– Lucas, outro dia, está bem? Eu prometo que em outro dia conversamos.

– Mas Susan... – Ele se levantou, se aproximando da saída.

– Outro dia, Lucas, outro dia.

Ele pareceu decepcionado.

– Tudo bem então... Se você quer assim. – Deu de ombros.

– Obrigado. – Ele saiu.

– Mas pense bem, pode ser uma boa... – Fechei a porta sem o deixar terminar de falar.

Estava me sentindo zonza. Escorreguei pela porta, me sentando no chão e encarando a janela aberta do meu quarto, o céu estava lindo lá fora e as nuvens pareciam dançar uma coreografia encantadora.

Uma lágrima singela escorreu pelo meu rosto, molhando minha blusa e deixando um buraco em tudo aquilo que eu era. E em cada célula do meu corpo, havia o medo de descobrir se o que eu estava sentindo naquele momento era dor, fúria ou inveja. Talvez um pouco de tudo. Mas eram sentimentos tão forte que fazia o chão tremer, o céu dançar e o coração parar. Como uma maldição.

***



Eu estava visitando alguns sites, quando encontrei essa foto, e logo lembrei do Lucas. Aos 17 (ou 18) anos é assim que ele vai parecer, pelo menos, é assim que eu o imagino. Se vocês quiserem imaginá-lo sem a toca, tudo bem (até porque eu jamais o descrevi usando toca...). O que me encantou mesmo foi o rosto do modelo, essa beleza sedutora... Espero que vocês tenham aprovado. Beijos.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo já está pronto e ele é enorme! (risos) Eu não sei vocês, mas eu amo quando os escritores escrevem capítulos grandes.
Mas eai, o que vocês estão achando da história?



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