Our World Online escrita por Manu San Angel Silver


Capítulo 45
Capítulo 21- Mulher de verdade


Notas iniciais do capítulo

Aqui algumas lembranças sobre Sofia. Mas não é tudo!
Romance de novo... só que do Dante e Sofia.



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Estava se sentindo como uma garota de verdade. Sentindo calor humano em volta de seu corpo, uma mão em seu rosto acariciando significando que sempre estaria com ela e nunca a magoaria.

Os pingos de chuva ainda não terminaram e o corpo de Sofia podia sentir o frio e o calor tentando disputar espaço, mas já se sentia agradável assim. Ela deu um meio sorriso – quase tímido – para Dante que olhava para ela de forma preocupado e acolhedor.

Sentia-se como uma garota de verdade...

Pela primeira vez, depois dos ocorridos na infância, ela pode sorrir de uma forma apaixonante. Podia confiar. Podia sorrir largamente. Podia chorar e receber um carinho. E tudo por causa dele.

Ele segurou sua mão e chamou um táxi amarelo estacionando por ali. Ambos entraram no veiculo e Dante deu as coordenadas para o taxista que olhava para Sofia, esta apertava a mão de Dante e sorriu amarelo, com a tentativa de parecer bem. Não era uma boa atriz.

Sentia-se como uma garota de verdade...

Faz tanto tempo que não se sentia assim. Tanto tempo.

A Sofia de 10 anos. Esta, Sofia Walter, olhava pelo fecho da porta seus pais conversando, quase como discursão.

— Ela está tendo problemas, Sebastian. Não faz amigos, já vem tendo brigas há muito tempo. Tento conversar com ela, mas Sofi disse que está tudo bem, e sei que não está... ela vem machucada para casa. Ela não consegue se socializar.

Sofia ouvia sua mãe falando com o pai, Sebastian Walter. Então apertou um o seu Lord Cat de pelúcia e sussurrou, como uma oração:

— Lord Cat, mamãe não sabe. Mamãe não compreende, não sou bem-vinda. Quero machucar quem me machuca, mas não consigo... eles não são importantes para mim.

— O que quer que eu faça? Ela afirmou que não briga. E confio na minha filha.

— Ela vem com hematomas, cansada e não chora... mas eu a vejo chorar, mesmo ela não sabendo.

A menina tampou sua boca para conter um soluço e abraçou mais para si o seu amigo inerte. Sua mãe estava compreendendo seu estado. Isso era bom e ao mesmo tempo ruim.

— Meu amor, eu não sei o que dizer. Sofia parece que tem medo das pessoas. Tenho medo que ela não saiba o que é amor. Um amor além da família.”

— Entre, Sofi!

Ela acordou de seus devaneios por causa da voz calma de Dante, que olhava para ela preocupada. A garota deu um meio sorriso e entrou em um apartamento.

Lugar espaçoso para duas pessoas. Tudo organizado. Ele a levou para um quarto, onde tinha uma cama de solteiro ao lado de uma cômoda, um pequeno guarda-roupa em outra parede que ficava ao lado de um armário com vários livros.

Ela admirava. E de repente se lembrou:

— Onde eu estou?

Uma toalha e uma camisa voaram até ela, acertando sua cabeça. Ela resmungou pela surpresa.

— Meu apartamento.

— Pensei que morasse no terraço da escola.

Ele franziu o cenho e ela deu um sorriso travesso. Sofia viu o que estava em sua posse e perguntou:

— Para que isso?

— Suas roupas estão molhadas, queria leva-la para casa, mas estava sonhando acordada e meio que está triste. Não a quero que fique só, então se enxugue e use minha camisa.

A morena engoliu em seco e virou-se para o banheiro.

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— Amiga ou não, você não acha certo! — disse Angeline.

Esta olhava para Jack que a olhou nos olhos. O rapaz mais novo que ela, possuía os braços cruzados e olhou para o taxista que dirigia para o liga em que o casal pediu. Angeline parecia ser mais nova que Jack, mesmo ela tendo a mesma idade que Sofia. Ele desviou seu olha dela e passou a mão em seu cabelo, enquanto a outra a menina apertava.

— Você está certo sobre ela!

Ela disse de forma doce, fazendo com que Jack fique perturbado com sua decisão. Sofia era sua amiga. Era ou é?

— Não sei...

— Gente assim...

— Tem cura! Eu já ouvi reportagens sobre isso... os problemas sociais e violências podem ser paradas e ela pode ter uma vida normal.

Ele disse para si mesmo, tentando se convencer e ignorando a garota. Esta disse:

— Você está certo! Mas ela mudou por acaso?

— Sim. Mas ainda devo contar ao meu avô... se ele souber... — Jack suspirou de forma triste. — Tenho medo que a Sofi seja excluída de vez pelas pessoas. Ela é uma boa pessoa.

Jack sentiu a mão da garota se distanciar.

— Gente, com consciência, não fica dando chances para pessoas como Sofia, pois sabem que elas são violentas em suas atitudes.

— Descul...

Ela abriu a porta do táxi, fazendo o menino perceber a chegada ao apartamento dela.

— Tudo bem. Só pense no que irá fa...

O menino Jack saiu do táxi percebendo um rapaz com capuz fitando a Angeline esta, pela primeira vez, sorriu de uma forma diferente. Desafiadora. O menino de cabelo negro estranhou a atitude da amiga de cabelo lilás, então percebeu que o garoto de capuz tinha como acompanhante Emilly, que segurava seu guarda-chuva.. Assim ele deduziu, sorrindo:

— Will! Como está?

O garoto tirou o capuz, mostrando sua face divertida — que, agora estava séria e ansiosa — para Jack que estendia a mão para cumprimentar. Ambos fizeram.

— Ah! Angeline esse é Will e a namorada dele é Emilly.

— Eu os conheço! Ele é meu ex.

Jack franziu o cenho. Aquilo não fora uma belíssima informação.

— Preciso ir. Está chovendo muito. Até, Jack! — ela deu um beijo na bochecha do rapaz. — Adeus, Will e Emilly!

Ela correu, segurando seu guarda-chuva, até entrar no seu apartamento. Emilly olhou para Will meio que curiosa e ciumenta, e Jack cruzou os braços afim de interrogar seu amigo e companheiro de jogo.

— Vamos para o táxi! — Jack pediu para o casal e assim entraram.

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Sebastian Walter entrou no quarto da filha que sentava no chão, brincando com seu velho gato de pelúcia.

— Sofia!

Ela parou de brincar e, sem olhara para o pai, mudou sua expressão para uma triste e disse:

— Desculpa por discutirem por minha causa!

— Você ouviu — seu pai se sentou, meio perplexo pela confissão da sua filha.

— Sim. Mas não posso explicar. Sei que não confiam em mim...

— Eu confio em você! — seu pai afagou a cabeça da sua filha, Sofia, que sorriu em agradecimento e por impulso abraçou o pai.

— Também confio em você, pai! Eu te amo!

— Sua mãe está preocupada com você, quer dizer nós, mesmo que eu não fique muito tempo aqui em casa. Você não tem amigos, Sofia, somente Lord Cat e estou achando que é melhor deixa-lo de lado, assim encontrar crianças da sua idade para brincar.

Sofia saiu do abraço e olhou para seu pai, espantada. Tirar o Lord Cat dela, era a mesma coisa de tirar a metade de sua vida. Eles eram corpo e alma, sempre se entendem como melhores amigos. Era uma amizade normal, pelo menos para Sofia era; seus pais como o resto das pessoas achavam que estava muito velha para isso, que deveria ter amigos de verdade e não um gato preto para ter uma relação de amizade. Achavam que aquele gato a fazia distanciar da sociedade, pior que não era.

— Pai, eu amo ele! Ele é tudo para mim. Não posso troca-lo por crianças que eu não gosto.

— Você deve dá uma chance para elas. As crianças podem ser suas amigas, você não vai poder depender de um gato preto.

Chance! Sofia teve que soltar um riso meio irônico, uma expressão meio estranha para uma garotinha, porém não era estranha para Sofia. Era ela que precisava de ajuda.

— Por favor, Sofia! Por mim e sua mãe.

Sofia mordeu o lábio e olhou para seu Lord Cat. Seu amigo. Seu eu. Ela nunca negaria nada aos seus pais, tinha um respeito enorme por eles, então ela entregou na mão entendida do pai que se levantou do chão e afagou – novamente – a cabeça da menina, que aguentava as lágrimas prestes a chegar.

— Obrigada, filha!

Seu pai saiu e Sofia começou a chorar de forma silenciosa, com as lágrimas escorrendo em seu rosto. Era triste para ela perder um amigo que tanto amava, que fazia parte dela. E agora como ela iria suportar tudo pela frente? E logo sem ele, como?

Olhos azuis, cabelos negros e traços felinos. Esse era Lord Cat que a Sofia teve que dá adeus.

Ouviu a porta abrir do banheiro. Assim fitou o rapaz que entrou no quarto com uma camisa branca e uma calça jeans, seu cabelo estava molhado e numa tentativa de enxuga-las, fez com que as mechas ficassem bagunçadas e algumas delas formaram algo. Orelhas de gato.

Sofia – que usava camisa xadrez de Dante - analisou: olhos azuis, cabelos negros e orelhas de gato. E teve que rir.

— O que foi, Sofia? — ele disse sentando na cama onde a garota estava deitada e tendo crises no riso.

— Você...

Ele ficou em cima dela, que depois de virar muito pela cama, parou e olhou para ele, ainda rindo. Ela levantou os braços e tocou as mechas com cautela para não desmanchar as ‘orelhas’.

— Parece o Lord Cat!

Ele notou assim desfez, fazendo a Sofia fazer uma cara decepcionada. Dante notou que aquele bico, nem um pouco esforçado, era meio fofo. Sofia fofa era algo estranho.

— Estou curioso. Por que o nome do seu char é Lord Cat?

Ele apoiou seus braços na cama, entre ela. Sem se importar de ficar por cima dela.

— Nome do meu gato de pelúcia. Um amigo de infância, exatamente.

— Pensei que era Mike.

— Mike me considerava... acho como amiga, mas só nós tornamos algo de verdade, depois da separação dos meus país — ela virou o rosto para a direita, assim fitando uma parte da cômoda.

Dante fitou Sofia, que fingia está distraída, e por querer beijou o pescoço da menina que ficou surpresa com o afeto. Ela virou o rosto para fitar e dizer, mas Dante beijou seus lábios que retribuíram.

— Você é sempre a problemática. E eu o consolador! — ele deu um meio sorriso com que disse, e Sofia riu com o comentário.

Ela colocou seus braços em volta do pescoço dele e o beijou, Dante se sentou levando Sofia até ele, a fazendo sentar em seu colo e assim começaram a sessão dos beijos e carinhos de duas pessoas antissociais.

Incrível que duas pessoas antissociais no fundo possam ter e amar alguém. Sofia colocou suas pernas em volta da cintura do moço, enquanto ele a beijava no rosto e ajeitava o corpo em seu colo.

— Gosto de ser consolada! — ela soltou uma pequena risada.

Ela agarrava o cabelo molhado e negro, enquanto ele beijava gentilmente sua orelha, pescoço e ombro, segurando a cintura da moça, fazendo a camisa xadrez levantar um pouco.

Aquela sensação Sofia já tinha sentido com James, mas havia algo diferente da atração de duas pessoas do sexo oposto. Sim, ela fitava aquele par de olhos azuis com paixão.

Ela riu em pensamento, pois se lembrava da pequena Sofia que desejava um Lorde para garota. Um lorde que fosse capaz de ajuda-la em momentos de aperto. Que amasse. Não queria um príncipe, pois príncipes tem a intenção de ser perfeitos e ela não era perfeita, queria um lorde, porque por mais que aparenta ser, tem algo misterioso como um felino.

Um felino capaz de tornar Sofia em uma garota de verdade. Ou abrir seu coração como uma mulher de verdade.

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Sofia estava triste. Passara o tempo todo chorando, não queria falar com ninguém e ignorou o pobre coitado do Mike que sentia que algo estava errado com ela, então tentava cuidar dela, assim sem provoca-la. Ela deixava, mas quando o menino fazia companhia para ela, boa parte das vezes ela viaja para seu mundo. Porém, agora sabia que Michael era um rapaz legal e muito amigável.

Mesmo assim ela se sentia só, tudo por causa do seu amigo peludo que fora entregue pelo pai, que pedira. Ela se sentia só e, mesmo que negasse, sentia medo. Como uma garota de 10 anos pensava assim? Para os outros uma garota inteligente deveria ser madura, mas Sofia tinha um jeito infantil por causa do Lorde Cat... pelo menos é assim que acham.

Para Sofia o Lorde, era algo especial. Inteligente e rica achavam que ela era esnobe, seu violência se parecia com um menino, assim as mães e filhas reprovavam e os meninos riam da cara dela. L.C a compreendia.

Ela imaginava um rosto felino sorrindo para ela, mostrando aqueles dentes salientes e dizendo: Tsc!; como ela fazia. Gostariam da mesma coisa e não se importariam com o que falassem sobre eles. Ela não sabia naquele tempo, que ela já era assim. Que ela era o Lord Cat.

Sofia atordoada e chorando, por causa da não confiança da mãe, foi ao encontro de seu pai. Sebastian Walter deveria está em sua empresa de entretenimento e chegaria tarde em casa, então Sofia teve a ideia de ir até lá, já que a escola e o trabalho de seu pai não era tão longe assim.

Todos viram a pequena menina e cumprimentaram ela. Ela sorriu de volta, sem jeito e educada. Sem cerimonias, ela entrou no elevador e seguiu até o escritório grande do seu pai. Sofia estava feliz, já que seu pai era um herói, um símbolo de homem que ela respeitava. Estufando o peito e com um sorriso no rosto, ela foi bater a porta até ouvir um gemido.

Curiosa, ela começou a ouvir gemidos contidos de seu pai e outra pessoa. Sabia o significado, mas não entendia. Obvio que não poderia ser aquilo, pois conhecia seu pai, mas seu lado racional dizia que era aquilo. E NÃO PODERIA SER.

Assim ela decidiu abrir a porta para comprovar que seu lado logico perdera.

Eu confio em você, pai! Eu te amo!

Ela se lembrou da sua frase e deu um sorriso triste, vendo aquela cena com seus próprios olhos. Queria está cega! Queria perfurar seus olhos agora! Imediatamente!

— Sofia! — seu pai exclamou surpreso, se afastando da mulher.

Ele se aproximou. Ela queria gritar: afaste-se; mas somente engoliu o choro e andou com pressa e aumentou o passo até correr.”

— Confiança!

— O que? — novamente Dante acorda de suas lembranças.

Ambos estavam na cama, vestidos e enroscados. A cabeça da Sofia apoiada no ombro do rapaz e eles sorriam.

 — O que você disse, Dante?

Ele revirou os olhos indignado com a falta de atenção da moça. Abraçou-a, fazendo ficar mais perto dele.

— Não irei te abandonar. Sei que não presto, mas não quero te deixar — ele tossiu e ficou vermelho. — Eu me apeguei demais a você, mesmo sendo chata boa parte das vezes.

Ela riu.

— Seria romântico se não tivesse chata no meio.

— Você é chata — ela deu língua e ele sorriu. — Quero que confie em mim!

Ela arregalou os olhos, surpresa, e olhou para o peito dele, coberto pela camisa. Não gostava de confiar ou dizer que confiava na pessoa, pois temia que fosse traída. Mas se lembrou de sua amiga Emilly e ela nunca atraiu a confiança da Sofia, mesmo quando soube que Lord era Sofia.

“Lord Cat, obrigado por tudo!”

— Confio em você! — ela beijou os lábios do moço que esboçava um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Alguns devem está se perguntando: e o jogo?!
Calma. O próximo capitulo o jogo está de novo em nossas vidas!
Bjs!



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