Os dias estavam passando rápidos demais naquela semana. E minha agenda estava entupida de coisas pra fazer shows, sessões fotográficas, entrevistas com a Elle Degeneres, encontro com o Russel, balada com a Rihanna, compras com o Markus e conversas com a Shannon, não colocava na minha agenda coisas só do trabalho. Meu celular vibrou do meu lado na cama.

– Alô – Disse sonolenta. – Quem é? - Eu não tinha conseguido ver o nome escrito na tela, eu estava acordando.

– Olá Katy! – Era um sotaque britânico. – Sou eu, não reconhece pelo sotaque? Russel...

– Ah, sim, me desculpe, estava dormindo ai é difícil raciocinar! – Disse.

– Te acordei? Que bom. – ele zombou da minha cara ou era impressão minha?

– Claro, não é você que fica horas fazendo show, tirando fotos, ensaiando! – disse irritada, não tinha gostado daquela piada sem graça dele!

– Ficou nervosa? - Ele iria mesmo continuar com piadas? pensei

– Você vai continuar? - perguntei desafiadora.

– Não. Está de pé o nosso encontro hoje? - ele perguntou.

– Se você me deixar dormir agora, sim, se não, já era. – Ele desligou. – Acho que ele quer que eu volte a dormir.

Dei de ombros e joguei o celular no final da cama. Fiquei rolando, ele tinha tirado todo o meu sono. Sabia que não conseguiria voltar a dormir, puxei meu celular com o pé e disquei o numero de Markus. Ele atendeu rápido, logo no primeiro toque.

– Oi boneca. – Markus me tratava realmente bem, e eu adorava.

– Oi boneco. – Ele riu alto, então comecei a rir com ele. – Vamos fazer compras? - indaguei ainda rindo.

– Vamos, passa aqui e me pega? Me carrinho ta no concerto! – Ele disse.

– Claro, em meia hora chego ai! – disse, desliguei o celular e fui tomar banho.

Liguei o chuveiro, não tinha muito tempo pra ir para banheira. Estava um calor infernal na rua, coloquei na água mais gelada possível, deixei escorrer pelas costas, fiquei arrepiada, mas aquilo estava sendo ótimo. Quinze minutos depois o desliguei e fui enrolada na toalha ate o quarto, coloquei um vestido azul de bolinhas brancas, sequei o cabelo, e fiz um make bom o suficiente pra ficar apresentável.

Peguei as chaves do carro o celular e a bolsa da cc. Dirigi até o apartamento de Markus.

– Estou aqui em baixo te esperando. – liguei e disse logo que ele atendeu.

– Sobe! Quero falar com você antes de ir. – era uma ordem isso.

– Ta bom, pede pra abrirem o portão da garagem! – entrei com o carro segundos depois, e subi pelas escadas. Eu odiava exercício físico, mas não queria encontrar ninguém desagradável.

A porta estava aberta, e Markus sentado no sofá.

– Mudou de idéia? - perguntei sentando ao lado dele.

– Não, só quero que me conte o que pretende fazer hoje à noite com seu gato inglês! – não me agüentei e comecei a rir.

– Meu gato inglês? jura que é assim que vai chamar ele? - indaguei rindo.

– Não, ironizei! – ele olhava sério. – O que pretende fazer hein?

– Não, eu não vou fazer nada, a não ser jantar! – dei de ombros. – Não sou fácil Markus! Vamos, ou eu posso voltar pra casa?

– Vamos. Vou pegar a carteira. – ascenti.

Descemos pelo elevador em silencio. Entramos no meu carro e eu dirigi até qualquer posto de gasolina, bem até o mais próximo.

Entrei no carro depois de abastecer e fomos até o shopping.

– Katy, o que te aconteceu? Ta ai quieta! Nem cantou nenhuma musica desde a minha casa! – ele me olhava.

– Markus, a sua pergunta. Até parecia que você não me conhece! – disse olhando-o nos olhos.

– Desculpa Katy, não perguntei por que desconfio de você, e sim dele! Você não sabe a fama que ele tem! Ele pega varias mulheres, ele se droga! – ele disse. – Você o conheceu a uma semana, mas não o suficiente. Eu só quero o teu bem. – O abracei, e lagrimas saíram.

– Obrigada Markus, muito obrigada. – disse ainda abraçada nele.

Ficamos horas andando e comprando pelo shopping, deixei Markus no apartamento dele e fui pra casa me arrumar para sair com Russel.

Meu celular vibrou.

Estou chegando em cinco minutos, esteja pronta.

Russel

Passei batom e desci as escadas, sentei no sofá e fiquei esperando a campainha tocar, ia sim ser difícil, havia alguns paparazzi na frente da minha casa.

O celular vibrou outra vez.

To te esperando aqui na frente, tem muitos fotógrafos pra mim sair do carro e ir ai tocar a campainha, abre a garagem pra que eu possa entrar.

Peguei a chave do carro onde estava o controle e fui até lá abrir. Ele entrou com o carro e eu voltei fechar, deixando-nos no escuro.

Apertei rápido o interruptor e tudo ficou claro.

– Acho que vai ser difícil sair daqui! – ele disse me beijando no rosto.

– É, mas damos um jeito. Eu dirijo! – disse entendendo a mão pra pegar as chaves.

– Eu preferia ficar aqui! – neguei com a cabeça. – Ta bom. Vamos. – ele me entregou a chave e eu entrei no carro. E dirigi tranqüila até o restaurante.

– Eu disse que conseguia sair! – sorri.

– Você é um gênio! – ele disse.

– Não exagere, eu não sou nenhum gênio! – disse séria. – Vamos jantar¿ - perguntei.

– Vamos! Da pra colocar um sorriso no rosto? vão achar que eu estou te obrigando a estar aqui comigo. – ele foi grosso, e me segurava forte pelo braço no estacionamento.

– Você quer me machucar? Não vou conseguir mudar a cara com dor no braço agora! – disse séria. – Se for pra ser assim a noite toda quero ir pra casa! – disse.

– Não, não vai ser assim, me desculpe. – ele forçou um sorriso.

Andei na direção da entrada do restaurante e sentei-me à mesa que estava reservada para nós.

Russel me encarava e aquilo estava me assustando, a perna dele estava passando pelo meio das minhas.

– O que foi? Não flerte comigo! Não hoje! – disse séria. – Pare de me encarar está me deixando nervosa.

– Não estou flertando. Apesar de querer muito. – ele direcionou os olhos para os meus peitos. – São bonitos. – ele disse sorrindo sem desviar o olhar deles.

– Pare de olhar e falar essas coisas, ta me deixando com vergonha, eles são meus e não serão seus essa noite. – disse dura.

– Por que não? - ele estava falando com tom de brincadeira.

– Pele simples fato de eu nem te conhecer direito, e você sair com uma mulher diferente toda noite, não quero acordar amanhã com algo indesejável. – ele riu da minha cara, levantei.

– Aonde você vai? - ele perguntou segurando meu pulso.

– Ao banheiro.

Fiquei alguns minutos no banheiro, bati fotos e conversei com algumas meninas.

Voltei a mesa e fiquei em pé.

– Já estou satisfeita podemos ir? - disse. – Estou cansada

– Tem certeza? - confirmei com a cabeça. – Vamos então.

Fomos até o carro dele, eu fui pro lado do motorista.

– Eu dirigi de volta! – ele disse.

– Por que, qual o problema de me deixar dirigir? - indaguei.

Ele apontou pra mim sair. Fiz uma cara feia pra ele e ele entrou no carro.

– Não vai entrar? Queres ir a pé?

– Boa idéia vou a pé. – ri.

– Entre Katy, anda. – entrei no carro sem vontade nenhuma.

Ele começou a dirigir na direção contraria da minha casa.

– Onde você está me levando Russel, quero ir pra casa!? - disse olhando pra ele.

– Estou te levando pra casa, só que não pra sua. – ele deveria estar brincando, mas aquilo não parecia uma brincadeira.

– Eu vou abrir a porta e sair com o carro em movimento se você não me levar pra minha casa! – disse nervosa.

– Katy, relaxa, o resto da noite vai compensar o desastre. – ele segurou minha mão.

Resolvi parar de discutir com ele, não era necessário. Quando chegasse no apartamento dele ligaria pra alguém ou um taxi ir me buscar. Liguei o radio, estava tocando uma musica minha.

– Nossa que cantora horrível desliga isso! – ele estava sendo irônico¿ espero que sim.

– Essa sou eu. – disse pasma.

– Eu sei, por isso mesmo! Você canta muito mal. – fite-o e deixei o radio ligado tocando a minha musica, ainda comecei a cantá-la.

Chegamos ao apartamento dele minutos depois, ele trancou a porta e foi me beijando. Empurrei-o de leve.

– Não Russel, por favor, não. – disse mais calam do que o restante da noite.

– Por que Katy? - ele indagou vindo na minha direção.

– Eu não sou nenhuma vadia, não sou como as outras que você sai! – fui até a porta. – Abra, por favor. Hoje não vai acontecer nada. – disse dando de ombros.

– Hoje não? então outro dia vai? - ele me segurou por trás.

– Quem sabe. Não nos conhecemos ainda. – ele abriu a porta depois de instantes me olhando. Eu sai em disparada, peguei meu celular e ligue pra Shannon e Markus, eles iria me buscar juntos e ficariam comigo o resto da noite.

– Shannon? Pegue Markus e venham me buscar? - disse chorosa.

– Onde você está? o que aconteceu? - ela ficou realmente preocupada, era uma irmã pra mim.

– To perto da casa do Russel, vem rápido, por favor.

– Estou indo. – ela desligou o celular, antes disso ouvi uma porta bater ao fundo.

Fiquei sentada em um banco que havia ali, esperando, algumas pessoas vieram tirar fotos e pedir autógrafos. Um tempo depois eles chegaram, mal pararam o carro já pulei dentro.

– Obrigada, muito obrigada. – disse um tanto dramática.

– Meu Deus Katy, o que aconteceu de tão ruim? - Shannon perguntou.

– Olha onde estou, olha pra cima, lá é o apartamento de Russel, não era nem pra estar perto daqui. Ele me obrigou a vir até aqui. – Markus me olhava com o ar de eu te avisei.

– Vou lá falar com ele! Ninguém faz isso com a minha amiga. – Markus ficou irritado e ia descendo do carro.

Desci atrás dele em disparada em cima do salto alto.

– Markus, por favor, entre! Não perca seu tempo. – disse puxando-o de volta.