Tenho que admitir que as vezes me sinto muito culpada pela felicidade que sinto todos os dias quando acordo e vejo Edward do meu lado. É um sonho e as vezes tenho quase certeza de que vivo numa realidade paralela a dos outros.Edward Mayson Cullen nasceu de cesariana numa tarde de sábado, ele era a minha cara e nunca vi Edward tão nervoso como quando eu entrei na sala. Kate ameaçou expulsar ele diversas vezes, mas isso não o impediu de dar ataques de pânicos fazendo as enfermeiras rirem da cara dele.

Nosso filho foi muito amado e Nessie era uma irmã concentrada em agradar e paparicar. Teve suas crises de ciúmes, mas Edward e eu sempre dávamos muita atenção para ela em horários alternados. O que não foi fácil no inicio, uma nova e totalmente diferente rotina se instalou em nossa casa e depois de três meses ninguém queria voltar a trabalhar. Edward e eu ficamos num dilema por dias e dias pensando em qual seria a solução. No fim, prevaleceu a família e ele entregou o cargo na empresa e eu já tinha desistido de voltar a muito tempo. Minha família e meu marido seriam a prioridade até que a vida tomasse um outro rumo.

Bree me ajudou muito nos primeiros meses e ela me fazia companhia nas noites em que nem Edward ou Esme agüentavam o pique de nosso pequeno, Jasper conseguiu reaver bens que ela herdou do pai e que James tinha roubado, uma pequena fortuna administrada por Carlisle. Ele garantiu bons estudos aos dois e Richard tinha um cargo na empresa agora. Chefe  lda nossa segurança, ele era muito bom e não tão controlador quanto Jasper. Esse ficou muito ferrado com Alice, ela foi a grávida mais consumista que eu já conheci e deixou Jasper maluco com suas saídas mesmo depois que a barriga  já estava grande, se eu não me engano, e Alice nunca vai admitir isso ela entrou em trabalho de parto numa loja. Mas só avisou quando estava no hospital para desespero de todos.

Quando os meninos já estavam grandes e eu e Edward ainda vivíamos para nossa família se grandes preocupações meu pai resolveu acabar com aquilo e me deu um presente que juntava o útil ao agradável, ele nos comprou uma fazenda e disse que isso iria nos ajudar a relaxar e dar o que pensar já que não fazer nada não era saudável na opinião dele e de minha mãe. Por isso nos mudamos para o Texas e o calor no inico foi insuportável, mas a fazenda era linda e grande. As crianças ficaram encantadas com os animais e logo nosso pequeno Edward sabia o nome de todos eles, cuidar da fazenda foi algo inédito e trabalhoso, gostávamos da vida calma e da não preocupação. Tínhamos empregados, uma governanta e tudo mais que podíamos e eu senti depois de dois anos lá a necessidade de termos outro filho. Só que os médicos achavam meu histórico preocupante e não aconselharam a arriscar outra gravidez. Numa tarde chuvosa Esme chega carregando um lindo bebê nas mãos dizendo que deixaram na sua porta e que ela não tinha idade para aquilo. Edward de início protestou porque aquilo legalmente era seqüestro e fomos para a delegacia mais próxima ver o que seria  possível. A boa notícia de morar numa cidade no interior do Texas era que não tinham recursos como numa cidade grande e o delegado sem saber o que fazer com uma criança e a falta de recursos mandou ficarmos com a criança até que o juiz local decidisse o que fazer.  Nossa pequena Emily foi adotada três meses depois de uma investigação que descobriram que sua mãe morreu depois que a deixou na casa de Esme.

Emily, Nessie e Edward foram criados livres e correndo pela fazenda. Não pensamos em sair daqui a não ser para viajarmos para visitar meus pais em Londres, o que não fazíamos mais que uma vez no ano e também para a minha ilha. Uma lua de mel que acontecia duas ou três vezes ao ano. Edward e eu éramos um casal que necessitava de um contato muito próximo na ilha, deixávamos as crianças com os avós e íamos. Na verdade para eles era até bom, os filhos de Alice e os de Rose amavam ver os primos e a gente um pouco de paz.

- Eu te amo – ele me disse quando estávamos numa parte da ilha que era muito linda, dava para ver o mar e tínhamos uma grande rede que nós costumávamos  nos balançar a tarde e ver o por do sol.

- Também te amo. Podia ficar aqui mais uma semana sabia?

- Por que não ficaríamos? – ele disse travesso.

- Nossos filhos... nossa fazenda...

- Hum... – ele começou a me beijar no pescoço e eu me rendi a sedução.

- Amo essa ilha, obrigada.

- Não disse que seria maior que a outra?

- Exagerou. - disse rindo

-Nunca... você merece.

E eu sabia que íamos ser felizes, que o pior já tinha passado e que nossos filhos seriam sempre a concretização do amor incondicional que tínhamos um pelo outro. Porque nossa história não teve um inicio feliz, nós não soubemos lidar com muitas coisas, mas hoje aqui, mais velhos e maduros eu sabia que poderíamos enfrentar tudo e todos.Mas não haveria necessidade porque agora eram tempos de paz.