Itachi e Sakura estavam cada vez mais próximos um do outro, houve varias vezes que eles quase se beijaram, e a todos os momentos surgiam climas um tanto quanto ‘estranho’. A garota pensava estar ficando louca e que sua mente estava a criar essas situações, mas Itachi sabia o que estava acontecendo e torcia secretamente para que a amiga não o afastasse.

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-Ita-kun? – Sakura chamou o amigo que estava deitado no colo da mesma.

-Sim? – perguntou ele.

-Você já se apaixonou? Tipo, daquelas paixões que te fazem perder a cabeça?

Percebeu que Itachi engoliu em seco e ficou quieto por alguns segundos, o que a fez ficar apreensiva.

Ficou pensando e não conseguiu imaginar o amigo com alguma garota, sentia ciúmes só de pensar que teria de ‘dividi-lo’.

-Sim. – respondeu ele tirando-a de seus pensamentos enciumados.

-O-Oque?  - surpreendeu-se com a dor que tomara conta de todo seu corpo e seu coração.

-Eu já me apaixonei perdidamente por uma mulher, Sakura. Já faz algum tempo – respondeu o moreno.

-E você... Você ainda gosta dessa mulher? – perguntou Sakura curiosa.

-Depende do ponto de vista. – disse ele sorrindo. – Por que a pergunta? – tentou despistar.

-Só queria saber por que você não tem namorada. – disse ela, um pouco pra baixo. Não tinha gostado de saber que o amigo já sofrera por alguém. E pelo que parecia ainda gostava dessa mulher e sofria por ela.

-Não tenho tempo para namoradas, Sakura. – disse ele se levantando e fitando-a nos olhos. – E além do mais, essas garotas que vivem atrás de mim, são só obcecadas pela minha aparência. E eu quero mais do que isso, entende?

-Sim – sussurrou a garota. – Você está certo, Ita-kun. – sorriu docemente.

-E como estão as coisas para amanhã? – perguntou o rapaz voltando a se deitar no colo da amiga.

-Está tudo certo. Vamos nos divertir muito.

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Sakura passara os únicos momentos de folga organizando as coisas para que saísse tudo como ela havia planejado. Itachi tentara várias vezes ajudá-la, mas foi dispensado pela rosada que havia alegado “Estar tudo certo, obrigada”.

No dia seguinte sairiam da casa da rosada um pouco antes do almoço, para chegarem à casa de praia no meio da tarde e descansarem antes da festa. A garota tinha contratado um Buffet e o DJ era colega de Itachi. A limpeza e decoração da casa ficariam por conta dos empregados de lá. Estaria tudo pronto quando chegassem.

Sakura mal sabia o que estava a esperar nesse fim de semana.

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O dia amanheceu lindo, sem nenhuma nuvem no céu azul e o sol brilhava. Não estava um calor insuportável, havia uma leve brisa no ar, fazendo-o um dia muito agradável. Já estavam todos em frente à casa de Sakura arrumando as coisas nos porta-malas dos carros e se preparando para partir.

As garotas estavam todas muito animadas. E os garotos – menos Naruto – mantinham seus ares sérios e indiferentes. Sakura estava observando os amigos do portão de sua casa e mantinha um sorriso discreto nos lábios.

-Então, acho que precisa de mais prática para conseguir imitar meu sorriso, Sak-chan – disse Itachi se aproximando e tendo um sorriso de canto nos seus lábios (N/A: que são mais do que perfeitos - capota-).

-Não estou tentando te imitar, Ita-kun. Não chego nem perto. – riu da careta do amigo.

-Elas estão mesmo animadas, não é? – apontou para as garotas que tentavam colocar mais malas do que era fisicamente possível no porta-malas de algum carro.

-Sim, estou feliz por poder passar algum tempo com os meus amigos.  – sorriu – Mas eu estou meio que com o coração apertado. Não sei como explicar, mas é como se eu sentisse que alguma coisa de ruim pode acontecer. – disse colocando a mão no peito e fechando os olhos. Ela se arrepiou. Mas não havia nenhuma brisa naquele momento.

-Deve ser só sua imaginação. – disse ele pegando a mão da garota e a puxando para perto dos outros.

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Depois de algumas horas dentro dos carros, cantando aquelas musicas de ‘excursão’, chegaram à Suna. E como disse Sakura, estava tudo certo. A casa toda estava com umas luminárias coloridas e havia uma pista de dança na sala de estar.

Foram todos para os seus quartos para se arrumarem. A noite ia estar cheia de surpresas. Boas e Ruins.

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Já estavam dançando há horas, e Sakura não estava cansada. Talvez fosse o pouco álcool no seu sangue, talvez a animação ou ainda, talvez fosse a companhia (N/A: Invejaaaa – apanha - ). Itachi e Sakura dançavam juntos todas as músicas que Deidara havia tocado até agora. E foram muitas...

-Você está mesmo animada.  – observou o moreno

-Sim! Mal posso me conter. Acho que meu espírito quer sair de corpo – disse ela enquanto o abraçava.

Itachi tentou se afastar, mas o DJ colocou uma musica lenta, perfeita pra dançar juntos. Já nos primeiros toques do piano, Sakura colocou as mãos de Itachi na própria cintura e em seguida as mãos dela, para o pescoço do moreno.

-Adoro essa música, Ita-kun – sussurrou ela, olhando dentro dos olhos do moreno. Itachi se sentiu como se Sakura estivesse lendo sua alma.

-"Talvez eu seja só um novo amigo. Talvez eu queira te levar comigo, pra bem longe daqui, onde nem o céu seja o limite... Esperei o tempo falar por mim coisas que eu não sei dizer olhando pra você... "– Itachi começou a cantar junto com a música quando Sakura deitou a cabeça em seu peito.

Sakura sentiu-se estranha de uma maneira boa. Era como se estivesse completa naquele momento, como se todas as coisas ruins que aconteceram fossem apenas um pesadelo. Sentiu-se amada, querida e principalmente protegida. O amigo lhe passava uma aura de tranqüilidade indescritível. O perfume que Itachi emanava a deixou entorpecida. Levantou um pouco a cabeça e olhou para ele que estava sorrindo. Uma parte de seu cérebro tentava lhe dizer para se afastar, mas ela não conseguia (não que ela o quisesse). Ela estava nas nuvens e flutuou direto para os lábios do moreno. Que a trouxe pra mais perto de si, pedindo passagem para explorar-lhe a boca.

Ela estava fora de seu corpo. Estava alheia a tudo que acontecia a sua volta. Esqueceu-se completamente de onde estavam e que os amigos todos com certeza os olhavam. A rosada esquecera-se de quem era e tudo que vivera até ali. O beijo de Itachi a fez perder o chão. Se ele não estivesse segurando-a pela cintura, estaria no chão agora.

Até que em um surto de razão se separou dele, corada e com a respiração acelerada olhava com uma mistura de surpresa e medo no olhar.

-Sakura... Eu... Eu... Me perdoe... Por favor... – Itachi tentava, em vão, explicar o que havia acontecido há alguns minutos. Mas não havia explicação.

-Eu... – Sakura sentiu algumas lágrimas se acumulando nos seus olhos, ainda arregalados. – Eu vou... Dar uma... Uma volta – disse se soltando do moreno.

-Sakura, não. – disse Itachi tentando impedi-la, mas a garota foi rápida e saiu correndo para o jardim.

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-Chefe. Sou eu. – disse um cara loiro ao celular. – Ela foi pra fora da casa, e pelo estado que ela saiu daqui, não vai estar atenta à sua volta. Aproveite para agir agora. Antes que alguém vá atrás dela.

-Certo. Vamos colocar o plano em ação. – respondeu o homem do outro lado da linha.

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Sakura estava sentada em um banco no jardim da frente e chorava compulsivamente. Estava muito confusa. Não entendia porque ter beijado o melhor amigo. Eles se conheciam desde sempre. Ele sempre a ajudou e protegeu e havia lhe dito que estava apaixonado por outra mulher. Então, por que fizera aquilo?

O sangue pulsava na cabeça da garota que tentava pensar razoavelmente, sem nenhum sucesso. Até que juntando os pontos a cabeça latejou ainda mais. Não era possível. Não podia ser. Ela estava errada, muito errada. Mas pensando dessa maneira, fazia sentido... Itachi era um homem lindo, mas não tinha namorada. Era completamente apaixonado por alguma mulher que pelo que parecia o ignorava, mas estava sempre ao lado da amiga. Em qualquer momento, em qualquer lugar.

Itachi era apaixonado por Sakura.

-Ah, Meu Deus! – ofegou ela – como eu pude ser tão tola? – falava consigo mesma, sem perceber o perigo que estava correndo, sentada ali sozinha.

Ouviu o barulho de algo andando pelas folhas secas, mas ignorou. Achou que seria alguma de suas amigas, que devia ter ficado preocupada. Se enganou. Sentiu um pano cobrir-lhe o rosto e de repente uma moleza tomou conta de todo o seu corpo e não viu nem sentiu mais nada.