Cap 32

Hermione PDV:

Verifiquei a bagagem e fechei a mala, arrumando o chapéu de Beauxbatons em minha cabeça. Arrumei as luvas e passei o gloss na frente do espelho.

Olhei o lugar. Nunca mais pisaria nesse dormitório e ainda tinha um ano escolar pela frente.

Suspirei. Talvez voltar a Hogwarts fosse uma boa ideia a se considerar.

Hum... Não.

Peguei minhas malas e segui para o salão comunal. Era óbvia a tentativa de mistura entre a cultura francesa e búlgara. Eles até mesmo tinham conseguido.

E falando em búlgaro.

- Hermio-ni-ni. – Meu namorado me estendeu o braço.

- Vitorr. – Estendi o sotaque francês e ele sorriu, pegando minha mala com a mão livre. Deixamos com as outras na frente do dormitório e nos juntamos a nossos colegas. Hogwarts aplaudia nossa saída enquanto passávamos. Eles sentiriam tanto nossa falta quanto nós as dele.

Sim, eu sentiria falta de Hogwarts, do mesmo jeito que senti por três anos. Sem a raiva, eu me lembraria de cada detalhe que vi e vivi aqui. Até agradeço por tudo o que houve comigo antes. Talvez não fosse tão feliz agora.

- No que tanto pensa? – Vitor indagou, tirando-me de meus devaneios.

- No passado. No presente. Talvez no futuro... – Dei ombros. – Em tudo.

- eu estou incluído nesse futuro?

- Você está incluído no presente e no futuro. O que acha?

- Soa bem. – Deu ombros e gargalhei. Paramos numa parede e ele me encarou. – então. Planos para o verão?

- Hum... Passar um tempo com os meus pais talvez. Retomar o tempo perdido.

- Se quiserem vocês podem passar o verão com a minha família. Meus pais querem conhecer a famosa Hermione Delacour.

- falou muito de mim pra eles?

- Muito. – Confirmou.

Ri e Vitor beijou minha bochecha, então ouvi um chamado.

- Com licença. Miss Delacour.

Me virei. Ronald Weasley.

- ah, olá.

- Posso falar com você?

- Claro.

Vitor se afastou educadamente e encarei o ruivo.

- sim?

- eu... er... Hum. Queria pedir desculpas. Sobre anos atrás... Eu mereci o que você fez naquele dia.

- Tudo bem. – sorri. – eu fui um pouco rancorosa.

- Mas eu errei também. Nós dois erramos.

Ele sorriu e lhe abracei.

- Juízo, tá?

- Como se você fosse mais velha que eu...

Revirei os olhos.

- Não saia por aí beijando menininhas indefesas e orgulhosas. Um logro pode não ser a vingança delas.

- Sim senhora. – Bateu continência.

- Você também, Harry. – Falei ao ouvi-lo rir atrás de mim.

- Você não deixa escapar nada...

- Eu sou detalhista.

O moreno veio para minha frente e o abracei. Éramos da mesa altura.

- Cuidado no ano que vem. Nada de pedras filosofais, visgo do diabo, cães de três cabeças, xadrez humano, enigmas de poções, dragões, lago negro ou labirintos. – Avisei. – Os dois.

Eles riram.

- Você fala como se fosse nossa mãe.

- Tenho que falar. – Dei ombros. – E o conselho do Rony também serve pra você, Harry.

Os dois confirmaram rindo e suspirei.

- Cuidem da Gina por mim, ok?

Rony sorriu.

- eu vou cuidar.

Eles se foram e fui abraçada por dois corpos ao mesmo tempo.

- Fred. Jorge.

- Mylady. – Sorriram, vindo para minha frente. – Não acredito que não vamos te ver de novo.

Sorri levemente.

- Se quiserem ir a Beauxbatons eu ficaria feliz em dividir a turma com vocês.

Eles riram.

- Vou sentir saudades. E me mantenham informada. Mandem cartas pra mim.

- Sim senhora.

- Hermion. – Ouvi a voz de Madame Maxine.

- eu tenho que ir. – Beijei as bochechas dos dois e puxei Vitor, que estava por perto pela mão.

Lhe dei um selinho rápido e corri em direção à carruagem. A porta de fechou e sentei em uma janela. Vitor bateu e abri.

- Vou sentir saudades. – Falou.

- Vou escrever. Vá à minha casa. Você tem um endereço.

Ele me beijou lentamente e a carruagem começou a andar.

- eu vou esperar. – Avisou.

- Vou sentir saudades.

Decolamos e toda Hogwarts acenou. Vitor foi em direção ao navio e pude vê-los partir muito ao longe.

- E então. – Fleur falou ao meu lado. – É sério mesmo?

- O que?

- Você e o Krum. – Falou como se fosse óbvio.

Sorri.

- é sim.

Horas depois nos senti finalmente pousar. Fleur me abraçou sorrindo.

- Acho que agora você não vai pra minha casa.

- Acho que não.

- Vou sentir saudades. – Confessou.

- Nós vamos nos ver. – Prometi e Gabriele veio para meu lado, me abraçando apertado.

- Sentirei sua falta.

- Também vou sentir. Mas isso não significa que vou te deixar em paz.

Ela sorriu abertamente e beijei sua testa. A porta foi aberta e fui a primeira a sair, meus pais me esperavam sorrindo.

É.

Eu acho que agora acabou.

Fim