Coração Indomável. escrita por Rosa


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas....Então...vim postar hoje,e não,não esta tão grande como o outro...Fiquei muito feliz com os comentarios passados e agradeço a todas.
Beijos...Boa leitura



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Versão Carlisle

Nossos encontros estavam ficando menos constantes, antes eu a via quase todos os dias... Agora não, seu marido está ficando cada vez mais perto dela, como um cão de guarda. Tenho um forte ódio dele! Ele está ficando cada vez mais perto, quase não a deixa sair sozinha e ainda está desconfiando de suas vindas ao medico.

Hoje era um daqueles dias que estava perfeito para ela vir aqui. Quase não tinha pacientes, não tinha nada pra fazer e eu ia poder ficar com ela um bom tempo. Peguei o meu celular e liguei pra ela.

– Alô?

– Oi, meu anjo – falei sorrindo.

– Tudo bem? — ela perguntou.

– Sim, minha linda. E com você?

– Na medida do possível, sim. — Ihh, ela está estressada.

– O que aconteceu, meu amor?– perguntei.

– Esse grude do Charles me irrita – ela falou e eu ri. – Eu preciso te ver. – Eu sorri.

– Eu ia falar isso agora – eu falei sorrindo. – Vem me ver hoje...– pedi.

– Vou tentar, prometo que vou. – Eu sorri.

– Tudo bem, meu amor. Até depois, então... Eu te amo. – Ela riu.

– Eu tambem te amo. Beijos, amor – ela falou e desligou.

Aquele ridículo grudado na minha Esme! Não gostei não, ela é minha... Tinha que ser ele para estragar o meu encontro com a Esme! Tinha que ser.

Como a Esme não viria agora, e eu não sabia que horas ela viria, e se viria! Eu peguei um livro pra ler.


Versão Esme.

Ai que grude está o Charles, nossa mãe! Parece que nasceu colado comigo, tudo que quer me chama, me chama pra ficar do lado dele... Parece que vai morrer se eu não estiver perto. Isso é uma grande encheção de saco!

Eu queria ver o Carlisle, queria ficar pelo menos um pouco com ele... Mas o grude não sai do meu pé, e acho que ele já está desconfiado de alguma coisa. Acho não... tenho quase certeza. Eu vou tentar sair hoje para ir ver o Carl, porque já fazia dois dias que a gente não se via.

– Esme — Charles chamou do escritório.

– Sim, Charles? – entrei no escritório.

– Vem cá, meu amor – ele me chamou e eu fui até ele.

– O que foi querido? — falei e coloquei as mãos em seu ombro.

– Senta aqui – ele me chamou para sentar com ele.

– Não cabe nós dois aí, querido – falei, sem a mínima vontade de sentar no colo dele.

– Claro que cabe – ele me puxou, me sentando em seu colo.

– Charles, o que você quer? Eu tenho que arrumar as coisas lá em cima – dei uma desculpa.

– Eu quero lhe mostrar uma coisa – ele beijou o meu pescoço, mexeu no notebook e abriu a foto de um colar de rubi. – O que acha? – ele perguntou, botando meu cabelo pro lado.

– Muito bonito, querido. — Realmente era um colar lindo.

– Você gostou? – ele perguntou, e apoiou seu rosto no meu ombro.

– Sim... é um bonito colar.

– Então o comprarei pra você. – Okay, eu estava um tanto surpresa com essa atitude dele.

– Pra mim? Por que querido...? Não é meu aniversário nem nada – falei.

– Mas eu quero lhe dar um presente e temos uma festa pra ir esse mês – ele beijou meu pescoço novamente.

– Quando?

– Daqui há algumas semanas – ele falou.

– Vou comprar meu vestido, então – me levantei.

– Espera, você pode fazer isso depois... — ele me puxou pela mão. – Por que não ficamos um pouco juntos, eu encerro por hoje e passamos o resto do dia juntos? — ele propôs. Ninguém merece! Oh Deus! O que eu fiz pra ter que pagar tanta penitência?!

Ele estava sendo um marido melhor, tudo bem... mas eu não queria ele, eu queria o Carl. Queria estar com o Carl, queria poder estar envolvida por seus braços e desfrutar do momento juntos. Mas de qualquer forma eu não podia fazer nada, ele estava percebendo que eu estava me afastando, e pelo menos passar o dia com ele eu tinha que ficar, por mais chato que fosse, eu tinha que ficar.

– Tudo bem, querido – eu forcei um sorriso.

– Que bom que aceitou – ele falou, sorrindo. – Vou comprar seu colar e já volto.

– Tudo bem, eu vou lá em cima e já desço — falei e saí do escritório. Peguei meu celular em cima da mesa e subi. Fui pro quarto e liguei pro Carlisle.

– Oi, minha linda – ele atendeu rapidamente.

– Oi, Carl – eu falei um pouco triste. Eu queria ir vê-lo, eu precisava ir vê-lo e sabia que ele iria ficar chateado por eu não ir.

– O que foi, minha pequena? – ele perguntou.

– Eu queria muito ir te ver, queria mesmo... mas não vou poder – eu falei tristemente. – Sei que prometi tentar, mas realmente não vai dar querido. Charles inventou que poderíamos passar o dia juntos, e eu não pude negar. Me desculpe, Carl.

– Não tem problema, Esme – ele falou e eu pude perceber que ele ficou chateado.

– Carlisle, não fica chateado. Eu vou tentar ir amanhã, eu vou. Me desculpe — eu falei.

– Tudo bem, não tem problema... Então...

– Carl... – Ouvi a voz de uma mulher.

– Só um instante – ele falou.

– Quem está aí com você? – perguntei.

– Rosalie... Então, até mais... preciso desligar – ele falou seco.

– Tudo bem... Eu te amo – eu falei.

– Eu também te amo – ele falou e desligamos.

Rosalie? Quem era Rosalie? E o que fazia com o meu Carlisle?! Que saco... ele havia ficado chateado, dava pra ver claramente que ele estava chateado, mas o que eu podia fazer? Charles é meu marido por direito, e eu não podia ficar sempre fugindo dele. Por mais que eu quisesse.

– Esme – Charles falou, me assustando.

– Ai, Charles! Que susto – falei.

– Quem era no telefone? — ele perguntou.

– Uma amiga — menti.

– Deixa eu ver.

– Para quê?

– Para eu ver com quem você estava falando – ele falou e eu coloquei o celular no bolso.

– Não – falei.

– Deixa eu ver.

– Você fica tendo seus telefonemas particulares, e eu não peço seu celular para saber quem é – joguei as palavras na cara dele.

– Por que essa agressividade, Esme? Você tem algo a esconder?– ele perguntou, rindo.

– Charles, vai trabalhar e me deixa em paz. Volta lá pro seu escritório e me deixa em paz.

– Desculpa se isso te incomoda – ele falou, sorrindo. – Não queria te deixar estressada, desculpe – ele falou, me abraçando.

– Me solta, me solta.

– Esme, pára de ser assim... pára de se afastar de mim – ele falou, acariciando meus braços.

– Por que será que eu me afasto? Será por que você só sabe vir com desconfianças para cima de mim.

– Esme, não é de hoje que você vem se afastando de mim, recebendo telefonemas misteriosos e saídas sem explicações — ele falou e eu me virei para olhá-lo.

– O que que é isso? Deu pra ficar me vigiando agora! –falei.

– Não estou te vigiando, apenas quero saber com quem você anda falando.

– Eu falo com pessoas – falei óbvia.

– Me diz uma novidade – ele falou irônico.

– Se você já sabe, eu não preciso falar, né – peguei o controle da televisão e me sentei.

– Esme, por que você esta tão arisca assim? O que eu fiz dessa vez?

– Nada – falei com uma pontinha de ironia.

– Não quero brigar, okay?!

– Eu também não, só quero que você pare de desconfiar de mim – falei e liguei a televisão.

– Eu só estou preocupado com a minha mulher – ele encheu a boca pra falar “minha mulher”.

– Não se preocupe – dei de ombros.

– Não tem como não se preocupar, quando sua mulher é a mais bela da cidade — ele falou sorrindo e se deitou do meu lado.

– Exagerado – falei.

– Não sou – ele segurou a minha mão. – A minha mulher é a mais linda e a mais desejada da cidade. Você acha que não vejo todos os homens da cidade olhando pra você?

– Olhando? — me fiz de inocente.

– Sim, todos te olhando com os olhos repletos de luxúria – ele falou e subiu suas mãos pela minha perna.

– Ah, Charles. Eu não ligo pra isso – falei.

– Mas eu ligo. Todos os homens olhando pra você e praticamente babando quando você passa... Eu não gosto.

– Charles, eu sou casada com você. Então você não precisa se preocupar com isso — falei.

– Bom, então... não vou me preocupar tanto com isso – suspirei aliviada. – Já que essa mulher linda e desejada é só minha – ele falou, colocando sua mão na parte interna da minha coxa.

– Charles... – falei e cruzei a perna.

– A cada dia que passa, você fica mais linda — Ele falou me puxando pra mais perto.

– Obrigada pelo elogio, Charles – falei, forçando um sorriso.

– Esme... eu quero muito você, Esme – ele falou, me beijando.

– Charles... hoje não... – falei o empurrando delicadamente. Eu não ia dormir com ele hoje nem que me pague! Não estava no clima e não queria... Tudo bem que as outras vezes eu também não queria, mas eu tinha que fazer meu papel de esposa.

– Esme...— ele reclamou.

– Não... hoje não... Não estou no clima — falei e ele subiu em cima de mim.

– Clima a gente faz – ele falou me beijando. Ele começou a abrir o feixe da minha saia e eu já tinha desistido de tentar pará-lo, mas para minha sorte seu celular tocou. Ele nem se importou e começou a se despir. Mas o celular não parava de tocar e realmente estava incomodando muito.

– Charles, atende logo isso — falei.

– Não, Esme. Deixa tocar – ele falou, descendo seus beijos pelo meu colo.

– Charles atende isso, o “clima” que não tinha e que você começou a criar acabou totalmente – eu saí de baixo dele e me levantei.

– Esme, não...

– Atende isso – falei e fui pro banheiro tomar um banho.

Ainda bem que o telefone dele tocou, porque eu não estava nem um pouco afim de fazer alguma coisa com ele. Nunca tô, mas senão fizer é aquele tormento.

Tomei um banho, fui pro closet me vesti e voltei pro quarto. Quando voltei, ele não estava mais lá e eu não me importei. Deitei na cama e comecei a ler um livro, não era isso que eu queria... queria estar com o Carl. Agora não adiantava mais, se eu fosse sair o Charles ia querer saber aonde eu fui e pra onde por causa da hora. Continuei lendo e me distrai com o livro, depois de um longo tempo eu vi que já era noite e eu já estava ficando com fome.

Coloquei meu livro sobre o criado mudo e desci para fazer o jantar. Passei pela sala e Charles não estava lá, percebi que a porta do escritório estava fechada e não me importei com isso e fui pra cozinha. Fiz lasanha para o jantar e enquanto ela estava no forno eu fui colocar a mesa. Coloquei a mesa, voltei pra cozinha e vi que já estava pronta, coloquei a lasanha na mesa e fui chamar o Charles.

– Charles – bati na porta do escritório.

– Entra –ele falou seco.

– O jantar já está pronto – avisei.

– Estou sem fome – ele falou rude.

– Tudo bem. – Fechei a porta do escritório e fui pra mesa jantar, se ele não quisesse eu não ia me opor.

Me sentei na mesa, comi e depois fui na geladeira e vi que tinha uma garrafa de vinho aberta. Eu quase não bebia mais eu vi a garrafa e me deu vontade.P eguei uma taça e botei um pouco de vinho,fui pra sala e liguei o som baixo. Fiquei na sala um pouco apenas com a música e o vinho, imaginando inúmeras coisas possíves para minha vida. Vi a porta do escritório se abrir e Charles sair de lá com uma cara de poucos amigos, se serviu com um pouco de whisky e voltou para o escritório.

Já estava tarde e eu já estava ficando com sono. Tirei a mesa, lavei os pratos, coloquei a lasanha no forno e fui me deitar. Entrei no quarto, troquei de roupa e fui me deitar.

Eu estava com muito sono e logo me rendi a ele. Eu estava em um sono profundo e um rosto apareceu na minha mente. Tentei me focar melhor e vi que era Carlisle e ele estava com uma linda menininha nos braços. Ele estava feliz, era uma menininha com os cabelos na cor caramelo, na verdade quase chegando a mel. Ela era tão linda... Ela sorria e esticava o braço pra alguém, eu ainda não conseguia ver. Logo pegam a criança dos braços de Carlisle e eu consigo ver a mulher... Ela sou eu. Eu estou feliz, parecia estar radiante. Estávamos todos felizes. Era uma vida totalmente diferente do que tínhamos, mas o que eu sonhava ter um dia, uma família que eu realmente possa chamar de minha.

Senti mãos fortes envolver minha cintura e me puxar pra mais perto,sorri ainda de olhos fechados e me virei. Ao abrir olhos devagar vi que não era o que eu esperava... Nunca era o que eu esperava e eu não sabia se um dia poderia mudar isso. Se um dia eu poderia realmente ser feliz ao lado do homem que eu realmente amo.

Me levantei, fui ate o banheiro, lavei o rosto e voltei pro quarto. Fiquei um tempo apenas olhando a escuridão que dominava o quarto e tendo inúmeros pensamentos e ilusões sobre minha suposta vida. Peguei o meu celular debaixo do meu travesseiro e saí do quarto. Descia as escadas e me dirigi para cozinha. Peguei um copo de água e me sentei no sofá, encarando o celular.

Eu não tinha brigado com Carlisle, mas de algum modo não foi um das conversas mais agradáveis... Eu não podia. Ele ficou chateado, sei disso, o conheço tempo suficiente para saber que ficou e que ele assim quando eu queria muito esse encontro. Eu não queria ficar nesse clima com ele, sei que não foi nada sério mas eu me preocupava.

Peguei o celular e disquei o seu número. Fiquei encarando o número e tentando tomar coragem para ligar, não sei se ele me atenderia ou se eu deveria fazer isso, mas eu precisava apenas ouvir sua voz, precisava apenas saber que ele ainda estava ali.

Olhei o novamente o telefone e resolvi ligar.

– Oi, Esme — ele falou tristonho.

– Oi – falei com o meu coração apertado.

– Aconteceu alguma coisa?

– Na verdade, sim... Eu sinto a sua falta — falei com o coração apertado. – E me desculpe, eu queria muito te ver, muito mesmo, mas Charles me chamou e eu não podia negar – falei.

– Esme, não precisa se desculpar....– Eu o interrompi.

– Por favor, deixe-me explicar – pedi.

– Você não precisa me explicar nada...

– Mas eu quero, quero te explicar o motivo pelo qual eu não pude ir – falei. – Por favor.

– Tudo bem... mas isso não era necessário.

– Bom... assim que acabei de falar com você no telefone, Charles me chamou para ir ver uma coisa no escritório e eu fui, lá ele me mostrou um colar e disse que daria ele pra mim e que eu usaria numa festa que iriamos aqui na cidade –dei uma volta e olhei em volta. – Então ele propôs que passássemos o resto do dia juntos, eu não queria mas não podia negar, tentei inventar uma desculpa de que iria comprar o vestido para ir a festa, mas ele não deixou e falou que eu podia fazer isso depois. Então como não podia ir eu resolvi te ligar e falar tudo. – Ele suspirou. – Sei que te chateei e que você tem motivos para ter ficado com raiva de mim, mas realmente queria ir... – Ele me interrompeu.

Não estou com raiva de você Esme, a culpa foi minha. Eu entendo que você não possa ter ido.

– Depois que falei com você ele ficou querendo o meu celular pra saber com quem eu estava falando e que ele era o marido da mulher mais linda e cobiçada da cidade – falei e ouvi ele sussurrar.

– Como ele é ridículo.

– Concordo – eu falei rindo e ouvi ele rir.

– Desculpe pelo meu comentário – eu ri.

– Tudo bem... enfim, depois disso ele queria algo mais do que minha companhia.

Versão Carlisle.

Já era tarde mas eu ainda não havia dormido por estar pensando na Esme. Ela me ligou e estava pedindo desculpas por não poder ir ao nosso encontro, mas a culpa foi minha, eu não me controlei e eu sabia que tendo um caso com ela ia ter que ser flexível.

– Depois que falei com você, ele ficou querendo o meu celular pra saber com quem eu estava falando e que ele era o marido da mulher mais linda e cobiçada da cidade – ela falou.

– Com ele é ridículo – falei com raiva. Que ódio que eu tenho dele!!

– Concordo – ela falou rindo. Ela ouviu, merda...

– Desculpe pelo meu comentário – falei e ela riu.

– Tudo bem... enfim, depois disso ele queria algo mais do que minha companhia. – O quê?!! O que ele queria com a minha Esme?!! Que ódio!! Quero matá-lo.

– Esme, ele tentou abusar de você? — perguntei com raiva e com uma pontada de ciúmes.

– Não, Carl. Ele não fez isso, não... mas ele ficou insistindo e insistindo, e eu já estava desistindo e já estava cedendo. – O quê??!! COMO ASSIM??!! Ele ia.... AHHHH QUERO MATAR ELE!! – Mas para o meu alivio, o celular dele tocou e parecia ser importante, então eu consegui fugir e ele atendeu o telefone e voltou a trabalhar – ela terminou e eu suspirei aliviado. – Carl?

– Sim... — falei me controlando.

– Calma, amor. Ele não fez nada... não aconteceu nada – ela falou, tentando me acalmar.

– Eu sei meu anjo, mas eu amo você... Amo e tenho ciúmes de você – eu falei sincero.

– Eu amo você, amo muito e também tenho ciúmes – eu sorri de orelha a orelha.

– Não precisa ter meu amor, eu amo você... exclusivamente você – falei sorrindo.

– Você é o meu homem! – Eu sorri mais.

– É a minha Esme — falei sorrindo.

– Carl... eu posso te perguntar uma coisa?– ela falou parecendo um pouco envergonhada.

– Claro, meu anjo...

– Eu queria saber... quem estava com você hoje no seu consultório? — Ela falou um pouco envergonhada e eu ri.

– Na hora que eu estava falando com você? – perguntei.

– Sim – ela falou baixo.

– Era minha irmã mais nova, Rosalie – falei. – Acho que nunca falei dela pra você... mas por que a pergunta? eu perguntei rindo.

– Ah... nada não – ela falou indiferente.

– Você estava com ciúmes, Esme? — perguntei rindo.

– Não estava.

– Tem certeza?

– Sim...

– Absoluta?

– Sim...

– Fala pra mim, eu sei que estava – eu falei, rindo.

– Ahh, seu chato! Eu fiquei sim — ela falou e eu gargalhei.

– Que linda!

– Eu achei que você estava com outra e não era nada lindo. – Eu gargalhei mais.

– Tudo bem... não fiz nada disso e não pretendo – falei ainda rindo.

– Melhor assim. –Eu ri.

– O que a senhora faz acordada a essa hora?

– Eu queria ouvir a sua voz, pelo menos — ela falou e eu sorri.

– Eu estava pensando em você — falei, sorrindo.

– Eu tive um sonho lindo Carl, muito lindo – ela falou, parecendo encantada.

– Eu estava nele?

– Estava amor... foi muito lindo.

– Conta pra mim, baby – falei.

– Não... quero que meu sonho se realize, quando ele se realizar ou chegar perto disso eu digo.

– Hmm... vou cobrar – eu falei curioso, o que será que ela sonhou?

Não sei se vai acontecer ou se vai chegar perto disso.

– Depende do que seja... tem haver com casamento? — perguntei, sorrindo só de pensar na possibilidade de casar com Esme.

– Casamento? – ela perguntou confusa.

– É... casamento. Quer casar comigo?– perguntei sorrindo.

– Carlisle... Você sabe.. — ela não tinha palavras para explicar tudo que eu já sabia.

– Eu sei... mas nada vai acontecer – falei.

– Não quero arriscar, pelo menos não agora. Quando ele me der um motivo... eu quero que seja por alguma coisa que ele tenha feito...

– Tudo bem... eu espero o tempo que você quiser –falei.

– Obrigada... Bom amor... eu vou dormir antes que ele aparece aqui e queira saber com quem estou falando, boa noite. Amanhã eu tentarei ir aí... Eu te amo. Te amo muito, nunca se esqueça disso – ela falou e eu sorri.

– Tudo bem amor... Boa noite, meu anjo. Eu te amo amor, te amo muito – falei sorrindo.

– Beijos – ela falou e desligamos.

Coloquei o celular em cima do criado mudo, me levantei, escovei meus dentes, apaguei a Luz e fui dormir. Hoje foi um dia muito complicado, mas vai melhorar... na verdade, vai melhorando.

No dia seguinte, acordei e olhei o celular. Era cedo ainda, dava pra eu dormir mais um pouco, virei pro outro lado e dormi novamente. Algum tempo depois, acordei com o meu celular tocando, olhei o visor e era Rosalie.

– Bom dia, irmãozinho — ela falou e eu ri.

– Bom dia...– falei, com a voz um pouco rouca.

– Que animação é essa, Carl?!Acorda, meu bem... – Eu ri.

– Fui dormir um pouco tarde ontem... – falei.

– Estava na gandaia, né!

– Claro, eu vivo na gandaia, sabia não! — falei irônico. – Mas me diga o que lhe faz me ligar a essa hora da manhã?— perguntei.

– Quer almoçar comigo hoje?

– Não sei, acho que vou ver Esme hoje – falei sorrindo.

– Ahh, Carl. Vamos vai... de repente ela vai desmarcar de novo com você.

– Grande apoio você me dá, agorando meu encontro – falei e ela riu.

– Não é isso... é que você fala que vai ver ela e sempre acontece alguma coisa – ela falou e eu ri.

– Rose, você não vai entender – ela riu.

– Claro que vou... vou se você me explicar. – Eu ri.

– Tudo bem... vamos almoçar juntos e eu te falo. E... se ela aparecer eu levo ela e almoçamos juntos.

– Tudo bem, mas eu quero uma explicação aceitável... Você sabe que não me contento apenas por coisas fáceis. –Eu gargalhei.

– Tudo bem... o Emmett vai?– perguntei.

– Vou ver... seu cunhado anda muito atarefado. – Eu ri.

– Okay, até depois... mais tarde te ligo – falei sorrindo.

– Beijosss...

– Beijos – falei e desligamos.

Me levantei, tomei um banho, me vesti e desci para tomar café. Fiquei um pouco na sala e depois peguei minhas coisas para ir para o hospital.

Rosalie era minha irmã mais nova e sempre foi muito apegada a mim. Ela morava em Londres e estava querendo se mudar para Forks para ficamos mais perto um do outro. Eu não havia falado de Esme pra ela, apenas falei que estava apaixonado por uma mulher e que estávamos nos conhecendo, isso tudo porque ela ficou insistindo muito. E agora ela quer conhecer a Esme e eu não sei se esta na hora certa pra isso, Rosalie é uma pessoa um pouco difícil. Ri do meu pensamento.

Bom... já que ela queria conhecer a Esme, eu iria apresentá-la. Só espero que nada de ruim aconteça. E se elas se derem bem vai ser ótimo, Rosalie é uma pessoa legal, só tem que ter paciência... seu temperamento é muito forte.

Saí de casa e fui para o hospital.

– Bom dia, Dr.Cullen. – Alice, minha secretaria, falou sorrindo.

– Bom dia, Alice – falei e fui para minha sala.

Versão Esme.

Falei com Carlisle e depois fui dormir. Na manhã seguinte, acordei mais feliz e bem disposta. Me levantei, lavei o rosto e desci.

– Bom dia – Charles falou assim que apareci na sala.

– Bom dia – falei sorrindo e fui pra cozinha. Ele veio atrás de mim.

– Esme, você dormiu bem?

– Sim, por que? — falei.

– Porque eu percebi que você levantou de madrugada e demorou para voltar — ele falou e arqueou uma sobrancelha.

– Ah... Eu acordei com um pouco de dor de cabeça pelo vinho que bebi antes e vim tomar um remédio – menti.

– Mas demorou tanto, quase que vim ver o que tinha acontecido – ele falou parecendo preocupado. “Ainda bem que não veio!”, pensei.

– Eu fiquei aqui um pouco na sala... e depois subi, não foi nada demais – falei. –Hm... Você já tomou café? – Mudei de assuto.

– Já sim, e ainda tem pra você na cafeteira – ele falou.

– Poderia ter me acordado, eu teria vindo fazer um café pra você – falei, mostrando um pouco de interesse.

– Não se importe com isso, eu fiz o café... não tem problema – ele falou e colocou seu celular em cima da bancada. – Eu só estava esperando você acordar para te falar uma coisa – ele falou, me deixando curiosa.

– O que foi querido? Aconteceu alguma coisa? – perguntei, tentando esconder minha curiosidade.

– Eu vou ter que viajar, vou viajar a trabalho para o Canadá e só devo voltar daqui há umas duas semanas – ele falou e eu me segurei para não pular de felicidade.

– Por que, amor? – perguntei fazendo charme e parecendo me importar, mas a verdade era que eu não estava nem aí.

– Porque estamos tentando abrir uma filial da empresa no Canadá e eu tenho que ir para resolver algumas coisas. – ele falou e eu sorri por dentro.

– Ah, tá.... E quando você vai? – perguntei.

– Daqui a pouco – ele falou e veio pra mais perto de mim.

– Tão rápido... – falei e bebi um pouco do meu café.

– Desculpe não poder ficar mais um pouco com você, mas prometo que não demoro muito pra voltar meu anjo –ele falou e abraçou minha cintura.

– Tudo bem... –Falei um pouco indiferente. Eu estava muito feliz por ele estar viajando... Eu finalmente poderia ficar em paz, sem ninguém me vigiando, sem ninguém no meu pé.

– Eu vou sentir muito a sua falta, muito mesmo – ele falou e beijou a minha bochecha.

– Eu também vou sentir a sua – menti, mas não posso negar que é melhor do que ficar sozinha nessa casa enorme.

– Esme eu... eu posso dar um beijo em você? — ele perguntou, me parecendo envergonhado. Agora eu estou chocada! Chocada mesmo! Não que o Charles não tenha mudado, mudou bastante... mas me pedir um beijo é meio estranho, ele sempre me beijava e tals... mas essa de pedir beijo foi estranho.

– Você....você pode – eu falei surpresa.Ele se aproximou e mim e me beijou. Foi um beijo um pouco mais demorado do que o de costume... mas sei lá... foi estranho.

– Eu amo você.... vou sentir muito a sua falta durante esse tempo que vou ficar fora – ele falou, acariciando meu rosto.

– Também vou sentir sua falta – falei.

– Eu vou ver os últimos detalhes e já volto – ele falou.

– Tudo bem... mas você vai sair daqui agora?

– Daqui uns 20 minutos, tenho que passar na empresa ainda – ele beijou o meu rosto.

– Tá – falei por fim e ele foi para o escritório.

Isso foi um tanto estranho....Foi muito estranho, por que ele esta agindo assim? Ele está totalmente mudado, mudado mesmo e esse Charles é um Charles mais ... sei lá. Não tenho palavras para explicar o que eu acabei de vivenciar e não tenho como explicar pra mim mesma isso. Foi totalmente estranho.

Terminei de tomar o café e subi para o quarto. Arrumei o quarto, tomei um banho, me vesti e me sentei na poltrona com um livro e fiquei lendo.

Um tempo depois....

– Esme! — Charles chamou.

– Sim? — Coloquei o livro em cima da cama e fui ao seu encontro na sala.

– Já estou indo, querida — ele falou e veio até a escada.

– Boa viagem – falei quando cheguei no final da escada.

– Obrigado – ele falou sorrindo e segurou a minha mão. – Cuide-se.

– Eu vou – falei.

Versão Charles.

De uns tempos pra cá eu ando muito confuso em relação à Esme. Eu estava completamente confuso em relação ao que eu sentia por ela e cada vez mais estava querendo me aproximar, mas ela sempre se afastava e cada vez mais estava se distanciando de mim.

Eu acho que ela ainda tem medo de mim. Mas eu mudei, não estou mais sendo grosso e maltratando ela, estou tentando ser o mais gentil possível para ver se ela se aproxima mais, mas infelizmente está acontecendo totalmente o contrário.

Algo novo esta crescendo dentro de mim, cada vez mais eu consigo reparar tudo que ela faz e reparo o quanto ela é uma ótima esposa, totalmente diferente do que no início eu achava ser e que eu tanto maltratava.

Nunca fui um marido correto, sempre dormi com outras mulheres, saia muito e acabava esquecendo de reparar na mulher que eu tinha dentro da minha casa. Me distanciei de uma pessoa que hoje quero sua aproximação, quero estar perto.

Hoje eu tinha uma viagem importante a trabalho para o Canadá e eu ia me afastar mais dela com essa viagem, eu tenho certeza e ainda tenho minhas desconfianças sobre certas coisas que ela faz no seu dia a dia.

– Esme! — Chamei, saindo do escritório assim que terminei de arrumar as coisas para a viagem..

– Sim? — ela respondeu ainda do andar de cima.

– Já estou indo, querida — falei indo até escada e a esperei descer.

– Boa viagem – ela falou a minha frente.

– Obrigado – falei sorrindo e segurei a sua mão. – Cuide-se — falei, não querendo deixá-la.

– Eu vou – ela falou. Fiquei olhando para o seu belo rosto e fiquei com uma grande vontade de beijá-la.

Eu queria fazer isso, queria beijá-la agora mas não podia fazer isso sem seu consentimento, sei que ela não negaria... mas não quero forçar mais nada, quero poder fazer isso com ela tendo completa certeza de que não vou machucá-la mais.

– Esme eu posso... eu posso... te dar um beijo novamente? – perguntei um pouco nervoso e envergonhado.

– Pode...— ela falou surpresa. Me inclinei um pouco e beijei sua testa ainda um pouco nervoso.

Eu não sei o que esta havendo comigo, nunca me senti assim com a Esme e nem com mulher alguma. Eu sempre a beijei e todos esses anos nada tão diferente aconteceu como esses últimos meses.

– Charles, posso te fazer uma pergunta? – ela falou me olhando.

– Claro – falei.

– Por que você esta agindo assim? Está diferente.... –ela falou e eu fiquei mais nervoso ainda.

– Ah... não é nada... é... eu... porque estou.... – eu falei nervoso e ela ainda me olhava com curiosidade. – Éhr... não é nada, estou atrasado – beijei sua bochecha e fui saindo.

– Charles, sua mala e as chaves – ela falou da porta.

– Ah.. –Voltei e peguei minhas coisas, saí novamente.

– Charles... – ela falou da porta.

– Tchau Esme, estou atrasado... tenho que ir, qualquer coisa me ligue – falei e entrei no carro. Ela ficou parada na porta me olhando com cara de interrogação.

– Tudo bem — ela falou. –Boa viagem. – Sorri.

Por que eu estava agindo assim? Nunca me rendia mulher nenhuma e não ia me reder à Esme, mas ela estava conseguindo mexer comigo mesmo que fosse com apenas um sorriso ela conseguia me deixar nervoso e totalmente perdido sobre meus sentimentos.

Fui para a Empresa, peguei uns últimos papeis lá e depois fui para o aeroporto. Fiz o Check-in e depois embarquei para o Canadá.


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Notas finais do capítulo

Então...Quero a opinião de vocês...Quero reviews...
Bjss :)



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