Long History escrita por Téiii
Notas iniciais do capítulo
O último do dia.
Entramos no metro e a viagem foi mais curta que o normal ou pelo menos pareceu. Quando estava chegando minha estação ele me abraçou muito forte e eu não conseguia me desveciliar dele.
- Vamos nos ver daqui a pouco. Me solta porque senão vou perder minha estação.
- Tudo bem, nos encontramos na frente da lanchonete.
- Prometo estar linda.
- Mas você já é linda.
- Bobo. – O beijei mais uma vez e desci do metro.
Caminhei rápido, e me surpreendi rindo sozinha enquanto abria o porta.
- Oiiiiiiiii, que sorriso enorme é esse?
- Que sorriso? – Tentei disfarçar e desmanchei o sorriso.
- Esse ai no seu rosto, e nem adianta disfarçar eu te conheço bem sei quando você esta apaixonada então confessa que o cachinhos te conquistou.
- Não chama ele assim, ele tem nome.
- Eu sei estou apenas brincando com você, mas e então ele esta mexendo mesmo com você, né?
- É eu não sei explicar como, a gente só se conhece há dois dias não é tempo suficiente pra me apaixonar por ele, mas tem alguma coisa nos olhos ou no sorriso que deixa meio zonza, às vezes quando ele me olha parece que o chão foge dos meus pés e talvez eu possa até voar. Me diz como é possível?
- Já dizem isso poetas o amor não foi feito para ser entendido, mas sim vivido e sentido. Então viva e sinta isso que você tem com ele do modo mais intenso possível.
- É o que eu decidir fazer apesar da idade dele.
- Como assim apesar da idade dele?
- Ele tem só dezesseis anos, eu sei que é muito novo, e eu até que tentei resistir, mas não deu. Quando você conhecê-lo vai entender do que estou falando.
- Por que você não me contou isso ontem?
- Eu fiquei com medo de você me criticar ou rir de mim, sei lá.
- Imagina eu nunca faria isso.
- Reconheço que não estou numa posição muito agradável como pedófila, então se quiser fazer qualquer critica aproveite agora enquanto estou aberta a isso.
- Eu não vou te criticar só pedir que tome cuidado com a policia. – E ela teve uma crise de riso e não parava mais de rir, eu não pude me conter por muito tempo imaginando a cena: nós dois passeando e de repente a policia nos para pede os documentos e me leva presa por pedofilia, seria trágico, mas ao mesmo tempo seria cômico.
- Tudo bem então. Vou começar a me esconder quando os carros de policia passarem por nós. O que você acha será que vai resolver? – Era impossível não rir pensando na minha prisão.
- Acho que sim, talvez possamos conseguir uns documentos falsos pra ele com uma idade tipo dezoito anos ou um pouco mais.
- Ta também não precisa apelar.
- Ta bom, você quer um pouco de sopa?
- Não obrigada. Já almocei um risoto de frango com palmito.
- Você no restaurante da Milla?
- Fui, estávamos lá perto então aproveitei.
Peguei um pacote de batatas e me sentei ao lado dela no sofá pra fofocarmos mais um pouco antes de nos arrumar para sair. Ela me olhou indignada, me ameaçando com a colher.
- Você disse que não queria sopa porque já comeu e agora vai comer essas porcarias, acho que vou ter que contar pra sua mãe.
- Você e a minha mãe sabem muito bem que detesto sopa então não me julgue ta? E pare de enrolar quem era no telefone ontem à noite, eu ouvi você conversando com alguém depois que sai da sala, e pelo tom de voz não era nem a sua mãe nem a sua irmã, então pode me contar quem era.
- Era um amigo da universidade. Ele veio transferido de uma universidade de New York, faz umas duas semanas. Sentamos perto e começamos a conversar, então quarta passada ele me convidou pra tomar um café depois da aula. E como ele é muito lindo eu aceitei, mas acho que é só curtição, provavelmente ele tem namorada lá em New york. Então nem vou criar muita esperança nisso.
-Você vai leva-lo para a comemorar com a gente?
- Não sei nem falei com ele, mas acho que ele nem vai querer ir.
- Liga não custa tentar.
- Melhor não, ele deve estar ocupado com outras coisas.
- Tenta.
- Ta bom, mas se ele disser que não vou te dar uns tapas.
- Ok, mas liga logo.
- Alô... Oi to bem sim e você? – Ela saiu em direção ao quarto. Fiquei com preguiça de ir atrás dela pra ouvir a conversa, me espichei no sofá e de repente me deu um sono. Pensei em tirar um cochilo, olhei pro relógio e a hora me surpreendeu. Ainda é cedo, vou dormir um pouquinho. Em questão de minutos eu peguei no sono.
- Não acredito que você dormiu e ainda não esta pronta? – Acordei num pulo com os gritos da Kris.
- Só dei uma cochiladinha, que hora é?
- São seis horas, já tomei banho então você pode ir direto para o chuveiro. Mas não demora, não quero me atrasar no meu primeiro encontro com o Nick.
- Ahhh, esse é o nome do amigo misterioso hein?
- É Nicolas na verdade, mas eu posso chamá-lo de Nick.
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