Os cabelos castanhos esvoaçavam-se, com o vento á sua vantagem.

As órbes verdes, estavam escondidos pelas pálpebras, fechadas, que lhe passavam uma aparência mais terna, angelical.

Os lábios levemente coloridos num tom vermelho rosado, estavam entreabertos.

O nariz naturalmente arrebitado para cima.

A pele que parecia ser tão macia aos olhos dele.

O sol batia nos fios de cabelo dela, fazendo-os parecer mais livres.

Eles brilhavam ao sol.

Ele talvez pensasse, que estara sentindo um amor platônico, agora.

Mas não.

Ela lhe correspondia com todos os sinais, ele que apenas não conseguira entendê-los.

E, mesmo assim, ela sorriu, ainda com os olhos fechados.

Porém, logo após, abriu os olhos lentamente, mostrando novamente, os docéis e ternos olhos verdes que tinha.

Eles eram um pouco parecidos aos dos gêmeos.

Porém, diferente dos seus, que eram apenas órbes pretas, que não transmitiam sentimento algum.

Contudo, ela conseguia saber todos os sentimentos dele.

Por que fora ela por quem ele havia se apaixonado.

Foi por ela que ele fez mil e uma loucuras.

Fora por ela que ele não tinha matado – ainda – aquelas duas espécimes de corpo metade humano, metade demoníaco.

Mas acima de tudo, fora por ela que ele havia arriscado ganhar o ódio eterno dos seus próprios filhos.

Ele pôde sentir o projétil da moça lhe tocar com os dedos finos e macios tocar-lhe o possível rosto.

Abaixou sua cabeça até uma altura para que ela pudesse selar os lábios dóceis na testa dele.

As bochechas estavam um pouco vermelhas, e ela se permitiu sorrir, mostrando os dentes brancos.

O vento passou.

E os fios dela, se ajeitaram novamente, na forma de cabelo ondulado que ela tinha.

E foi assim, que ela sumiu, quando ocorreu uma junção de sua imagem com o vento, que mais uma vez, dava a atenção para ela.

Yuri Egin.

Conseguira derreter o já coração ardente do mais poderoso demônio.

Satã.