Só tenho uma coisa a dizer: Ser um semideus já é difícil, mas ser eu pode ser ainda mais!

Meu nome é Luisa. Tenho 12 anos. Minha história é bem complicada, desde que eu tinha apenas 1 ano: Meus pais, meros mortais, perceberam que não teriam condições para cuidar de mim. Eles me abandonaram no meio de uma floresta, que fica bem perto da minha cidade... Minha sorte – ou azar – foi que isso aconteceu à noite, enquanto Ártemis observava a floresta na esperança de encontrar um bom animal para caçar... Ela assistiu toda a cena, e, quando meus pais saíram, desceu de seu posto, me pegou no colo, e foi embora, me levando com ela. Ela poderia ter simplesmente me deixado em uma creche, mas sentiu em mim uma aura de poder muito alta, muito maior do que a de qualquer mortal comum. Assim, ela me criou como uma filha. Ela me ensinou as coisas mais simples da caçada, com atirar com um arco e flecha, subir em árvores, me camuflar na mata... Era praticamente uma caçadora, mas não havia assumido nada sobre “me livrar” dos garotos. Ok, eu sei que eu não tinha nenhum parentesco real com o mundo grego, mas, pelo o que parece, minha convivência com Ártemis me deu alguns poderes de semideusa, além da minha áurea de poder.

Enfim, tudo estava bem, eu caçava com Ártemis e suas caçadoras, como sempre, quando a deusa me chamou para conversar:

-Hm, Luisa... Eu, quer dizer, os deuses têm algo para te dizer... Lá no Olimpo.