A Flor escrita por Kori Hime


Capítulo 1
A sexta Nakama - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Há duas personagens OC nesta fanfiction que foram utilizadas para um melhor andamento da historia.
Katsu Kori, pertence a mim
Mariko, pertence a Nyuu_d



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– Robin! Robin...

Nico Robin ouvia bem ao longe seu nome ser chamado. Ela abriu os olhos devagar e reconheceu os cabelos vermelhos da mulher que a pegava no colo. Depois disso, Robin caiu na escuridão. As lembranças do ataque mal sucedido contra Crocodile ainda estavam presentes em sua memória. A chegada do pirata e sua vitória também. Robin estava preparada para morrer, mas ele não permitiu isso.

– Vai ficar tudo bem querida, tudo bem.

E se não fosse por Ela com certeza sua morte seria algo certo a acontecer. Mas Nico Robin, sabendo que o plano poderia não dar certo, certificou-se de contar a mais uma pessoa o que se passava em Alabasta. Essa pessoa era Katsu Kori, a crupiê do cassino de Sir Crocodile, o Rain Dinners.

Robin não confiava em ninguém, muito menos em Kori. Infelizmente a ruiva ainda não tinha a confiança total da arqueóloga porque essa tinha muito medo do mal que poderia fazer a ela, então resumiu o assunto em poucas palavras. Kori estava ciente de que algo muito grave estava para acontecer. Antes de sair do cassino, Robin deixou uma mensagem para a ruiva, informando seu destino em Alubarma. Kori estava somente a algumas horas de distância de Robin quando iniciou o conflito entre os rebeldes e o reino.

Mesmo dizendo que Robin não confiava em Kori, ela foi extremamente importante para sua salvação. Era ela quem estava lá quando a morena precisou de ajuda.

– Como ela está?

– Acho que mais dois dias ficará bem. Precisamos tirá-la daqui, antes que descubram que nós estamos a escondendo neste hotel.

Robin ainda podia sentir os efeitos colaterais do veneno. Ela não conseguia se mexer com facilidade ou falar. Mas podia muito bem ouvir. Kori costumava conversar com ela por horas e horas. A arqueóloga queria respondê-la, mas era inútil. A segunda voz que ouvia, era de outra jovem que também trabalhava no cassino, e pelo que Robin sabia, era uma amiga de Kori.

Uma noite, quando Kori estava sentada cochilando ao lado de sua cama, Robin sibilou algumas palavras. A ruiva despertou de seu breve sono rapidamente para atendê-la.

– Você precisa descansar, por favor. Não fale nada.

– Não. Preciso de um favor. – Robin disse com dificuldade, tossindo. Kori pegou um lenço e limpou os lábios dela. – É importante.

– Certo, eu faço o que você quiser.

Robin sorriu docemente, em seguida explicou qual era o plano dela para deixar Alubarma, e qual seria seu próximo destino. Teriam pouco tempo para isso, já que deveriam fazer uma viagem pelo deserto. Kori iria precisar de um meio de transporte. Mariko ficou de conseguir camelos para a viagem, ela com certeza o faria sem muitos problemas.

– Aqui. Roupas, comida e dois camelos. Sua namorada vai ter que me pagar depois. – Mariko cruzou os braços escorando-se no parapeito da janela. 

– Ela não é a minha namorada. E não se preocupe, eu pago.

– Eu vi alguns dos piratas do chapéu de palha. Uma ruiva de cabelo curtinho, ela estava na loja de roupas extorquindo o coitado do vendedor. Esses piratas... tsc.

Robin estava deitada na cama, ela sentia-se muito melhor, mas ainda estava um pouco debilitada para se levantar, e como queria mesmo sair dali o quanto antes, seguiu as ordens de Kori exemplarmente. Ela sabia que a ruiva estava fazendo o seu máximo, mas não sabia como pagar por todo aquele tratamento. A ideia inicial era fugir na madrugada, deixando-as para trás. Mas a viagem no deserto não era muito simples de se fazer, principalmente com um ferimento. Ela era inteligente o suficiente para aceitar ajuda quando necessário. Mas ainda sentia-se um pouco mal por colocar duas pessoas em perigo por protegê-la.

Os dois dias passaram-se. Mariko voltava ao hotel sempre com alguma novidade diferente do bando do Chapéu de Palha, mas nenhuma dizia quando eles iriam partir.

– Essa noite, temos que ir. – Robin disse e Kori assentiu com a cabeça. Mariko preparou os camelos, e Kori ajudou Robin a subir no animal que ela guiava. A arqueóloga vestia uma capa vermelha, com capuz cobrindo sua cabeça. Mariko ia à frente, ela conhecia muito bem aquele deserto, seus antepassados eram nômades em Alabasta, até fincarem suas raízes em uma das cidades.

Robin sentiu uma vertigem, ela deitou a cabeça no ombro de Kori, abraçando-a pela cintura para se segurar. Adormecendo em seguida. A viagem correu tranquila, elas pararam algumas vezes para comer e descansar até chegarem ao local onde a arqueóloga desejava.

– Como assim, voltar?

Robin ergueu a mão para acariciar os cabelos vermelhos da jovem. – Sim, quero que retorne para o Rain Dinners, e como eu sugeri, deem a eles algum tipo de explicação sobre o desaparecimento de vocês duas.

– E o que eu vou dizer?

– Bem, diga que viajaram juntas.

– Juntas? – Mariko se intrometeu na conversa.

– Exato. – Robin olhou para ela, com um sorriso apaziguado. – Precisam de um álibi. Para não haver suspeitas de que me ajudaram. Eu sou uma procurada do governo. Não quero que vocês sejam envolvidas nos meus problemas.

– Você quer dizer mais envolvidas certo? – Mariko cruzou os braços. Kori olhou para a amiga e depois para Robin.

– Não posso te deixar aqui. Não é certo. Você ainda não está completamente curada.

– Eu estou muito bem. Já tenho um refúgio me aguardando. – Ela meneou a cabeça e olhou para a ruiva. – Acho que nunca lhe agradeci pelo que fez por mim. Obrigada. Vocês duas.

A morena olhou na direção da outra, que fazia um bico. Mas Robin não se importou muito.

A partir de um certo ponto, Robin seguiu viagem sozinha, ela não aceitou a oferta de levar o camelo, acreditando que ele poderia chamar mais atenção do que o necessário. Sem Kori ver, Robin deixou algumas joias dentro de sua bolsa, para compensar todo o esforço que a ruiva e sua amiga teve. Claro que aquilo não era o suficiente para pagar por sua vida. Mas Robin tinha a esperança de que um dia poderia reencontrá-la.

Depois de um tempo, a arqueóloga finalmente chegou ao seu destino final. Desejava que isso fosse realmente o final de uma longa jornada.

O navio era pequena em vista de muitos outros que Robin conhecera ao logo dos anos. Ao pisar no convés, sentiu uma paz e tranquilidade no peito. Um sentimento de boas vindas lhe preenchia o corpo. Ela olhou na direção da proa do navio e agradeceu mentalmente.

Robin deu uma olhada geral do lado de fora, subindo as escadinhas, haviam até laranjas plantadas ali, achou agradável. Entrou então na cozinha do navio. Era tudo muito bem organizado. Ela passou a mão sobre a mesa de refeição, imaginando como poderia ser divertido os jantares em alto mar. Robin recordou-se da voz do príncipe. Ela riu preparando um café.

Passeou pelo navio dos piratas do chapéu de palha, com a xícara de café na mão. Encontrou a entrada para o quarto do rapazes. Soube disso no momento em que deparou-se com uma organizada bagunça.

Robin encontrou ferramentas e tábuas. Ao subir no navio percebeu que ele estava um pouco machucado. A viagem até ali deveria ter sido difícil, imaginou quanto tempo ele iria aguentar na Grand Line. Esperava que muito. Também havia halteres, e equipamentos de exercícios. Livros de medicina e ervas especiais para tratamento de diversas enfermidades.

Ela subiu a escadinha e voltou ao seu passeio.

Já do outro lado encontrou outra entrada.

Era um quarto. Muito bem organizado, tinha um cheirinho agradável de perfume cítrico. Ela sentou-se na cadeira e olhou, sem mexer, os desenhos sobre a mesa. Reconheceu alguns mapas de locais que já havia visitado, como Little Garden. Havia também uma fotografia. Robin segurou-a nas mãos.

Era uma bela foto. Ela deixou o porta-retratos no lugar, levantando-se. Abriu o armário, havia diversas roupas, muito bem organizadas por tamanho e cores. A arqueóloga recordou-se da jovem ruiva presa junto com os demais na cela. Ela vestia uma roupa típica das dançarinas de Alabasta. Era sem dúvida uma escolha peculiar, mas não reprovou. Procurou então alguma roupa que servisse nela, as duas tinham estaturas diferentes, mas talvez com alguma customização, algo deveria caber.

Por fim, optou por uma camisa branca e calça roxa. Era bem confortável. Robin ainda pensou se a jovem não havia comprado aquela roupa por impulso porque não imaginava que combinasse com ela aquele estilo.

A morena olhou ao lado da cama e viu um baú. Como imaginado, estava trancado. Mas isso não seria um problema. Alguns colares e anéis, carteiras e dinheiro. Um típico baú do tesouro. Robin guardou-o no mesmo lugar e passou a olhar a coleção de livros na estante, ela pegou um que achou interessante e deitou na cama para ler, fechou os olhos em um certo momento e cochilou um tempinho.

Acordou com o chacoalhar do navio. Barulhos e uma confusão. Robin pensou em subir ao convés, mas talvez fosse piorar a situação. O bando poderia atacá-la, ou ela atrapalhá-los, e não estava ainda em condições de lutar. Além do mais, aqueles foram os piratas que derrotaram a Baroque Works. Eles iriam dar conta de sair vivos de Alabasta. Além do mais, sua presença ali deveria ser por enquanto sigilosa.

Quando tudo ficou tranquilo, a morena achou que já era hora de se revelar para o bando.

Antes de abrir a porta, ouviu uma breve conversa. A arqueóloga riu, achando graça no que eles diziam, até abrir a porta e dar de cara com o Caçador de Piratas.

No começo, eles não aceitaram sua presença, mas isso foi conquistado aos poucos.

Nico Robin sentiu a brisa do mar mexer seus cabelos, estava pronta para uma nova aventura. Todos esses anos, ela aprendeu que há pessoas más no mundo, interesseiras e cruéis. Mas aquele navio, alguma coisa dentro de seu peito dizia que ali, as coisas poderiam ser diferentes.

Era o que ela desejava.

Um grito agonizante tomou conta do navio, e todos correram para ver o que era. A navegadora estava em perigo. Sanji gritou desesperado por sua amada. Zoro tirou sua espada da bainha, Luffy esticou-se voando pelo Merry para ver o que era. Usopp e Chopper corriam de um lado para o outro.

– Alguém abriu meu baú! – Nami estava com uma cara demoníaca.

Cada um foi dizendo que não havia nem pisado o pé no quarto dela. Até chegar a vez de Robin.

– Ah! Eu o abri, mas não peguei nada. – ela sorriu amigavelmente.

Os olhares da tripulação iam da arqueóloga até a navegadora, aguardando que a ruiva se descontrolasse completamente.

– Hmmm... – Nami levou a mão à testa. – Bem, tudo bem. Mas quando precisar de alguma coisa me peça.

– Oe!!! – Todos caíram para trás.

– Está bem, senhorita navegadora. – Robin voltou mesmo lugar de antes e Nami retornou ao seu quarto, estava provando anel por anel de Sir Crocodile.


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