Cascão estava ficando sem graça já, pois o silêncio já tomava conta daquela sala há algum tempo. Então se despediu de Magali com um beijo no rosto. A comilona o acompanhou até a porta, e ele foi.

Mas quando estava saindo do portão, avista um monte de gente na outra rua, e volta chamando Magali, que também, vítima da curiosidade, vai correndo ver o que está acontecendo.

Os pais de Mônica já haviam sido avisados do acidente.

Chegou a ambulância, estava uma discussão de quem, além de os pais, iria com Mônica.

Seu Souza, Dona Luísa e Magali foram acompanhando a paciente. Estavam desesperados, mesmo com médicos especializados ali. Podia ser apenas um simples acidente... atropelamento por motos, não matam muito...mas a coisa estava realmente feia.

Chorando, Cebola pede para seus pais o levarem para o hospital, Cascão, Denise e Irene pedem carona.

Por que Irene queria ver Mônica? Será que ela mudou mesmo?* Pensava Cebola ingênuo. Tava na cara que Irene estava aprontando mais uma... Só Cebola não percebia? E pelo jeito nem Cascão... Será que meninos são todos cegos assim? Pensava Magali, desprendendo-se da preocupação principal do momento.

Todos olharam “bravos” para a loira *como ela ainda tem coragem?* pensava Cascão *Ela não tem limite?* Magali se perguntava. Cebola sabia que não era uma boa levá-la, não sabia o que acontecia entre os três, mas tinha certeza de que não daria certo, então inventou qualquer desculpa para a loira desistir da idéia.

Rapidamente, entraram no carro e partiram a caminho do hospital...

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Mônica chega ao hospital deitada na maca. Magali, Dona Luísa e Seu Sousa foram impedidos de entrar na UTI. Sim, o acidente foi realmente grave.

Sentaram-se então na sala de espera quando Denise, Cebola e Cascão chegam fazendo milhares de perguntas.

Tiveram que esperar ali.

Algumas horas se passaram e nada. Cansados de esperar, perguntavam o que estava acontecendo a cada vez que um doutor ou enfermeira passava por ali... Nunca obtinham uma reposta concreta.

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Mônica na UTI respirando por tubos. Ninguém esperava que fosse tão grave assim. Talvez ela precisasse entrar em coma induzido. Mas como falar isso para os que a esperavam ali fora?

Então, Dr. Arnaldo prontificou-se e tomou coragem de sair do recinto a fim de informar os familiares e amigos detalhadamente o que seria feito.

Saindo, vieram todos praticamente juntos pedindo informações sobre Mônica.

-Olhe, eu serei direto. Mônica Sousa está em estado grave, há chances de sobrevivência, porém, são poucas as chances de não aparecer sequelas.

-O que isso quer dizer doutor? –Perguntou Dona Luíza em prantos.

-Isso quer dizer que talvez ela tenha um traumatismo.

Ouvindo isso, todos começaram á chorar.

-F-foi tão grave assim doutor? –Magali perguntara.

-Foi, ela bateu a cabeça com força, isso sempre é grave.

Nesse momento, os pais de Magali e de Cascão chegaram perguntando o que havia acontecido. Temiam o pior já que estavam todos aos prantos. Mas obtiveram felizmente a resposta de que a menina estava viva. Mas começaram a chorar por obter as palavras do médico.

Teriam que ir embora. Poderiam ficar apenas duas pessoas para dormir ali. Dona Luísa perguntou para a turma quem ficaria com ela, pois seu Sousa realmente não poderia.

Magali, Cascão e Cebola quase entraram em guerra querendo ficar ali.

Quem ficou foi Magali. Dona Luísa disse que Cebola ficava no dia seguinte e Cascão no outro. E todos foram embora.


Magali passou a noite com Mônica juntamente á Dona Luísa

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Amanheceu no limoeiro.

A turma em geral, acordou preocupada. Como será que está a Mô?

Cebola não foi á escola, ao invés disso, foi visitar a amiga no hospital.

Claro que sua mãe não o deixaria faltar, então ele foi escondido...

Cascão foi para escola pensando nos problemas que enfrentava... Sua amiga na UTI, e as coisas pessoais, como o campeonato de skate, sua briga com Magali, em fim...