Mariana, uma menina de cabelos lisos e recentemente pintados da cor roxa, morava em Curitiba-PR e se mudou pra São Paulo há pouco tempo. Não acostumada com a cidade e o pessoal, ficava em casa conversando com seus amigos de Curitiba pelo MSN, enquanto seus pais visitavam os pontos turísticos da cidade, mercados, parques, lojas, enfim...

 Ela tinha poucos amigos, mas muito verdadeiros, mas infelizmente, todos moravam em sua antiga cidade, o que complicava ainda mais sua convivência em São Paulo.

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Estava anoitecendo, Mônica acordava e percebia que estava sozinha em casa, odiava isso parece que sempre que estava sozinha acontecia alguma coisa, boas ou ruins, mas fora de rotina.

Sua mãe havia ido ao mercado juntamente a Seu Souza, Mônica entrava no MSN e conversava com Ana.

-Oi Flor, e aí o que achou da fotinho?

-Nossa! Ana, como é que você sabe?

-Ah! Contaram pra Fá, que contou pra Jú, que contou pra...ah seilá, eu fiquei sabendo agorinha!

-Hum...seinão coitadinha da Magá!!!Mas e aí, com quem você ia se encontrar àquela hora?

-Ai, como você é enxerida! Não era ninguém não ta!

-Sei...Ana, você não me engana(rimou), pode contar...

-Foi com o Luca, ta satisfeita?

-COMO É QUE É???

-Isso aí, eu tava na pracinha de boa e ele me chamou pra tomar sorvete...

-Mas...como assim? Ele...você...não tava com o Titi?

-Ué que que tem? Nosso lóvi ta monótono demais, e o Luca só queria tomar sorvete oras...

-Ui Ana como você é atrevida heim...hunf!

[Mônica desligou-se]

*Eu não acredito que o Luca saiu com a Ana...**Ué, e daí...você não é nada dele...**Mas...pô, a Ana tem namorado né**Não tenta me enrolar não, você está com ciúmes**Ciúmes de quê?**De o Luca sair com a Ana e não com você* Mônica se perdia em seus pensamentos, não sabia o que estava sentindo realmente...Se pelo Luca, ou Cebola...Estava (mais uma vez) confusa.

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Cebola andava preocupadamente pelo bairro em busca de seu adorável cachorro verde. Procura por todas as ruas, inclusive a “rua de baixo” onde em sua infância havia aqueles meninos, bem brutamontes, que se metiam a bater nos mais novos. Andou mais um pouco e chegou a uma certa casa na qual há dois dias estava á venda. A residência era simples, mas muito bonita e bem cuidada, típica das casas do Limoeiro. As luzes acesas davam a certeza de quê havia residentes ali. Cebola deu mais uma olhada e saiu já que aquilo não era da sua conta mesmo, queira ou não, uma hora ele ainda iria conhecer as pessoas que agora moram ali.

Saiu em busca de seu cãozinho verde novamente, não agüentando mais, volta pra casa na esperança de encontrá-lo por lá. Enquanto voltava, uma chuva muito forte começou a cair. Ele não se importava, porém estava frio. Corria rapidamente até sua residência, encontrando assim, floquinho, seco e seguro, dentro de sua casinha que ocupava a garagem.

Entrando em casa, corre diretamente para seu quarto, suíte. Seu PC estava ligado e nele estava aberta uma foto de uma menina na qual ele sentia... alguma coisa...

Mônica estava abraçada à Cebola na foto. Ele a fitava na tela com os olhos brilhando. Como uma menina, depois de tudo que eu fiz na infância, pode ser tão carinhosa comigo? Era a pergunta que Cebola fazia a si mesmo enquanto tomava seu delicioso banho quente.

Ao sair e se trocar, percebe que a chuva não cessa assim como o frio, então, pois se a dormir.

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Ana recebe uma ligação de Luca marcando um encontro, o que ela não sabe é que Titi ouve toda a conversa do lado de fora da casa.

-Oi Lu! Claro... podemos sim....não, ele vai sair....aham....ok, três horas então você vem...ta, beijo, tchau!

Desligando seu celular, vai tomar um banho para dormir.

Titi, que estava na janela, saía andando em direção á sua casa pensativo, *quem é esse Lu?**Será que... Não, não pode ser o Luca**Ou pode?*

Adentrava sua casa com o pensamento de que sua namorada estava o traindo, não tinha certeza, mas o que ouviu foi o suficiente para Titi ficar nervoso e tomar a decisão de ir à casa de Ana no dia seguinte ás três horas da tarde sem ser visto.

Foi dormir pensativo.

Saindo do seu banho, Ana escrevia em seu diário, coisas como:

“O Luca marcou um encontro comigo outra vez para amanhã [...] Porque o Titi pode ter uma amizade colorida, e eu não? [...]”

Era o que atordoava Ana desde a infância, mas nunca teve certeza disso, até ver Titi se agarrando com Denise, não era beijo nem nada muito grave, mas Ana era ciumenta e não admitia ver seu namorado abraçando outras meninas. Queria “dar o troco”.

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Nessa mesma noite, Magali e Cascão pegavam o ônibus que ia até o terminal das pitangueiras, estava uma chuva muito forte, estava quase caindo granizo já.

Como o terminal ainda estava meio longe, decidiram que ficar brigados não era uma boa. Então começaram á conversar.