A Fênix escrita por Julibella


Capítulo 1
Berlin, 1933.




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Berlin, 1933.

 

“Da nobreza”, esse é o significado de meu nome. É justo, eu vivo na nobreza, meu pai era um homem rico e com os anos de luta com as industrias Manford, fez uma fortuna que nem se houvesse duas Guerras seguidas, ela se esgotaria. Vivo uma vida cheia de mordomia, porém dou muito valor a ela.

 Papai morreu quando eu tinha 10 anos. Deixou toda sua fortuna para mim e como tutora minha prima, Raven. E minha mãe, onde fica nisso? Meu pai morreu de infarto quando descobriu que ela havia dormido com todos os soldados do quartel aqui perto de casa. E minha irmã, mais nova, foi para o mesmo caminho, já que com apenas 14 anos, já tem um bebe largado no mundo.

 Elas vivem pedindo dinheiro, mas eu nunca hei de perdoá-las pela morte dele. Nunca irei. Deixei-as numa casa no subúrbio de Berlin e continuo a viver na mansão onde papai me criou. Vivem eu, Raven e Marietta, minha melhor amiga.

 O pai de Marietta era soldado, e morreu da mesma forma que papai. Mas, se é loucura não sei, mas Mari acha que sua voz foi a culpada pelo ataque, desde então, não fala mais. Na hora que isso aconteceu, ela estava cantando... ela julga que sua voz é amaldiçoada ou algo do tipo, sei lá. Graças a isso, aprendi a ler seus pensamentos e seus olhos... é impossível de acreditar, mas eu posso isso. Mas, com tantos problemas de saúde que já sofri e a quietisse de Mari, recebemos dois apelidos, que quase substituem nossos nomes: eu sou a Fênix, pois diversas vezes renasci das cinzas... e Marietta é conhecida como a Muda, a menina que tem medo de falar. Pode soar estranho... mas é a verdade.

 Do lado de minha casa, sempre viveu a família Schneider, e Jacob, o filho mais velho , é meu melhor amigo. Ele é judeu, e sua família é tradicional aqui em Berlin. O meu outro amigo mora um pouco mais longe, o nome dele é Jonahan Bohrer, e sei que ele sempre foi apaixonado por Marietta... mas ela finge não saber. Além de muda, se passa por cega e surda. Nas conversas que tínhamos em grupo, isso ficava evidente. Juntávamos-nos sempre na minha varanda, escutando uma boa musica e comendo biscoitos com suco.

 


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