O Enigma do Faraó Parte I escrita por Lieh


Capítulo 7
VII - Como tudo começou....


Notas iniciais do capítulo

A todos q estão lendo, peço q prestem bastante atenção nesse cap...rsrs, no futuro vcs saberão porke!



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Mesmo naquele fim de tarde, o Parque do Ibirapuera estava lotado. Um grupinho se sentou numa moita bem escondida e Crânio começou:

- Há um tempo meu tio contou que foi para o Cairo com dois colegas para encontrar a pirâmide de Ramsés onde estavam guardadas as relíquias de Rà.

 

Crânio adorava passar um tempo com seu tio Rafael e principalmente naquele dia frio onde seria maravilhoso tomar um chá quente. Danielle veio com as bandejas toda sorridente e quase tropeçou numa pedra que havia no jardim. Os três sentaram-se numa mesa perto da piscina.

- Ah, tio conta como foi sua aventura no Egito...

- Está bem. Há muito tempo eu trabalhava com dois grandes amigos: Pablo Montéz e Vicent Maximilliam que assim como eu eram fascinados por cultura egípcia. Estávamos no hotel planejando como iríamos entrar na pirâmide e conseguir sair dela sem nos perdermos, então conseguimos um mapa.

 

- Vejamos, entramos por esse corredor e vamos encontrar a ala principal, nessa ala há várias passagens vamos pegar à última do lado esquerdo, e nela há uma escadaria que vai direto para o topo da pirâmide onde está à tumba de Ramsés e as relíquias estão guardadas dentro de um baú de madeira e trancadas a cadeado... Essa questão resolveu lá mesmo.

- Como assim resolvemos lá na hora, como vamos abrir o tal baú?

- Ora, meu caro Vicent, na tumba deve estar escondida a chave.

Partimos à noite que de dia o sol está muito quente no deserto, foi um pouco difícil encontrar a pirâmide de Ramsés, mas no fim achamos. A lua estava alta e retiramos nossas lanternas da bolsa e procuramos uma plataforma que abrisse a pirâmide. Até que Pablo a encontrou.

- Consegui abrir, venham!

Era o corredor escuro que estava no mapa, entramos procurando não encostar-se à parede, pois se afastássemos uma pedra poderíamos provocar um desabamento e anos de história egípcia ficariam soterrados. Finalmente encontramos a ala onde havia as passagens, parecia uma sala cheia de desenhos antigos nas paredes e até no chão, se vocês vissem ficariam fascinados como estava em perfeito estado, eu encontrei algo que eu tenho guardado até hoje: o cálice de alguns faraós.

- Esses objetos devem ter milênios, preciso estudá-los.

- Vai levar os cálices, Rafael?

- Claro Pablo devem ter muita história para contar!

Pegamos a última passagem da esquerda, e as escadarias em espiral toda feita de pedra. Conforme fomos subindo, encontramos muitas salas e esqueletos de arqueólogos que nunca conseguiram encontrar a saída ficamos apavorados, mas continuamos nosso caminho, e um cheiro de mofo terrível, olha precisava de uma faxina urgente!

- Chegamos! A tumba de Ramsés, finalmente.

- Está escuro, e nunca vamos encontrar as relíquias!

- Ora, Vicent, conseguimos chegar aqui e já é uma vitória. Muitos arqueólogos do mundo inteiro procuraram os Símbolos de Poder de Amon Rá e nunca acharam. Vamos ser os primeiro brasileiros a encontrar algo tão valioso, e vai ser um grande passo para a arqueologia do nosso país.

Começamos a procurar a chave para abrir o baú de onde estavam as relíquias, mas tivemos algumas surpresas.

- Pablo, Rafael, venham ver.

- O que foi Vicent?

- Eu achei o sarcófago onde está a múmia de Ramsés.

Ficamos de boca aberta: na nossa frente o tempo todo estava o sarcófago de Ramsés. Tiramos a tampa e o que vimos parecia um filme de terror: tinha mais esqueleto do que pele, e o cheiro insuportável, os linhos todos bagunçados e sujos, a pele toda podre e alguns bichos comendo a múmia, estava tão deformado que nem o rosto conseguia mais ver, só pele podre.

- A chave do baú esta nas mãos da múmia, quem é o corajoso que vai pegar?

Como sempre sobrou para mim.

- Tio, o senhor colocou a mão lá dentro?

- Pois é Crânio...

- Que nojo, tio – exclamou Dani.

- Quando você ama a sua profissão você faz loucuras por ela, Dani.

Peguei a chave e abrimos o baú e... Lá estavam as três relíquias de Rá!

Guardamos e saímos o mais rápido possível, pois a pilha de nossas lanternas estava acabando. Descemos as escadas, encontramos a ala principal e a saída, sem acreditarmos que tínhamos conseguido, estávamos radiantes de felicidade.

No dia seguinte iríamos doar as relíquias para o museu do Cairo, mas tivemos uma lamentável surpresa: O Lacre e o Enigma haviam sumido! A notícia se espalhou e então o diretor do museu o senhor Damfeh disse que tínhamos o direito de levar o Olho para o Brasil. Vicent não concordou:

- Nós encontramos então o Olho de Rá e nosso!

- Vicent, é um patrimônio mundial e devemos mostrá-la ao mundo!

- Mas...

- È nosso dever - cortou Pablo.

Ah, o velho Pablo sempre calmo nas horas difíceis como aquela, como todo samurai.

- Samurai?!

- È sim sobrinho, Pablo praticava artes marciais, e Vicent bom seu fanatismo pela lenda de Rá o quase deixou louco.

- Por que, tio? – perguntou Dani.

- Ele tinha vontade de cumprir a maldição!

- Mas é loucura!

- Claro, mas tinha um, porém, teria que decifrar o Enigma de Rá.

-Como assim?

- O Enigma era uma peça parecida com o Olho e quando abria a caixinha, encontra-se um papiro escrito em hieróglifos, se você conseguir traduzir a mensagem e entendê-la você terá muitos prodígios e a maldição se cumpriria. Descobri o papiro na noite em que encontramos as peças.

- Como era o Lacre, tio?

- Era outra peça também de ouro com uma estrela de cinco pontas com o Olho no meio dela. Quando abri a peça encontrei vários colares de ouro com a mesma estrela, pertenceu aos Cavaleiros de Rá quando eles matavam as pessoas e oferecia a Rá. Passou muito tempo e eu Vicent e perdemos o contato só consigo falar com Pablo. Mas estou satisfeito por mostrar ao mundo as riquezas escondidas naquelas pirâmides. Uns grupos guiados por nós encontraram a múmia e ficou exposta no museu do Cairo, e nós ganhamos prêmios e homenagens daquele povo tão querido.

- Vocês são uns heróis! – exclamaram Dani e Crânio.

 

 

Os Karas continuaram olhando fixamente para Crânio, como se dissessem “È incrível”.

- Um momento, quem é essa Danielle? – perguntou Calu.

- È minha irmã – respondeu Crânio

- Sua irmã?! – perguntou Chumbinho

- Pois é ela mora no litoral na casa dos padrinhos dela, por que ela se estressa muito morando na capital, e o médico disse que ela precisava morar num lugar em contato com a natureza. Mas com a morte do nosso tio, ela veio para cá, e já deve estar em casa.

- Pessoal – começou Miguel – temos que visitar Pablo Montéz, pois com certeza tio Rafael tem o endereço dele e depois procurarmos Vicent Maximilliam. Pensem: onde está O Enigma, o Lacre e agora o Olho de Rá? As três peças sumiram e estão com o assassino.

- Mas Miguel – cortou – O Enigma e o Lacre desapareceram na noite em que foram encontradas.

- Exatamente, Magri, mas lembra o que Rafael disse? Que Vicent era fanático pela lenda de Rà.

- È mesmo – pensou Calu – Ele pode ter roubado as peças inclusive o Olho... Ele é o assassino!

- Então Pablo Montèz vai nos ajudar a levar até Vicent Maximilliam! – apoiou Chumbinho.

- Um momento – discordou Andrade – que está no caso sou eu, então eu vou interrogar Pablo Montéz.

- Mas Andrade – pediu Magri – Ele vai perceber na hora que você é um policial, tem que ser alguém que não dê na vista.

- Crânio e Danielle podem ir, por que como eles são sobrinhos de tio Rafael, vai ser mais fácil interrogá-lo - sugeriu Miguel.

- Está bem eu falo com a minha irmã e trago o endereço de Pablo Montéz que está na agenda do meu tio.

- E amanhã bem cedo nos encontramos aqui para ir a casa dele – encerrou Miguel.

Todos já estavam de partida para suas casas, Miguel já ia saindo quando olhou para o banco: Magri havia esquecido sua bolsa. O líder dos Karas pegou com carinho e abriu-a. Não sabia por que fez isso, pois é falta de educação mexer nas coisas alheias. Retirou o celular da menina e começou a olhar as fotos, a maioria era de bons momentos que os Karas haviam passado juntos. Quando a próxima foto se abriu na tela, Miguel não acreditava no que estava vendo: era uma foto dela com Crânio, abraçados, tinha outra que o gênio dos Karas carregava a menina nas costas, muito felizes e a outra era Magri beijando o rosto de Crânio...


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