O Enigma do Faraó Parte I escrita por Lieh
Os quatro jovens estavam com as mãos amarradas as costas diante de um enorme salão onde havia dois tronos macios de ouro, e os encapuzados atrás deles segurando os seus ombros, como se fosse possível fugir dali.
O Guardião entrou com aquele jeito fantasmagórico, e atrás dele dois garotos um de mias ou menos quinze anos e outro de doze anos, com as caras frias escoltados por dois cavaleiros.
Os dois meninos sentaram nos tronos macios de ouro e encararam com frieza os prisioneiros.
- Majestades, encontramos esses intrometidos rondando aqui em baixo. O que vamos fazer com eles? Queremos vossas opiniões.
O mais velho levantou-se e se dirigiu aos prisioneiros. Seu olhar era de muita frieza seu rosto estava acinzentado, e não parecia nada com Crânio, o garoto do rosto rosadinho de olhar doce e sereno.
O rapazinho pegou uma espada que estava nas mãos do Guardião, sacou-a e começou a andar em volta dos Karas e sua irmã.
A espada zunia em volta deles e por pouco não cortou uma mecha do cabelo de Magri. A garota estava à beira das lágrimas, e quando o gênio dos Karas passou por ela, seus olhos eram suplicantes:
“Crânio, meu querido o que fizeram com você? Sou eu, meu amor, por favor, nos ajude... Será que fizeram lavagem cerebral? Ou está hipnotizado? Ou você é um clone dele?”
O mais novo desceu também, e tinha a cara de bravo, e não era nada parecido com Chumbinho, o garotinho de sempre bom-humor, alegre e divertido.
O menor dos Karas trocou olhares com Crânio que num décimo de segundo apontou a espada na garganta de Miguel.
- Crânio não, por favor!!-suplicou Magri.
- Maninho qual é o teu problema? Você não é assim... -interpôs Dani.
- Crânio, Chumbinho somos nós seus amigos, não pode fazer isso com a gente!- Calu tentava ajudar. Mas a espada acabou apontando para a garganta do ator dos Karas.
- Majestades, se quiserem matá-los dou meu apoio! – disse o frio Guardião.
Magri já ia se explodir em lágrimas, mas os dois garotos se olharam e Crânio arrancou a espada da garganta de Calu.
- Leve-os para um quarto e tranque-os lá. Quero que sejam bem tratados, depois darei outras ordens.
E o gênio dos Karas entregou a espada para Chumbinho que deu para o Guardião, que mandou levar os prisioneiros para o melhor aposento.
Os quatro prisioneiros estavam trancados naquele belo quarto.
- Mas o que deu no meu irmão e no Chumbinho?? – perguntou Dani.
- Só podem estar controlando a mente deles – supôs Calu.
- Isso não pode estar acontecendo. Precisamos da ajuda deles, mas ficam contra nós? Isso não faz o menor sentido. – comentou Miguel.
Magri estava sentada na bela cama com linhos de seda azul, com o rosto escondido nos joelhos. Estava chorando.
Dani aproximou-se dela tentando consola – lá e Magri abraçou a garota que já considerava como amiga.
Naquele momento um dos Cavaleiros entrou perguntando qual das duas era a Magri.
- Sou e-eu. -disse a menina soluçando.
- O Príncipe quer falar com você, vamos!
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