Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 5
Cap 5 - Alameda dos sonhos despedaçados - Part III


Notas iniciais do capítulo

Fortes revelações na penúltima parte de....
Alameda dos Sonhos despedaçados
Kkkkkkkkkkkkkkk
Até parece comercial de novela, kkkkkk
E por favor leiam notas finais é importante ;D



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' Nada é por acaso... Acredite em seus sonhos e nos seus potenciais... Na vida tudo se supera...'
Mema Velame, usuária facebook

Pov. Sally

I walk alone Eu ando só
I walk alone Eu ando só
I walk alone Eu ando só
I walk... Eu ando...

- Eu sabia! - Silena apareceu chorando na porta - eu nunca devia ter te levado para lá, é tudo culpa minha, me perdoe Sally

Poseidon a encarava com ódio, com certeza ele iria colocar a culpa nela, isso se já não tiver feito. Silena veio para o meu lado e me abraçou. Aquilo era tudo o que eu precisava naquele momento. Um abraço. Palavras não iriam me confortar, olhares solidários também não. É em momentos assim em que ações valem mais do que todas as palavras não ditas.

- Não foi sua culpa Si - falei com a voz embargada

Olhei para Poseidon e ele fitava o vazio como se estivesse perdido em relação a tudo o que acabamos de passar. Eu não estava diferente, meu coração doía literalmente. Parecia que haviam enfiado um faca em chamas no meu peito. Aquela dor era com certeza pior do que a morte. Saber que tudo o que mais te importava se foi sem nem ao menos ter a oportunidade de ver, sem saber como esta, se esta bem, com frio ou com fome, se esta doente ou ferido. Mas o pior e saber que o meu pequeno pode estar sofrendo e eu nem sequer posso fazer nada por ele, estar ali ao seu lado o ninando lhe dando conforto. Mas eu não poderia ficar assim, eu irei procurá-lo. Nem que eu gaste até o meu último suspiro, mas eu vou encontrá-lo.

- Poseidon - falei - precisamos achá-lo

Ele que até aquele momento estava parado fitando o vazio, me olhou e eu pude ver a tristeza em que a sua alma se encontrava. Ele estava tão despedaçado quanto eu.

- E iremos fazer Sally - ele falou depois de um tempo - Vamos encontrá-lo, isso eu te juro - ele me beijou e saiu acompanhado pelo segurança.

Aqueles foram com toda certeza os piores dias da minha vida. Poseidon havia me contato que desconfiava do pai mesmo não tendo provas ainda, pois há alguns meses atrás ele o havia ameaçado dizendo que o nosso filho nunca poderia ser aceito na corte por ter sangue plebeu, e ele mesmo se encarregaria se sumir com ele. Poseidon o ameaçou de todos os jeitos mas Sir Cronos sempre negou qualquer envolvimento.

Treze anos, esse foi o tempo que praticamente reviramos céu e terra procurando meu filho que nem sequer tivemos tempo de lhe dar um nome. Nesse tempo muitas coisas aconteceram. Eu e Poseidon nos casamos dois anos depois do desaparecimento do meu menino. Ele me entendeu a demora. Eu ainda tinha cabeça para outra coisa a não ser procurar o meu pequeno. Naquele dia os seqüestradores planejaram bem para não deixar pistas. Primeiro haviam invadido a sala de segurança abordado os guardas e desligado todas as câmeras de vigilância, o restante foi fácil, pois segundo as testemunhas eles foram rápidos como se já conhecem o local entraram empunhado submetralhadoras e dominaram os dois seguranças que guardavam a entrada do berçário. Estes reagiram e um acabou morto. O outro que depois fiquei sabe que se chama Ares, trabalhava há muitos anos muitos anos com Poseidon.

A policia tanto americana quanto britânica ainda achavam que os raptores pediriam alguma quantia como resgate, ou poderiam também ser revolucionários com interesses políticos. Em todo caso eles sempre nos afirmavam que uma hora ou outra eles iriam aparecer, mas com o tempo essa certeza passou a fraquejar até não mais existir.

Nos primeiros cinco anos eu ainda tinha a esperança de achar o meu bebê, sempre chorava com esse pensamento, eu não havia o visto andar pela primeira vez, falar suas primeiras palavras, não sabia do que ele gostava, se estavam bem. Poseidon já não tinha esperança de achá-lo, mas não me falava nada. Ele sabia como eu me sentia em relação a isso.

Depois de oito anos, mais uma tragédia nos pegou desprevenidos. Meu primo Zeus, havia sofrido um acidente. Ele era dono de uma renomada imobiliária, ele era feliz até o dia em que sua esposa Hera morreu no parto de sua única filha. Depois disso ele vivia sempre bebendo, apesar de fazer praticamente tudo pela sua pequena Thalia. Segundo a guarda rodoviária ele estava dirigindo bêbado em alta velocidade quando ultrapassou o sinal e foi atingido por uma carreta que vinha em sentido contrario.

Zeus ficou em como e esta até hoje. A pequena Thalia que naquela época tinha sete anos praticamente não tinha com quem ficar já que a família de Hera não gostava da menina e a culpavam pela morte da mãe. Eu e Poseidon ficamos com a guarda da garota. Já que Zeus sempre foi um irmão para mim. Os médicos não tinham esperanças de que um dia ele acordasse. Mas eu nunca perdi a fé.

Minhas noites eram alternadas pelo choro quando eu pensava no meu pequeno, ou quando eu tinha pesadelos com aquele dia. As pessoas que me conheceram e me olhasse hoje notava claramente o quanto eu mudei. Eu já não sorria tão abertamente quanto antes, meu olhar sempre ficava vazio quando as lembranças teimavam e borbulhar em minha mente. Mas não somente fui eu quem mudou. Silena, Poseidon que agora já não brincava mais, às vezes tratava as pessoas de maneira rude, mas quem vem realmente me surpreendeu foi o meu sogro, Sir Cronos.

Há três anos, quando o meu pequeno devia estar com treze anos, eu havia acabado de chegar do hospital, quando me deparo com um cena inusitada. Sir Cronos se encontrava na sala junto com Poseidon que havia achado interesse em ponto no chão, ignorando completamente seu pai que o olhava de maneira apreensiva e... medo?

O sir já não era o mesmo homem forte, imponente que eu havia conhecido anos atrás. Agora sempre andava com um ar cansado e profundas olheiras. Naquele dia ele trajava um fino terno azul marinho de corte clássico. Quando ele me viu entrando, logo se levando e veio me abraçar, o que me assustou de imediato.

- Sally - ele falou - quem bom que chegou eu...

- Seja rápido Cronos - cortou Poseidon que olhava com ódio para o pai

Cronos engoliu em seco e falou

- Claro, claro - ele olhou para mim como se medisse as palavras - sente-se Sally, por favor.

Agora sim eu estou com medo. Meu sogro que sempre me odiou, me abraçou, falou comigo de forma gentil coisa que nunca fez e me pediu por favor? Isso realmente esta estranho. Me sentei o aguardei

- Veja Sally - ele começou - so peço que me deixe terminar de falar

- Mas...

- Por favor me escute primeiro e depois pergunte - somente assenti - tenho que te pedir desculpa. Pela minha arrogância e estupidez. Até pouco tempo atrás eu achava que poder e status era tudo. Mas como se diz a beira da morte nos tornamos mais sábios.

Minha boca abriu abriu-se em um circulo perfeito, Poseidon ficou tenso ao meu lado. Por mais que ele insistisse em dizer que odiava o pai sempre ficava obvio que se preocupava com o mesmo. Nem sequer tive tempo de questionar pois Cronos logo se adiantou

- É isso mesmo Sally, o velho aqui está nas ultimas - falou como se aquilo fosse um conversa banal - e eu me arrependo de tudo o que fiz a você Sally, mesmo as coisa que você não sabe. Sabe - continuou com os olhos marejados - meu filho teve sorte de encontrar uma mulher como você. Forte, gentil, batalhadora - agora lagrimas caiam de rosto, so não sabia se eram reais - Eu sei que te fiz muito mal Sally, mas eu quero mudar. Eu preciso do seu perdão mesmo eu sabendo que você não ira me dar - completou abaixando a cabeça

Eu estava atônita. Aquilo com certeza não estava na minha lista de afazeres para hoje. Eu não podia ir muito com a cara dele mais agora não duvidava da sinceridade das suas palavras. Poseidon por outro lado olhava cético para o pai

- Mas é claro que eu te perdôo Cronos... - ele não me deixou completar

- Não Sally, você não sabe a verdade - ele falou olhado para janela - Fui eu. Eu mandei seqüestrar o seu filho


Demorei um pouco para processar aquelas palavras. E quando me dei conta, Cronos estava caído no chão com a boca sangrando e um Poseidon o olhando com ódio.

- Seu desgraçado, miserável - vociferou já avançando contra ele novamente. O parei antes que ele fizesse uma besteira, coisa que eu também estava disposta a fazer contra aquele miserável.

- Me deixe acabar com ele Sally - Poseidon falou ainda fuzilando Cronos que agora se levantava com dificuldade.

- Pode deixar Sally - Cronos falou tristemente - o que eu mais mereço é a morte.

Com comentário parecia que a temperatura caiu. Poseidon apenas olhou para o pai com desprezo e se sentou no sofá.

- E onde ela esta Cronos? O que você fez com ele? - perguntei aflita

- Naquela época eu o havia entregado a um orfanato - falou me passando um pasta que so agora percebi e olhado para Poseidon - eu dei o nome que você sempre falava, lembra ? - Poseidon apenas o ignorou e fitava o vazio com o maxilar travado, ao longe se percebia a tensão dele - Perseu. Um nome de herói para um herói.

- E onde ele esta agora - eu achava aquilo injusto, quem o mandou dar um nome ao menino? Certo que pelo que ele falou sempre foi o sonho de Poseidon dar esse nome, mas mesmo assim

Se fosse possível,o semblante de Cronos se tronou ainda mais triste

- A onde ele estava...

- O que? - gritei - o adotaram?

- Não - ele respirou fundo e completou - ele fugiu quando tinha oito anos, sinto muito Sally

Não, não podia ser, pensei, quando eu achava que eu finalmente iria velo isso acontece? Por que? O que eu fiz de tão ruim para merecer isso?

- Escute Sally - Cronos completou - nos vamos encontrá-lo. Eu sei que não sou a melhor pessoa do mundo mas eu quero me redimir - ele já estava de pé se encaminhado para porta quando se virou e falou - me desculpe por tudo Sally, mas eu vou encontrá-lo

Quando ele foi embora eu cheirei ainda mais, chorei de tristeza por saber que ele estava tão perto e logo depois tão longe, chorei ao saber o que aquele monstro foi capaz de fazer.

Hoje já se passaram dezesseis anos. Cronos havia cumprido sua palavra, estava se empenhado como nunca para acharmos uma pista do meu pequeno. Eu já tinha um foto dele que conseguimos no orfanato onde ele estava. Na época ele deveria ter cinco anos. Ele realmente era lindo. Praticamente um Poseidon em miniatura o que sempre me fazia sorrir com esse pensamento.

As pistas para encontrá-lo pareciam que não existiam, no começo Poseidon não acreditou que um menino de oito anos pudesse sobreviver sozinho nas ruas de Nova York. Mas como em um golpe de sorte um morador de rua nos garantiu que tinha visto um menino parecido com ele que sempre rondava o Central Park.

Sempre andávamos o parque a procura de um garoto, mas nunca tínhamos a chance de velo, mesmo após quando alguns guardas confirmaram que um garoto dos olhos verdes andava por lá. Parecia que o destino insistia e, continuar a nos pregar peças.

Naquele dia eu e Poseidon havíamos ido um pouco mais tarde, e quando mal chegamos uma forte chuva começou a cair.

- É melhor voltarmos outro dia Sally, parece que hoje não vamos conseguir nada - Poseidon falou

Mas meu coração batia forte. Era como se estivesse me avisando de algo

- Não sei Poseidon, estou sentindo que hoje vai ser diferente - falei olhado para ele que suspirou pesadamente, todos os dias eu falava a mesma coisa. Mais hoje parecia que aquele pressentimento estava mais intenso.

Já estava anoitecendo quando decidimos ir embora. Depois de muito insistir com Poseidon resolvemos dar um última volta ao redor do parque. Foi quando ouvimos gritos e varias risadas vindo de um local afastado. Poseidon me olhou nervosamente como se pedisse permissão, coisa que estranhei mas somente assenti.

Estávamos a poucos metros, quando vimos uma cena horrível. Um garoto sujo e com roupas rasgadas que aparentava ter a idade de Thalia estava caído no chão e sangrava muito. Ao seu redor cerca de outros oito garotos batiam nele com tacos de beisebol e pedaços de madeira. Eu olhava aquilo horrorizada. Até que um garoto

- Por que a gente faz isso? vai ver é por que gente como você existe. Você nasceu para ser pisado garoto, alias, qual é o seu nome? - o menino parecia estar com muito medo mas não respondeu o que fez com que o outro lhe acertasse a cabeça com um taco beisebol. Ao vermos isso começamos a correr mais ainda estávamos um pouco longe, foi quando o outro garoto falou

- Anda garoto me fale o seu nome

- P-Percy... - falou o menino ensangüentado no chão

- Certo Percy escute aqui... - mas ele não terminou de falar pois quando nos viu saiu correndo juntamente com os outros. Poseidon iria correr a trás deles mas o impedi. Foi quando olhei para o garoto e ele compreendeu.

Me aproximei rápido dele tomando seu pulso. Foi quando olhei para os seus olhos... eram de um tom de verde que eu apenas vi uma vez na vida. O garoto me olhava como se recorda-se algo mas logo desmaiou nos meus braços

- Poseidon... - chamei

- Eu vi Sally, mas ainda não sei - falou olhado com pena para o garoto - mas se for quem fez isso ira pagar, e muito - completou tomando o garoto em seus braços.

Fomos correndo até aonde se encontrava o carro e saímos em disparada rumo ao hospital

Meus deuses!, pensei, será mesmo? Será que depois de todos esses anos eu finamente encontrei o meu menino?

Ainda estava com esses pensamentos quando demos entrada ao hospital...


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Notas finais do capítulo

Será que alguém lê isso aqui? Deixa pra la.
E então o que acharam? Ainda estou escrevendo o próximo capitulo
mas estou em duvida o que você acha? Final triste, dramático ou feliz??? Opinem sim ! Não sejam apenas almas penadas,rsrsrs
Cometem please ?
Milhares de Bjs e Abr's ;)