– Stephano, socorro! (D:)

Ello's, eu sou Stephano. Eu costumava ser uma estaueta de ouro até ser encontrado por este quem me nomeou.

– Francamente, Pewdie, qualquer coisa te assusta.

E este é Pewdiepie, um cara medroso que, sabe-se-lá como, apareceu aqui (em Amnesia).

–Stephano, você é tão maneiro (;-;)

Pewdie é realmente um covarde chorão que se desespera com uma facilidade incrível. Já perdi a conta de quantas vezes ele fugiu me deixando para trás ou me derrubou em foços por causa desse desespero.

Fora suas outras péssimas manias, que conseguem acabar com minha inabalável paciêcia...

"Não pegue todas as lanternas que vê pela frente!"

"Por mais que odeie Barrels, se ficar derrubando eles toda hora vai acabar atraindo o Bro."

"Quantas vezes vou ter que repetir? Pare de ficar olhando fotos de gatinhos, não me importa que sejam fofos, livre-se disso!"

Apesar disso, nos tornamos bons companheiros, ou como ele diz, somos "Bros". Já não consigo mais me imaginar sem esse idiota por perto.

– O Bro está vindo! O Bro está vindo!

–Rápido, Pewdie, para o armário!

E cá estamos nós, nos expremendo num armário velho deste cenário macabro.

– Meh (;-;) - ele choramingava

– Queito, Pewdie! - Disse em sussurro.

– Mas estou com tanto medo! (;-;)

– Ok, acalme-se. Feche os olhos e segure firme em mim.

Ele o fez. Enquanto eu me focava na pequena abertura por onde observava o monstro apelidado de Bro, Pewdie segurava em meus ombros com tanta força que poderia até rasgar parte da minha veste se não tivesse unhas tão curtas.

Sentir seu coração bater absurdamente rápido e a respiração quente e ofegante diretamente em meu peito me deixava desconcertado.

Bro já havia partido, porém, eu não quis contar à Pewdie. Queria ficar daquele jeito por mais algum tempo.

– Pewdie...

Estava prestes a abracá-lo de uma vez quando fui supreendido por ele desaparecendo em estática. Diante de mim surgiu uma espécie de tela que me mostrava "o outro lado", o verdadeiro mundo dele. Não pude fazer mais nada se não tocar a fria tela de vidro e encarar o que se passava atrás dela.

Vi, naquele quarto bagunçado e iluminado somente pelo monitor do computador, uma figura feminina aproximar-se do verdadeiro Pewdie e tocá-lo no ombro.

– Pewdie, já está jogando há muito tempo. Que tal parar por hoje?

– Oh, sei - Ele se virou para ela - Mas não queria deixar Stephano agora...

– Stephano?

– Ele parece triste, não acha? - Disse ao indicar o monitor.

Ele parecia olhar diretamente para mim, vendo-me como uma pessoa. Já ela, pela expressão confusa que fez ao me mirar, devia estar vendo apenas a estatueta num ambiente escuro e com o menu de pause na frente.

–Você realmente gosta do Stephano, não? - Ela brincou.

– Claro, eu o amo! - Fiquei comovido com este dito e acabei sorrindo. - Ele é meu maior Bro!

Ah, claro, como pude esquecer? Somos "bros", apenas "bros", e nada vai mudar esse fato.

Suspirei e abaixei o rosto. Não há mais nada que eu possa fazer, se não esperar que ele volte a jogar, afinal, somos de mundos diferentes. Me resta torcer para que ele não encontre outro jogo neste meio tempo.

– Até a próxima Stephano. Mah-ha~ - Ele tocou o punho cerrado no monitor.

– Até, Pewdie. - Retribuí ao brofist, e então a tela se apagou.