Tuana ainda estava fascinada pelo cenário que Felipe tinha criado ali. Ele a convidou para sentar e ela o fez. Ela estava muito nervosa ainda. Os dois já estavam sentados a um tempo, comendo algo que Tuana achou muito delicioso. De vez em quando ela levantava o olhar para ver Felipe. E todas às vezes ele estava olhando pra ela, fascinado. Ele não falava nada, apenas olhava; Tuana queria perguntas o por que disso, mas não queria quebrar aquele silêncio, nem aquele clima gostoso.

Quando terminaram de comer, Felipe se levantou, ainda sem nada a dizer, e foi até outro cômodo da casa. Tuana continuou sentada, observando tudo a sua volta. Queria guardar na memória aquele todo aquele momento, as rosas, as velas, Felipe com um desejo no olhar... Toda aquela perfeição. Ela voltou a si quando uma música começou a tocar baixinho. Ela olhou e viu que Felipe estava de volta. Ele tinha algumas coisas nas mãos. Colocou-as na mesa, mas Tuana não teve tempo de olhar o que era porque ele a pegou pela mão e a fez levantar. Ele falou pela primeira vez depois de um tempo:

– Você está linda! – Ele disse. – Quer dizer, mais linda.

Tuana engoliu em seco. Enquanto falava, Felipe começou a se movimentar com ela, ao ritmo da música. Ela não conseguiu dizer nada. Felipe sorria pra ela agora. Estavam dançando ali naquela salinha, só a luz de velas.

(Música de cena: Só pro meu Prazer – Gabriel Guerra)

Num determinado momento, Felipe se afastou de Tuana e foi até a mesa. Tuana não conseguia ver o que ele fazia, pois ele estava na frente. Quando ele voltou, segurava duas taças. Ele entregou uma a ela e pegou outra. Tuana bebeu um gole, ainda surpresa por essa atitude dele, e viu que era espumante. Muito gostoso, aliás. Os dois continuaram se movimentar ao ritmo da música.

– Você não falou nada ainda. – Felipe disse depois de um tempo.

Tuana tentou encontrar algo para dizer, mas não sabia o que.

– Eu só... Estou sem palavras pra tudo isso. – Ela disse.

Felipe aumentou o sorriso.

– Vou considerar como um elogio. – Ele disse.

Ele foi novamente até a mesa e trouxe outra coisa. Era um morango. Bem vermelho e grande. Ele levou até a boca de Tuana. Ela olhava pra ele enquanto dava uma pequena mordida. Pareceu o melhor morando do mundo naquele momento. Felipe mordeu um pedaço também e em seguida deu novamente para Tuana. Sobrou apenas o cabinho, que ele jogou fora, e depois puxou Tuana para si. Ele colocou sua boca na orelha dela. Tuana prendeu a respiração. Felipe deu uma leve mordida na orelha dela. Tuana arrepiou-se toda.

– Eu quero você. – Ele sussurrou no ouvido dela.

Tuana mordeu o lábio. Felipe começou a depositar beijos pelo pescoço dela e foi seguindo até chegar bem próximo à boca. Ele parou quando seus lábios tocaram muito de leve os de Tuana. Isso a deixou doida. Ela olhou pra ele. O rosto dele estava muito, muito perto do dela. Isso é tortura!, ela pensou.

– Eu quero você desde o primeiro dia. – Felipe sussurrou. – Você não faz ideia do quanto eu tive que me segurar para não repetir aquele dia da boate.

O coração de Tuana batia muito mais rápido que o normal. Ela queria sua boca colada na dele, mas ele não deixava. Por quê? Ela gritava em pensamentos.

– Na verdade eu estou me segurando neste exato momento. – Ele continuou ainda sussurrando.

Tuana estava ficando frustrada. Ela queria... Eu quero? Sua cabeça estava fazendo confusão.

– Mas eu não vou fazer nada que você não queria. – Ele disse. – Não dessa vez.

Tuana ficou surpresa. Ele pensava que aquele dia na boate ela não queria nada daquilo. Ele quer que eu diga que eu quero! Mas ela estava tão nervosa que palavra nenhuma saia de sua boca. Felipe começou a provocá-la. Ele mordeu de leve seu lábio inferior. Mas não a beijou. Ele desceu a boca e voltou a beijar o pescoço dela, depois começou a descer os beijos.

A respiração de Tuana estava acelerada. Felipe deixou cair a alça do vestido dela e começou a beijar o ombro. Era muita tortura. E o pior era que desse jeito Tuana não conseguiria falar nada mesmo. Ela queria, mas não conseguia. E também não sabia o que iria sair de sua boca se conseguisse falar, porque sua cabeça estava uma confusão só. Ela queria parar de pensar e só sentir aquele momento.

Felipe agora brincava com a barra do vestido de Tuana, tocando vez ou outra na coxa dela, fazendo-a arrepiar-se toda. Ela apertou os olhos para conseguir se concentrar.

– Só... – Ela começou, mas sua voz saia muito fraca e ela não terminou o que ia dizer.

Felipe parou o que fazia pra olhar para Tuana. Ela demorou a voltar a falar, então ele começou a acariciar a boca dela com os dedos. Tuana tremeu um pouco.

– Para... – Ela disse.

Feipe parou, franzindo um pouco a testa e ficou a observando. Ela tinha pedido pra parar. Então ele ia parar. Começou a se afastar, mas ela voltou a falar.

– Assim eu não consigo raciocinar... – Ela disse com a voz fraca.

Felipe entendeu e teve que segurar o riso. Mas ele não resistiu a colocar a mão no rosto dela. Tuana colocou a sua por cima da dele.

– Você pode... – Ela sussurrou. – Fazer o que quiser...

Felipe aproximou o rosto mais ainda do dela. Seus narizes se tocaram e a respiração deles se misturava agora.

– Eu posso...? – Ele sussurrou. Por fora ele estava calmo, mas por dentro...

– Sim... – Tuana falou.

Felipe de um leve sorriso e não esperou mais. Ele encostou sua boca na dela e os dois se entregaram a um beijo cheio de desejo e paixão. Tuana ainda estava com a taça na mão. Só percebeu isso quando ouviu algo se quebrar no chão. Mas nenhum dos dois ali quis saber disso.

Ainda naquele beijo, a respiração deles estava acelerada. Tuana queria ficar nos braços de Felipe, completamente envolta por ele. Um dos braços dele estava encostada na cintura dela. Ela puxou rapidamente para cima, e foi quando sentiu um liquido derramar em cima dele. Felipe estava segurando sua taça naquela mão, e Tuana tinha feito tudo cair em cima deles.

Eles interromperam o beijo pra quando isso aconteceu. Estavam os dois ofegantes. E agora molhados. Num impulso Tuana começou a agarrar a camisa de Felipe que estava toda molhada. Ele levantou os braços e deixou que saísse. Depois Felipe começou a passar as mãos pelas pernas de Tuana. Em certo momento ele segurou a barra do vestido dela e começou a levantar. Por instinto a mão de Tuana segurou a dele, mas depois deixou que ele continuasse. O vestido dela estava muito molhado. Quando Felipe tirou a roupa dela por completo, todo o corpo de Tuana se arrepiou. Ela estava agora só de lingerie e toda molhada de espumante.

Felipe voltou a beijá-la. E começou a passear pelo pescoço dela e foi descendo. Quando onde perto dos seios, onde estava mais molhado de espumante, Tuana soltou um leve gemido junto a um suspiro, pois ele agora estava lambendo o local. Ele passava a língua com muita sede. Lambeu pescoço, ombro e no meio dos seios dela. E no meio do processo ainda dava leves mordidas que faziam Tuana tremer. As penas dela estavam ficando fracas.

– Mais gostoso impossível. – Felipe sussurrou com a boca colada na pele de Tuana.

Ele começou a passar a mão num dos seios de Tuana, por cima do sutiã. Depois colocou a mão por dentro. Tuana soltou mais um leve gemido. Seus mamilos já estavam duros. Quando ela pensou que ele iria tirar o sutiã dela, ele parou tudo o que estava fazendo, deixando-a frustrada.

Felipe parou olhando pra Tuana. Viu nos olhos dela que ela estava cheia de desejo por ele. Ele deu um sorrisinho de canto. Queria ela pra si naquele momento. Por isso ele puxou as pernas dela e colocou-as envolta da cintura dele. E assim foi caminhando para o quarto com ela no colo.

Ao chegar lá, Felipe colocou Tuana na cama e deitou por cima dela. Ele não poderia esperar por muito tempo mais. Seu membro já latejava embaixo dele. Ele começou a beijá-la novamente. Tuana começou a agarrar a calça que Felipe ainda usava. Com ajuda dele, ela tirou e ele ficou apenas de cueca. Tuana viu o membro rígido dele e ficou sem fôlego. Queria ele dentro dela naquele momento. Algo queimava no meio de suas pernas. Precisava dele!

Felipe passou as mãos nas costas de Tuana e abriu o fecho do sutiã, deixando os seios dela completamente expostos agora. Sem esperar ele colocou sua boca em um dos seios. Isso levou Tuana a loucura. Ela arqueava o corpo. Aquilo era muito bom! Enquanto tinha boca em um, Felipe mexia no outro seio com os dedos. Tuana nunca tinha sentido nada igual. Nunca! Ela soltava leves gemidos que Felipe adorava ouvir. Ele queria ouvir mais e mais. Tuana sentia aquela coisa no meio de suas pernas e sabia que precisava de Felipe para saciar a sua vontade. Ele percebeu como ela estava já estava agoniada e também ele não poderia mais esperar. Deixou o que estava fazendo e foi para baixo. Puxou a calcinha de Tuana bem lentamente. Gostava de torturá-la. Isso o deixava mais excitado. Ele baixou a calcinha totalmente. Em seguida olhou pra ela. Tuana mordia o lábio olhando pra ele também.

Felipe tocou o meio das pernas dela. Tuana gemeu com isso. Ele queria deixar sua mão ali pra sempre, mas não poderia esperar. Então ele puxou a cueca para baixo. Tuana viu o membro de Felipe duro na sua frente, e estava quase implorando por aquilo. Felipe pegou algo ao lado da cama. Camisinha. Tuana respirou fundo. Felipe deu um leve sorriso enquanto colocava a camisinha.

– Pronta? – Ele perguntou. Sua voz já era fraca.

Tuana queria dizer que estava mais do que pronta, mas não tinha voz pra isso. Ela apenas assentiu muito rápido com a cabeça. Felipe colocou um braço envolta de Tuana e foi deitando novamente por cima dela. Com a outra mão ele foi colocando seu membro dentro de Tuana. Ela abriu a boca um pouco quando o sentiu entrando dentro dela. E depois os dois estavam ali, Felipe se movimentando, ouvindo os gemidos de Tuana e os dele próprio. Entregaram-se ao desejo por completo. Felipe ficava mais excitado ao ouvir Tuana gemendo pra ele. E falando o nome dele. Um momento inesquecível para os dois. Parecia até surreal.

(Musica do casal: Again - Bruno Mars)

Os dois estavam deitados lado a lado na cama agora. Ainda ofegavam um pouco. Mas também, depois de tudo aquilo.... Tuana jurava que nunca tinha sentindo nada igual. Ela estava radiante. Queria sorrir sem motivos especiais. Felipe mexia nos cabelos dela, que estavam até um pouco grudados na testa por causa do suor. Tuana tinha que deixar sua felicidade fluir.

– Nunca tive uma experiência igual a essa. – Ela falou. Sua voz num sussurro.

Felipe sorriu ao seu lado.

– Foi incrível. – Ele disse.

– Foi sim. Nunca senti nada parecido mesmo. Nunca... Eu queria... Você... E eu tinha aquela sensação que queimava... E você tava lá... – Tuana nem sabia o que dizer.

Felipe tinha virado pra olhá-la. Pelo jeito que ela falava, era como se fosse totalmente inexperiente. Como se fosse... Ai meu Deus! Felipe nem tinha parado pra pensar nisso. Teve um pouco de medo.

– Tuana, você era virgem? – Ele perguntou preocupado. Porque se ela era, ele não sabia e poderia ter machucado ela. Se ela era virgem... Ai meu Deus de novo!

Tuana virou pra ele. Viu preocupação em seu rosto.

– Não, eu não era. – Ela disse para acalmá-lo. Mas estava entrando num assunto que não queria falar. Seria constrangedor.

– Então... É que pelo jeito que você fala... – Felipe disse ainda confuso.

Tuana resolveu que era melhor falar.

– É que... Eu fiz já fiz sexo sim, com meu ex... – Ela começou. – Mas... foi só uma vez e foi... – Ela fechou os olhos lembrando. Tinha vontade de rir e ao mesmo tempo estava com vergonha.

– Foi o que? – Felipe insistiu.

– Bom, nós éramos novos demais. Os dois virgens. E a gente meio que planejou tudo, sabe. E foi... um completo desastre. – Ela contou. Fazia uma careta lembrando daquilo. – Doeu, e sangrou, e ELE pensou que tinha me machucado, mas nós dois sentíamos aquele desejo e resolvemos continuar, ele colocou a camisinha, mas demorou pra conseguir... No fim nós estávamos deitados na cama, um do lado do outro, sem roupa e rindo da situação. Nós não tentamos mais, até que acabou...

Felipe só ficou ouvindo Tuana contar. E ele só conseguia pensar: Nossa! Isso foi... Estranho. E também: Aquele CARA devia ser um idiota mesmo! Quando ele olhou pra Tuana novamente, viu que ela estava com as mãos tampando o rosto. Com vergonha. Ele deu um sorrisinho e tentou tirar as mãos dela do rosto. Ela não deixava.

– Sua bobona, tira as mãos. – Ele disse rindo.

Tuana deixou que ele tirasse as mãos dela do rosto. Felipe sorria. Depois ficou mais sério.

– Eu te amo. – Ele disse.

Tuana sorriu.

– Eu te amo. – Ela disse também.

Os dois se beijaram. Depois vestiram suas roupas. Já era quase 3h da madrugada. Tuana tinha que ir pra casa. Felipe a levou de carro. Foram se despedir, se beijaram e quase passaram dos limites ali dentro do carro mesmo.

– Foi perfeito. Como você prometeu. – Tuana disse.

Depois saiu rapidamente dando apenas mais um tchauzinho. Felipe seguiu seu caminho com um sorriso no rosto.

Não existia ninguém no mundo mais feliz do que esses dois. Nesse momento, pelo menos.