Amores, Traições E Conflitos escrita por Maiumy hime


Capítulo 8
Monstro


Notas iniciais do capítulo

Hey! Vocês adivinham o que eu vou escrever, assim não tem graça! T.T Pra quem estava com raiva do Sasuke: vai piorar muito agora. Para quem estava com dó da Ino: também piora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248306/chapter/8

Tudo em volta de Ino parecia girar e ela não tinha nem forças para se mexer. Seu estado era tão deplorável que nem lágrimas saíam de seus olhos. Ela estava se condenando por tudo o que havia acontecido até ali, principalmente pela morte de Sakura, quando a ância voltou e ela se viu obrigada a vomitar a única coisa que tinha em seu estômago: ácido gástrico. Depois de um certo tempo em que ficou apenas parada, ela resolveu tomar uma atitude. Sua melhor amiga tinha morrido, haviam bandidos a perseguindo, seu pai estava num cemitério, tinha sido estuprada e agora estava passando mal. E daí? Seu espírito jovial e confiante pareceu voltar, mesmo que retraído. A muito custo, levantou-se e foi tomar um banho, o que considerou a coisa mais importante a se fazer no momento. Depois de colocar roupas limpas, ela limpou todo o vômito que estava no chão e foi procurar algo para comer, mas não encontrou nada. Olhou-se no espelho e não gostou do que viu, pois definitivamente não iria demonstrar fraqueza na frente de outras pessoas. Trocou outra vez sua roupa, dessa vez colocando uma saia de renda e uma blusa tomara-que-caia, amabas na cor preta. Arrematou com uma sapatilha e prendeu os cabelos num rabo de cavalo, como sempre. Para disfarçar as noites sem dormir foi só colocar um pouco de maquiagem: estava pronta para encarar o mundo novamente. Saiu com a cabeça erguida tentando demonstrar, mais para si  mesma  do que para os outros, uma força e segurança que não eram totalmente reais. Se dirigiu ao Ichiraku, que foi o primeiro lugar que pensou para achar algo de comer.

Chegando no Ichiraku cumprimentou a filha do "chef" que ela não lebrava o nome e pediu um ramen qualquer, afinal só queria matar a fome. Sorriu tristemente ao lembrar das vezes em que tinha ido ali com Sakura, mas logo foi tirada de seus pensamentos.

-Ino?!

Olhou para trás e viu Chouji, Temari e Shikamaru.

-Shikamaru? Chouji? E...Temari-san?

Sorriu maliciosamente para Shikamaru ao pronunciar o último nome, fazendo-o corar e coçar a cabeça, muito sem graça.

-Oh, fazia muito tempo que você não aparecia, Ino!

-Eu fiquei em coma, Chouji.

-Você ficou na casa do Uchiha, não foi?

Ela procurou não olhar diretamente para Temari, pois tinha certeza que os olhos verdes e confiantes dela desarmariam qualquer mentria que contasse.

-Fiquei.

-Diz aí que não gostou.

-Eu prefiro minha casa.

Respondeu secamente, fazendo Shikamaru estranhar.

-Aconteceu alguma coisa?

-Minha melhor amiga e meu pai morreram, Shikamaru.

-Tem razão, foi mal.

O ramen dela chegou, então os três se despediram brevemente e seguiram caminho, provavelmente para o portão de onde Temari sairia para Suna.

Comeu gulosamente e pediu para pendurar na conta, tinha se esquecido de levar dinheiro. Já estava um pouco longe do "restaurante" quando sentiu um cheiro de dangos que fez seu estômago embrulhar. Por pouco conseguiu se conter e resolveu passar no hospital e tirar essa história a limpo.

Entrou no centro médico e teve vontade de chorar ao ver novamente o lugar onde as maiores tragédias de sua vida tinham acontecido. Conteve-se novamente e seguiu diretamente para a sala do médico, já que haviam poucas pessoas esperando. Fez alguns exames rápidos e depois de um tempo constatou uma preocupação e desapontamento nos olhos do doutor.

-Aconteceu algo?

-Estou decepcionado com você, Ino. Achei que fosse mais responsável.

-Por que? O que está havendo?

-Você engravidou, Ino. E pelo tempo foi logo depois da morte de seu pai e da Sakura-san!

Ele estava pronto para repreendê-la novamente, mas parou quando ouviu um grito agudo vindo dela. Quando a loira ergueu a cabeça, lágrimas jorravam incessantemente de seus olhos e ela soluçava.

-Ino? Agora é a minha vez de perguntar...o que aconteceu? Por mais que seja difícil, uma criança pode até te alegrar e...

-VOCÊ NÃO SABE DE NADA!

Ele queria dar um calmante a ela, mas sua preocupação e curiosidade falaram mais alto.

-Ino, me escute. Se quer que eu entenda algo, vai ter que contar o que aconteceu.

-É TUDO CULPA DELE! DAQUELE DESGRAÇADO DO SASUKE!

-Ele te seduziu, foi isso?

-ELE ME ESTUPROU, ABUSOU DE MIM! NÃO ENTENDEU AINDA? ELE SE APROVEITOU POR EU NÃO CONSEGUIR ME MOVER!!!

O espanto tomou totalmente o médico, que estava a ponto de tomar ele mesmo um calmante. Certificou-se de que ninguém tinha ouvido a confissão de Ino e deu um remédio que fez com que ela dormisse. Deixou-a num leito e foi para casa, precisava colocar seus pensamentos no lugar.

Ino acordou num quarto do hospital e, assim que lembrou do que tinha acontecido, voltou a chorar. Depois de meia hora tentando descobrir o que fazer, ela teve a mesma atitude de antes: encheu-se de força e coragem e foi tentar um futuro para si mesma e para seu filho. Foi meio cambaleante até a residência do Uchiha e bateu na porta com força, antes que pudesse pensar melhor e desistir. Algum tempo depois a porta foi aberta com fúria, mas o rosto cínico de Sasuke adquiriu um sorriso ao ver quem era.

-Quem está aí, Sasuke?

Ino pôde ouvir a voz de Karin chamando lá de dentro, mas isso não lhe importava.

-Não se meta, Karin. Daqui a poco eu volto aí.

Ele voltou seus olhos para Ino, procurando algum sinal de hesitação, mas foi em vão. Ela olhava decididamente e com muito ódio para ele.

-Então...sentiu saudades?

-Vai tomar no cú, primeiramente.

-Uau! A bonequinha sabe falar grosso?

Ela revirou os olhos e disse num só fôlego.

-Estou grávida, você é o pai. 

Ele pareceu confuso por alguns instantes, mas logo sua expressão foi de raiva.

-E dái?

Aquilo doeu mais do que um soco para Ino, mas ela se segurou.

-Como e daí? Você não vai criar meu filho, mas tem obrigações legais!

-Obrigações? Não tenho culpa se uma vagabunda qualquer forçou uma gravidez!

Ela estava tão incrédula que sentiu que seus olhos não poderia se arregalar mais. Percebendo isso, ele arrematou:

-Vocês acham que as pessoas vão acreditar em quem: no mocinho rico e redimido dos pecados, ou na biscatinha que não tem como se sustentar?

Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto da Yamanaka, mas eram de ódio. A única coisa que conseguiu fazer foi tentar dar um tapa na face do moreno, mas ele a empurrou com força contra o chão.

-Se não perdeu o bebê com essa queda, sugiro que você aborte. Não tem condições nem de se sustentar, quem dirá a uma criança.

Ela se levantou e garantiu que nada tivesse acontecido com seu filho. Teria essa criança, ela seria o símbolo de toda a força que estava arranjando naquele momento. Enxugou suas lágrimas e foi até sua casa, onde pegou todo o dinheiro que tinha e algumas roupas. Saiu da vila sem rumo certo e, quando estava andando, encontrou Temari.

-Ino? O que houve?

-Das duas uma: ou eu morro agora, ou saio dessa vila.

A kunoichi de Suna olhou para ela confusa, mas decidiu ajudar.

-Se é assim, venha para Suna comigo. Depois você me explica direito o que está acontecendo e talvez eu te ajude a encontrar uma saída.

Ino abraçou a namorada secreta do seu melhor amigo, precisava disso. Temari correspondeu ao abraço protetoramente, assim as duas seguiram caminho até Suangakure no sato.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Viu como vocês adivinham as coisas, seu chatos? Mentira, vocês são chatos não. Obrigada a todo mundo que leu até aqui, ok?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amores, Traições E Conflitos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.