Culpas.

"Entre culpas e certezas, o erros são meus."

Roberta Barbosa.

***

Demi acariciava os cabelos de Logan, enquanto o garoto ainda não acordava do sono longo por causa da droga dada a ele no dia anterior. A garota admirava a beleza do garoto, enquanto se arrependia de ter cortado o cabelo do mesmo. Estava se sentindo culpada, mesmo sabendo que o menino merecia aquilo, ainda mais depois de saber que ele era como um parceiro para Liar.

– Não acredito que a Katy havia planejado tudo... – Sussurrou. – Vadia. –

Largou do cabelo do menino, e se levantou da cama, e foi direto ao quarto em que Selena estava.

– Posso entrar? – Bateu na porta do quarto umas duas vezes, até entrar.

– Claro... – Selena virou o pescoço, para ver Demi melhor. – Estava sentindo sua falta. Faz tempo que não nos falamos assim. Ainda mais com está história de Liar.

– Realmente... Faz tempo que não nos falamos assim, cara a cara. Acho que desde o ano passado.

– Não... Lá a gente tinha conversado pelo telefone. Não nos falamos desde aquela mentirinha sobre a... Você sabe.

– Hilary? – Demi se sentou na cama. Hilary.

Por causa dela, que as meninas se afastaram depois da morte da mesma. Acharam que era hipócrita continuarem sendo amigas, depois daquela mentira terrível, que deixou Katy numa pior. Sabiam que ninguém ia desconfiar, se todas ficassem separadas – mas estavam erradas. –

– Não me lembre dela... Fico tensa só de lembrar aquele dia, agimos de forma errada. – Começou. – Merecemos tudo isso, por termos matado, e mentindo. Isso me aterroriza.

– Infelizmente, mais do que ninguém eu sei. Imagino a revolta da Katy contra nós. Colocamos a culpa nela! – Exclamou.

– Toda ação...

– Tem uma reação. – Interrompeu Demi, completando a frase.

– Mas não vamos falar sobre isso... Pelo menos não agora. Estou de cabeça cheia.

– Quer falar sobre o que então?

– Não sei... É que sei lá, ainda estou meio tensa ao saber que deixei meus fãns na mão ontem.

– Calma Demi. – Se sentou ao lado da amiga. – Depois você inventa uma desculpa, e eles vão te perdoar.

– Mas é aí que está Selena. Eu vou ter que mentir para as pessoas que mais me apoiam. Isso é terrível.

– Mas é preciso. Demi, eles não podem saber de nada que fizemos, e estamos fazendo.

E realmente não podiam. Aquilo poderia estragar a imagem das meninas, além, de atacar o psicológico dos fãns delas. E provavelmente teriam que pagar uma multa aos estúdios que trabalhavam.

– Eu sei Selena... Mas é difícil. – Demi pôs as mãos no rosto, tampando o mesmo.

– Eu sei que é. Estou passando pelo mesmo que você. Sei quão difícil é. Mas por enquanto, não podemos revelar nada. Promete que não vai sair da linha?

– Prometo mamãe. – As duas riram. – Estava com saudades disso.

– Eu também... Demi?

– Oi?

– Eu posso dormir agora? Sabe... Estou cansada.

– Cansada de não fazer nada?

– Cala a boca, idiota. Vai sai daqui. – Selena riu.

– Tá, tá, tenha pesadelos.

– Se eu sonhar com a Miley... – Deixou a frase no ar;

– Vocês duas são incríveis.

– Eu sou mais. – Riu por fim.

Demi saiu, e foi direto ao seu quarto. Trancou a porta, e se deitou na cama. Mordeu os lábios, passou as mãos pelos cabelos, e pôs a pensar em tudo que estava acontecendo. Selena tinha razão. – pensou. – as coisas que estavam acontecendo, estavam acontecendo, por culpa delas. Elas nunca deveriam ter matado e mentindo. Ainda mais, ter colocado a culpa em Katy.

– Colocar a culpa em alguém com problemas de personalidade, não foi uma boa ideia. – Demi sussurrou. – Talvez as vadias da história, sejamos nós, e não Katy e Liar.

Realmente... Eram elas, mas que pena que algumas pessoas não sabem perdoar.

– Meus fãns... – Entrou em outro assunto. – Odeio ter que mentir novamente para vocês, odeio ter que passar pela pessoa boa, sendo que sempre fui a má. Odeio ter de fazer vocês de burros. E realmente, era aquilo que eles estavam sendo, burros, por continuaram acreditando na menina, que havia matado, e mentindo sem dó e piedade.

– Quando tudo for revelado, espero que vocês me perdoem. Jorrada de pensamentos pesados, Demi dormiu em fim. Tendo não lá, muitos bons sonhos.

[...]

Miley discava números da agenda no celular, tentando buscar algum sinal. Não aguentava mais ficar na merda daquela casa, e tentava buscar alguma ajuda. Suas pálpebras estavam cansadas, e ela não aparava de bocejar, estava cansada, precisava dormir, mais ainda precisava fazer algumas coisas antes. Como, torturar Selena talvez.

Já estava planejando como faria tudo 1 antes, e de acordo com os pensamentos dela, tudo daria certo, estava precisando dar uma lição na vadia traidora. Sorriu irônica, e passou as mãos pelos olhos espantando o sono, e passou as mãos pelos cabelos. Precisava estar alerta para quando a tão esperada hora chegasse.

Levantou-se do sofá rápida, e subiu as escadas que davam ao quarto em que ela estava hospedada. Abriu a porta, e pegou o travesseiro que havia sobre sua cama. Saiu do quarto, e foi direto ao quarto de Selena. Bateu na porta algumas vezes, e esperou a menina falar algo.

– Entra – Começou. – A porta está aberta.

Miley entrou por fim no quarto, escondendo o travesseiro atrás de si, sorriu, enquanto Selena a olhava com curiosidade.

– O que você quer aqui, projeto de prostituta? – Selena riu.

– Não vou retrucar porque quero fazer a pazes. – Miley sorriu. – Aceita?

– Por favor, sem falsidade. – Selena pôs a ficar na sua posição inicial. – Agora saia, estava tentando dormir.

– Eu tentei... – Miley sussurrou, depois de dar um sorriso um tanto que, psicótico.

Saiu do quarto, e ficou do lado de fora, e depois de mais ou menos, 5 minutos, voltou a adentrar no mesmo. Pôs o travesseiro a vista, e andou em passos lentos, mais fortes até Selena. Quando chegou bem pertinho da mesma, a ponto de ouvir sua respiração, colocou o travesseiro no rosto da colega, o forçando bruscamente com os braços.

– Sabe Selena... – Começou, ainda forçando o travesseiro no rosto de Selena. – Vadias como você, devem ser torturadas. – Selena se debatia, tentando escapar daquela maluquice. – Você é uma vadia! Uma vadia ladrona de namorados!

Selena já estava ficando sufocada, e se demorasse mais alguns minutos para se safar daquela loucura, morreria.

Miley provavelmente estava com o ódio tomado ao seu corpo, e não imaginava as consequências, que aquela “brincadeira” poderia causar. Estava cega. Cega de ódio, magoas, e dores. E se alguém não segurasse logo Miley, a lista de mortes dela, se expandiria.

– Beijinhos, pequena M. – Miley riu.