Você Pode Ser Meu. escrita por Maria Vinagre


Capítulo 37
Capítulo 37 - Cupcakes?


Notas iniciais do capítulo

Narrado pela Madison



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O sol batia forte no meu rosto, eu estava quente e suando de baixo da franja. Depois de uns segundos, me dei conta que estava no prédio, sem cobertura, sem minha cama, e sem o Jessie. Eu tinha mesmo passado a noite no prédio, e... Estava chegando o verão. As férias, a formatura. Me sentei, estiquei minhas pernas, e olhei pro longe, lembrando do sorriso do Jessie e comecei a sorrir também. Eu peguei meu celular e olhei no visor, eram dez e meia. Fiquei alí um tempo admirando a vista, pensando, e decidi descer, e de lá fui direto até a casa da Dona Bertha. Precisava ir lá vê-las, e conversar um pouco. Abracei meu travesseiro e fui caminhando. Eu sabia que ia chegar lá só umas três da tarde, então mandei uma mensagem pro meu pai dizendo que eu iria passar na D. Bertha, caso ele já tivesse percebido que eu saí. Claro que, ele iria me chamar pra tomar café da manhã e eu não iria responder, ele iria ficar procupado de mais. Então disse que saí pela manhã, pra ele não surtar com o fato de eu ter saído depois que ele dormiu. 

Eu estava alí, eu e eu mesma andando naquela estrada cheia de pedras, com um travesseiro de baixo do braço, e um calor que começou a me incomodar. Tirei o moletom do Jessie, tirei a blusa de frio, e coloquei de baixo do braço junto ao travesseiro. 

Eram 3:45 da tarde, e eu estava bem próximo á casa da Vó do Jessie. Estava quase desmaiando quando bati na porta da frente:

D. Bertha: Querida, o que está fazendo de baixo desse sol uma hora dessa, entre...

Eu: Oi D. Bertha, eu vim aqui ver a senhora e da Brooke... - disse deixando meu travesseiro e minhas blusas no sofá - 

D. Bertha: BROOKE, VENHA VER QUEM VEIO TE VER! - gritou ela no mesmo momentos -

Brooke: Jeeeeessie? - Ela gritou do quarto, e dava pra se ouvir passos na escada -

Eu: NÃO! Sou eu! - Eu disse correndo ao seu encontro -

Brooke: Mady!!  - Ela esticou os bracinhos e me abraçou com força. Eu a abracei até tirá-la do chão -

Eu: Estava com saudade de mim? - disse colocando ela no chão -

Brooke: SIIIIM

Eu: De que tamanho? 

Brooke: Assim ó - ela falou com um sorriso no rosto, abrindo os bracinhos o quanto podia. -

Eu olhei pra aquele rostinho inocênte, tão feliz, com os cabelos presos num rabo de cavalo que estava soltando de tão liso que era. Eu me comoví, era uma criança tão linda, tão pequena, e nem sabe que está quase sem sua família toda. Olhei pra D. Bertha que estava atrás de mim, sempre tão elegante, mesmo estando com roupa de casa, estava de flip-flops de marca e com o cabelo bem arrumado. Mas era tão senhora, eu gostava muito da companhia dela, mas tinha medo de que, cuidar da Brooke fosse algo cansativo pra uma mulher daquela idade. Brooke tem apenas três anos, e precisa de todo cuidado de uma mãe. Jessie estava fazendo o impossível, então percebí que eu tinha que fazer minha parte. Peguei ela no colo e disse 

Eu: Quer passar a tarde comigo?

Brooke: Quelo, queeelo!!  Posso vovó?

D. Bertha: Mas, é claro! 

Eu: Eu preciso comer alguma coisa antes de voltar pra casa.

D. Bertha: Porque não disse antes? Estou preparando um almoço muito gostoso! 

Eu: Estava mesmo precisando

Enquanto iamos pra cozinha, D. Bertha indagou:

D. Bertha: Porque trouxe um travesseiro? Não dormiu em casa?

Eu: Não, longa história. 

D. Bertha: Tudo bem se quiser me contar.

Eu: Conto depois, o que é o almoço?

Ela riu, e serviu o almoço. Enquanto estávamos comendo, Dona Bertha disse que uma vez Jessie havia mencionado que eu fazia parte do conselho estudantil da escola.

Eu: Sim, eu faço, falando nisso, nesse final de ano tá uma correria pra mim, sabe como é, ter que correr atrás de tudo quanto é coisa.

D. Bertha: Sim, e agora, qual é a sua maior preocupação quanto a isso?

Eu: Agora eu tenho que arranjar mais dinheiro pra comprar o resto da decoração. Além disso, eu tenho que repor um dinheiro da tesouraria da escola.

D. Bertha: Você quer mesmo que esse baile seja muito bom não é?

Eu: Quero.

D. Bertha: Devia vender cupcakes. 

Eu: Vender cupcakes?

D. Bertha: É, você vendeu sanduiches uma vez, não é?

Eu: É, mas era encomendado da escola.

D. Bertha: Mas, você é muito boba se for apenas pela idéia dos outros, devia fazer algo independente, algo que vai ser bom pra sua consciência, já que tem coisas que deve tirar seu sono.

Eu: Boa idéia é que... Eu não sei fazer cupcake.

D. Bertha: Não seja por isso...

Ela se levantou da mesa, e foi até o armário, e começou a procurar coisas que não sabia o que era. Logo ela trouxe até a mesa, uma bandeja com várias forminhas, espátulas e confeitos.

D. Bertha: Vamos começar? 

Eu dei risada, e levantei da mesa. Brooke ficou feliz que íamos fazer cupcakes e bateu palmas. Eu tirei a mesa, e lavei a louça, em seguida, eu sequei e deixei a pia livre pra fazermos os tais cupcakes. Ela colocou todos os ingredientes na pia, e foi me explicando como fazia mais ou menos.

Brooke: Posso ajudar?

Eu: Deve ajudar!! - Eu disse pegando ela no colo e sentando-a na pia -

Então começamos. Ela me ajudou a fazer tudo, a colocar nas forminhas, eu coloquei no forno, e D. Bertha fez o buttercream. Quando estávamos acabando, Brooke estava coberta de massa de cupcake, e ela estava lambendo as colheres e se lambuzando toda. Quando terminamos, olhamos pra mesa, tinhamos preparado muitos e estavam um mais lindo que o outro. 

Eu: Por quanto vendo cada um?

D. Bertha: Venda por 2 dolares cada um.

Eu: Tá.

D. Bertha: E faça uma pequena promoção, dois por três.

Eu: Boa idéia!!

D. Bertha: Boa sorte com isso, menina.

Eu: Falar em boa sorte... Brooke, quer ir na escola segunda feira vender os cupcakes comigo?

Brooke: QUELOO!! 

Eu: Fechado então, você vai comigo.

Ela ficou feliz e ela toda sujinha de massa de cupcake batia palmas, eu levei ela pro andar de cima pra ela tomar um banho, e ir passar um dia todo comigo lá em casa.


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