In Love With Her escrita por naty


Capítulo 9
A Festa parte II: I Kissed a Girl


Notas iniciais do capítulo

continuando com a festa o/
boa leitura!



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MANUELA

-- Eu posso conversar com você? – perguntei com a voz trêmula

Era agora! Eu tinha que fazer isso. Dançar com a Duda estava fazendo com que eu não conseguisse manter o controle! Estava mais nervosa a cada segundo que passava ao lado dela. As mãos começavam a suar, o coração a bater descompassadamente.

-- Claro, vamos pra outro lugar, por que aqui tá muito barulhento – respondeu-me Eduarda e parecia também bastante nervosa com algo, eu só não sabia o que era.

Duda pegou minha mão e saiu me puxando no meio de toda aquela gente dançando. No momento em que seus dedos tocaram os meus, uma corrente elétrica passou por todo o meu corpo me fazendo arrepiar.

Subimos dois lances de escadas sem parar e chegamos, arfantes, no terraço. Cara, meu sedentarismo ainda me mataria um dia!

-- Acho que aqui podemos ter um pouco de paz para conversar – disse Duda recuperando o ar

Olhei para frente e me surpreendi com o que estava vendo. A vista era exatamente a mesma do meu sonho! Agora eu estava assustada! Eu nunca tinha ido até a casa do Rafael, como poderia sonhar com a vista do terraço dele?

-- Er...sim, acho que aqui é o lugar perfeito para conversar – disse

-- Isso aqui é lindo, adoro ficar aqui em cima pensando na vida quando venho na casa do Rafa – disse Duda com uma expressão sonhadora enquanto encostava-se na sacada.

Fui até ela e me encostei ao seu lado, observando as luzes de Belo Horizonte, naquela linda noite de lua cheia. Permanecemos em silêncio por um tempo.

-- Eu queria... – dissemos simultaneamente e sorrimos

-- Você primeiro – falei e ela sorriu, parecendo novamente nervosa

-- Bem, eu não sei por onde começar. É tudo tão confuso, tão novo pra mim. Eu só sei que desde que você chegou, eu não consigo mais parar de pensar em você e isso nunca aconteceu antes. Eu nunca me senti tão ligada a alguém como eu me sinto com você. Não sei explicar, mas parece existir alguma coisa me puxando até você, e nos últimos dias eu... não tenho sido mais eu, com pensamentos, sentimentos e emoções tão... acho que não tenho uma palavra pra isso ... – disse tudo isso em uma torrente incessante de palavras, sem tomar fôlego.

-- Que bom que você se sente assim então! – respondi radiante

-- Tá maluca garota? Você sabe a confusão que tá a minha cabeça?

-- Sim, eu sei.

-- Então porque você acharia isso bom?

-- Isso era só a confirmação que eu precisava pra ter certeza que não ia te chatear se fizesse o que eu estou com vontade de fazer há semanas! – disse me aproximando ainda mais dela. Duda permaneceu em silêncio.

Estávamos de frente uma para a outra. Perdi-me na imensidão de seus olhos castanhos que me atraíam pra mais perto dela.

Eu podia ver que ela queria tanto quanto eu, mas tentava se controlar para não fazê-lo, ela estava com medo.

Duda fechou os olhos por alguns instantes e, parecendo tomar alguma decisão abriu-os novamente, seu olhar intenso fazia meu coração disparar.

-- Quer saber? Eu não consigo mais ficar perto de você sem fazer isso – disse sorrindo ao pousar suas mãos em minha cintura e me puxar delicadamente para junto de seu corpo.

Lentamente, ela abaixou-se aproximando nossos rostos e me fazendo sentir sua respiração bater contra minha boca que ansiava por aquele contato. Roçando de leve seus lábios nos meus, Duda fechou seus olhos e eu fiz o mesmo, imediatamente selando aquele beijo tão esperado.

No momento exato do choque de seus lábios quentes contra a minha boca, senti todo o meu corpo formigar e os pelinhos da minha nuca se eriçarem. Sensações maravilhosas passavam por mim como choques elétricos. Agarrei a nuca de Duda pedindo passagem com a minha língua, que logo foi concedida de bom grado.

O beijo era doce, suave e carinhoso, assim como a minha Duda. Ela apertava levemente a minha cintura com suas mãos grandes e firmes, porém delicadas. Minha língua passeava por sua boca, explorando cada canto e comandando o beijo enquanto Duda apenas acompanhava. E como acompanhava!

Fomos nos separando aos poucos sem quebrar o abraço em que Duda me envolvia, nossos pulmões á procura de um pouco de ar. Meu coração ainda batia mais rápido que asas de beija-flor.

Senhor, que beijo foi esse?

Eu nunca tinha experimentado nada nem remotamente parecido. Abri meus olhos e vi Eduarda sorrindo amplamente para mim me fazendo sorrir de volta.

-- Caramba! Eu não sabia que beijar era tão bom! – ela disse com uma carinha inocente

-- Como assim?

-- Primeiro beijo – respondeu envergonhada, e eu tenho certeza que ficaria vermelha como um tomate se não fosse pelo lindo tom chocolate de sua pele.

-- Quer dizer que... Você nunca tinha beijado ninguém antes de mim?

-- Não

-- Nem mesmo um garoto?

-- Não

-- Posso... perguntar por quê?

-- Sempre que algum garoto pedia pra ficar comigo eu fugia. Até um tempo atrás, eu achava que era medo de alguém me pegar no flagra. Mas quando te conheci, eu percebi que nunca tinha realmente sentido vontade de beijar alguém.

Dava pra ser mais fofa? Parece que eu me apaixonei por um anjo!

-- Do jeito que você me beijou, parecia que já tinha muita experiência com isso. Esse foi o melhor beijo da minha vida, sem dúvidas!

-- Não exagera Manu, isso vai parecer clichê de novela mexicana, mas eu agi num impulso e só fiz o que meu coração mandou.

-- Não estou exagerando, e ainda bem que você fez isso – eu disse rindo um pouco.

-- Por quê?

-- Eu já estava pensando em como faria se você não se abaixasse. Você é muito alta Eduarda! – disse e ela gargalhou

-- Você que é baixinha! – implicou comigo

-- Sim, eu sou uma baixinha que teria sérios problemas pra beijar uma certa pessoa se esta pessoa não quisesse me beijar

-- Pois fique sabendo que essa pessoa queria, e muito, te beijar.

-- Sério? – perguntei sorrindo

-- Sério! E agora sim eu tenho certeza

-- De quê?

-- De que eu tô apaixonada por uma certa baixinha

-- O quê? – eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo.

Ela disse que estava apaixonada por mim!

É agora que eu piro de vez!

-- Você ouviu o que eu disse – respondeu Duda

-- É eu ouvi, mas queria ouvir de novo!

Eduarda sorriu e se abaixou novamente para sussurrar em meu ouvido:

-- Eu estou idiota, boba e completamente apaixonada por você Manuela! – disse me fazendo arrepiar

-- Você não sabe o quanto eu queria ouvir isso. Eu estava com tanto medo de você não gostar de mim Duda

-- E eu estava com medo de gostar demais de você – riu

-- Sim, descobrir que você gosta de uma garota pela primeira vez é assustador! Você fica desorientada, se perguntando por que está acontecendo com você, se perguntando se isso é certo.

-- Era exatamente assim que eu estava me sentindo quando percebi que estava gostando de você. Na verdade eu ainda me sinto meio insegura com tudo isso acontecendo, é muita informação pra processar em tão pouco tempo – disse com a expressão meio triste.

-- Ei, olha pra mim. Eu estou aqui para o que você precisar, pode contar comigo para qualquer coisa. Afinal, eu acabei de descobrir o amor e não posso deixar você ficar triste ou chateada, porque a sua felicidade agora é a minha felicidade. Não tenho medo de mostrar o quanto eu estou apaixonada por você, não mais. Não depois de saber que você sente o mesmo por mim!

-- Você é tão linda Manu! – disse beijando meu rosto

-- Olha quem fala! – repeti o que ela havia dito mais cedo naquele dia.

EDUARDA

Eu estava nas nuvens. Mal podia acreditar que tinha acabado de beijar a Manuela. Um beijo que foi, sem sombra de dúvidas, inesquecível. Pois, além de ser o primeiro – e dizem que o primeiro beijo a gente nunca esquece – foi maravilhosamente esplêndido em si.

Não tinha palavras para descrever o que eu senti quando nossas bocas se tocaram. Todas aquelas sensações novas, unidas á novidade do meu primeiro beijo e ao fato de aquela, ser a garota que eu queria que estivesse ali comigo. Era ela e mais ninguém.

Depois daquela conversa com a Ana, decidi seguir os conselhos da minha amiga e ir atrás da minha felicidade. Não adiantaria mais, portanto, negar que estava apaixonada pela Manu.

E foi pensando nisso que eu a levei para o terraço quando ela pediu para conversarmos.

Poxa, eu já tinha 17 anos, se eu não começasse a traçar meu próprio caminho ninguém mais o faria por mim. E se eu tinha me apaixonado por uma garota, eu não iria lutar contra, não mais.

Meu medo de machucar minha família era grande, mas eu não podia deixar que ele acabasse com as minhas chances de ser feliz.

Orientação sexual não é uma coisa que se escolhe, tudo seria muito mais simples se fosse assim, mas infelizmente não era. Eu não escolhi gostar da Manu, simplesmente aconteceu!

Quando parei para pensar que se eu realmente fosse lésbica, mas ignorasse isso por medo de magoar alguém, eu percebi que acabaria velha, sozinha e numa casa cheia de gatos.

De modo algum eu poderia ignorar ou fugir das consequências, elas viriam uma hora ou outra. Mas era a minha noite, e eu escolhi deixar meu coração me guiar no ritmo da música.

Perdi a noção de quanto tempo fiquei ali, debruçada na sacada com Manuela, observando a paisagem. E pela primeira vez, o que me encantava não era a vista da cidade á noite, era a garota ao meu lado.

Como podia a Manuela ter se tornado tão importante para mim em tão pouco tempo? Era tudo tão maluco!

-- Duda? – chamou Manu

-- Sim?

-- Feliz Aniversário! – disse passando seus braços ao meu redor como uma criança pequena

-- O melhor de todos – respondi e ela sorriu docemente

-- Acho melhor nós descermos, senão vão achar que eu sequestrei a aniversariante.

-- Você não precisaria me sequestrar, eu iria por vontade própria. Mas vamos, antes que chamem a polícia e te prendam!

Voltamos para a sala que parecia ainda mais lotada do que quando saímos de lá.

Ficamos encostadas ao balcão, conversando enquanto bebíamos. Logo Ana chegou com Gustavo sendo seguida por Rafael e um garoto moreno e bonito que eu não conhecia.

-- Gostando da sua festa Duda? – perguntou Rafa

-- Você não faz ideia do quanto! – disse e olhei para Manu sorrindo

-- Alguém me amarrota que eu estou P-A-S-S-A-D-A! Eduarda Ribeiro, você vai me contar tudo, detalhe por detalhe! – disse Ana fazendo escândalo

-- Vai sonhando! – disse e puxei Manu pela mão até pista de dança, onde começavam as batidas de uma música que eu não poderia perder por nada, não depois do que tinha acabado de acontecer no terraço

-- O que você tá fazendo? – perguntou Manuela com uma cara divertida

-- Ué, não foi você que disse que eu tinha que aproveitar a minha noite? – disse e a puxei para mais perto de mim pra dançarmos. Acho que bebi um pouco além da conta, caso contrário, a minha timidez nunca me deixaria fazer aquilo.

This was never the way I planned 

(Isso nunca foi o que eu planejei)
Not my intention 

(Não era a minha intenção)
I got so brave, drink in hand

(Eu fiquei tão corajosa, bebida na mão) 
Lost my discretion 

(Perdi minha discrição)
It's not what, I'm used to

(Não sou assim normalmente) 
Just wanna try you on 

(Só quero testar você)
I'm curious for you

(Estou curiosa por você) 
Caught my attention 

(Chamou minha atenção)

Comecei a cantar e Manuela me olhava rindo e já entrando no ritmo da música. Tentava acompanhá-la em seus movimentos, mas ela dançava muito bem, e aquela noite era a primeira em que eu dançava alguma coisa na minha vida, acredite ou não. Ela era maravilhosa, todos na pista olhavam-na dançar – o que me causou um pouco de ciúmes, mas não foi para nenhum deles que ela disse que estava apaixonada, não foi nenhum deles que ela tinha beijado.

I kissed a girl and I liked it

( Eu beijei uma garota e gostei disso) 
The taste of her cherry chapstick 

(O gusto do seu brilho de cereja)
I kissed a girl just to try it 

(Eu beijei uma garota apenas para experimentar)
I hope my boyfriend don't mind it 

(Eu espero que meu namorado não se importe)
It felt so wrong 

(Pareceu tão errado)
It felt so right 

(Pareceu tão certo)
Don't mean I'm in love tonight

(Não significa que eu esteja apaixonada esta noite)

Abaixei-me e sussurrei no ouvido de Manuela:

-- Nesse caso significa sim, que eu estou apaixonada – ela me olhou com os olhos brilhando e naquele momento, me esqueci de tudo á minha volta. Todos os meus problemas desapareceram como num estalar de dedos. Existíamos apenas eu, ela e aqueles olhos azuis tão lindos.

Mas como sempre tinha que haver alguém pra quebrar o clima...

-- Vocês vão se comer aqui mesmo ou querem que eu mostre onde ficam os quartos? – perguntou Rafael super discreto

Só então notei que estávamos agarradas uma á outra, nossas bocas a milímetros de se tocarem. A música já tinha trocado e meus amigos nos encaravam boquiabertos. Separamos-nos extremamente envergonhadas e ficamos com cara de paisagem olhando para Lucas, Matheus, Ana e Rafael que agora riam da nossa separação repentina.

-- Acho que vocês têm alguma coisa para nos contar? – disse Lucas em tom dúvida e acabou saindo como uma pergunta

-- Eu acho que nem precisam contar nada, a gente tá vendo! – riu Rafael – Aliás, Duda, você pode refrescar a minha memória? O que você disse quando eu falei que você ainda iria ficar com garotas?

-- Vai á merda Rafael! – respondi

-- Acho que as palavras foram mais suaves, mas era basicamente isso! – riu novamente

-- Eu não estou falando no passado, eu sei bem o que eu te respondi, mas nesse exato momento, eu estou te mandando ir á merda, por gentileza.

-- Duda! Não fala assim com o Rafa! – me repreendeu Manu me dando alguns tapas no braço

-- Já estão até dando bronca uma na outra – disse Rafael, não conseguindo manter a língua quieta dentro da boca.

-- Vai á merda Rafael! – respondeu Manu fazendo-nos rir.

Continuamos dançando por mais algum tempo, eu estava realmente curtindo muito aquela noite com meus amigos e, claro, com a minha baixinha. Aquela foi a primeira vez que me senti solta, livre de problemas. E a sensação era maravilhosa.

E pensar que foi preciso que eu chegasse aos dezessete anos e me apaixonasse por uma garota para enxergar que a felicidade estava nas pequenas coisas. Uma dança com os amigos, umas boas risadas...

Eram cerca de meia-noite quando Rafael nos chamou para o cômodo com o mural para cantar parabéns.

Logo abaixo á faixa onde estava escrito “Parabéns Duda”, agora havia uma mesa com um bolo que me fez vomitar arco-íris, era do Guitar Hero! Todo mundo sabia que eu era viciada nesse jogo.

Fui empurrada para trás da mesa com os olhos brilhando e eles começaram a cantar parabéns.

Até aí tudo normal, estava tudo certo até que alguém teve a brilhante ideia de cantar aquela clássica musiquinha.

-- Com quem será, com quem será, com quem será que a Duda vai casar?

Nesse momento eu já estava pensando seriamente em enfiar a cara no bolo de tanta vergonha.

-- É com a Manu, é com a Manu, é com a Manu que a Duda vai casar – eu tinha algumas contas para acertar com meus amigos, primeiro a festa, depois aquele momento tenso na pista de dança e agora isso!

Olhei para a frente e vi que Manuela me olhava mais vermelha que um pimentão, já estava preocupada, com medo que sua cabeça entrasse em erupção e explodisse bem ali na minha frente.

Depois de lançar um doce e assassino olhar na direção em que Lucas, Ana Math e Rafa se encontravam, dei um jeito de sair dali o mais rápido possível. Ser o centro das atenções nunca foi o meu forte, por isso sempre tentava evitar ser alvo de qualquer tipo de atenção.

Fui andando pela casa, procurando por nada, ou por tudo, uma pessoa em particular. Tinha muita coisa acontecendo comigo. Eu, sem dúvida alguma, amava Manuela, acho que soube disso muito antes de conseguir admitir e aceitar que tinha me apaixonado por ela. Só que agora, os problemas vinham á tona, minha família, minha inexperiência em relacionamentos, tudo entrava em confronto na minha mente. Mas fiz uma promessa a mim mesma que iria atrás da minha felicidade, e eu a cumpriria.

Um olhar lançado do outro lado do cômodo em que estava, me fez esquecer de tudo novamente. Ela estava me chamando, pedindo que eu a seguisse para os fundos da casa. Cheguei perto da piscina e a encontrei admirando a lua.

-- Ela tá linda hoje né?

-- Assim como você – respondeu me deixando extremamente envergonhada

Não respondi, fiquei esperando que ela falasse algo. E ela de fato o fez

-- Vem cá Duda – chamou, pedindo que eu me aproximasse mais

-- Assim tá bom? – perguntei sorrindo e ficando a poucos centímetros dela

-- Um pouquinho mais perto seria o ideal – disse passando os braços pelo meu pescoço e me fazendo arrepiar novamente.

Instintivamente, passei os braços por sua cintura, abraçando-a e fazendo com que ela saísse do chão e ficasse á minha altura.

-- Acho que agora você não está em tanta desvantagem assim – brinquei

-- E já estou me aproveitando da oportunidade – disse já avançando para os meus lábios.

Coração disparado, respiração descompassada, corrente elétrica correndo por todo meu corpo. Tudo checado, caso fosse parar no hospital, os sintomas que eu consegui identificar e decifrar já estavam todos listados.

Diferente do outro beijo, esse era mais urgente, mais devastador, mas igualmente maravilhoso. As mãos de Manuela apertavam minha nuca, me puxando mais para ela, do mesmo modo que meus braços em sua cintura traziam-na para mais junto de meu corpo.

Novamente nos separamos arfantes, cedo demais. Manu me olhou sorrindo como um anjo de olhos azuis e deixou sua cabeça descansar no vão do meu pescoço, sua boca próxima ao meu ouvido me fazia cócegas.

-- Quero te falar uma coisa – sussurrou

-- Diga

-- Na verdade, é uma música, mas não ria! – avisou e pude senti-la sorrindo contra minha orelha

-- Prometo que não vou rir – disse já

-- Se você continuar rindo eu não canto! – continuou com ar divertido

Céus, porque ela estava sussurrando? Queria me deixar louca? Porque estava conseguindo direitinho

-- Ok, não rio mais.

-- Nem me interrompa – se afastou novamente só por tempo o suficiente para me olhar e voltou para a sua posição anterior quando acenei e começou a sussurrar com a voz rouca no meu ouvido.

Olho você e sinto um arrepio

Quando chega perto quase que eu te sinto

Você me olha e me faz delirar

O seu sorriso me faz conquistar

Nos meus sonhos só você e eu

Ficar com você é um desejo meu

Tento seguir em frente e não pensar em nada

Mas não consigo deixar de pensar

Que eu dava tudo pra ter você aqui

Mas sem coragem continuo aqui

Olhando pra você e querendo falar

Que eu tô afim e querendo ficar

Eu dava tudo pra ter você aqui

Mas sem coragem continuo aqui

Olhando pra você e querendo falar

Que eu tô afim e querendo ficar

Quando ela terminou, eu estava sem palavras. Ninguém sabia, mas sempre fui uma “manteiga derretida”, me emocionava fácil, mas não deixava que os outros percebessem. Naquele momento, eu estava usando toda a minha força para não começar a chorar que nem uma bobona.

-- Isso... Basicamente, resume o que eu sinto por você, espero que tenha gostado da música – disse Manu.

-- F-foi você que fez?

-- É sua... Se quiser, é claro... Assim como eu

-- Como é que é?

-- Eduarda Ribeiro, você aceita ser a minha namorada?


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Notas finais do capítulo

eitaaa que é agora que a Duda enfarta!
oq vcs acharam da Duda tomando a iniciativa hein?
e o pedido da Manu gentee ela não perde tempo né? kkkkkk
espero comentários hein!!!
bjinhos e até o próximo



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