A Princesa Da Neve escrita por Jenix


Capítulo 5
Pra você é Kuchiki


Notas iniciais do capítulo

Demorei né... perdão...
Gente que fofo, mas 3 leitores... tudo bem meus lindos tímidos. Só de estarem lendo é muito bom pra mim
mas eu gosto de reviews sabiam?



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Sabe como é ter os seus olhos atraídos por uma força e mesmo que você não queria não consegue desviar o olhar? Tenta pensar em outras coisas, mas tudo é inútil então, finalmente, você decide fechar os olhos, porém quando fecha a mesma imagem de olhos abertos veem a sua cabeça? Foi exatamente assim que eu me senti naquela hora. Acho que fui a ultima das alunas a sair da escola. Mas aquele lugar era tão grande e confesso que ir depois de todos me deixava mais calma. Não sei o que ele ainda fazia ali parado em frente ao portão; só sabia que deveria andar até ele e fui. E fui andando encarando nos olhos, eles me puxavam e eu não conseguia resistir. Não sei porque mas parei a menos de um passo a sua frente. Do jeito que estava só enxergava o peito dele; ficou assim por algum tempo. Ela não olharia para cima, os olhos castanhos eram um imã e naquela posição talvez a levasse para um caminho sem volta. Ainda sem olhar nos olhos me pronunciei:

–O que faz aqui?

–Esperando alguém.

–Pois bem, já estou aqui.

–E como sabe que é você?

Foi difícil não olhar, sabia que nesta parte ele me mirava. cedi e também levantei a cabeça. Dei um sorriso sarcástico. Na verdade, sabia que era eu quem ele aguardava, não sabia como. Só senti. Bom eu não respondi a pergunta. A resposta me parecia muito estranha para tentar colocá-la em palavras. Foi muito esquisito quando me dei conta que nós não estávamos mais na escola. Novamente não sabia como ou quando nós começamos a andar. Será que estava sonhando acordada? Com certeza não, Era ele ali, ele era real. Nós andávamos lado a lado em silêncio e isso me incomodava muito, mas ao mesmo tempo nunca me senti tão a vontade antes com alguém. Tantos sentimentos diferentes. Isso era novo para mim.

–Eu não vou com a sua cara, princesa.

Não achei que falaria isso antes de qualquer coisa. Foi inesperado, mas sou uma princesa e aprendi desde cedo a lidar com as palavras que me testassem. Com toda a frieza que tinha, herança Kuchiki, respondi tranquilamente.

–Eu sei disso. Era só isso?

–Não.

–"claro que não era só isso. Eu sabia" - Então é sobre patinar comigo.

–Isso. Eu quero ganhar isso, princesa.

–Então é disso que se trata? Realmente acreditei que você não queria participar, ainda mais participando comigo.

–Tenho motivos para querer a vitória. Sei que tá acostumada a ter tudo o quer, mas desta vez terá que se esforçar.

–Sabe, Kurosaki, você tira muitas conclusões ao meu respeito. Enquanto a isto não te preocupes. Eu também quero vencer isso.

–Ótimo.

–Isso é tudo?

–Não. Não me chame de Kurosaki. Não gosto que me chamem pelo sobrenome, principalmente os da minha idade.

–Entendo. Ichigo não me chame de princesa. Eu tenho um nome.

–Tudo bem então Rukia.

–Errado.

–Como?

–Pra você é Kuchiki.

–Certo. - falou bravo.

–Não acabei ainda. Ichigo, eu também não vou com a sua cara.

–Eu sei Rukia - com naturalidade.

–Já disse que para você é Kuchiki.

–tanto faz.

A conversa se encerrou ali, mas ainda caminhavam juntos. O Ruivo se encolhia entre uma brisa e outra. Ela notou claro, pois embora não o encarasse em toda a caminhada observava o ruivo. Ele vestia muitas roupas e nem era o "inverno" de Karakura ainda.

Ele também fazia o mesmo com ela. E meio que se sentia um fraco por sentir tanto frio com tanta roupa e ela usando apenas um vestido simples e um pequeno cachecol caminhava como se fosse outono; sentiu-se pior ainda quando a mesma tirou o que cobria o pescoço. A caminhada fizera-a sentir calor.

–Vai se acostumar.

–Com o quê?

–Com o frio.

–Espero. Odeio o frio.

–Adoro o frio.

–Tem cara de quem gosta.

–Mas você que possui os olhos gelados.

Foi a primeira vez que ouviu isso sobre os seus olhos. Geralmente vinham enxurradas de elogios pela cor âmbar. Ele parou de repente analisando os olhos da mesma. Eram de um azul profundo. Combinavam mais com a o gelo que os seus olhos mais ainda assim... Sim aqueles olhos tinham calor. Eram opostos em tudo. Baixa, alto. Cabelos negros que lembravam a noite, cabelos amarelo alaranjados que lembravam o dia. Olhos Azuis, Olhos âmbar, Gelo e Fogo.

–O que faz ainda andando comigo?

–Para dizer a verdade nem notei que ainda caminhávamos. - e era a verdade. - você onde vai?

–Vou para casa. - a essa altura o pai já deveria ter buscado as irmãs na outra parte da escola destinada para os alunos mais novos.

–Nesta direção?

–Não, não outra. É por isso que estou indo por esta.

–Entendo. IDIOTAS gostam de fazer do jeito difícil

–Mas o quê?

–Quer carona?

–Você me chamou de idiota?

–Quer carona ou não?

–NÃO.

–Você que sabe. Deve saber que com o cair da noite este reino vai ficando cada vez mais F-R-I-O.

Ela tinha que falar daquele jeito? Essa ideia era terrível para ele. Já não aguentava mais. Bufou, mas assentiu. Ele iria com ela.

A carruagem cor-de-rosa da princesa chegou e eles entraram. Ichigo sentiu que os dois que iam a frente conduzindo os cavalos o observavam friamente.

–Não acho que seja uma boa ideia. - a princesa não respondeu. Olhou a paisagem pela janelinha da carruagem enquanto partiam a mil. Ichigo se calou também. Era um longo caminho, até mesmo não estando a pé. A princesa adormecera encolhida no banco. Ainda que estivesse dormindo pôde sentir olhos sobre si e despertou manhosamente. Esquecera onde estava e acordou sem glâmur algum. Esticando-se e coçando os olhos. Ouviu uma pequena risada e arregalou os olhos ao notá-lo. Voltou a sua compostura imediatamente fazendo-o rir mais alto.

–você não acorda como uma princesa Rukia.

–E por acaso sabe como uma princesa acorda Ichigo? E é Kuchiki pra você.

O ruivo não se conteve e voltou a rir. Fazia tanto tempo que não ria e era por algo tão bobo que se qualquer outro presenciasse não veria motivos para tantas gargalhadas. A princesa achava o mesmo. Mas era a coisa mais hilária do mundo ver a princesinha cheias de pose com a cara amassada. Também notou que por alguns instantes enquanto despertava os olhos dela estavam violetas e achou isso muito peculiar.

–Sei que não deve ser como você acorda Rukia

Ele nem soube de onde veio. Mas estava lá. Sem dúvida por debaixo do casaco estaria um hematoma causado pelo soco que ela deu em seu ombro. Claro que se zangou, mas vê-la tão brava o acalmou um pouco.

–Por que me deu carona? - mudando o assunto

–Porque estava indo para mesma direção que eu.

–Eu fico logo à frente.

A princesa olhou, mas só viu uma estrada deserta.

–Aqui?

–Coisas do meu pai... Tem um caminho ali - aponta o dedo para o local - que dá na minha casa. Acho que é a única por aqui.

A princesa ficou surpresa. Ela Conhecia aquele lugar. E sabia que realmente era a única casa das redondezas. Não mencionou uma curiosidade sobre a casa do ruivo, mas também, não tinha permissão para revelar isso para estranhos.

A carruagem parou e o garoto desceu.

–Obrigada, Rukia.

–não por isso.

Novamente a carruagem partiu em disparada quando um estalo veio a cabeça da princesa que sem demora pôs a mesma para fora e gritou:

–JÁ FALEI QUE PRA VOCÊ É KUCHIKI!


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Notas finais do capítulo

Um o que será que a nossa princesa sabe sobre a casa do ruivo em? Kuriosos????? Tomara que sim



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