A Princesa Da Neve escrita por Jenix


Capítulo 14
Gato Vagabundo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.. demorando pra caramba pra postar né... Mas nesse calor e sem ar condicionado ngm merece ficar com notebook no colo e eu moro no RJ, praia e cachoeira de montão... então...
já viu...
Novos personagens aparecem na trama. E algumas revelações do Plano fênix.



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CENTRAL 13 - SEDE


Em um prédio que ficava próximo a entrada do reino, mas perto da torre Um cada um dos responsáveis pelos Pilares de segurança de Karakura se reunia para discutir um assunto de suma importância. Estavam todos de pé, esperando que o rei chegasse para começar as suas deliberações. Estavam todos meios ansiosos, faz vinte anos desde que precisaram de forças do colégio Central.

–Não acredito que será necessário convocar os estudantes. – cortou o silêncio o capitão de o Sétimo Pilar, Sajim Komamura. Estamos em tempo de paz. É bom que as crianças não se envolvam com as lutas.

–Entendo a sua preocupação com as crianças, mas é sábia a manutenção de poder. Hoje estamos em tempos tranquilos, mas quando um dia a guerra chegar, quem protegerá nosso amado reino? – foi a vez de Shunsui Kyoraku, responsável pelo oitavo pilar.

–Sabe-se que um reino forte é aquele que tenha jovens fortes, também não gosto da ideia das nossas crianças batalhando, mas o que Shunsui disse é verdade. Quando chegar o dia da batalha e eles não souberem se defender seria o fim.

–Até você pensa assim, Ukitake-san? – A voz cortante fez que as discussões se encerrassem. Todos entraram em posição dado a chegada do imponente homem.

–Majestade. – Saudosos reverenciaram o rei.

–Vejo que todos já sabem do que se trata essa reunião...

Deu-se início os debates e depois de muito deliberar foi decidido que o plano Fênix será inicializado.

–Alguma objeção?

Todos os presentes se entreolharam, mas até mesmo Kumamura não ousou ir contra uma decisão do próprio rei. Tomado que ninguém mais se manifestaria encerraram formalmente a reunião e, antes de tomar sua condução, Byakuya foi cumprimentado por Awanami.

–Majestade, foi uma sábia decisão. Embora eu saiba o que tenha te custado para toma-la.

–Sim. Espero não me arrepender disso. - Entrou na sua carruagem e os partiu.

–Não irá se arrepender? Espero sinceramente que não...


MANSÃO DA FAMÍLIA ISSHIDA


–É um prazer tê-la em meus aposentos Yoruichi-sama.

–Sim sim, sem formalidades. E Uryuu? Já chegou?

–Sim. Ele está na sala agora. Vamos até lá.

–Esse lugar não mudou muito.

–Decidimos deixar tudo como o seu pai deixara.

–Agradeço a consideração.

–Yuruichi-sama, correm uns rumores que estamos recebendo ajuda daquele homem... Não acho que seja uma ideia muito boa.

–Eu concordo com você. Kisuke nunca foi lá muito confiável e realmente eu não sei o que ele pensa.

–Por isso mesmo. Não seria melhor descarta-lo e...

–Sei que é o melhor a se fazer, mas é... que... Francamente é complicado. Mas se isso for suficiente eu fico de olho nele.

–Entendo. Se a senhora sabe dos riscos fico mais tranquilo.

Seguiram por um grande jardim até entrarem no salão principal alguns homens estavam aguardando para que começassem.

–Umas caras que não vejam faz tempo. Então, quer dizer que eles colocaram o plano Fênix em ação?

–É isso o que parece.

–Francamente... O que o aquele cara está fazendo?

–Na verdade, a decisão do rei não foi ruim. O problema está no verdadeiro motivo por trás desse plano. Parece que querem dar um golpe.

Imediatamente os homens que estavam sentados cercaram o louro apontando espadas. Já ele se manteve muito calmo e continuou a falar.

–A influência que Haykirako conseguiu ao longo dos anos contribuiu muito para isso.

–Calado! – perguntou um dos que apontavam a espada.

–Quem é você? – disse outro.

–Shohouin-sam, os seus homens são muito nervosos não é mesmo?

–Acredito que você se chama Urahara Kisuke? – o moreno ajeitou os óculos. Dos homens, ele foi o único a se manter calmo e sentado no mesmo lugar.

–Ora ora! Tal postura... Você deve ser o prodígio dessa casa, Uryuu Ishida-Kun.

–Prodígio é um exagero.

–Mesmo? Já ouvi falar de seus feitos e – foi impedido de andar quando umas das katanas espetaram o seu peito. Shuhouin, até quando você vai deixar que me tratem assim?

–Podem abaixar as armas. Ele não é um inimigo... Por enquanto. – Disse a ultima parte em voz baixa; o louro a olha de canto e sorri matreiro.

Já sem a tensão de inicio retornaram aos seus lugares quando um homem, visivelmente o mais nervoso, com a pele morena e cabelos crespos, Zennsuke Kurumadani, perguntou o que era esse tal plano Fênix.

–Como sabem o colégio Central é uma concentração de grandes nomes do nosso reino – Começou Yoruichi – Mas antes de tudo, era um celeiro preceptor de cavaleiros. Nas batalhas, á época de construção do Reino, os cavaleiros eram todos treinados lá. Quando o reino estabilizou-se, em fim, nunca mais houvera a necessidade de levar os nossos nobres à batalha.

–Entendo, mas não vejo o porquê de nos preocuparmos com isso.

–Está enganado Kuramadami. – Interveio Urahara, que logo se calou ao sentir os olhos de Shihouin sobre si. Claro, que o louro saber o nome do cavaleiro foi uma surpresa. Ao que parece, as redes de informações dele eram mesmo dignas de prestígio, embora o mesmo não fosse.

–Realmente não considero uma coisa ruim o reino preparar novas forças. Até porque é necessária a manutenção do poder e como são, em sua maioria nobre, saberiam usar não só das destrezas das famílias, como também, usar da diplomacia para resoluções dos conflitos. Não que os não pertencentes à nobreza não pudessem fazer isso. É que mesmo nos dias de hoje, o status ainda conta.

De fato, ninguém considerava a decisão do rei ruim. O problema estava naqueles envolvidos por de trás disso.

–Parece que Haykirako Awanami está eufórico com essa ideia. E todos nós sabemos que ele teve algum envolvimento com o acontecido em Mystigan.

O nome Haykirako Awanami era uma espécie de Tabu. Surgiu do nada em Karakura e, mesmo não sendo nobre, em pouco tempo tornou-se próximo a família real e hoje presta serviços eventuais como conselheiro. Sem contar, a fortuna que acumulara com as minas de diamante, milagrosamente descobertas ao acaso.

–Não sabemos bem o que eles pretendem... Mas a ideia de treinar cavaleiros depois de tantos anos e ainda em tempos de paz... É suspeita demais e temos ainda um fator crucial: Kuchiki Rukia. Por que decidir fazer isso justamente agora que a princesa está lá?

Depois de ouvidas as palavras de Yoruichi todos pareceram concordar que algo de errado estava por de trás do plano Fênix.

–Uryuu – chamou Isshida Ryuuken – deve se aproximar mais da princesa.

–Entendo, mas enquanto ao Kurosaki?

–O jovem príncipe sempre será a preocupação maior dessa casa. Devemos isso em nome da nossa honra. Continue como o planejado. Deve proteger ambos agora.

–Seria mais fácil se os dois ficassem amigos, mas pelo que vejo não se dão bem. Mas estarei atendo, senhor.

–Quanta formalidade entre pai e filho... – Disparou novamente Urahara.

–Vejo que você está altamente informado de quem nós sejamos. Já que está tão engajado na conversa que tal dizer por que decidiu participar disso? Não lhe pagaremos nem nada do tipo e isso só faz aumentarmos nossas desconfianças de você.

–Tão desconfiado quanto os boatos dizem Ryuuken-sam. Mas na verdade, não me importo muito com que acontece nesse Reino o que aconteceu em Mystigan.

–Ora seu... – exaltou-se Kuramadami.

–Então por quê?

–Porque eu devo uma a alguém e não posso descansar até pagar a minha dívida. Sou um gato vagabundo, mas odeio dever as pessoas e enquanto não puder pagar sou escravo dela. – dando uma piscadela na direção de Shuhouin.

–não é um motivo muito convincente.

–Vocês que escolhem se querem minha ajuda ou não.

Lançaram um olhar de reprovação contra o louro, mas ao aceno positivo de cabeça de morena de olhos amarelados aceitaram, a contragosto, a ajuda dele.


ESTRADA DO CENTRO SUL – CAMINHO COMERCIAL PARA KARAKURA


Caminhavam após a parada para reposição de mantimentos a mulher magra de cabelos platinados, Koetsu Isane, dama de companhia da família Abarai e o homem de corpo forte cabelos negros e bem cortados estilo militar, Iba Tetsuzaemon, um dos guardas pessoais do príncipe.

–O mestre está muito irritado. – começou a mulher.

–Sim, ele está entediado com a viagem.

–Já foi uma surpresa ele ter aceitado vir conosco. Ele detesta viagens longas.

–Oee! Vocês se apressem. Já terminamos as coisas aqui. – gritou um dos encarregados das provisões.

Isane e Iba apertaram o passo. No humor em que o príncipe encontrava não duvidam que partam e os deixassem por ali mesmo.

–Já vamos. Hei Iba, o mestre irá mesmo se casar com essa tal de Rukia?

– ...

–Iba! Iba! Estou falando com você.

–Perdoe-me Isane. Fiquei distraído. – A mulher segue com os olhos a mesma direção que o seu companheiro e não fica surpresa a chegar onde Madarami Ikaku estava.

–Não fique assim Iba.

–Como? Não entendi.

–Bom, você é o mais antigo entre os membros da guarda pessoal do mestre. Sua família tem uma longa história em ser o primeiro oficial. Mas... Mas agora Madarimi ocupa essa posição e você...

–Não se preocupe com isso Isane. Não sou pequeno o suficiente para ter ciúmes de uma coisa dessas. É que simplesmente não consigo confiar nesse cara.

–Entendo... Mas sabe que ele só conseguiu essa posição pela amizade que tem com o príncipe. Pelo menos, em questão de força, você sabe que é mais forte do que ele.

–Força não é tudo... Agora mudando de assunto. Porque a pergunta? Acha que o príncipe faria essa viagem toda se não fosse realmente se casar?

–Talvez... Talvez ele vá recusar formalmente o acordo. Sabe, o mestre detesta que lhe imponham as coisas e...

–Isane, não deixe o seu coração interferir nisso.

–Co-como?

–Ele não faria essa viagem se não estivesse interessado na herdeira dos Kuchikis.

–Não isso. Como assim meu coração interferir?

Iba dá tapinhas carinhos na cabeça de Isane sorrindo.

–Você não é nada sincera, Isane-chan, mas ainda que não fosse a Kuchiki, esse seu sentimento é impossível.


ARREDORES DE KARAKURA


Depois de comprar algumas coisas para a sua “sobrevivência” na cozinha, ela encaminhava-se para os seus aposentos. Foi uma manhã tensa. Embora acreditasse nas habilidades de seus pupilos não via com bons olhos apenas Uryuu cuidando das coisas no colégio Central. Talvez introduzisse mais um dos seus homens para ajuda-lo, talvez Kojima Mizuiro; um ano mais novo que Ishida. Não teria problemas de ficarem na mesma sala. E o jovem, mesmo não sendo um gênio como Uryuu, era muito habilidoso e seria de grande ajuda.

Parou de devagar a respeito do ajudante de Uryuu quando se sentiu sendo observada. Não parou a marcha, mas seus olhos estavam espertos. Pegou caminhos que lhe favoreciam, a fim de encurralar o Stalker. Entre becos de uma área menos movimentada viu sua chance e quando se virou para dar o bote não havia ninguém. – seria só minha imaginação? – era astuta demais para pensar desse jeito. Manteve a guarda e no ranger de um calho, num golpe rápido agarrou-o pelo pescoço prensando na parede.

–Você?!

–Violenta como sempre Shuhouin-san. Eu achando que conseguiria te surpreender dessa vez.

–O que você quer Kisuke?

–Não me faça essa pergunta numa hora dessas – deu uma pequena pausa – e na posição que estamos.

Urahara tinha razão. Estavam muito próximos e a morena afrouxou os dedos para logo em seguida, libertá-lo.

–Por que está me seguindo.

–Onde você estiver eu não estarei muito longe.

–Isso não me deixa contente.

–Are-are Que malvada! Tratando tão rudemente o seu escravo...

–Lá vem você com essa história de novo... E que papo foi aquele na mansão? Francamente não precisava ter aparecido daquele jeito. Quase que te matam.

–está preocupada comigo Shuhoin-san? É uma honra.

–Se morrer antes de passar todas as informações as coisas se complicariam.

–Fico feliz em ser útil.

–Essa sua atitude me irrita. Vamos, o que você quer?

O louro a olha com curioso. Ela realmente não deveria repetir essa pergunta. Tão rápido quanto o movimento anterior dela, reverte à situação a empresando na parede. Aproxima significativamente o rosto do dela e fita os olhos que são respondidos com a mesma intensidade. Entretanto, depois de uns instantes de batalha. Desiste apoiando a cabeça no colo da morena.

–Você sabe que não farei nada que não me ordene Shuhoin-san.

–Mesmo? Então porque continua me chamando assim. Já disse para me chamar de Yoruichi. Essas formalidades não fazem meu estilo.´

–isso eu não posso enquanto não me ordenar.

–Mas eu já disse que...

–Shohoun-sam, essa intimidade só vale para os mais íntimos e ainda não somos assim.

–Percebi que você disse ainda... Muita petulância.

–já disse que farei tudo que me ordenar. Se disser para ser seu amante eu serei. Embora não acredite que permitirá a um gato vagabundo tal chance.

A morena nada disse e diante o silêncio dela, o louro retira a cabeça do colo, mas tira das mãos dela as sacolas que carregava.

–Não lhe ordenei isso.

–É eu sei. Mas é contra os meus princípios deixar uma dama fazer isso. – E saiu andando.

–Princípios? Nem sabia que você tinha. – indo atrás dele - Então Kisuke também é um cavaleiro?

–Não mesmo. Sou um gato vagabundo. Não me entenda errado. É que eu simplesmente não posso deixar que cometam um crime na cozinha.

–Quê? Eu não cozinho tão mal.

–uma vez eu já cai nessa história. Foi uma batalha que eu não pude vencer... E também eu estou com fome, mas não tenho grana. Pra pagar pela comida eu cozinho. –virou a esquina e continuou. – se não me engano, restam só mais quatro quadras.

–Espera! Como sabe onde moro? – eu segui todos os procedimentos para não ser seguida e...

–Eu já disse, não foi? Onde você estiver eu não estarei muito longe.

–saco.... – mas ela diz sorrindo. – eu vou querer algo muito gostoso tá ouvindo?

–Tudo que a minha senhora ordenar... Tudo mesmo Yoruichi - a última parte falou somente para si.

Ela ainda não sabia, mas o gato vagabundo seria o mais leal de todos os seus homens.





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Notas finais do capítulo

Iba, Isane, Ikkau, Ryuuken (já tinha aparecido, mas só coloquei o nome dele agora) Kuramadami, Ukitake, Komamura, Shunsui, Mizuiro (só foi citado) sao as personagens que vão começar a botar fogo na lenha na históra.
PS. pra quem tá ligado na história o guarda que é amigo do principe Abarai é um dos caras do mal, REX.. então se o novo oficial da guarda pessoal é o Ikkaku, logo Ikkaku é o Rex...
só pra nao ter que ficar colocando em parenteses toda vez que ele aparecer na fic, ok