My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Momento Kolmantha e Carmantha! Espero que gostem!



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Capítulo 42

-Klaus! – exclamei e lancei-me para os seus braços, que me receberam como sempre.

-Samantha – cumprimentou ele, enterrando o seu rosto no meu cabelo. – Senti a tua falta.

-Eu também – desfiz o abraço, mas ele manteve as suas mãos nas minhas costas. Beijei-o com saudade. Nunca tinha pensado que estar tão pouco tempo longe dele poderia parecer uma eternidade incompleta.

-Irmão, cunhada querida, eu estou aqui – Kol pigarreou e eu separei-me de Klaus.

-Não foste má companhia – comentei, sorrindo e abraçando Klaus só com um braço.

-Eu nunca sou má companhia, darling – disse ele, sorrindo e levantando as sobrancelhas, provocando rugas na sua testa.

-Samantha! Finalmente chegaste! – comentou Rebekah, aparecendo e sorrindo. – Vais ao Baile da década de 20, certo?

-Vou tentar ir, está bem? É a minha despedida de solteira, mas no dia seguinte é o casamento e eu não quero ir com olheiras para o altar.

-Tu nunca estiveste solteira! – exclamou Klaus, indignado.

-No papel, ainda estou solteira.

-Comprometida – corrigiu ele e percebi que não valia a pena comentar.

-A minha família virá. E agora com licença, mas eu tenho que me encontrar com Caroline para a prova do vestido.

-Até logo, love – disse Klaus, beijando-me castamente os lábios.

-Até logo – ronronei e ele sorriu malicioso.

Saí de casa e peguei no meu carro que permanecia junto dos outros da família Mikaelson. Guiei calmamente pelas ruas de Mystic Falls e parei em casa da Caroline. Bati à porta e ela abriu-a.

-Chegaste! Vamos? A modista já está há nossa espera.

-Então não vamos fazê-la esperar mais um minuto – disse, voltando a entrar no carro, agora com Caroline.

Ela era simpática e percebi que podia tê-la como amiga. Tal como todos os habitantes de Mystic Falls, tinha sido atraída para aquela confusão como dano colateral. Caroline era apenas amiga de Elena e isso trouxe-a para o centro do furacão.

Estacionei no centro da cidade e ainda tivemos que andar um pouco, mas quando chegámos à loja, uma senhora baixinha e gordinha, com óculos e uma fita métrica à volta do pescoço recebeu-nos com entusiasmo.

-É muito mais bonita do que pensei – elogiou ela, ao que eu sorri.

-Obrigada – disse e entregou-me o vestido.

-É só para as provas finais – disse ela, indicando-me o provador.

Entrei e ela fechou a porta. Abri o fecho do plástico que cobria o vestido e arfei. Era lindo, perfeito, digno de uma princesa. Eu já amava o vestido e ainda não o tinha experimentado e tinha a certeza que Klaus também iria adorá-lo.

Vesti-o e ele serviu-me como uma luva, mas estava um pouco largo no decote. Era só ajustar isso, nada mais. Saí do provador e vi as suas expressões de encanto e surpresa. Estavam tão emocionadas como eu.

-Ah, por favor, eu sei que o vestido é lindo, mas não precisam de me olhar assim – disse, envergonhada.

-Vem para aqui, querida – a modista indicou-me um pequeno círculo que tinha mais cinco centímetros de altura.

Coloquei-me no pedestal e olhei em frente, onde três espelhos com rebordo dourado mostraram o meu reflexo.

-Está perfeito – murmurou Caroline, atrás de mim.

-Como te sentes nele, querida? – perguntou a senhora.

-Muito bem. Está ótimo, só no decote é que acho que está um pouco largo.

-Deixa-me ver – pediu ela e começando a tirar as medidas com vários alfinetes e giz de costureira.

-Quando é que a tua família chega? – perguntou Caroline.

-Amanhã.

-Então não vais poder ir ao Baile?

Sorri.

-Não. Até porque eu quero que o meu sono esteja perfeito de manhã. Daí que eu estava a pensar em fazer a minha despedida de solteira hoje mesmo.

Caroline sorriu.

-Claro que sim! Onde?

-Não sei – comecei a pensar. – Pode ser em casa do Klaus. Trancamos a porta do quarto e assim eles não podem entrar.

-Quem queres que convide? – ela tirou o seu telemóvel começando a correr a lista telefónica. Ela seria uma ótima assistente pessoal no futuro, se quisesse escolher essa carreira.

-Elena, Bonnie e Rebekah. Queres convidar alguém?

Caroline negou com a cabeça.

-Então somos só nós.

-Ah, Bridget e Katherine! – Caroline arregalou os olhos. – Talvez Katherine não possa. Assim que sair daqui telefono-lhe.

-Klaus está atrás dela.

Virei-me para trás, encarando-a sem ser através do espelho.

-Precisamente.

Voltei a vestir a minha roupa normal e guiei de volta até casa de Caroline.

-No sábado estará tudo pronto – assegurou ela. – Até logo!

-Está lá às oito! – exclamei, quando ela fechou a porta.

Quando ela entrou em casa, telefonei à minha melhor amiga.

-Samantha – cumprimentou do outro lado, ainda um pouco amargurada pela nossa pequena discussão antes de ela ter partido.

-Oi, Bridget – falei afetada e desenhei o símbolo do infinito no volante do carro com o dedo, nervosa. – Eu e Klaus vamos casar.

-Já sei – disse ela e percebi que, para além de amargurada, também estava furiosa.

-E queria saber se gostarias de vir para a minha despedida de solteira.

O silêncio ficou entre nós mas não me permiti falar, deixando-a pensar sobre o assunto.

-Samantha, o que aconteceu entre ti e o Kol…

-Está tudo esclarecido.

-Entre ti e o Kol talvez, mas entre ti e o Klaus?

Suspirei, frustrada. Bridget nunca fora apoiante de mim e do Kol. Ela dizia sempre que Klaus era o meu amor épico.

-Bridget, não tornes isto mais complicado do que precisa de ser. Foi só uma noite! E as minhas emoções estavam desligadas!

-Ah, então estão ligadas agora? E quem as ligou? Kol? Usando a ponte de ligação?

-Não! – exclamei, chocada. – Não, ele nunca faria isso!

-Como podes ter a certeza?

Fiquei em silêncio e engoli em silêncio.

-Foi má ideia ligar-te.

-É, realmente foi – e desligou o telemóvel na cara. Olhei para o aparelho de boca aberta. Nunca tinha pensado que Bridget pudesse ter ficado tão zangada comigo por causa de uma noite!

Guiei até casa, sentindo-me subitamente exausta. Quando estacionei na casa dos Mikaelson, não saí do carro, deixei-me ficar por lá, pensando em Bridget e no percurso que tínhamos feito.

Sempre fomos melhores amigas, será que agora já não éramos? Por causa de Kol? Porquê? E será que aquela conversa também significava que ela não viria ao meu casamento? E quanto a Elijah? Onde se colocava ele? O que tinha acontecido entre nós para Bridget ficar assim comigo? Foi ela que me instigou a desligar as emoções, afirmando que era o melhor para eu não sofrer mais por Klaus. Porque estava ela subitamente a defender e colocar Klaus num pedestal?

Bateram ao vidro e sobressaltei-me. Era Kol, que estava confuso por me ver ali. Abri o vidro.

-O que estás aqui a fazer? Não vais entrar?

Sorri fraco e ele percebeu.

-O que se passou?

-Entra no carro – pedi e ele entrou, sentando-se ao meu lado numa questão de dois segundos.

-O que aconteceu, Sam?

Uma lágrima soltou-se e coloquei a cabeça no seu peito, começando a chorar. Abraçou-me com força e beijou o topo da minha cabeça.

-Sam, conta-me o que aconteceu.

-Bridget. Ela está zangada comigo e acho que não vem ao meu casamento.

Ele resfolegou.

-Isso é impossível. E posso saber o motivo por se terem zangado?

Funguei e afastei-me dele.

-Tu – respondi e ele olhou para mim admirado.

-Eu? Porquê?

-Porque dormimos juntos e ela não gostou.

-Isso é ridículo! – exclamou ele, também surpreso. – Não faz sentido!

-Eu sei, eu sei – acrescentei rapidamente. – Mas eu não sei como reagir! Bridget não é assim! Eu não sei como é que posso tê-la magoado ao dormir contigo! E depois ela insinuou que tinhas sido tu que me tinhas feito ligar a humanidade de novo, mas eu sei que fui eu! Klaus, na verdade.

-Samantha, eu nunca usaria a ponte de ligação para isso. Eu quero deixar o teu livre arbítrio o mais aberto possível.

Sorri, pegando num lenço de papel da minha mala e enxugando as lágrimas.

-Eu sei – disse. – Na verdade, nunca compreendi, Kol: tu gostas de mim mais do que uma amiga, mas nunca usaste a ponte de ligação para me apaixonar por ti. Porquê?

Ele mexeu-se no banco desconfortável.

-Quando te transformei, a minha intenção era a melhor: não morreres e ficares com o meu irmão. Eu posso gostar de ti mais do que como amiga, mas quando olho para ti e Klaus vejo um amor verdadeiro, um amor que não morre com o passar dos tempos. Eu quero isso para mim, Samantha.

Toquei no seu rosto e ele fechou os olhos por breves momentos.

-Tenho a certeza que encontrarás alguém à tua altura.

Ele sorriu e beijou-me a testa.

-Uma Samantha miniatura para amar – murmurou ele e colocou as suas mãos no meu rosto. – Mas duvido que haja alguém no mundo que seja tão boa pessoa como tu.

Sorri e senti o carro tremer.

Olhei em frente e deparei-me com Klaus, visivelmente furioso com a cena que estava a assistir. Fitei Kol, que também se tinha afastado, surpreendido por ver Klaus ali. A nossa situação era muito comprometedora, porque sabia que os nossos rostos estavam demasiado próximos meros segundos atrás.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

A fanfic terá 50 capítulos! Já estão todos escritos, por isso, comecem a recomendar para eles saírem mais rápido das páginas de Word!
XOXO



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