My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Episódio com flashback sobre como Samantha e Niklaus se conheceram! Espero que gostem!



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Capítulo 4

Flashback ON

Corremos o mais depressa que podíamos para a minha casa, mas as luzes já estavam apagadas.

-Sabes o caminho, Bridget?

-Não, não sei – negou ela abanando a cabeça e começando a lacrimejar. – O que nos vai acontecer, Samantha?

-Não sei. Sinceramente, não sei – disse e o sol estava a dar os seus finais sinais de vida. – Mas temos que nos despachar com uma solução.

Na nossa direção vinham tochas acesas.

-Devem de ser os lobisomens – murmurou Bridget. – Foge!

Começámos a correr na direção contrária, por um trilho que me parecia familiar, mas não me lembrava de onde.

Bridget tropeçou e eu parei para a ajudar a levantar-se. As tochas aproximavam-se de nós e Bridget gemeu.

-Não há tempo – murmurou ela. – Torci o pé. Foge, Samantha.

-Não te vou deixar para trás! – exclamei determinada e coloquei o seu braço por cima dos meus ombros.

-Samantha, não assines a sentença de morte para nós as duas, foge tu.

-Chata – murmurei e comecei a andar.

-Ei! – exclamou a voz de um homem e olhámos as duas para trás assustadas. – Parem!

Parámos, já que fugir não adiantaria nada. O homem tinha um aspeto furioso e cauteloso ao mesmo tempo, o que metia um respeito horrível. Senti-me automaticamente indefesa, e a família que vinha atrás dele não me descansou. Dois dos seguidores aproximaram-se dele, com uma tocha numa mão e a outra a segurar o cabo da espada.

-Quem são vocês? – perguntou ele.

-B-Bridget Midleton – gaguejou Bridget e eu olhei-a em pânico. Eu nunca os tinha visto na vida, contudo, eu lembrava-me da esposa dele que tinha cabelo ruivo e longo preso atrás.

-Mikael Jackson – falou ele e o seu rosto descontraiu. Os seus filhos não entenderam muito, mas a sua esposa também descontraiu. – Está tudo bem, é a filha de um senhor que eu conheço.

Os olhares de todos pararam para mim e eu baixei os olhos.

-É uma amiga, Samantha Blake.

Atrevi-me a olhar para cima e vi que todos esperavam a reação do chefe da família.

-Estão a seguir para as grutas? – perguntou ele.

-Era essa a nossa intenção, mas perdemos a hora e os nossos pais já seguiram – informou Bridget.

Mikael trocou um breve olhar com a mulher e depois de ela assentir, virou-se para nós.

-Nós estamos agora a ir para a nossa caverna. É melhor virem connosco visto que já está de noite e os lobisomens já devem de estar na sua fase de transformação.

-Agradeceríamos muito – falou Bridget por nós as duas e Mikael sorriu.

-Finn, Elijah, ajudem a menina Bridget – mandou ele e os dois filhos dele correram para nós e equilibraram Bridget. – Mal chegarmos à gruta, trataremos disso.

Bridget sorriu agradecida e começámos a seguir Mikael. Eu seguia em último, atrás de Finn, Elijah e Bridget. Seguíamos num passo apressado, devido ao medo dos lobisomens aparecerem. Um dos filhos de Mikael, o que tinha cabelo loiro até ao pescoço esperou por mim e sorriu.(N.B: Ele era lindo, com os caracóis loiros a balançar no vento!)

-Não queres ir mais lá para a frente? – perguntou ele e eu neguei com a cabeça. – Então, faço-te companhia.

Sorri, mas disse:

-Não é necessário, a sério. Vai ajudar o teu pai.

Ele sorriu.

-O Kol e o Henrik ajudam-no.

A paisagem ia mudando, e quando notei já estava a entrar num gruta que era impressa dentro de um rochedo em granito. Naquele momento, agradeci estar ao lado de alguém que tinha uma tocha, porque até chegarmos ao verdadeiro refúgio tínhamos que avançar por um corredor escuro, frio e pequeno. Tropecei numa pedra e já ia caindo em cima de Bridget, mas ele segurou-me e acabámos os dois ficando demasiado próximos. (N.B: De tal forma que atá sentia a respiração dele na minha pele nua.)

-Desculpa – pediu ele e seguimos. Ao longe ouvimos o uivo de lobos. A minha família devia de estar destroçada por não saber de mim, mas o que importava era que eu estava bem. Amanhã iria dizer-lhes a verdade e de certeza que acabaria por ficar de castigo, mas ao menos estaria viva.

-Não sei o teu nome – pensei alto de repente e surpreendi-me por o som fazer eco.

Ele riu e proferiu:

-Niklaus.

Sorri e corei um pouco. (N.B: A sua pronúncia era bela e contagiante.)

-Chegámos – disse Mikael quando parámos numa cavidade larga e menos húmida do que o corredor. Elijah, Finn, Mikael, Kol, Henrik (ainda não os distinguia) e Niklaus colocaram as tochas em volta da gruta, de maneira a ela ter uma luz natural.

-Chamo-me Rebekah – disse a única rapariga da minha idade por ali. Tinha um ar doce e angelical.

-Samantha – falei e retribuí o sorriso.

-Não conseguiste mesmo encontrar o caminho para a gruta dos teus pais?

Neguei com a cabeça e olhei para Bridget, que estava sentada numa pedra.

-A minha mãe vai tratar dela. Amanhã nem irá parecer que torceu o tornozelo – garantiu Rebekah e eu forcei um sorriso. – Estás preocupada com algo?

-Claro que está, Bekah – interrompeu Niklaus, impedindo-me de responder. – Afinal, a sua família não sabe onde ela está.

Rebekah olhou para mim e colocou uma mão no meu ombro.

-É só mesmo isso?

-Sim, é – assegurei e ela sorriu.

-Amanhã já vais estar com eles. Partimos de manhã.

Virou-se e foi ter com o irmão mais novo, que se notava pela sua altura.

-É só mesmo isso? – voltou a repetir Niklaus e eu virei-me.

-Eu disse que sim.

-Só queria ter a certeza – disse ele e levantou as mãos como sinal de rendição.

Gargalhei baixinho e voltei a olhar para Bridget que parecia estar a divertir-se com um dos irmãos.

-Elijah é muito simpático – comentou Niklaus e eu acenei. Então, aquele que estava a falar com Bridget era Elijah, e portanto o mais velho devia de ser Finn e o que estava a ajudar o pai assim como Henrik devia de ser Kol.

-Estou a ver que sim – concordei e virei-me para Niklaus. Os seus olhos eram excecionalmente verdes e cativantes. Quando sorria fazia covinhas e isso tornava-o fofo.

-O que foi? – perguntou ele.

-Nada – disse e desviei o olhar, corando. – Vou ver como a Bridget está.

Fui até onde Bridget estava e ela gargalhou de algo que Elijah disse.

-Samantha! – exclamou ela. – Senta-te!

Sentei-me ao lado dela e perguntei-lhe:

-Como estás?

-A minha mãe vai cuidar dela assim que arrumar as coisas. Por falar nisso, vou ajudá-la – disse Elijah, sorrindo para mim. Os seus olhos eram castanhos e demonstravam sinceridade. – Com a vossa licença…

Levantou-se e deixou-nos as duas sozinhas.

-Vi que tu e Niklaus se deram muito bem – notou Bridget, o que me fez corar.

-Ele é simpático. Assim como Elijah, pelo que vi.

Bridget esmoreceu o seu sorriso e olhou para o chão.

-Sabes que não me posso divertir como tu, Samantha.

-Bridget, não estás a dizer que Elijah pode ser o homem da tua vida.

Bridget olhou-me com os olhos expectantes e brilhantes.

-Talvez. Pelo menos, ele saberia como me fazer rir.

Coloquei uma mão no ombro dela e olhei-a com compaixão. Bridget estava comprometida com um rapaz da nossa vila, que era carrancudo e mal educado, mas não podia fazer nada quanto a isso, sendo que ela e ele seriam uma espécie de assinatura num contrato entre as famílias. Felizmente, ainda não me tinha acontecido isso, mas sabia que o meu pai andava ocupado com isso, o que me deixava sempre com ansiedade quando chegava a hora de ele abrir a porta de casa e entrar.

-Sabes que não tens escolha, não sabes?

Ela sorriu para mim e uma lágrima escapou dos seus olhos.

-Eu sei. Só gostava que não fosse assim – disse ela e apoiou a cabeça dela no meu ombro.

-Por agora, vamos tentar não pensar nisso, está bem? Agora, tens que te preocupar com o teu pé.

-Sim, está bem – concordou ela.

Flashback OFF

-E foi naquela noite que eu conheci a família Original – finalizei, olhando para os dois Salvatore.

-E o que queres deles? – perguntou Damon.

-O que eu quero, só eu sei.

Stefan aproximou-se de mim, olhando-me ameaçadoramente. Certo, ele era alto, mas eu tinha mais 900 anos em cima.

-Eu só quero reencontrar Niklaus e ser feliz com ele como fomos à 900 anos atrás. Só isso. Não represento nenhum problema para vocês – disse-lhes, fitando Stefan bem nos olhos, o que me fazia sentir irritada sendo que tinha que levantar muito a cabeça.

-E assim que acertarem as coisas vão embora, certo? – perguntou Damon, aproximando-se de nós. Naquele momento, começava a sentir-me encurralada, o que eu não gostava nada.

-Claro. Vocês serão felizes para sempre com Elena no meio de vocês – disparei nervosa.

Desviei-me dos dois habilmente e fui andando para a sala.

-Espera – disse Damon baixinho e pegou-me no braço. Os seus olhos estavam azuis e muito abertos. – Segue-me.

Segui-o até ao seu quarto e ele fechou a porta.

-É mesmo verdade? Só queres rever Klaus e depois vão os dois embora daqui? – perguntou ele.

-Sim, é – respondi e cruzei os braços. – Porquê?

-Eu amo Elena – disse ele, vindo até mim em dois passos. – Não quero o Klaus a rondar por aqui, ameaçando-a de morte.

Acenei com a cabeça.

-Tens sorte, Damon. Eu simpatizei com vocês, especialmente com Elena. Vou fazer de tudo para vos ajudar a protegê-la.

-Mesmo que eu te mostrasse um pequeno segredo que temos?

Olhei-o desconfiada.

-Que segredo?

-Segue-me – disse ele e descemos as escadas.

(N.B: O que seria?)

©AnaTheresaC



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu confesso que adorei escrever este capítulo! É a primeira vez que os vemos juntos, não são queridos, juntos? E Bridget e Elijah? É, ali corre coisa até aos dias de hoje, prometo!
E outra coisa importante, A minha vida em Mystic Falls anda a ser plagiada! Eu sei, nem acredito que alguém desceu tão baixo e pensou que iria passar despercebida. Já mandei a denúncia, é tudo uma questão de tempo. É por isso que a partir de agora vão começar a ver em todos os capítulos; ©AnaTheresaC
XOXO, até domingo!