My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

19 leitores! Muito obrigada!



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Capítulo 27

-Onde está Rebekah? – perguntou Gloria, entregando-nos três cervejas.

-Ela estará aqui a qualquer minuto – respondeu Klaus.

-Sabes como ela é: tem que fazer uma entrada em grande – falei e Gloria sorriu.

-Olha quem fala.

Isso lembrou-me de como eu tinha entrado naquele bar, e tinha conseguido virar cada cabeça.

Flashback ON

Entrei no bar e olhei para Gloria que estava a cantar. Um dos empregados passou, com taças de champagne e eu peguei numa, mais depressa do que um senhor.

-Oh, por favor, sirva-se.

-Farei isso – disse e bebi um gole de champagne.

Ele era pouco mais velho do que a idade que eu aparentava e olhava-me como se eu fosse comida.

-Gostaria de dançar?

-Dispenso. Mas obrigada – falei e desci os degraus.

-Mas eu não – ele insistiu e pegou-me no braço com força.

Sorri, não gostando nada daquela postura de possessivo sobre mim.

-Está tudo bem por aqui?

Aquela voz tranquilizou-me e gelou-me por dentro. Olhei para ele. Lindo, como sempre. Cabelo penteado para trás, fato todo branco e os seus olhos verdes claros mais brilhantes do que nunca. Ele não me fitava, olhava para o homem que ainda me segurava o braço.

-Claro que sim – disse ele e apertou-me o braço com mais força ainda. – Não é, linda?

Ele ia beijar-me mas eu recuei e ele deu-me um estalo na cara, à frente de todos. A taça de champagne caiu no chão, partindo-se, mas eu pouco me importei. Eu sentia-me ultrajada. Como é que aquele homem se tinha atrevido a bater-me, se nunca me tinha conhecido na vida? Klaus não demorou muito para reagir, deu um murro na cara do homem e os dois começaram a lutar. O bar inteiro parou tudo o que estava a fazer para assistir à luta.

-Nik! – gritou Rebekah, tentando conter o irmão. – Nik, para! Samantha, faz alguma coisa!

Meti-me entre os dois e com o cotovelo parti o nariz do homem que me tinha batido e ele caiu no chão inconsciente. Fitei Niklaus.

-Bom ver-te de novo, Nik – disse, colocando para trás uma madeixa do meu cabelo que estava nos olhos.

-Posso afirmar o mesmo, Sam – falou ele e sorriu-me.

Flashback OFF

Sorri com o pensamento e Klaus pegou-me na mão.

-Não me arrependo um único segundo daquilo que fiz por ti.

O meu sorriso desapareceu instantaneamente. Eu e ele tínhamos recomeçado a namorar, mas Mikael apareceu e ele deixou-me para trás, sem qualquer explicação.

-Eu sim – falei, rígida.

Klaus suspirou e olhou para Stefan.

-O que há contigo? Pensei que Chicago fosse o teu recreio – disse ele.

-Então foi por isso que me pediste para ser teu parceiro? Porque tu gostavas da maneira como eu torturava pessoas inocentes?

Eu revirei os olhos. Os Anos 20 eram mesmo um borrão para Stefan.

-Isso é certamente metade.

-E qual é a outra metade?

-A outra metade, Stefan, é que tu costumavas ser o meu braço direito – respondeu Klaus, enquanto servia dois copos de shots. Eu ainda estava a beber a minha cerveja, e não gostaria nada de rever Rebekah bêbeda.

-Vocês eram melhores amigos, quase irmãos – falei por Klaus, colocando uma mão no seu ombro.

-À amizade – disse Klaus, elevando o seu copo de shot cheio e bebendo tudo de um só trago.

Acabei de beber a minha cerveja, e já que não queria repetir o mesmo sabor, pedi a Gloria mais um copo de shot e começámos os três a beber.

-Estou confuso – disse Stefan enquanto Klaus enchia o meu copo. – Já que éramos melhores amigos, porque é que só soube que tu eras um híbrido sacana quando sacrificaste a minha namorada num altar de fogo?

-As coisa boas têm que acabar – respondeu Klaus, sorrindo para mim. – E nós somos a exceção.

-Mas já tivemos vários fins.

Klaus assentiu, recordando-se talvez das várias vezes em que nos encontrámos ao longo dos séculos e depois de algum tempo ele sempre me largava.

-Rebekah e Klaus eventualmente tiveram que se mudar, e tu não podias ir com eles. Tal como eu – falei, engolindo em seco. Não era toda a verdade, mas eu não podia dizer a Stefan que nós fugíamos de Mikael à frente de Klaus.

-Compeliste-me a esquecer – deduziu Stefan, virando-se para Klaus.

-Era hora de eu e Rebekah seguirmos em frente – falou Klaus. – Melhor ter um passado limpo.

-Mas porquê? – Stefan quis saber e eu mexi-me na cadeira. – Não precisarias de cobrir os teus rastros, a não ser… que estivesses a fugir de alguém.

Ah, Stefan, és tão inteligente!, pensei para mim, mas depois olhei para Klaus e ele não estava nada feliz com a linha de pensamento de Stefan.

-A hora das histórias acabou – disse ele, mal-humorado.

Stefan desviou o olhar, e percebi que algo se passava, por isso também olhei para lá, discretamente, enquanto bebia o meu shot. Era Damon. Desapareceu tão depressa como tinha aparecido. Troquei um olhar com Stefan, mas ele já tinha tudo pensado.

-Preciso de outra bebida. De verdade.

Klaus levantou a mão, num gesto de que ele podia ir. Stefan saiu de lá, e eu sabia o que fazer: entreter Klaus até ele voltar.

-Tens que o compreender. A namorada dele morreu e ele já não é propriamente o teu fã número um.

-Hum, pensei que tu eras a minha fã número um – ele brincou, mas percebi que continuava com o mau humor.

-Paciência, Klaus. E este é um conselho gratuito – disse e ele voltou a servir-me o shot.

-Última rodada! – avisou Gloria e Damon apareceu ao lado de Klaus. Fiquei automaticamente tensa e Klaus notou, mas sorriu irónico.

-Vejo que já abriram as portas para a ralé.

-Oh, querido, já me chamaram pior – disse Damon. Ele pediu uma bebida á Gloria e ficou por ali.

Pedi um cosmopolitan á Gloria e ela trouxe-mo logo, com uma sombrinha. Olhei para ela quando vi que o pauzinho era de madeira. A sério? Klaus pegou logo na sombrinha e ficou a rodá-la de um lado para o outro, enquanto eu acabava de beber o meu cosmopolitan.

-Tu não desistes, pois não? – perguntou ele a Damon e eu percebi que faltavam poucos segundos para os dois se pegarem.

-Devolve o meu irmão e nunca mais terás que me ver – cantarolou Damon e eu revirei os olhos.

-Estou triste, é que prometi ao Stefan que não te deixaria morrer, mas quantas bulas preciso de jurar, e claramente tu queres morrer, caso contrário não estarias aqui, por isso… - falou Klaus num só fôlego.

-O que posso dizer? Adoro fortes emoções.

-Vocês estão a agir como se tivessem 12 anos – falei e levantei-me, mas tropecei nos meus próprios pés.

-Não és muito forte no álcool, não devias de ter misturado tantas bebidas – disse Klaus.

-Hum, fala o homem que me encheu uns cinco copos de shots.

Desta vez, quem revirou os olhos foi ele e falou:

-Vai ter com ela. Já me encontro lá contigo.

-Está bem – disse e despedi-me de Gloria. – Adeus, Gloria!

-Adeus, Samantha! – disse ela e eu saí do bar.

Fui até ao vagão e vi que o homem estava morto no chão com uma pequena poça de sangue.

-Bekah? Já acordaste? – falei alto, sabendo que ela me ouviria.

Fui até ao caixão e vi que ela já lá não estava deitada, tal como eu sabia.

-Bekah? Sou eu, Samantha!

-Sam? – a voz dela disse, mesmo atrás de mim.

Virei-me para ela e sorri.

-Bekah!

-Sam! – ela exclamou e abraçámo-nos.

-Senti a tua falta, amiga.

-Desculpa – falou ela. – Devia de ter exigido ao Klaus para fugires connosco.

-Não, deixa estar. Isso fez-me crescer.

Ela desfez o abraço e olhou-me com um semblante triste.

-Ele não te merece.

Acenei com a cabeça. Rebekah entendia-me tão bem que eu não precisava de falar em voz alta os meus problemas.

-Eu sei. Mas eu amo-o.

Ela sorriu.

-Ele também te ama. Mas os seus objetivos virão sempre em primeiro lugar.

-Eu sei – afirmei e sorri. – Mas estou tão feliz por estares de volta!

-Conta-me tudo que aconteceu!

-Rebekah! – a voz de Klaus soou e ela desapareceu. – É o teu irmão mais velho! Aparece, aparece onde quer que estejas.

Ele apareceu à minha frente e olhou para trás de mim. Nem teve tempo de dizer nada, porque ela espetou-lhe a adaga no peito.

-Vai para o inferno, Nik! – gritou ela e ele ofegou.

Mas a adaga não o matava nem o imobilizava. Ele tirou a adaga e atirou-a ao chão.

-Não faças beicinho. Sabias que não me ia matar.

-Não, mas esperei que doesse mais.

-Sei que estás chateada, Rebekah – falou Klaus, andando atrás dela. – Por isso, deixarei passar esta, só desta vez. Trouxe uma oferta de paz.

A oferta de paz era Stefan? Faria todo o sentido, já que Rebekah era completamente apaixonada por ele.

-Podes entrar! – disse Klaus e Stefan apareceu á nossa frente.

-Stefan? – disse Rebekah, emocionada. Stefan não estava a perceber nada, mas Klaus andou até ele e falou:

-Agora tu lembras-te.

Stefan fechou os olhos, e quando os abriu sorriu para Bekah.

-Rebekah.

Ela sorriu e percebi que se sentia extasiada por Stefan se lembrar dela. Ele começou a andar até nós, mas Klaus chamou-o:

-Stefan.

Mais memórias entraram na cabeça de Stefan, eu percebi.

-Lembro-me de ti – murmurou Stef. – Fomos amigos.

-Nós somos amigos – corrigiu Klaus e focou-se em Rebekah. – E agora o motivo por estares aqui: Gloria disse-me que sabes como contactar a Bruxa Original.

-A Bruxa Original? – indagou Rebekah, irónica. A Bruxa Original era a mãe deles, Esther.

-O que tens que a Gloria precisa?

Rebekah foi com a mão até ao pescoço, mas algo faltava ali.

-Onde está o meu colar? – perguntou Rebekah. – O que fizeste com ele? Eu nunca o tiro.

-Não sei, não o toquei – respondeu Klaus.

-Precisamos de encontrá-lo, Nik – mandou Rebekah.

-Diz-me que não é isso que ela precisa.

-Agora, Nik, eu quero-o de volta.

-Diz-me que não é isso que ela precisa, Rebekah! – repetiu Nik gritando com Bekah e agarrando-lhe os braços com força.

Ela desenvencilhou-se dele e revirou o caixão por dentro. Como viu que não tinha o colar, atirou o caixão para o chão.

Olhei para Stefan e percebi que ele sabia algo. E esse algo era o colar de Rebekah.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam a gostar!
Gostaram do flashback? Nik todo protetor, que ninguém toque nas suas preciosas meninas! (Sam e Bekah)
O que acham da amizade de Samantha e Rebekah?
XOXO, até próximo domingo!