My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Look Samantha: http://asminhasfanfics.blogspot.pt/2012/11/look-samantha-capitulo-22-fanfic-my_25.html



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Capítulo 21

Infelizmente, as Smoky Mountains situavam-se no Tenessee, ou seja, mais música country insuportável. (N.B: Penso que devemos de dar um abraço à nossa autora! Escrever esta frase deve de lhe ter doido muito… Ela é uma mega fan de Taylor Swift, logo de Country music. :cc )

Stefan levava o Ray às costas enquanto eu e Klaus íamos à frente. Como aquilo era uma montanha, tinha vestido os meus melhores shorts, a minha melhor blusa e as minhas sandálias sem salto, porque na verdade também não precisava de salto para me sentir mais alta.

-Estás bem? O Ray está a ficar pesado? – indagou Klaus depois de estarmos a andar á cerca de quatro horas.

-Klaus, ele é um lobisomem. Claro que é pesado, ele é um lobo! – brinquei e Klaus gargalhou. Eu adorava ouvir a gargalhada dele, fazia-me lembrar de quando éramos humanos.

-Estou bem – respondeu Stefan.

-Tens a certeza? Temos andado por um bom tempo. Se precisares de água ou sentar-te um pouco… - disse Klaus.

-Sim, eu entendi que estamos presos aqui, mas se pudéssemos pular a conversa da treta seria ótimo.

-Tão aborrecido – disse Klaus. – A tua auto depreciação está a sufocar-te, amigo.

-Talvez porque estou um pouco cansado de caçar lobisomens.

-Verdade, Klaus. Passámos o verão todo nisto! Não há nada de melhor para fazer? – concordei com Stefan e Klaus olhou-me ameaçadoramente.

-E graças ao nosso amigo Ray, encontrámos um bando.

Klaus parou-me colocando um braço à minha frente e eu olhei em frente. Arregalei os olhos. Há nossa frente estava um acampamento de lobisomens e humanos. Todos pararam o que estavam a fazer para nos ver. Stefan avançou mais uns passos a deitou Ray no chão.

Uma mulher muito mal arranjada exclamou:

-Ray!

Correu para o amigo ou lá o que ele fosse para ela e um homem aproximou-se dela.

-O que está a acontecer? – chorou ela e deu-me pena. O que Ray tinha passado… o que eles provavelmente iriam passar…

-Quem és tu? – indagou ela, olhando ameaçadoramente para Stefan.

-A questão importante é: quem sou eu – interveio Klaus e eu mantive-me atrás dele. – Por favor, perdoem-me a intromissão. O meu nome é Klaus. (N.B: Claroo, Klaus tinha de ser o principal !! )

A loba reagiu logo e deu uns passos para trás.

-Tu és o híbrido – falou ela.

-Ouviram falar de mim. Fantástico! – disse Klaus no seu tom de voz sádico.

Sentei-me num tronco passando bem perto da lobisomem que olhava para Klaus como se o fosse matar, e isso irritava-me. Eu amava Klaus e morreria por ele, jamais deixaria uma lobisomem qualquer meter-se com ele e muito menos tocar-lhe com um dedo que fosse.

Klaus e Stefan seguiram-me e eu comecei a olhar para o acampamento. Todos nos olhavam, mas aquela loba era a líder, por assim dizer. Todos olhavam para ela, à espera de alguma ordem, e olhavam-nos com medo porque não sabiam o que éramos capazes de fazer.

-É muito fascinante, na verdade: um lobisomem que não se transforma na lua cheia, um vampiro que não queima ao sol. Um verdadeiro híbrido – disse Klaus e a loba começou a tremer.

Ray procurou por ar, arqueando o corpo de uma maneira nada elegante.

-Bem na hora, Ray – disse Klaus. – Muito dramático.

Ele deitou-se de barriga para baixo e olhou para nós. O pior de tudo é que ele olhou para mim à procura de ajuda com o olhar. Congelei. Malditas e abençoadas emoções. Eu com Klaus era diferente porque ele tinha mudado, era mais irónica e um pouco mais livre, mas a maneira como Ray olhou para mim lembrou-me do mesmo olhar que Klaus me lançou quando se transformou.

Flashback ON

Já era bastante tarde e eu não conseguia dormir. Bateram á porta de casa e eu levantei-me sobressaltada. Continuaram a bater e eu espreitei pela minha porta na esperança que o meu pai se levantasse, mas tal não aconteceu. O meu pai tinha um sono muito profundo, assim como a minha mãe.

Fui à cozinha buscar uma faca e abri a porta de casa de rompante. Era Niklaus, mas tinha sangue na sua túnica.

-Nik! O que aconteceu? – perguntei, dando um passo para fora de casa e prensando o local que tinha sangue.

-Posso entrar? – indagou ele, assustado e com os olhos brilhantes, como se estivesse a reprimir o desejo de chorar.

-Claro que sim, entra.

Ele entrou e eu fechei a porta.

-Anda para a cozinha – disse e dirigimo-nos para a divisória da casa onde cozinhávamos.

Sentei-me num banco e pousei a faca em cima da mesa. Ele sentou-se do outro lado da mesa e olhou-me sem qualquer expressão.

-Nik, o que aconteceu? – voltei a perguntar.

-O meu pai… matou-me.

Arregalei os olhos.

-Mas se ele te matou, como é que estás aqui de frente para mim?

-A minha mãe transformou-nos em algo diferente.

-Nik, estás a assustar-me – falei e aproximei-me dele. Coloquei o seu rosto entre as minhas mãos e obriguei-o a fitar-me. – Diz-me, o que foi?

Ele levantou-se de repente e roubou-me um beijo ardente.

-Nik, o meu pai…

-Não me interessa – disse ele e continuou a beijar-me. Eu gostava dos beijos de Nik, não que fossem muito frequentes porque ninguém podia saber, mas era isso que os tornava tão especiais.

-Nik, para! – exclamei baixinho e ele largou-me. – O que aconteceu para apareceres assim a esta hora?

-Eu não sei o que fazer. Estou confuso – murmurou ele, parecendo perdido outra vez. – Quero ficar contigo, mas é algo mais. E oiço o teu coração a bater. Isso é estranho. E sei onde o teu sangue corre com mais rapidez e mais lentamente.

-Nik, se não me disseres o que a tua mãe te fez eu vou lá e vou falar com ela!

Ele sorriu e depositou um beijo na minha testa.

-Tu és tão corajosa. Mais corajosa do que eu. Amo-te.

-Por que estás a dizer isso como se fosse uma despedida? – indaguei e abracei-o com força.

-Eu… preciso de saber exatamente o que sou. Não te quero magoar.

Afastou os meus braços do seu corpo e olhou-me completamente perdido.

-Mas eu amo-te. Não quero que te esqueças disso.

-Eu também te amo, Nik. Nunca te esqueças disso. Não há ninguém no mundo que eu ame mais – falei e ele sorriu, mas não chegou aos seus lindos olhos.

-Tenho que ir. Não me procures, sim?

Ele afastou-se para sair de casa, mas eu segui-o.

-Nik?

Ele parou a meio do caminho, mas não se virou.

-Prometes que me vens buscar assim que perceberes tudo?

Ele apenas murmurou:

-Se não te colocar em perigo, claro que sim.

Flashback OFF

A realidade assolou-me, e não era algo bonito. Um humano estava com uma dentada horrível no braço, e Ray estava a beber dele. Stefan estava em cima do humano para ele não se mover e Klaus tinha acabado de estalar o pescoço á loba assanhada.

-Muito bem, quem é a seguir? – indagou Klaus, virando-se para a nossa audiência com os olhos amarelos, as presas de fora e a mão cheia de sangue.

Ele trocou olhares comigo, e deve de ter percebido o quanto enojada estava com aquilo.

-Sweetheart, porque não vais dar um passeio enquanto eu e Stefan cuidamos disto?

-Avisas-me quando acabares?

-Claro que sim, sweetheart – disse e estendeu-me a mão que estava limpa para me levantar, mas eu levantei-me sozinha sem a ajuda dele.

Corri o mais depressa que podia para longe dali e só parei quando deixei de ouvir os gritos agonizantes dos lobisomens que iam morrendo e viam morrer os seus amigos e companheiros.

Encostei-me a uma árvore e deixei-me escorregar por ela enquanto me lembrava da memória que ainda corria na minha mente. Niklaus tinha parecido tão perdido e sem rumo naquela noite, e mil anos depois ali estava ele no papel de um assassino em série. Como é que eu ainda estou apaixonada por ele se ele faz aquela coisa todos os dias, se ele magoa pessoas inocentes só para chegar a um fim que não tem nada de bom, apenas solidão?

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Oi! Espero que tenham gostado! Para a minha Beta, sim, custou-me IMENSO escrever aquilo. Taylor Swift é demais!
A minha parte favorita foi o flashback, e a vossa?
FANFIC NOVA! E claro, com Doppelgangers e ORIGINAIS (incluindo Klausdelícia). Passem por lá, se quiserem, gostaria muito de vos ver lá: http://fanfiction.com.br/historia/295851/Devotion/
XOXO, até domingo!