Capítulo 19

Saímos do carro e eu espreguicei-me. Nunca me habituei aos carros e duvidava que me iria habituar. Ter que estar sentada o tempo todo era entediante.

Entrámos no bar e comentei para Klaus:

–Se eu quisesse ouvir música Country, tinha comprado um CD da Taylor Swift. (N.B: Ahahha esta foi boa! Principalmente por ter sido escrito por uma autora super fan da Taylor Swift xDD )

Ele sorriu e rodeou-me a cintura com uma mão.

–Vai com calma, sweetheart. Esta música é temporária. Em breve estaremos a ouvir Jazz, como tu gostas – brincou ele, e o seu sorriso desapareceu. – Ali. Cheira mesmo a lobisomem. Hipnotiza todos no bar para não o ajudar, Stefan.

Avançámos até ele, e Stefan começou a tarefa que Klaus lhe tinha pedido.

–Ray? Ray Sutton? – indagou Klaus e ele sentou-se ao lado do lobisomem. Sentei-me também, mas ao lado de Klaus.

–Quem quer saber? – falou Ray, enquanto lhe entregavam uma cerveja.

–Procurei todo o lado por ti, não foi, sweet pea? – disse Klaus, olhando para mim e eu acenei, fitando Ray. – Começámos na Flórida, em Pensacola. Conheci um rapaz com quem trabalhaste antes de ires para Memphis, e ele levou-me ao encontro de duas lindas jovens. Sem ofensa, amor – acrescentou ele, pegando na minha mão, mas largando-a logo. – E elas trouxeram-me aqui, até ti.

–É melhor eu ir – falou Ray, não gostando nada da conversa. Revirei os olhos. Ele achava mesmo que ia sair daqui assim sem mais nem menos? (N.B: Que ignorante!^^)

Stefan estava mesmo atrás dele e empurrou-o contra o balcão.

–Não tão rápido – comentei. – Acabámos de cá chegar e nem imaginas como é difícil encontrar alguém como tu.

Ele voltou a tentar fugir, mas Stefan voltou a empurrá-lo.

–Não faria isso outra vez – disse Stefan.

–Vampiros – falou Ray.

–Uau, como chegaste a essa conclusão? – falei, irónica e levantei-me do banco. Coloquei-me mesmo de frente para ele. – Mas não todos.

–Sim, o meu amigo aqui é um vampiro, e ele hipnotizou todos os que estão aqui dentro, por isso não vale a pena pedir-lhes ajuda, e a minha linda namorada também é. Um aviso: ela pode ser bastante maldosa quando brinca com o fogo. Entretanto, eu sou outra coisa, um tipo diferente de monstro. Tenho um pouco de vampiro, tenho um pouco de lobisomem… (N.B: Klaus: O Vanglorioso !! )

–Tu o quê? – perguntou Ray, visivelmente chocado.

–Um híbrido, Ray. Eu sou ambos. E quero criar outros iguais a mim e sendo tu o primeiro lobisomem que encontro em muitas luas cheias, preciso que me leves até ao teu bando.

Ray não respondeu, e começou a ver por onde podia fugir. Coloquei as mãos na cintura, arqueando as sobrancelhas, evidenciando que sabia no que ele estava a pensar.

–Então? Onde posso encontrá-los, Ray? – indagou Klaus, não tendo muita paciência para jogos.

–Não me podes hipnotizar, não vai funcionar.

Stefan coçou a cabeça, e Klaus assentiu. Eu sorri para Ray, sentindo o meu lado mais mortífero sair do meu âmago.

–Um whisky com gelo, por favor – pediu Stefan e o empregado do balcão entregou-lhe logo um.

Tirei da minha mala Marc Jacobs que Klaus me tinha comprado um pequeno saco.

–Vamos jogar um jogo, sim, Ray? Eu acho-o maravilhoso, fica-se a saber de tanta coisa! Chama-se: verdade ou wolfsbane. O que achas?

Klaus recostou-se no banco, bebendo a cerveja de Ray, apreciando a maneira como eu e Stefan estávamos a levar a coisa.

–Vai ser muito divertido, Ray – assegurou Klaus e entreguei a wolfsbane a Stefan, que a colocou no copo de whisky.

Tirei da minha mala maravilhosa as correntes reforçadas com aço e levei bruscamente Ray até ao sítio de tiro ao alvo. Acorrentei-o lá a umas barras de ferro que eles tinham e fui sentar-me perto de Klaus.

–Deixo Stefan fazer o trabalho sujo, não é?

Klaus acenou e eu pedi um gin tónico para me refrescar enquanto observava Stefan torturar Ray.

***

–Olá, Mr. Klaus – disse uma senhora morena e Klaus prestou atenção nela. – Tenho notícias para si. Disse-me para o avisar caso eu visse algo, e vi o irmão dele, Damon, perto da quinta.

–Obrigado, Claudine – agradeceu Klaus e Stefan apareceu á nossa frente. – Diz aos teus amigos para continuarem com o bom trabalho.

–O meu irmão ainda nos está a seguir?

–Ele está a aproximar-se. Vou ter que tratar disso – respondeu Klaus.

–Não, não, não – interveio logo Stefan, impedindo Klaus de dar mais um passo que fosse. – Deixa-me lidar com isto.

–E por que devo deixar-te ir? – perguntou Klaus e eu levantei-me.

–Porque ele vai voltar – respondi e coloquei uma mão no ombro de Stefan. – Ele voltará, porque não quer a cabeça dele e a cabeça do irmão, decepadas por mim.

–Farei o que mandares – corroborou Stefan, não desviando os olhos de Klaus.

–Fazes parecer isto tão tedioso e monótono – disse Klaus, cruzando os braços sobre o peito. – Não estás ao menos a divertir-te um pouco?

Apontou para Ray que estava em pura agonia devido às setas que estavam na sua pele e que continham wolfsbane.

–Farei questão de ter certeza que o meu irmão não nos incomoda mais – disse Stefan, não ligando à brincadeira de Klaus. Saiu porta fora, sem nos deixar dizer mais nada.

–Ás vezes penso que vocês ficam contra mim – murmurou Klaus, não desviando o seu olhar do meu, mas eu tinha-me prevenido para o caso de haver outra compulsão dele, e usava sempre no meu tornozelo uma pulseira que tinha dois pingentes, e um deles podia-se abrir e tinha lá dentro verbena.

–Não ficamos. Eu pelo menos não fico. Estarei sempre ao teu lado – falei e aproximei-me manhosa dele. Ele sorriu, percebendo o que queria, mas sussurrou ao meu ouvido:

–Mais logo, amor. Agora temos que nos focar em Ray Sutton. (N.B: “Manhosa” ahahhah gostei )

Revirei os olhos e peguei numa seta, banhei-a em wolfsbane e atirei contra Ray Sutton, que foi parar certeiramente na carótida dele. Ele gritou de dor, e eu sorri para Klaus.

©AnaTheresaC