“Um fogo queima, a água vem. Você me acalma, quando estou fria por dentro. Você é quente e brilhante, você sabe que é tão bom para mim. Com seus olhos de criança, você é mais do que parece. Você vê no espaço. Eu vejo no seu rosto. Os lugares que você foi. As coisas que você aprendeu. Elas combinam com você de um jeito tão bonito.”

(Universe and You – KT Tunstall)

O resto da semana passou rapidamente. Quinn buscava Rachel em casa e depois da escola a levava embora. Na maioria dos dias a morena ficava acompanhando o treino das cheerios após as aulas e no começo da manhã ia até o auditório treinar alguma música para a audição do musical.

                Queria fazer o papel Maureen que pertenceu originalmente a uma das atrizes da Broadway que mais admirava, Idina Menzel. Durante muito tempo só teve olhos para a Broadway. Tudo em sua vida se resumia a treinar e ser perfeita para abocanhar algum dos papéis que almejava. Mas a ida para Londres a fez repensar algumas coisas. É lógico que queria atuar e cantar, mas não sabia mais se era nos palcos da Broadway que seu coração morava.

“Ei princesa judia.” A voz grossa de Puck ecoou pelo auditório vazio, fazendo a morena se assustar levemente. Tinha estado tão concentrada em seus pensamentos e na música, que não o ouvira entrar. “Ensaiando para a audição?”

“Acho que sim.” Deu um sorriso cansado em sua direção e foi sentar na ponta do palco, onde o garoto já estava. “E você Noah? Vai tentar a audição?”

“Eu não queria, mas acabei sendo convencido.”

                Rachel deu um tapinha tranquilizador em seu joelho. “Tenho certeza que você vai conseguir.”

                Ficaram em um silêncio confortavel até Rachel recomeçar a ensaiar a música que vinha praticando. O garoto a olhava completamente encantado. Nunca havia ouvido uma voz como a da judia, que parecia pertencer a um anjo.

                Ele sempre pensara que a voz de Harmony era o maior trunfo que qualquer coral poderia ter, mas nesse pouco tempo que conhecia Rachel e a ouvia cantar quase todas as tardes, sabia que a dona dos olhos castanhos era infinitamente melhor que a antiga líder do coral.

                É certo que no início tentara ter um envolvimento com Rachel, mas logo percebeu que a morena só tinha olhos para Quinn. E se tinha alguém que merecia ser feliz, esse alguém era a loira, e Rachel era a pessoa certa para isso. Por isso a situação que havia acontecido no final de semana durante as seletivas parecia tão estranha a seus olhos.

“Rachel?” O garoto a chamou. Rachel deu um pequeno sorriso em sua direção e parou de cantar. “Posso te fazer uma pergunta?”

                A morena acenou com a cabeça. Seja o que tivesse perturbando Noah, ela não se negaria a ajudar.

“Eu sei que não é um dos meus negócios, mas você namora aquele branquelo? O tal Jesse?”

“Ele é meu melhor amigo.” Deu de ombros. Sabia que uma hora os garotos iriam começar a perguntar sobre Jesse. “E não, não estamos namorando. Estou interessada em outra pessoa.”

“Na Quinn?”

                Rachel corou em um profundo tom de vermelho. Ela era tão óbvia assim? “Na Quinn.”

“Eu devia ter imaginado. Vocês ficam se olhando esquisito.” Puck coçou o moicano. “Só – só não a magoe. Eu me importo muito com ela, e não quero que ela sofra mais. A Q não merece.”

“Eu nunca vou a magoar. As pessoas tem que parar de me comparar a Harmony.”

                O tom magoado da morena fez o garoto se arrepender do que havia dito. As palavras haviam simplesmente escorrido de seus lábios antes que pudesse controlar.

“Eu não sou como ela Noah, eu nunca faria o que ela fez com a Quinn.” Uma pequena lágrima escorreu pelo rosto bronzeado e Rachel a limpou com raiva. “Desde que eu vim pra cá todos vocês me comparam com a Harmony. Primeiro por causa da minha voz, depois por causa do meu jeito e agora por causa do que está acontecendo entre a Quinn e eu. Quando vocês vão perceber que eu conheço a Quinn a mais tempo que todos e eu sei exatamente até onde posso ir com ela? Ela é minha melhor amiga antes de tudo, e eu não vou magoar os meus amigos. Nunca.”

“Eu não quis dizer isso Rach.” Ele tentou se desculpar, aproximando-se da morena. Ela recuou um passo até se chocar com o piano. Puck ergueu as mãos em forma de rendição. “Olha, eu sinto muito por isso. Eu não queria ter te comparado a Davies. Eu realmente sinto muito.”

“Você pode me deixar sozinha Noah?” A morena perguntou chorosa.

“Eu sinto muito Rachel.” Puck murmurou mudando desconfortavelmente de lugar e então deixou o auditório.

                A morena sentou no banco do piano e deixou as lágrimas escorrerem. Antes não se sentia magoada com a comparação com Harmony, mas desde que descobrira o que havia acontecido entre a garota e Quinn isso doia. Doia saber que as pessoas acreditavam que ela magoaria a loira. Doia ver que eles não acreditavam que ela a faria feliz.

x-x

                Quinn caminhava lentamente pelo corredor depois do treino. Sua primeira aula já havia começado a algum tempo e não pensava em interromper o professor por causa de um atraso causado por Sue Sylvester. Então foi até o auditório. Sabia que ele estaria vazio a essa hora e precisava desesperadamente pensar.

                As coisas entre ela e Rachel finalmente estavam acontecendo, mas a loira queria mais. Queria chamar a morena de namorada e sabia que Rachel também se sentia assim, apesar de nada falar. Mas queria falar com os pais da garota antes. Era o que todos chamavam de antiquada.

                O auditório estava completamente escuro e silencioso. Foi caminhando a passos lentos até as primeiras poltronas e então escutou o choro baixinho. Se aproximou lentamente, tentando não assustar quem fosse que estivesse em lágrimas, e então a viu.

                Rachel estava encolhida no chão próxima ao palco. Tinha estado ali desde que Puck havia saido e pretendia ficar o resto do dia. Mas assim que Quinn a viu, correu em sua direção e a puxou para um abraço apertado e quente.

“Rach!” A loira soou desesperada e isso foi o suficiente para Rachel registrar a sua presença. Seus braços se enrolaram no corpo forte da cheerio e ela deixou as lágrimas desabarem com mais força. “Shiu, não chora amor.”

                Aos poucos a morena foi se acalmando. As palavras de conforto da cheerio e o calor que sentia emanar dos braços que a envolviam fizeram as lágrimas secarem.

“O que aconteceu Rach?” Perguntou quando Rachel estava calma o suficiente para falar. “Quem eu vou precisar socar?”

“Ninguém Quinn. Eu só fiquei triste.” Rachel tentou desviar o assunto e engoliu em seco quando a sobrancelha direita da loira arqueou em descrença. “Tudo bem, é só... eu estava aqui com o Noah e-”

“O que ele fez?”

“Antes que você saia correndo daqui pra matar o Noah, me deixa falar.” Rachel interrompeu a loira que já se preparava para caçar o judeu. Quinn bufou mas fez o que a morena pediu. “Eu estava ensaiando e ele apareceu. Nós começamos a conversar e ele me pediu sobre o Jesse, se nós estavamos namorando. E depois que eu neguei, ele me pediu se eu estava interessada em você. Só que quando eu percebi, ele indiretamente estava me comparando com a Harmony e isso levou o melhor de mim.”

“Não precisa ficar triste. Se você quiser eu posso falar com ele e pedir pra isso não acontecer de novo.”

“Não precisa Quinn. Ele já se sentiu arrependido o suficiente.” Rachel garantiu suspirando. “É só essa coisa de saber o que aconteceu entre você e ela. Parece que ninguém acredita que eu não tenho a intenção de te magoar e isso me destruiu.”

“Eu sei que você não vai fazer isso Rach.” A loira deu um beijo suave na tempora da morena e a levantou do chão. “Eu confio em você, e logo todos eles vão ver o que eu vejo.” Rachel abriu um pequeno sorriso com as palavras de Quinn. “Agora vamos lavar esse rosto e esperar a próxima aula começar. A San queria falar com você e provavelmente vai te abordar na entrada da sala.”

“Obrigada por estar aqui Quinn.” Rachel segurou a mão quente de Quinn e foi a acompanhando até a saida do auditório.

“Quando precisar baixinha.” A loira abriu um pequeno sorriso.

                Rachel já estava mais calma. Sabia que deveria ter chamado a cheerio quando Noah havia saído do auditório. A simples presença da loira fazia todas as coisas ruins sumirem. Mas o importante era que estavam juntas agora e dividiriam praticamente todas as classes pelo resto do dia.

                Nada podia ficar melhor.

x-x

                As duas garotas encontraram com Santana e Brittany na entrada da sala de aula. A latina tinha uma expressão um tanto quanto perturbadora no rosto e foi a primeira a se colocar na frente das garotas.

“Berry!” Ela falou sacudindo o pequeno corpo da morena e Quinn sufocou uma risadinha que queria irromper pelos seus lábios. “Você tinha se escondido em Nárnia na primeira aula? Eu tava morrendo pra falar com você!”

“E porque você não me ligou?” Franziu o cenho ao olhar para a latina.

“Porcaria, eu sempre esqueço do maldito celular.” Santana grunhiu para si mesma. “Não importa. Eu, a Q e a Britt estavamos aqui pensando, já que a sua excelentissíma ficante ou pseudo namorada comentou que você faria a audição pro papel da Maureen, bem que eu e você poderiamos fazer um dueto. Eu quero o papel da Joanne, e nada melhor do que mostrar pra sociedade que nós somos a dupla mais quente do McKinley. O que você acha?”

                A latina encarrou a morena com os olhos expectantes. Rachel considerou a ideia por alguns instantes. Tinha curiosidade em saber como as vozes soavam juntas em um dueto. A latina tinha um tom mortalmente sexy e combinaria perfeitamente com o seu tom. E Rachel tinha certeza que nas primeiras linhas as duas ganhariam o papel se cantassem juntas.

“Nós vamos ganhar os papéis.” Abriu um sorriso confiante para Santana que a puxou para um abraço esmagador. Uma risada escapou de seus lábios ao sentir os braços de Brittany as envolverem. Quinn estava escorrada na parede sorrindo com a visão. “San, se você não me soltar não vamos conseguir fazer a audição. Eu preciso de ar.”

“Oh, desculpe.” Santana murmurou constrangida, efetivamente soltando o corpo da morena. “Eu passo tanto tempo recebendo esses abraços da Britt que acabo esquecendo que os outros não são acostumados.”

“Vamos entrar meninas.” Quinn desenconstou da parede ao avistar o professor dobrando o corredor. As outras três acenaram e entraram na sala, se dirigindo as cadeiras ao fundo.

                Rachel se sentiu corar ao caminhar até o seu lugar. Já faziam alguns meses que estava no colégio e sempre recebia olhares quando estava na companhia das cheerios, mas de algum modo os olhares que eram lançados em sua direção faziam um vermelho intenso se colocar em suas bochechas.

                E tudo porque sua mão estava sendo segurada firmemente pela mão pálida e quente de Quinn.

x-x

                O resto do dia correu como normalmente. A última aula era com o coral e Rachel e Quinn foram as primeiras a chegarem na sala, encontrando Puck sentado em um dos cantos de cabeça baixa. Quinn havia conversado com o garoto em uma das aulas que dividiam e ele havia se desculpado com ela por ter magoado Rachel. A loira havia dado um pequeno sorriso em troca e falado que ele devia conversar com a morena do mesmo jeito, afinal era ela a verdadeira magoada na história.

                Então não foi surpresa quando ele levantou o rosto e as avistou na porta, levantando imediatamente da cadeira que sentava e caminhando temerosamente até as duas. Quinn deu um aceno leve com a cabeça indo até o corredor.

“Olá Noah.” Rachel o cumprimentou de forma doce. Já imaginava que o garoto queria pedir desculpas novamente, e para ser bem sincera, já o havia perdoado.

“Hey Rach.” Ele ainda estava trocando de pé de forma desconfortável, e só parou quando a mão quente da morena tocou levemente seu braço. “Olha, eu sinto muito mesmo por hoje mais cedo.”

“Sei disso Noah. Não precisa se preocupar.”

                Ele soltou um suspiro longo e a puxou até as cadeiras. “Não Rachel, você não entende. Eu me senti um lixo quando sai do auditório e você ficou lá chorando. Eu nunca me senti assim depois de magoar alguém. Eu realmente me preocupo com você, e não queria nunca ter te feito mal.” O garoto mordeu o lábio inferior e desviou momentaneamente os olhos do rosto da judia. Encarrar os olhos castanhos de Rachel o fazia se sentir pior. “Você é como a irmã que eu nunca tive, e desde que você me deu aquele fora quando nos conhecemos e me ofereceu sua amizade, eu jurei que iria quebrar a cara de qualquer pessoa que te magoasse. E eu acabei fazendo isso.”

“Eu te perdoo Noah. E falo sério. Sei que não era sua intenção.” Afagou carinhosamente o rosto bem desenhado do garoto. “Posso te dar um abraço?”

                Puck abriu um sorriso e abriu os braços. Logo o corpo pequeno de Rachel se lançou em sua direção e o abraçou. Ela se sentia segura dentro dos braços fortes do garoto, quase do mesmo modo que se sentia nos braços de Jesse. Em pouco tempo de convívio o judeu havia se tornado tão importante quanto o melhor amigo.

                Foi assim que Quinn encontrou o casal de judeus. E se a falassem a quatro anos atrás que Puck estaria tão confortável abraçando uma garota sem querer entrar em suas calças ela tinha certeza que pensaria que a pessoa era louca. Mas era isso que Rachel Berry fazia – ninguém era imune a doçura e carinho da morena. Nem mesmo o garanhão do colégio.

                Muito menos a Head Cheerio.

“Puckerman, tira as mãos da minha garota!”

                Em dois segundos o garoto havia pulado para longe da morena e olhava aterrorizado para a cheerio que gargalhava até perder o fôlego.

“Sua garota Quinn?” A morena não perdeu a fala de Quinn e arqueou a sobrancelha grossa e bem desenhada.

“Claro que sim.” A loira assentiu enfaticamente enquanto observava a cor voltar para o rosto de Puck. “A menos que você estiver me usando pra conseguir carona. Então eu posso pedir pro Puck ser minha garota.”

“Hey!” Ele exclamou ofendido. Tanto Quinn, quanto Rachel sorriram.

“Você é uma idiota Quinn.” A morena riu e depositou um beijo na bochecha da loira. “Mas eu posso ser sua garota, se você continuar a ser minha motorista.”

“Eu posso ser seu motorista princesa judia.”

                As duas reviraram os olhos. Isso era tão Puck. E então o som dos outros garotos começou a ser escutado e um a um todos entraram e tomaram seus lugares.

                Os três se olharam sorrindo e Puck piscou para as garotas.

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“Rachel.” Santana chamou quando todos deixavam a sala do coral. A morena estancou no caminho e fez a loira que andava calmamente ao seu lado parar também. Virou curiosa para a latina. “Nós temos que ensaiar para a audição. Eu sei que nós somos fodas, mas não dá pra chegar lá e fazer uma coisa esculachada.”

“Verdade, eu tinha me esquecido completamente da audição.” Rachel deu um tapa na própria testa. “Você quer ir lá em casa ou o que?”

“A gente pode ir lá na minha casa?”

                A morena olhou interrogativamente para Quinn. Haviam combinado de sair, aproveitando a folga que milagrosamente Sue Sylvester havia dado ao plantel. A loira acenou afirmativamente. “Tudo bem então. Vamos na sua casa.”

“Você quer vir também Quinn? Pode me ajudar com essas coisas de números enquanto elas cantam.” Brittany perguntou olhando a cheerio.

“Claro que sim Britt.” A loira abriu um sorriso para Brittany.

                Calmamente as quatro garotas foram caminhando para fora do colégio. As duas loiras falavam sobre as matérias que Brittany precisaria de ajuda, enquanto a latina e a morena debatiam sobre a música da audição. Rachel havia treinado durante a semana uma adaptação de ‘Take me or Leave me’ e insitia que as duas deveriam cantar essa música na audição, mas Santana queria escolher algo que não fosse do musical.

                Mas no fim a insistência de Rachel acabou vencendo e as duas iriam performar a música escolhida pela judia. Rachel abriu um sorriso vitorioso enquanto entrava no carro de Quinn e Santana estreitou os olhos escuros em sua direção.

                Como diabos a anã ganhava todas as discussões? Será que Santana Lopez estava ficando mole? – a latina pensava ao entrar no carro.

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                O final de semana passou num borrão e mais rápido que julgavam ser posível as audições chegaram. Como combinado elas seriam feitas no horário de almoço e os resultados fixados no quadro de avisos até o final das aulas do dia.

                Os candidatos aos papéis se acumulavam na entrada do auditório e um  a um seus nomes iam sendo chamados e as audições feitas. Santana e Rachel haviam ficado para o final e por ter ouvido alguns dos candidatos aos seus papéis cantarem se sentiram subitamente nervosas.

“San, eu acho que nós deviamos ter praticado um pouco mais.”

“Agora já foi Rachel. Vamos entrar lá e arrasar.”

                As duas respiraram fundo antes de pisarem no palco. Focaram os olhos nas pessoas sentadas nas cadeiras a sua frente e que julgariam: o professor do coral William Schuester, o diretor do musical Artie Abraams, a orientadora pedagógica Emma Pillsburry e Quinn Fabray. E por incrível que pareça a presença da cheerio as deixavam mais nervosas ainda. Sabiam que Quinn não facilitaria a vida das duas e que só votaria em quem julgasse apta ao papel.

“Santana Lopez e Rachel Berry.” Artie chamou as duas garotas que se posicionaram no centro do palco. Levantou lentamente o óculos de grau que escorria pelo nariz e voltou os olhos para as duas. “O que vocês tem preparado para nós? E quais os papéis aos quais estão se candidatando?”

“Nós iremos cantar a música ‘Take Me or Leave Me’ do musical Rent.” Rachel foi a primeira a se pronunciar.

“Eu quero audicionar para o papel da Joanne e a Rachel para o papel da Maureen.” Santana aproveitou a deixa da morena.

“Interessante.” Foi a única coisa que o garoto disse antes de se ajeitar na cadeira. “O palco é de vocês.”

                Os primeiros acordes da música começaram a ser tocados. As garotas haviam feito algumas pequenas modificações quanto a divisão das partes e torciam para que as mudanças fossem bem vistas por todos. Rachel foi a primeira a cantar, fazendo as partes que eram da personagem de Idina.

Every single day
I walk down the street
I hear people say,
“Baby’s so sweet”
Ever since puberty
Everybody stares at me
Boys, girls
I can’t help it baby
So be kind
And don’t lose your mind
Just remember
That I’m your baby

Take me for what I am
Who I was meant to be

And if you give a damn

Take me baby or leave me

Take me baby or leave me

                Santana assumiu os vocais do segundo verso que originalmente também era cantado por Idina. A mudança pegou todos, exceto Quinn, de surpresa.

A tiger in a cage

Can never see the sun

This diva needs her stage

Baby - let's have fun!

You are the one I choose

Folks'd kill

To fill your shoes

You love the limelight too, baby

So be mine or

Don't waste my time

Cryin' - "Honeybear -

Are you still my baby?"

Take me for what I am

Who I was meant to be

And if you give a damn

Take me baby or leave me

                Rachel reassumiu a parte da personagem Maureen. As duas garotas davam um show completo de movimento e voz no palco. O restante da musica foi cantado como a versão original e as duas se unirão no verso final, com as duas vozes casando de forma perfeita e harmonica.

Can't live -

With them -

Or without them!

Take me for what I am

Who I was meant to be

And if you give a damn

Take me baby or leave me

Take me baby

Or leave me

Guess I'm leavin'

I'm gone!

                Cada uma se colocou em um oposto do palco e todos começaram a ovacionar a apresentação. As duas estavam tão focadas na performance que nem notaram que todos que haviam feito as audições haviam entrado no auditório e as aplaudiam efusivamente e de pé.

                Os quatro na bancada de escolha se olharam por alguns segundos e tiveram a mesma certeza. As duas estavam oficialmente nos papéis. Havia sido, sem sombra de dúvidas, a melhor apresentação de todas.

x-x

                Todos estavam ansiosos para saber o resultado das audições. Se aglomeravam pelo corredor principal do colégio – onde o mural de avisos ficava – e só esperavam o Sr. Schuester colocar o papel com os nomes na parede.

                Um coletivo de respirações sendo presas foi ouvido quando o homem colocou os pés no corredor. O silêncio que se abateu foi seprucal. William caminhou lentamente até o mural e respirou fundo antes de pregar a folha com os nomes. Alguns papéis haviam sido escolhidos de forma muito fácil, mas alguns deram um grande trabalho para os quatro responsáveis.

                Mas finalmente os nomes haviam saído. Lentamente ele se afastou e um a um os garotos foram olhando a folha. As caras de decepção eram inúmeras, mas as de felicidade por ter conseguido seu papel também.

                Rachel e Santana se aproximaram juntas e levantaram os olhos ao mesmo tempo para a folha, sorrindo de forma semelhante ao verem seus nomes na produção. O Glee Club havia pegado novamente todos os papéis principais:

RENT

Audições 2012

Mark Cohen … Blaine Anderson

Roger Davis … Noah Puckerman

Mimi Marquéz … Tina Cohen Chang

Tom Collins … Sam Evans

Angel Shunard … Kurt Hummel

Maureen Johnson … Rachel Berry

Joanne Jefferson … Santana Lopez

Benny Coffin III … Mike Chang