Samantha Laine E A Benção De Pã escrita por Cat


Capítulo 15
Samantha - Here comes the Sun


Notas iniciais do capítulo

DEMOROU NER? desculpa, desculpa. mas esse vai ser legal =3 e os proximos vao ser muita açao pura e esse é um daqueles tranquilos, gostosos de ler. Cheios de medo, indecisão e surpresinhas. :X já falei demais, leiam por si só



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Três horas se passaram. Eram 5:30 da manha. Prestes a amanhecer

Estávamos esperando dar 6:00, o sol já vinha nascendo.

Os grupos do CDP haviam se reunido. Eu, Tay, James, Mari, Josh e Jerry. Estávamos fazendo um piquenique, vendo o sol nascer. Mari tinha roubado comida do refeitório. E James tinha dado uma visitinha no chalé de Apolo e pegado um violão.

James estava deitado no colo de Taylor, que fazia carinho nos seus cabelos encaracolados.  Mari e Josh estavam atirando uvas um no outro. Eu tentava ensinar alguns acordes para Jerry no violão, ele não tinha o menor jeito.

_Ai, deuses! O chalé de Demeter! – James gritou num sobressalto

_ O que foi? – perguntou Taylor

_ Eu me esqueci do chalé de Deméter – disse perplexo.

_HAHAHAH –riu Mari – Vai perder irmãozinho, a casa caiu. Você precisava ter pregado peças em TODOS os chalés combinados!

_Não tão cedo Mari... – Eu disse – Eu dei uma passadinha no chalé de Deméter.

Não soube se o olhar dela era de raiva, ou de orgulho. Tá bom, talvez eu esteja imaginando demais.

_ Consegui Sam! Caramba, eu consegui! – Jerry gritou

Ele começou a tocar o refrão da música que eu havia ensinado com perfeição. Here comes de Sun, dos Beatles.

_ Sim! Está certo Jerry… você consegue tocar ela inteira?

_ Vou tentar... – Ele começou a tocar com perfeição, mas errou na parte do “Sun, sun, sun, here it comes...”

_ Não meu bem, veja... – Estendi a mão para pegar o violão. Uma coisa inusitada aconteceu.

As notas se tocaram sozinhas.

Jerry olhou pra mim com espanto.

_ Eu... Eu não encostei, nisso. Juro

_N-n-nem eu – Me virei pra Taylor – Você viu isso?

_ Tente novamente, Sam... - Taylor estava tensa – Se concentre na música.

Fechei os olhos. Concentrei-me naquela música. Beatles. Pedro colocava vários discos deles para tocar na minha infância. Dizem que bom gosto vem de berço... no meu caso foi quase isso.

Lembro-me dele me ensinando a música preferida dele “Nowere Man”, no violão. E depois eu o pedi pra que me ensinasse àquela sobre o Sol. “Here comes the Sun”. Era a minha preferida.

Concentrei-me nos acordes e passei a mão em frente o violão, as cordas começaram a tocar sozinhas, soltando um brilho dourado.

Abri os olhos. Todos estavam olhando pra mim, espantados.

_ Você... Você fez aquilo tocar sozinho... -  Disse Josh – Que maneiro!

_ Sam... Você tem um dom... – disse Taylor

_ Ah, que lindo! Você dois podem curar pessoas que estão morrendo e eu posso tocar uma música. Que dom espetacular! – Eu disse.

_ Sam... Tudo pode ser desenvolvido. Apolo é o Deus da música, você não tem isso atoa. – Disse Mari

_ Claro... – Digo emburrada.

E de repente, uma dor imensa me toma. Meu antebraço formigava e doía muito. Quando fui olhar, minha carne parecia estar sendo cortada por uma lâmina, um corte feito por alguma coisa invisível começou a tomar forma. Solto um grito abafado

Olho e vejo uma pequena nota musical feita na minha carne, como uma tatuagem, só que com tinta dourada. Ela brilhou forte e depois esmaeceu, voltando ao dourado habitual. Eu reconheço aquela nota.

É a nota “Sol”. Que inusitado!

_ Ai! – Gritei – Deuses... Isso dói.

Todos olhavam pra mim com mais espanto ainda. A minha nova tatuagem era bonita, mas eu não tinha a menor vontade de tê-la.  O silêncio foi cortado pelo som de uma corneta. O toque para acordar. Já tinha amanhecido.

_Hora do show. – Mari sorriu com escárnio.

O que aconteceu depois poderia ser descrito em só uma palavra: Caos

À medida que os campistas foram acordando, foram caindo nas peças. Gritos ecoaram através dos campos de morango. Clarisse, a líder do chalé de Ares, saiu pra ver o que estava acontecendo, ela foi tomada imediatamente por uma série de jorros d’água, o que não a deixou muito feliz.  Campistas de todos os chalés escorregavam, estavam sujos com alguma coisa, feridos ou apenas muito, muito irritados.

Só que uma coisa espetacular aconteceu. Nos campos de morango, havia pequenas tochas, que foram acesas pela Mari, que subiu correndo a colina, pra não ser vista. Nos campos de morango, estavam as grandes iniciais “C.D.P” e um cheiro gostoso de morango queimado.

Pensei que, ao virem e deduzirem as iniciais, os campistas iriam não só saber da pegadinha, como vão lembrar que o C.D.P era pra dar um bom presságio para uma missão. Só que a missão em questão era secreta.

_ Acho melhor vocês irem embora... – Mari disse , como se tivesse lido os meus pensamentos – Eu posso enrolar eles por um tempo, e, Argo já está esperando. James, você se superou dessa vez maninho, acho que venceu. – E afagou os cabelos enrolados do irmão – Boa sorte lá. Mande mensagens de íris. E juízo.

Ele se levantou e abraçou Mari. A verdade? Um tinha muito medo de perder o outro.

Mari nos abraçou e nos levou até a Van. Quando Argo fechou a porta, parece que, por um momento, caiu a ficha.

Eu estava embarcando em uma missão super perigosa, pra recuperar o fluído “sei lá do que” e todos naquela Van podiam morrer ou ser feridos gravemente, e eu estava deixando sem nem ter conhecido direito o lugar pra que eu me preparei a vida toda, e já sentia como uma casa. Eu tinha amigos de verdade, pelo menos eu achava que tinha. “Não se apegue a nada nem ninguém” foi uma das instruções de Pedro.

Um pensamento me tomou como um jorro súbito de medo. Senti um arrepio na nuca. Pã gostaria tanto que eu não me apegasse aquilo. E ele era um Deus, alias, ele era O Deus da natureza. Talvez ele soubesse de alguma coisa que eu não sabia, talvez ele já previa que alguma coisa ruim acontecesse, mas não teve coragem de me contar.

“Irão ímpar, voltarão par.” Era o trecho da profecia. Éramos cinco. Poderíamos voltar somente quatro?

_ Sam, você está pálida. – Jerry tocou minha mão – E fria também. Está com medo?

_ Não. Nem um pouco. – Eu estava mentindo, e ele sabia disso. Apertei sua mão – Só um pouco nervosa... E você?

_ Eu estou com medo. É normal Sam, não se preocupe ok? Vai dar tudo certo, prometo. – Ele beijou minha mão. O que eu acho muito fofo.

Deitei-me no seu ombro e fechei os olhos, não dormi. Não podia. Não conseguia. Jerry era quente, o que me deixou um pouco mais preocupada. E se fosse ele? Quer dizer, se acontecesse alguma coisa... Eu não ia suportar perde-lo.

Afastei o pensamento. Prometi a mim mesma que não iria deixar que isso acontecesse. Seja preciso o sacrifício que for. Levantei a cabeça e lhe dei um beijo na bochecha. Não iria perder um amigo assim.


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Notas finais do capítulo

Review ? Mereço ?



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