You Wanna Be Loved escrita por Kate Simplicio


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Tive que passar o fim de semana na casa de inha avó, ela não tem internet :(
Espero que compreendam a demora.



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-Então, o que nós vamos fazer?- perguntou Olivia.

Charlie olhou para ela e depois voltou sua atenção ao copo de suco que estava bebendo. Nada, essa era sua resposta.

-Qual é Charlie!-exclamou Sophie revoltada- Já tem quase duas semanas que não fazemos
nada de divertido, além de cuidar da Emma e servir de vela para os casais apaixonados- acrescentou um pouco irônica.

Charlie largou o suco e pensou um pouco.

Já haviam se passado doze dias desde que Louis, Carol, Zayn e Georgina resolveram namorar. O que não só mudou a vida delas, como a de todo o grupo. Carol e Georgina não saíam mais, exceto quando podiam levar seus namorados juntos, e isso era meio constrangedor.

Não para as namoradas, mas para as amigas que ficam sem saber o que fazer quando eles
começavam a se agarrar do nada. Para evitar situações assim, elas resolveram excluir as duas amigas dos seus planos, o que acabou gerando outros problemas.

Sair sem Carol e Georgina, não era a mesma coisa, era monótono e chato, muito chato. Não tinha os comentários sarcásticos de Georgina, nem os sábios conselhos de Carol. Eram apenas as safadezas de Olivia, as tentativas inúteis de superar Niall por parte de Sophie e as lamentações constantes de Charlie sobre Harry.

As três formavam um grupo um tanto deprimente.

-E o que vocês sugerem?- perguntou Charlie.

-Sei lá- Olivia deu de ombros- Poderíamos nos encontrar com os meninos da Never Mind na
sorveteria.

-Não, não e não- respondeu Sophie- Eles são chatos, burros e além do mais, são feios.

Charlie balançou a cabeça em sinal de concordância. Ver Will não melhoraria nem um pouco as coisas.

-Então, vamos ter que ficar aqui- falou Olivia- De novo.

As três se encaram sem saber de que modo agir a partir dali. O que fazer dentro de casa quando o dia lá fora estava muito bonito para uma tarde de quinta-feira?

Sophie parecia saber a resposta.

-Por acaso Charlie, as duas semanas não acabam no sábado?- perguntou.

-Que duas semanas?

-Aquelas que você pediu para o Harry- falou Olivia- Para poder pensar.

Charlie se lembrou. Harry se mantivera tão distante nesses últimos dias, que a menina
acabava por se perguntar se ele não resolvera voltar ao que era antes, mas não. Isso era apenas Harry fazendo o que ela havia pedido, dando espaço suficiente para que pensasse com clareza, coisa que ela acabou esquecendo-se de fazer.

-E então, o que decidiu?- a cara de Sophie era pura curiosidade.

-Eu ainda não pensei a respeito.

-Charlie! Já era para ter pensado.

-Eu sei, mas...

-Mas nada!- Olivia estava indignada- Você tem que dá a resposta no sábado, e nem sequer
pensou em um terço dela, desse jeito não dá.

-O que vocês querem que eu faça?- Charlie falou- Que eu decida tudo na pressa?

-Claro que não!-responderam as meninas em conjunto.

As três ficaram caladas. Sophie, um pouco chateada pelo comportamento leviano da amiga,
se levantou da mesa e se dirigiu a janela da cozinha. No mesmo momento, um carro preto começara a deixar a garagem da casa vizinha. Foi quando a menina acabou tendo outra ideia.

-Eu acho que deveria falar com ele- disse.

-Com Harry?- Charlie não entendeu bem. Falar com ele poderia influenciar a sua decisão, o
que era exatamente o que Sophie queria.

-Claro!- falou Olivia sacando rapidamente a ideia de Sophie- Você conversa com ele. Se não sentir nada, então sua resposta será não. Mas se sentir...

-Vai ser sim!- completou Sophie entusiasmada- Você precisa vê-lo.

-Eu não acho que seja uma boa ideia.

-Charlie, é a melhor ideia!

***

Influenciável. Essa era o melhor adjetivo para Charlie.

E era por ser assim que a menina se encontrava na frente de porta da casa do Harry sem
nenhum bom motivo para o que estava fazendo lá, a não ser o de que Olivia e Sophie haviam insistido muito. Mas isso ela não poderia falar.

A garota apertou a campainha torcendo para que ele não estivesse em casa. Engraçado, pensou. Houve um tempo em que torcia para que ele estivesse.

Mas antes que Charlie conseguisse sequer lembrar-se de parte dessa época, a porta se abriu e um Harry seminu apareceu.

-Oi- o menino falou um pouco surpreso.

Charlie retribuiu o cumprimento com um oi muito tímido, o que ela realmente estava fazendo ali?

Harry ficou encostado na porta meio que esperando que a menina falasse alguma coisa. Foi só depois de um tempo que Charlie percebeu que não havia dito uma palavra sequer.

-Sua mãe está em casa?- a menina perguntou

Harry riu. No fundo ele sabia que essa não era a verdadeira razão dela estar ali.

-Não, mas...

-Ok, eu volto depois- Charlie falou interrompendo-o.

-Eu estou fazendo o jantar, se quiser entrar e esperar?- completou o menino enquanto ela
já havia lhe virado as costas.

Jantar. Charlie parou. Tudo o que Harry cozinhava era extremamente gostoso, ele daria um excelente chef de cozinha se quisesse.

-É pizza.

Charlie não pensou duas vezes, ou melhor, pensou com o estômago em vez da cabeça.

-É, acho que posso esperar um pouco- disse a menina entrando na casa.

Harry realmente conhecia os seus pontos fracos.

***

-Agora você joga o molho por cima- continuou Harry lhe explicando exatamente o que deveria fazer- E a pizza estará pronta!

Charlie quase deu graças aos céus por aquilo ter terminado, realmente cozinhar não era do seu departamento.

-Até que você não foi tão ruim assim- comentou Harry enquanto colocava a pizza no forno.

-Claro que não! Eu fui perfeita- falou Charlie ironicamente.

Enquanto Harry arrumava a cozinha que estava um caos, Charlie aproveitava para observá-lo. Há cerca de quinze minutos ele estava sem camisa e a menina pode analisar bem o seu corpo perfeito. Não sarado, ou definido, mas perfeito, como o corpo de um menino deveria ser.

-Pronto, agora é só esperar assar- falou Harry encostando-se a pia e virando para ela.

Charlie concordou e começou a mexer nos dedos da mão sem saber o que dizer. Durante o tempo em que passaram fazendo a pizza, a menina se esquecera totalmente do propósito de sua visita. Mas agora, quando não tinha mais nada com o que se distrair, ela conseguiu se lembrar de tudo, e isso a deixava inquieta.

-O que você veio fazer aqui?- perguntou Harry notando seu nervosismo.

-Falar com sua mãe- a menina respondeu. Mas ele pareceu não acreditar e ela resolveu desabafar de vez- Eu queria vê-lo.

Os lábios de Harry se contraem em um pequeno sorriso.

-Porque queria me ver?

-Por que...

Charlie para um pouco. Deveria ser totalmente sincera com ele ou não?

-Porque eu sempre tenho necessidade de te ver- respondeu escolhendo pela sinceridade- É
como se eu necessitasse disso para continuar vivendo.

Charlie riu nervoso. O que ela estava dizendo?

-Eu sei que é estúpido e idiota, mas é que...

Harry a interrompe.

-Você está errada.

-Como?

-Não é estúpido e não é idiota- falou Harry se aproximando- É o que você sente. Você não deve ter vergonha de demonstrar o que sente, são os seus sentimentos e todos tem que respeitá-los.

Charlie encara o menino sem dizer nada. Como Harry conseguia sempre conquistá-la com
apenas uma frase? Aquilo não era bom, não para quem tentava escolher com clareza o futuro que deveria tomar.

-Eu preciso ir- falou se levantando e indo em direção à sala.

Quando estava bem perto de pegar na maçaneta, Harry a detém segurando o seu braço. A
menina se virou para ele, e foi ali que tudo mudou.

Em questão de segundos, Charlie pode chegar à resposta que tanto procurava. E por quê?
Porque ela já tinha a resposta, sempre teve, só não conseguia ver.

Ela sentiu o corpo dele se aproximando. Ele passou um dos seus braços por sua cintura e com outro segurou seu queixo. Ele a puxava mais para perto e ela não conseguia resistir.

Charlie estava tão próxima que conseguia sentir o cheiro da sua loção pós-barba e do seu perfume. Ambos possuíam um cheiro doce, um cheiro que Charlie adorava.

A menina tentou disser para si mesma para virar o rosto, se afastar, de algum modo sair dali. Mas Harry era mais forte. Ele a envolvia sem precisar de forças, aliás, era o excesso de carinho que a mantinha ali.

O nariz dele encostou-se ao seu e começou a descer. A menina jogou a cabeça um pouco para trás deixando o seu pescoço a mostra, onde Harry começou a beijá-la.

A sensação era única. Um arrepio percorreu todo o seu corpo fazendo com que ela estremece. Harry a segurou firme pensando que aquilo fosse um movimento para se afastar.

-Você não vai a lugar nenhum- ele sussurrou no seu ouvido.

Charlie falou a verdade ao responder.

-Nem se eu quisesse.

Pronto. Ela cedera.

Harry a puxou e os lábios dos dois se encontraram em um movimento desesperado.

O menino a encostou na parede e pressionou o seu corpo contra dela. As mãos dele percorrem o seu corpo e param nos seios da garota e começa a apertá-los.

Charlie puxa a camisa dele para cima e a joga em um canto. Seus dedos descem pelas costas do garoto e param exatamente no meio. Charlie solta um gemido.

Harry se afastou um pouco e começou a rir.

-O que foi?- Charlie perguntou.

-Nada- ele respondeu mantendo o sorriso nos lábios- Isso foi meio sexy.

-Existem coisas mais sexys do que isso.

Charlie pegou a própria blusa e a tirou, deixando o sutiã de renda preta a mostra.

Harry a observou mordendo o lábio inferior.

-Er...Acho que deveríamos ir para o quarto- disse- Tipo assim...agora!

Foi a vez de Charlie rir.

-Concordo com você.

E os dois subiram as escadas na mesa hora.

Esquecendo-se da pizza no forno, esquecendo-se das roupas espalhadas pelo chão, esquecendo-se do mundo lá fora.

Porque naquele momento, só importava os dois. Harry e Charlie. Juntos.


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Notas finais do capítulo

Sem comentários :)



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