You Wanna Be Loved escrita por Kate Simplicio


Capítulo 28
Capítulo 28




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Charlie poderia sentir os olhos do garoto fixos em sua costa. Se resolvesse se virar, não seria uma surpresa encontrá-lo a observando com uma expressão preocupada. Mas mesmo
de posse disso ela resolveu não o fazer , não olhar para ele era a melhor coisa a se fazer no momento.

-Harry parece não estar nem um pouco contente- comentou Carol que estava de frente para a menina e consequentemente para o garoto também- Acho melhor você falar com ele.

Era mais uma típica manhã de segunda-feira, com direito a um céu azul sem nuvens e um sol maravilhoso brilhando a todo o momento, o que fez com que o pátio da escola ficasse lotado de alunos tentando se desfazer daquele tom de branco pálido que a maioria possuía.

-Eu não vou falar com ele- falou Charlie mais uma fez, e parecia que deveria dizer muitas
vezes mais já que Carol parecia decidida a não largar do seu pé.

-Carol, isso já está ficando irritante- falou Georgina- Se ela não quiser falar com ele, ela não fala.

-Eu só acho que seria uma boa ideia- a garota se defendeu.

-Eu também acho que seria uma boa ideia você ir falar com o Louis, mas nem por isso fico
lhe dizendo toda hora.

Aquilo fez com que a menina rapidamente se calasse. Não havia nada a se dizer contra um
argumento tão forte como aquele.

-Ele não me parece bem- falou Sophie que estava ao lado de Carol e também estava de olho em Harry- Sei lá, mas ele está me lembrando algum paranoico ou algo assim.

A vontade de virar era enorme, aliás, ela no fundo não queria ignorar o menino, ela só não
sabia o que fazer, não depois de sábado.  Ele havia dito que a amava, mas ela já ouvira isso tantas vezes que não sabia se devia considerar, além do mais, ele estava bêbado quando falara aquilo. Disso ela não podia se esquecer.

-Já que você não vai falar com ele, posso ao menos saber por quê?- se Carol possuísse outro  nome, com certeza seria determinação.

-Eu não quero revelar meus motivos- respondeu Charlie. Na verdade ela não queria admitir que não possuía nenhum bom motivo que pudesse ser levado em conta.

-Um “eu te amo” não é suficiente?

-Ele provavelmente não se lembra disso.

-Para mim ele não está com cara de quem esqueceu- Sophie falou tentando ajudar Carol.

-Vocês duas estão piores que fofoqueiros na cena de um crime- Georgina advertiu- Deixem a pobre criatura em paz!

Ok, isso foi legal, apesar de Charlie não ter gostado muito do termo “pobre criatura”. Dava a impressão de que ela sempre estava sofrendo e isso não era verdade. Talvez não a todo o momento.

-Eu quero morrer!- Olivia apareceu se debruçando sobre a mesa e fazendo drama.

Ótimo! Carol e Sophie agora se preocupariam com Olivia em vez de com ela.

-Por quê?- perguntou Carol tentando reprimir a curiosidade em sua voz.

Olivia levantou o rosto e encarou as amigas, ela estava na dúvida se deveria ou não revelar o que a estava afligindo. No final das contas, ela resolveu que sim. Elas eram suas amigas, elas deveriam saber.

-Eu fiz uma coisa terrível.

As quatro meninas balançaram a cabeça como um sinal para que ela continuasse.

-Na festa de sábado, -ela começou- eu bebi demais, não estava pensando direto, ele apareceu, foi todo carinhoso, vocês sabem que eu gosto de pessoas carinhosas, e...

Olivia despejava as palavras sem deixar que nenhuma delas falasse alguma coisa, parecia que se ela parasse, não conseguiria mais retornar.

-Eu e o Liam ficamos- ela concluiu.

-Nós já sabíamos disso- falou Georgina perdendo o interesse.

-O problema é que depois a gente...

-Dormiu junto?- Sophie interrompeu.

-Sim, - ela confirmou de primeira, depois pareceu perceber que algo estava errado- Mas... Não! Não foi assim.

-Como não?

-Nós não... Peraí! Vocês já sabiam disso?

Sophie e Carol rapidamente desviaram o olhar e voltaram a encarar Harry, que não parou de olhar para Charlie em nenhum minuto.

-A gente viu você saindo da casa dele no sábado- Falou Georgina como se naquilo não existisse mal algum.

-Eu realmente dormi lá- admiti- Mas nós dois não...

-Você está querendo dizer que você e o Liam não fizeram mais nada­?- perguntou Charlie.

-É! A gente não dormiu junto, nós só adormecemos.

Carol e Sophie voltaram a encará-la.  A menina continuou.

-Eu estava muito bêbada, e não queria chegar em casa desse jeito. Meu pai iria brigar muito se me visse naquele estado. Ele então disse que eu poderia dormir na casa dele. Eu desconfiei, mas ele disse que não iria acontecer nada. Eu então eu resolvi aceitar.

Um leve rubor passou pela face de Olivia quando ela acrescentou.

-Ele ficou cantando para mi até que eu consegui cair no sono.

As meninas fizeram um coro “oh”, exceto por Georgina que apenas revirou os olhos.

-E então? O que vai ser agora?-perguntou a menina.

-Tudo vai continuar na mesma.

-Por quê?- o grito de Carol e Sophie fez com que alguns alunos ao redor olhassem para elas.

-Porque não vai dar certo- respondeu Olivia se levantando- Como não deu certo Niall e
Sophie, Harry e Charlie, Carol e Louis, Zayn e Georgina. Será que vocês não veem? Nós simplesmente não nascemos para namorar um menino do One Direction. Simples assim!

Charlie observou a amiga andar em direção ao prédio da escola enquanto tentava absorver o que ela tinha dito. Olivia estava certa. Os fatos comprovavam a tese. Era simplesmente o destino.

Charlie se levantou também.

Seus olharam percorreram a multidão e pararam em Harry. Aqueles olhos verdes a olhavam com intensidade, e mexiam com as coisas dentro do seu interior.

Será mesmo que Olivia tinha razão?

***

Charlie estava percorrendo o seu caminho de volta para casa quando um carro parou na rua bem ao seu lado. Pensando em se tratar de Will, a menina logo estava pensando em  boa desculpa para dar. Mas quando os vidros se abaixaram ela notou, com surpresa,que era Louis quem estava dirigindo.

-Quer carona?- ele perguntou.

Porque não?

Charlie entrou no carro e Louis começou a dirigir.

As músicas do cd do The Fray eram o único som naquele carro. Durante todo o percurso, o
silêncio fora absoluto. Charlie se perguntava por que ele havia oferecido uma carona.

Quer dizer, eles eram bastantes amigos, mas isso era a dois anos atrás. Depois de tudo, a
situação deles tinha ficado um pouco complicada.

Antes de ser amigo de Charlie, ele era o melhor amigo do Harry e supostamente deveria ficar do lado dele, como aconteceu. E Charlie não se importou com isso, para dizer a
verdade, ela entendeu muito bem.

Louis parou o carro na frente da casa dela. Charlie estava pronta para sair quando ele segurou a sua mão.

-Eu preciso da sua ajuda- ele disse.

-Ajuda para quê?- Charlie meio que estranhou o pedido.

-Eu preciso ter a Carol de volta.

-E você quer que eu fale com ela?

-Não!- ele disse- Apenas me ajudar em um pequeno negócio.

-E que negócio seria esse?

Louis encarou o painel do carro antes de responder.

-Eu não posso dizer agora.

Charlie também pensou um pouco. O que ele pretendia fazer?

-Você realmente a ama?

-Se eu a amo?- Louis riu- Ela é tudo para mim. Não existe ninguém além dela e eu não
consigo tirá-la da minha cabeça. E...

-Isso é o suficiente- interrompeu Charlie.

-Então?

Charlie o encarou por alguns segundos. Ele estava dizendo a verdade, ela podia sentir isso.

-Eu o ajudo!- respondeu a menina. Se ela não poderia se acertar, pelo menos Louis e Carol
podiam.

Louis sorriu para ela, o que fez com que se lembrasse de algo.

-Por acaso meu celular não está por aqui?- perguntou- Ele anda desaparecido desde sábado.

-Não-respondeu o menino- Mas se eu achar eu te aviso.

-Ok.

Charlie estava a ponto de sair do carro novamente quando Louis a parou de novo.

-Obrigada!- Louis falou.

Charlie riu.Talvez as coisas poderiam voltar a ser o que eram antes.


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Notas finais do capítulo

O que será que Louis vai aprontar??? rsrsrs



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