PERCY

Eu estava atordoado. Um manipulador do fogo? E eu achando que o que Piper fez já foi o suficiente. Me lembrei de uma parte da profecia, a que dizia que em tempestade ou fogo o mundo acabaria. Parecia totalmente necessário que eu e Leo nos déssemos bem. Eu estava tão distraído que nem notei Hazel e Frank sentados no fundo. Frank estava de olhos arregalados, parecendo incapaz de se mover. Hazel estava com cara de que ia desmaiar, e percebi que ela se abaixava constantemente para pegar as pedras preciosas que surgiam com frequência depois que ela viu Leo. Mal cabiam em seus bolsos, e ela agora as segurava com as mãos.

Reyna foi a primeira a falar.

– Bom, isso foi interessante. Pode-se notar que estes semideuses são provavelmente, uns dos mais poderosos do século. Mas também pode nos causar tantos problemas quanto a resolução deles, portanto eu acho que... – Ela foi interrompida pela porta do conselho sendo arrombada por Tyson e Ella.

– ANNABETH! – Ele gritou. – ANNABETH! EU O ENCONTREI! PERCY ESTA O.K!

– É, hã, Tyson... – Ela disse. – Eu percebi isso. Que bom que está bem. – Ela sorriu.

– Está vendo? – Pisquei. Octavian estava DE NOVO reclamando? Santo Poseidon, ele não desiste? – É isso que eles vieram nos trazer. Problemas. Falta de organização. Não se pode confiar nos gregos.

– Será Octavian? – Eu o interrompi. – Porque eu tenho a leve impressão de que você ainda está vivo e o acampamento está inteiro porque EU concluí a missão com meus amigos e os salvei. E eu SOU grego.

– E quem disse que foi preciso a sua presença? Você não serviu para nada, Percy Jackson, estávamos todos melhores sem você! – Octavian agora gritava.

– NÃO OFENDA PERCY! – Tyson berrou.

– Ella concorda. Se Percy não estivesse aqui, Ella estaria presa agora. Ella não veria Tyson. – Ella agora concordava com tudo que Tyson falava, mas eu estava tão irritado com Octavian que não sabia se ria ou se ignorava e continuava berrando com ele.

– CHEGA! – disse Reyna. – Parem todos. Tyson, por favor, se quer ficar aqui, que fique. Mas sente-se e fique quieto. Temos muito o que discutir. Ao que parece, Jason tem grande confiança nos gregos, passou meses na presença deles. E está vivo. Parece que essa guerra de gregos e romanos chegou ao fim, e é de tal necessidade que se eles se unam. As duas missões, as de vocês e a de Percy, tinham um mesmo objetivo. Impedir que Gaia ataque, que nos vençam. Mas eu me pergunto o por que que isso tudo tinha que acontecer. – Ela falou essa frase muito baixo, e eu não tive certeza se ela ainda estava falando conosco.

– Talvez eu possa explicar. – Annabeth começou. – Hera, que é conhecida por vocês como Juno, trocou os dois semideuses mais... poderosos dos acampamentos, para que a lealdade de cada um seja provada. E ao que parece, foi isso que aconteceu. Os gigantes estão se erguendo, e Gaia fica cada vez mais próxima de despertar. Quando isso acontecer, só poderá haver uma guerra: Semideuses e deuses, romanos e gregos, juntos. Contra Gaia. Não semideuses gregos contra romanos e vice-versa. Tudo isso tem um propósito, e é provar que nós PODEMOS vencer essa guerra. A richa entre os romanos e os gregos deve chegar ao fim. Não podemos brigar entre nós. Temos que ficar juntos. A profecia dos sete não nos mostra isso, mas está nas nossas caras. Sete meio-sangues terão o papel principal, vamos dizer assim. Mas mesmo sendo sete meio sangues poderosos, não venceriam sem os outros. Precisamos de toda a ajuda possível. Hera pode não ser uma de minhas deusas favoritas, mas ela tem razão.

– Annabeth tem razão. – Disse Jason. – E se houver algo que possa dificultar nossa união, é Gaia. Não podemos nos deixar levar.

– Ok. – Reyna disse. – Que assim seja. Porém, como vocês tem informações valiosas, creio que devemos contar os últimos acontecimentos, talvez possamos conseguir pistas com isso. – Ela parou e olhou para mim. – Percy, Frank e Hazel. Contem-nos o que vocês fizeram.