Annabeth

– O QUE É ISSO???? QUEM VOCÊS PENSAM QUE SÃO? A FRONTEIRA! POUSARAM COM ESSA LATA VELHA GIGANTE BEM NA FRONTEIRA! E ARMADOS!! JÚLIA! JÚLIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – Gritava uma
estátua. Graças aos deuses, eu estava acostumada com ações humanas em estátuas, tipo gritar. Leo estava ao meu lado, parecendo ofendido, e descemos do barco com ele na frente.
- Como ousa ofender Festus? Ele não é uma simples lata velha
gigante. Ele é a maior arma grega construída. Por mim! O comandante do Argo II. – Leo falava com superioridade.

Eu observava os romanos olhando para nós. Haviam sátiros,
semideuses, fantasmas. Acho que esperavam que nós atacássemos, para que eles nos atacassem também.

– JASON! Era verdade! Você está aqui! – Gritou uma menina bonita,
que parecia ter uns 16 anos, e usava uma toga roxa andando com dois cachorros, um de ouro e outro de prata, ao lado dela.

– Reyna! – Jason foi na sua direção e a abraçou. Que bom que
a reconhecia, pelo menos. Piper olhava para a garota com um olhar de Medusa que me fez recuar.

Até que eu vi QUEM estava ao lado da garota chamada Reyna.
Era ele. Percy estava com uma toga parecida com a de Reyna, e olhava para os outros, que estavam se apresentando. Eu não conseguia mais andar. Parei lá e fiquei olhando, as lágrimas querendo sair dos meus olhos. E então, ele olhou para mim, e sua expressão mudou. Ele pareceu me reconhecer de imediato, e eu fiquei aliviada, minhas lágrimas saindo de meus olhos. Ele começou a andar lentamente em minha direção, e mal pude perceber que eu estava fazendo o mesmo. Cambaleando por entre os outros e empurrando quem estava a nossa frente. Iamos diretamente um para o outro, até que um sátiro interrompeu nosso reencontro.

– Graecus? Cara, isso aqui tá me deixando louco! Tem algum
dinheiro aí para me emprestar? – Mal pude acreditar que ele me interrompeu para pedir esmola.

– Não. – Respondi com a voz fraca, e o tirei da minha
frente.

Então ele saiu de minha frente, e eu continuei. Percy e eu
agora estávamos cara a cara, chorando. Eu estava emocionada, aliviada,
maravilhada... Tudo parecia estar melhor agora. Agora tudo parecia que ia dar certo, nada podia me atingir, era como se eu tivesse mergulhado no Estige.

Ele veio e me abraçou. Ficamos ali, abraçados, como se não houvesse missão, como se não houvesse ninguém La perto para nos ver. Ele acariciava meu cabelo desarrumado, e eu molhava sua toga com as minhas lágrimas. Estava tão feliz, tão feliz. Não conseguia pensar em mais nada que me deixasse tão feliz como naquele momento.

– Você... Você se lembra de mim! – Sussurrei, a voz fraca demais para falar alguma coisa.

Então ele olhou pra mim, e sorriu. Me abraçou novamente, colocando os lábios em meus ouvidos, e sussurrou em resposta:

– Eu nunca esqueci.