“A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe.” - William Shakespeare

Rose Weasley.

Precisava falar com ele, reprimir tudo aquilo começou a me torturar. Acho que não tem motivos para guardar isso comigo, ele precisava saber, e eu estava determinada a contar, mesmo sabendo que isso poderia prejudicar a mim e a minha filha. Andie, tão vulnerável, mas tão inteligente, que surpreende a todos, até a mim mesma, talvez seja por ser filha de quem é...

Mas isso não me importa, apenas quero a verdade, a mais pura verdade. John havia morrido. Disso eu teria que afirmar e colocar isso na minha cabeça, por mais que doesse era verdade.

Verdade? Por que existe, por que não colocar tudo a própria sorte? Faria isso, mesmo que o sentimento de culpa viesse depois como um foguete.

Então seguindo meu coração, fazia muito isso ultimamente, fui até o seu quarto, talvez isso fosse necessário, e eu tinha certeza que era.

Bati na porta, e esperei resposta.

Narrador.

_Andie querida, falei que já estava indo brincar contigo – o loiro disse antes de abrir a porta. – Ah... É você. – sorriu amarelo.

_Precisamos conversar – ela disse.

_Temos algo a conversar? – perguntou arqueando uma sobrancelha – Acho que aquele dia, deixei bem claro, que não quero mais sofrer por você.

_Posso entrar? – ela pediu.

_Claro – disse, mas a olhou confuso.

Ela entrou e fechou a porta, o observou por uns instantes, e ele a olhou confuso.

_Você vai me matar depois disso, mas eu precisava...

Rose não disse mais nada, por impulso e por desejo ela o beijou. Scorpius se assustou quando percebeu o que a ruiva ia fazer, mas nada fez, apenas retribuiu o beijo. As sensações eram diferentes, não foi um beijo qualquer, afinal ela o beijou, há quanto tempo isso não ocorria, sem antes ele a tomar nos braços?

O beijo foi cessando, apenas deu tempo de ambos respirarem, mas tomados pelo desejo continuaram o beijo.

Entretanto o segundo foi diferente.

Foi um beijo de possessão e necessidade.

Não sabiam ao certo se aquilo era realidade, apenas estavam vivendo o momento, o momento que um era do outro. Talvez fossem se matar no dia seguinte, mas naquele instante eram como dois adolescentes, que necessitavam da carne, necessitavam sentir um ao outro, como nos velhos tempos.

_Rose... – ele tentou dizer.

_Não fale nada, apenas... Apague tudo aquilo... Que está no meu... passado, por favor. – pediu entre o beijo.

Scorpius interrompeu o beijo e a encarou por algum tempo. Afastou-se, alguns instantes, enquanto ela o olhava incrédula.

Depois ele se aproximou com passos firmes e envolveu seu rosto com as mãos.

Beijou sua uma de suas bochechas. Depois repetiu o mesmo movimento na outra.

_Não agüentarei Rose... Desista agora, por favor. – sussurrou em uma das orelhas da ruiva, enquanto dava um leve beijo, ela, porém não disse nada.

Depois beijou um de seus olhos, o outro, seu queixo, os cantos de sua boca e seus lábios, sem aprofundar o toque.

Ela o envolveu na cintura e enquanto Scorpius não aprofundou o beijo, ela sussurrou:

_Não consigo desistir, sinto muito. – falou o beijando com vontade.

Aquilo não parecia real, apenas um sonho, sem ao menos estarem dormindo.

Scorpius então nada disse, apenas aumento a volúpia do beijo enquanto traçava um caminho com suas mãos em torno do corpo de Rose, ela gemia a cada toque. Ela, porém levou uma de suas mãos que estavam na cintura dele, para seus cabelos loiros e assim o puxava a cada novo toque, enquanto a outra lhe aranhava as costas, fazendo com que ele sorri-se a cada toque dela.

Não perceberam o momento que em as roupas começaram a ser tiradas, tinham sido jogadas pelos cantos, sem ao menos saber o local. Apenas quando os dois estavam com peças intimas que a ruiva corou.

_Vergonha... de mim Rose? – ele sussurrou em seu ouvido – Já te vi com... menos roupas – riu ao perceber que a ruiva tinha corado ainda mais.

_Tira... – falou.

_Está muito apressada – sorriu percebendo que ela estava ficando louca.

Mas ele já não estava mais no controle, e sabia disso, nenhum dos dois estava. Agora a vontade controlava cada ato, cada movimento.

Scorpius a deitou na cama, e o beijo continuava, tomados pelo desejo, logo as únicas peças que os impediam de permanecer um ao ouro, estavam jogadas em um canto qualquer, junto com as outras. Ele sorriu ao perceber que ela estava nervosa, aquilo talvez não fosse o certo a fazer, mas tomados pelo desejo, agora que tinham iniciado, não teriam forças para parar.

_Tem certeza disso? – ele perguntou uma ultima vez, ates de fazer o ato. – Não vai se arrepender depois? Prometa Rose.

_Eu... Prometo. – finalizou.

Ele sorriu e em um movimento calmo e necessitado, ele a uniu ao seu corpo. Rose soltou um grunhido em forma de protesto, mas sorriu em seguida. As mãos dela passearam pelas costas largas dele, pressionando as unhas contra a carne, marcando um caminho de linhas vermelhas. Ele a beijada, enquanto a preenchia. Os movimentos foram cessando ritmicamente e logo chegaram ao clímax, juntos.

Os corpos cederam, e notando seu peso sobre ela, deitou-se ao seu lado, logo a puxando para perto dele. Ela deitou-se sobre seu peito sorrindo, enquanto ele passava as mãos pelos cabelos dela.

_Rose – a chamou.

_Diga.

_Isso não é um sonho?

_Se fosse um sonho seria o melhor da minha vida. – sorriu.

_A promessa que você me fez, não esqueça. – disse como uma criança.

_Jamais- ela sorriu – Scorpius, o que faremos agora?

_Não sei, mas isso foi incrível. – sorriu.

_Sim. Estou com sono...

_Durma.

_Aqui?

_Qual o problema?

_Andie...

_Iremos acordar antes dela – sorriu.

_Tem certeza? – ela perguntou.

_Sim, agora durma. – sorriu.

_Boa noite Scorpius – depositou um beijo em seus lábios.

_Boa noite Rose. – sorriu para a ruiva.

O resto da noite foi tranquila, aquilo talvez não tivesse sido real, mas para ambos era, talvez o desejo da carne falasse mais alto, mas se entregaram assim, o destino final está cada vez mais próximo. Algo aconteceria, mas enquanto a vida de ambos estava tão perfeitamente bela, não significava que não pudessem sonhar cada vez mais alto, algo aconteceria, e isso estava claro, mas por que não viver o presente e deixar o futuro para depois? Algo dizia que o destino de Rose e Scorpius já estava traçando, era apenas uma questão de tempo para que isto se realizasse.

“Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama.” – Miguel de Cervantes