Cavaleiros Do Zodíaco - Ilikía Ton Theón escrita por 000900121994


Capítulo 3
UMA NOVA AMIGA


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoas?? Gastando o feriado na frente do pc? É, até eu tô fazendo isso. Pois bem, vamos ao terceiro capítulo (que, na minha sincera opinião, tá parado pra c******!!).
Ah, uma coisinha: me desculpem por (até agora) não ter respondido os reviews que vocês mandaram; prometo que vou responder já já ^^
E para quem tem curiosidade em saber, temos uma leitura de tarot (tarô) neste capítulo :)
Pois bem, espero que gostem do cap.



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CAPÍTULO 3 - UMA NOVA AMIGA

Amanda apresentou Pandora e Faraó para a turma e logo eles se enturmaram com todo mundo. Em pouco tempo, a aula começou. A ex-sacerdotisa e o Espectro ocuparam as duas primeiras carteiras na coluna ao lado da e de Amanda. A aula transcorreu normalmente.

Na troca de aula, Faraó puxou Pandora para fora da sala e foi com ela até a segunda porta do prédio.

- Mas o que...? - Pandora dizia, mas o Espectro de Esfinge lhe tapou a boca com a mão.

- Senhorita Pandora... Nós a achamos! - Faraó dizia baixinho para ninguém, além de Pandora, ouvir direito.

- Sério? Onde ela está? - Pandora perguntou se exaltando.

- Fala baixo! - Faraó falou olhando para todos os lados. - Nós encontramos ela! E você nem vai acreditar em quem é ela!

- Quem? - Pandora perguntou ansiosa.

- A Amanda! A Amanda é a reencarnação dela! - Faraó respondeu. - Eu senti algo vindo dela, e usei meu cosmo para ver o que era. Ela emanava um cosmo adormecido de uma divindade, e, se levar em conta o que Valentine nos informou, só pode ser ela! Amanda é quem nós estamos procurando! É ela!

- Tem certeza, Faraó? - Pandora perguntou.

- Absoluta, senão, Valentine teria nos dito que havia mais de uma pessoa aqui com cosmo divino. - Faraó respondeu.

- Que jeito constrangedor de conhecê-la... - Pandora disse se lembrando da trombada.

- Bem essa. - Faraó concordou. - Bem cômico e pastelão, mas ainda assim, constrangedor.

O sinal tocou e os dois voltaram para a sala. Encontraram Amanda fazendo uma dancinha e os amigos rindo.

- Ela não parece uma deusa. - Pandora disse. - Ela é tão... descontraída, engraçada e, ao que tudo indica, doidinha, além de estabanada...

- É o jeito dela. - Faraó disse. - Quem sabe, quando o cosmo dela despertar, ela melhore... Aliás, quando nós iremos contar a ela?

- Não sei, mas vamos esperar um tempo. - Pandora respondeu. -  Ela acabou de nos conhecer; se contarmos a ela o que ela é, vai achar que somos malucos. E se isso acontecer, não vai ser nada legal.

- Tá, tudo bem. Se você diz, "mana"... - Faraó disse. Nessa hora, o professor chegou e mais uma aula começou.

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As aulas foram passando e o intervalo chegou. Faraó e Pandora pegaram seus lanches e foram atrás de Amanda. A garota foi mostrando a escola para os dois novos colegas, mas apenas Pandora prestou atenção; Faraó estava ocupado comendo o lanche (que estava ótimo, por sinal) e brincando com as reações entre o seu cosmo e o de Amanda (n/a: que criança egípcia feliz, concordam? XD).

Por fim, acabaram sentando em um dos bancos do pátio.

- Quer um pedaço? - Pandora ofereceu o sanduíche. É claro que Amanda aceitou.

- Você tá aqui há quanto tempo? - Faraó perguntou.

- Há sete anos. - Amanda respondeu.

- Você faz alguma coisa além da escola? - Pandora perguntou.

- Eu fazia teatro, mas resolvi sair para tentar aumentar minhas notas, principalmente em Física e Matemática, as minhas duas cruzes que carrego. - Amanda respondeu. - E vocês?

- Ajudamos mamãe e papai a botar ordem na casa. - os dois responderam em coro.

- Como assim? - Amanda estranhou.

- Nossos três tios moram com a gente, e dois deles vivem brigando. - Faraó respondeu.

- Aí sobra para o nosso outro tio, nossos pais e nós dois separarmos os briguentos. - Pandora completou.

- E o que a família de vocês faz? - Amanda perguntou.

- A nossa mãe cuida da casa. - Pandora respondeu.

- E nosso pai e nossos tios são... advogados. - Faraó disse inventando algo coerente e que tenha algo a ver com os cargos de Aiacos, Radamanthys, Minos e Lune.

- Tio que é advogado e mora na casa do sobrinho... Até parece "Dom Casmurro"! - Amanda disse.

- Dom o quê?! - Pandora e Faraó perguntaram tentando entender a lógica do que Amanda disse.

A garota se viu na obrigação de explicar a história do amor de Bentinho e Capitu, contando alguns detalhes da história. Quando terminou, o sinal tocou.

- Já acabou? - Faraó perguntou.

- Já, mas não esquenta; no terceiro ano, tem dois intervalos: o primeiro, de 20 minutos, e o segundo, de 10 minutos. - Amanda disse se levantando. - Vamos ter que aguentar mais duas aulas até o próximo intervalo.

- Menos mal! - Pandora disse e puxou Faraó do banco, correndo com Amanda de volta para a sala.

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Mais duas aulas passaram e o segundo intervalo veio. Faraó percebeu quando Amanda tirou uma caixinha de dentro da mochila.

- O que é isso? - o Espectro de Esfinge perguntou se aproximando da garota.

- O Tarot de Marselha. - Amanda respondeu tirando as cartas de dentro da caixa. - Sou cristã; presbiteriana, para ser mais precisa. Apesar de minha religião, eu não tenho nada contra as outras, até mesmo as que são consideradas "pagãs" pelos olhos dos cristãos.

- Sério? - Faraó perguntou surpreso; ele nunca tinha visto uma cristã tão liberal.

- Sim. - Amanda respondeu. - Isso tudo tem explicação histórica. Nos primórdios do Cristianismo, a Igreja Primitiva Cristã acabou, digamos, "demonizando" várias práticas que não tivessem algo a ver com o Cristianismo, como a prática de previsões do futuro e certos tipos de sacrifícios e rituais, e até divindades, como Apolo, por exemplo. E com isso, eles conseguiam mais seguidores, porém, da forma errada. Eles forçaram a barra e foram intolerantes. Eu até acho bom as pessoas seguirem minha religião, mas isso tem que ser uma escolha delas por livre e espontânea vontade, e não por intimidação disfarçada. Portanto, eu aprovo e desaprovo certas coisas de qualquer religião, seja ela a minha ou não. Fanatismo não leva as pessoas à lugar nenhum; devemos todos viver em harmonia e tolerantes uns com os outros, pois só assim teremos paz. Pelo menos, é o que penso. Desculpe se deixei você confuso com meu desabafo filosófico religioso.

Faraó ficou abismado: essa era, sem sombra de dúvida, a pessoa cristã mais liberal e realista que já viu em todos estes séculos! Nunca imaginou que pudesse existir na Terra alguém assim. Talvez a futura revelação seja mais fácil do que imaginara.

- Não, muito pelo contrário. - Faraó respondeu. - Eu sempre pensei que gente do seu tipo fosse fanático pela religião, mas vi que existem alguns liberais nesse meio. Estou impressionado com seu raciocínio; devia fazer faculdade de Filosofia e Teologia!

- Ah, mas não é isso que eu quero para o meu futuro, Kontar. - Amanda respondeu com um sorriso amigável.

- Mas então, mudando de assunto: o que as cartas têm a me dizer? - Faraó perguntou. Ele sempre quis saber o futuro desde quando não era Espectro. No Egito, vivia consultando os oráculos e tentando ler o futuro nas estrelas desde criança (n/a: quem imaginou o Faraó em versão infantil levanta a mão!!! \o/). Depois que entrou para o exército de Hades, perdera o costume.

- Não sei; vamos ver? - Amanda disse animada. - Só uma coisa: dependendo de nossas decisões, o futuro muda, porque quase nada do futuro está gravado e pedra; previsão é uma coisa, profecia é outra. Sabendo disso, o que você quer saber, Kontar?

- Bem, Pandora e eu estamos procurando uma pessoa. - Faraó disse. - É uma pessoa muito importante para nós, para nossa família e nossos amigos mais antigos. Eu queria saber o meu futuro em relação a essa pessoa.

- Ok, mentalize o que você quer saber que eu vou embaralhando e cortando tudo aqui. - Amanda disse.

Faraó fez o que a menina mandou. Amanda resolveu usar o método das 4 cartas. Separou os arcanos menores e maiores, embaralhou um monte de cada vez, cortou-os e montou os montes novamente. Fez o Espectro de Esfinge escolher uma carta dos arcanos maiores e três dos menores. Arrumou tudo e virou as cartas.

- "A Morte" direita, "Seis de Espadas" direito, "Três de Ouros" direito, e "Dois de Copas" direito. - Amanda disse olhando as cartas. - Que curioso...

- O que é curioso? O que você está vendo? - Faraó perguntou; a ansiedade o corroía.

- É que todas as cartas estão direitas; não há uma de cabeça para baixo. Até onde tudo indica, o seu futuro é ótimo. - Amanda respondeu. - Ok, vamos lá. "A Morte" representa "A Transformação". Em relação a essa pessoa, você terá uma mudança total em sua vida, bem radical, entende? Abra-se para novas experiências e aprendizados. Quanto ao "Seis de Espadas", você vai se separar temporariamente dessa pessoa, vai viajar por causa dela. E vai ficar emocionalmente instável. Já o "Três de Ouros" mostra que você é competente, bastante hábil no que faz, e vai atingir satisfação pessoal, fama e progresso por causa dessa pessoa. Ah, e vai ter um casamento vantajoso.

- "Casamento vantajoso"?! - Faraó perguntou não acreditando no que ouviu; enquanto vivia no Egito Antigo, nunca ouviu a palavra "casamento" nas previsões feitas para ele. Essa era a primeira vez.

- Aham; você tá podendo, hein, Kontar? - Amanda disse tirando uma da cara do Espectro de Esfinge. - Ok, brincadeiras a parte, vamos à última carta: o "Dois de Copas". E, ao que esta carta indica, essa pessoa vai ser responsável por você conseguir uma nova paixão, que, muitíssimo provavelmente, vai terminar em um casamento feliz. Vai ter sucesso profissional, harmonia e tranquilidade. Enfim, é isso.

- Então, deixa eu ver se entendi. - Faraó disse começando a recapitular tudo. - A pessoa que eu e Pandora estamos procurando vai ser responsável por eu ter um futuro excelente e um casamento feliz e vantajoso?

- Isso mesmo. - Amanda respondeu. - E que você vai se separar temporariamente dessa pessoa devido a uma viagem.

Todos os alunos começaram a voltar. Amanda guardou o tarot de volta na mochila e Faraó voltou para a sua carteira, remoendo a previsão em sua mente. Em pouco tempo, a penúltima aula começou.

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A última aula terminou. O cheiro da liberdade já invadia as salas dos terceiros. E o cheiro de comida também; todos estavam com fome. Amanda arrumou suas coisas, assim como Pandora e Faraó.

- Vai almoçar fora, Amanda? - Pandora perguntou.

- Não, vou dar um pulinho no shopping aqui embaixo e vou para a casa da minha avó. - Amanda respondeu.

- Quer companhia? - Faraó perguntou.

- Não precisa, Kontar; eu me viro sozinha. - Amanda respondeu.

- Ah, é que nunca se sabe quando alguém pode te assaltar ou te atropelar, ou até... - Faraó dizia, mas foi interrompido.

- Para de jogar mau agouro pra cima de mim, Kontar! - Amanda disse fazendo uma cruz com os dedos. - Posso ser liberal, mas Jesus ainda me protege, menino!

Isso fez risadas ecoarem na sala vazia.

- Bem, até amanhã, gente! - Amanda se despediu e saiu da sala, deixando os outros dois lá.

- Acho que deve dar um servicinho para o "papai" e os "tios", Pandora. - Faraó disse.

- Concordo, e já até sei qual. - Pandora disse.

- Ficar de olho na Amanda e protegê-la a qualquer custo. - os dois disseram em coro e saindo da sala e do prédio, indo para o carro onde Radamanthys já os esperava.


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Notas finais do capítulo

Aqui está o cap. 3!
Tenho que admitir: eu estava pensando seriamente em pular este capítulo e postar o próximo (é sério, este cap. ficou muito sem sal nem açúcar - do meu ponto de vista, claro).
Pois bem, deixem reviews comentando o que gostaram, o que não gostaram, desejando a morte de alguém... Prometo que vou responder!!
Bjos e até o próximo cap.



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