...Irmand.

_Eu. - ela disse, sorrindo ainda mais. Seu calbelo estava menor, acho que ela cortou com uma espada porque estava "torto". Ela ainda usava uma lança, mas tinha umas facas presas na cintura. Seus machucados eram muitos: cortes na cabeça, nos braços, um menio profundo na perna... - Pelo visto vocês sabem seguir... ordens.

Billiam estava paralisando. Não sei se era porque via Irmand de novo, ou porque ela cortou o cabelo, ou porque ela fez aquilo, ou porque ela queria matar a gente, ou porque ele confiou nela e ela "traiu" ele. É, os motivos são muitos.

Peguei meu machado com a mão direita e encarei-a. O machado com o recado em sangue estava na minha mão esquerda. Ia atacá-la, quando ela falou.

_Suprersa em me ver? - ela falava só comigo, ignorando Bill.

Segurei o machado com força e respirei fundo. Por que estava esperando para arrancar os membros dela e depois cravar o machado em sua cabeça (ok, eu não precisava mutilá-la, mas meu corpo inteiro estava coçando para matá-la)? Ela continuou:

_Que bom que meu plano deu certo... demorou para eu montá-lo. Tive que matar umas pessoas e pegar as armas delas; e o sangue também. - ela apontou para meu machado. - Tive que observar você por um tempo. Um bom tempo.

De repente, lembrei dos barulhos nas árvores e na sombra que vi...

_Era você que...

_É, era eu. - Irm disse, como se lesse meus pensamentos, orgulhosa. Não me deixou terminar e continuou. -Aí eu estava vendo vocês um dia e essa ideia de... - ela demorou certo tempo para encontrar e palavra certa. - GPS. Então eu montei as armas e agora a gente está aqui.

Ela sorriu novamente e nos encaramos. Ia atacá-la quando...

_Você me enganou. - dessa vez foi Billiam quem falou. Sua voz parecia abatida. Eu estava indo lutar com ela, quando ele pos a mão na minha frente.

Sinceramente, eu queria cortar a mão dele fora e ir massacrá-la, mas eu tinha sanidade (paciência não, sanidade) e esperei. Entendi que ele precisava ver que estava errado, e queria ver como Irmand reagiria a isso.

_Billiam, eu... - ela parecia até outra pessoa conversando com ele.

_Eu pensava que você deixaria a gente em paz! Qual é o seu problema? Você me prometeu...que... eu pensava que você deixaria a desavença sua e da Cat, que eu ainda não sei qual é, de lado e...

_Ela me tirou de você! - ela gritou, pelo visto segurando as lágrimas. Billiam ia rebater, mas parou; eu reparei que aquele assunto era ruim para ele. - Nós éramos amigos e eu gostava de você, gostava muito de você, e eu sabia que você gostava de mim; e aí ela chegou e você me esqueceu completamente. É TUDO CULPA DELA!

Irmand agora estava fora de si. Que garota bipolar! Ela começou a vir contra mim, e não sei se Bill estava sensível novamente com o que ela falou ou paralisado por causa de alguma coisa, mas ele não fez nada.

Irm empurrou a lança para meu pescoço, e juro que fiquei sem ar, pois por milímetros ela não me mata. Tentei atacá-la com o machado com o PARABÉNS (isso soa meio estranho) mas ela o jogou para longe. Cara, ela tinha melhorado. Muito. Por um breve momento pensei se ela conseguiu um aliado e depois o matou. Ou se ela não era tão má assim. Ah, é claro que ela era.

Consegui fazer um corte em seu braço, mas ela não sentiu nada. Então eu dei um passo em falso e cambaleei quando minha perna esquerda pisou o chão. Ela percebeu meu "ponto fraco" e imediatamente tentou empurrar a lança nela. Mas nesse momento Billiam "acordou" e se pos entre nós duas. Irm imediatamente parou.

_Vai embora. - ele agora parecia estar com raiva. Irmand parou e pos a lança atrás das costas.

Ela gostava mesmo dele. Fazia qualquer coisa por ele. Por um momento, de novo, me senti culpada. Mas depois esse sentimento passou. O que ela estava fazendo era meio doentio. Ela estava querendo me matar por causa disso. Como se fosse culpa minha.

_Eu não vou te perdooar por ter me deixado. - ela agora estava chorando. Fazia força para não mostrar suas emoções. Levantou a lança e direcionou para ele.

Por um momento, Bill pensou. Depois, olhou para mim e piscou. Aí fez uma expressão carinhosa, abaixou a lança e olhou bem nos olhos da traídora.

Ela se acalmou. E ele abraçou ela. Irm fechou os olhos, sonhadora. E eles ficaram assim. Porderia ter acabado com ela ali, ou há muito tempo, mas não o fiz. E não entendi nada até que ele, calmamente, sem fazer nenhum barulho, tirou uma flecha de sua aljava. E enfiou na barriga dela.

Fiquei chocada demais. Como Irmand, é claro. Ela arregalou os olhos e tentou atirar a lança em Bill, só que ele já havia se separado dela. Ela caiu, e não conseguiu tirar a flecha a tempo. Ela a atravessou. Literalmente. A ponta da flecha "apareceu" em suas costas, ensanguentada.

O canhão soou. Dessa vez, parecia bem mais alto e fantasmagórico. Bill caiu sobre o corpo dela e virou-a. E então abraçou-a.

Relutante (fiquei feliz com a morte de Irmand, mas triste por causa de meu aliado), me sentei ao lado dele e o consolei.

Quando pus meus joelhos no chão, o senti mais duro. Estava mais frio, e a grama estava dura. Como se tivesse virado concreto... acho que a Arena ia se transformar de novo...

Bill começou a chorar. Não o entendi. Ela havia nos traído. Tentado me matar algumas vezes. Porém lembrei que ele gostava dela. Ou gostou uma época. E aí pensei: Ninguém merece isso. É, esse pensamento veio p a mim novamente. Ninguém merece morrer. Nem os traídores, os errados, os infiéis, etc. Será? Será mesmo? A pergunta ficou pairando no ar...

Mas isso não importava agora. Irmand estava morta, e Bill foi quem a matou. E agora, pelo menos, sobravam só 10 tributos. Apenas 10.