The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 15
Minha primeira vítima




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A areia atrapalha minha corrida, mas ainda assim sou rápida. Sigo para o Sul, Bárbare e Bill também. Quando estou quase dentro da floresta, percebo que há um menino correndo atrás de mim. Distrito 3. Seu nome é Greg, eu acho. Ele corria para minha direção, sem nenhuma arma.

Corri mais rápido, mas ele era ágil, e acabou me alcançando. Parei em frente dele, Greg tentou me dar um soco, mas eu desviei.

Tentei chamar Bill, mas ele já estava floresta adentro, então começei a atacar Greg. Acertei, na terceira tentativa, sua barriga, e ele ficou sem ar, e caiu no chão. Dei um soco forte, admito, mas isso não o mataria, então simplismente deixei-o no chão e corri para a floresta.

Não havia quase ninguém caído chão, a não ser Greg e um garoto do Distrito 5, acho que seu nome é Josh. Pensei que ele havia morrido, mas um tempo depois ele se levanta e, sangrando, corre.

Entro na floresta, correndo cada vez mais rápido, procurando por meus aliados. BOOM! O barulho do canhão sinaliza a primeira morte da 100ª edição dos Jogos Vorazes. Arregalo os olhos, pensando em que estaria morto. Avisto Bárbare, relaxo um pouco, ela está uns 10 metros distante de mim, também correndo, e quando já adentramos um quilômetro na floresta, paramos. Ela se junta a mim, e rocuramos por Bill, mas nada dele.

_E aí? - uma voz ofegante atrás de nós.

Pulo de medo e me viro.

_Ai, que susto! - disse, não muito alto, e dou um soco no ombro de Billiam.

Agora estamos andando, atentos para ver se achamos alguma arma, mochila ou algum tributo; mas nada durante mais ou menos um quilômetro.

_Ai, estou cansada. - resmunga Bárbare.

_Mas já?

_Desculpe, eu não dormi ontem!

Tento fazer ela continuar, mas ela está realmente cansada. Paramos por um momento, então, embaixo de uma enorme árvore com galhos secos (meio escondidos, por precaução).

Observo o lugar: areia no chão, percebo que há um pouco dela em meu sapato. Árvores altas, de galhos e folhas (a maioria das vezes) secos, e até alguns cactos baixos. Água? Nenhuma. Armas? Começo a achar que não há nada também quando vejo algo brilhando sobre a luz do sol. Algo prateado.

Imediatamente me levanto e vou ver o que é. Está atras de uma árvore enorme, de modo que só a ponta afiada fique aparecendo. Não consigo destinguir o que é, então tento pegá-la e levo um choque.

_Ai! - gritei. Bill se levantou e foi para meu lado.

_O que foi? - perguntou e eu mostrei a ele o objeto. Depois de observá-lo muito, concluiu. - É uma espada, está eletrificada.

Ah, tá. Não era importante pegá-la, pois ninguém usava, mas era uma proteção. 

_Bárbare, você usa qual arma?

Ela olha para mim e responde:

_Não uso muito armas, mas sou um pouco boa com lanças e espadas. - ela responde e se levanta, chegando perto do objeto.

Tá, agora precisávamos dessa espada. Por mais que Bárbare não fosse muito boa com essas coisas, ela precisava de uma proteção. Então uma coisa passa por minha mente: cactos. Cactos tem água, certo? E água pode quebrar a eletricidade.

Chuto um cacto meio alto que está ao meu lado, mas nada acontece. Se pelo menos tivesse alguma faca...

Pego um pedaço de pau e começo a bater no cacto, até que ele se parte (depois de muitas tentativas) ao meio. Olho dentro, há água. Sei que as águas dos cactos podem ser usadas para se beber, por isso pego um pouco com a mão, e deixo um pouco no cacto para, sei lá, mais tarde.

Jogo na arma. Espero que aconteça alguma coisa, e felizmente, acontece. Por mais que a espada fosse grande e eu não tivesse muita água, ela começa a meio que explodir, e depois voltar ao normal.

_Você rela agora. - digo a Bill e empurro a mão dele em direção a arma.

Ele toca, com um pouco de medo, mas não grita e nem faz nada. Então, ele pega a espada e a gira, dando-a à Bárbare.

Ela sorri, e guarda a espada. Bom. Pelo menos um de nós tem uma arma. Sento-me no chão, mas antes cubro a parte do cacto que tem água com meu casaco (já que está calor). Poderia cortar todos os cactos agora, se tivesse uma faca, mas também não adiantaria, já que nós não temos garrafas.

Dou uma cochilada, Billiam fica de vigia e fala que vai procurar alguma arma ou mochilas pela redondeza.

* * *

Está escuro. Não enxergo nada, além de uma pequena luz prateada, um pouco a frente de mim. Tento correr até ela, mas vou muito devagar, muito devagar mesmo. E sinto que algo está tentando me pegar.

Olho para trás, escuridão. Mas escuto passos. Passos apressados. Finalmente chego a luz prateada, e quanto a toco, ela vai se abrindo, iluminando todo o lugar.

Estou na Arena, e os Carreiristas correm atrás de mim. Começo a me afastar deles, mas todos os outros tributos (inclusive meus aliados) me cercam e começam a me matar.

_Acorde, Catlyn! - Bill me balançava, estava segurando umas coisas em sua mão. - Achei umas coisas.

Ele me ajudou a sentar, estava suada. Bárbare se sentou do meu lado e ele mostrou a nós o que conseguiu: uma mochila; dentro dela havia uma corda, duas garrafas e um pacotinho de biscoito, além de um arco e flecha e uma lança.

Bom, pelo menos agora eu tinha alguma arma.

_Nem imaginam onde encontrei isso. - ele disse, e eu, curiosa, perguntei.

A mochila ele achou no alto de uma árvore, teve que escalá-la para pegar e caiu duas vezes (seus cotovelos estavam sangrando), a lança estava dentro de um cacto enorme e o arco e flecha ele achou em baixo da terra.

Caramba, ele procurou bem. Quanto tempo dormi? Perguntei à Bill e ele disse que quase 1 hora, por isso ele havia andando bastante. Depois que ele contou isso, eu peguei as duas garrafas e as enchi com a água que sobrou nos cactos. Bill disse que a mochila ficaria com ele.

Mando ele e Bárbare dormirem, iria ficar de guarda. Eles se deitaram, e comecei a andar, com a lança na mão.

Acho que andei uns 20 minutos quando ouvi um barulho e fui para trás de uma árvore. Esperei uns 5 minutos, até que uma pessoa apareceu.

Era uma menina, de cabelos louros com umas mechas azuis. Pamy, da Capital.

Ela segurava uma faca e parecia insegura. Estava a alguns metros de mim e então eu criei coragens e saí de trás da árvore.

Pamy arregalou os olhos para mim, tentou atirar sua faca, mas eu fui mais rápida e atirei a lança em seu pescoço. Ela tentou me dar um soco, fraca, mas aí ela olhou bem no fundo de meus olhos, deixou uma lágrima escapar, e depois caiu.

Senti muita de pena de ter matado Pamy, nunca faria isso a alguém, mas esses eram os Jogos certo? Esses eram os estúpidos Jogos Vorazes. BOOM!, o canhão sinalizou a morte dela.

Observo de longe o aerodeslizador pegar a inerte Pamy, e então volto para o local onde meus aliados estavam dormindo.



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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... comentem!



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