Confissões escrita por Uchihas lover


Capítulo 1
I - O começo de meus conflitos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo pode estar curto e não ter muito SasuHina, mas no segundo e no terceiro o casal aparecerá muito mais.



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Sempre ouvi dizer que o amor é uma coisa boba, que só faz-nos sofrer, derramar lágrimas por pessoas que muitas vezes não às merecem, causa uma dor indescritível, e deixa uma sensação de solidão.

Cresci ouvindo isso, pois meu próprio pai passou por isso. Desde a morte de minha mãe quando eu tinha apenas seis anos.

Antes do falecimento de minha mãe, eu via vida nos olhos acinzentados de meu pai, na verdade, os olhos deles, hoje acinzentados, antes eram mais claros, mais ávidos, mais brilhantes, mais amorosos. Talvez porque seus olhos refletissem a iluminação da pura alma de minha mãe, que para mim, foi o ser mais puro a pisar em solo humano. E meu pai o ser mais sortudo de ter tido a honra de amar e ser amado pela mesma.

Mas tudo mudou aos seis anos, tanto que hoje eu odeio esse número.

Hanabi, minha irmã caçula, tinha somente um ano de vida e ainda estava aprendendo a dar seus primeiros passos, e eu a ajudava feliz da vida. Até hoje eu me lembro da felicidade que ambos minha mãe e meu pai expressavam quando Hanabi tentava se levantar por conta própria e acabava caindo, e eu corria para socorrê-la. Eram os melhores momentos do dia, quando meu pai se esquecia do seu estressante emprego e se entregava ao calor reconfortante de nossa família.

Mas tudo mudou quando minha mãe morreu, de mal súbito. Todos ficaram muito tristes. Ela era a luz de nossa família. Até Hanabi, que com um ano nada entendia, estava triste.

E assim vieram as ações inutilmente praticadas para tentar se esquecer, ou ao menos, reprimir a dor de sua perda. Meu pai começou a se afundar no trabalho, passava menos de 6 horas em casa, dormia pouco, comia pouco, e trabalhava demais. E por causa disso uma vez ele desmaiou em uma reunião e passou dois dias no hospital, estava cansado e desidratado. Após esse acontecimento, meu tio, também viúvo, e meu primo, Neji, de sete anos, vieram morar conosco, a fim de cuidar da saúde de meu pai.

Mas nada adiantou, meu pai continuava a trabalhar arduamente e meu tio, depois de alguns meses, desistiu de tentar fazê-lo descansar e passava suas folgas do trabalho cuidando de mim, minha irmãzinha e Neji. Até hoje agradeço por meu tio ter sido o meu segundo pai, a pessoa que, depois da morte da minha mãe, cuidou de mim como qualquer pai poderia. Eu podia ter perdido para sempre minha mãe, e ter perdido meu pai para o sofrimento, mas ganhei meu segundo pai e um irmão mais velho.

E os anos foram se passando. A situação na minha casa mudara um pouco. Meu tio conhecera uma mulher, Kurenai, uma moça linda, um pouco mais jovem que ele, mas eles combinavam perfeitamente. E logo após isso descobri que ela seria minha professora de artes no colegial.

Kurenai passou a ser a presença feminina em minha vida, pois apesar de ter Hanabi, ela ainda tinha dez anos e não entendia algumas coisas pelas quais meninas adolescentes de quinze passam.

Kurenai foi como uma segunda mãe para mim, claro que nunca esqueceria minha finada mãe, mas Kurenai realmente me ajudou muito. Ela me aconselhava quando a situação ficava tensa entre eu, minha irmã e meu pai. Com seus conselhos conseguia, pelo menos, manter uma conversa casual na hora do jantar. Nada além de como foi o dia, de como minhas notas estavam estáveis, e de como a escola estava, mas era um avanço, já que, por nove anos eu não conseguia manter uma conversa de 2 minutos com meu pai.

E foi exatamente por causa de Kurenai que conheci o amor de minha vida. Uchiha Sasuke, o gênio do primeiro ano do colegial, notas excelentes, capitão do time de basquete da escola, vencedor nato.

No começo me senti estranha por começar a gostar dele. Afinal, sempre estudamos juntos, desde o jardim de infância, e ainda assim, nunca havia prestado atenção nele. Claro que sabia de sua fama de gênio, muitas vezes por causa de Neji, gênio um ano mais velho que eu, que vivia reclamando de como um garoto mais novo se achava pois era chamado de gênio, mal sabia Neji que ele mesmo se achava quando simplesmente ganhava o primeiro lugar em alguma coisa.

Nunca senti nenhuma atração amorosa para com Sasuke, pois para mim, ser o capitão do time de basquete ou gênio aclamado não fazia dele uma pessoa bonita, inteligente e atlético sim, mas não bonito.

Mas como dizem, colegial é sinônimo de mudanças. E minhas mudanças foram muito conturbadas.

Para começar, meu corpo ganhou forma. Isso normalmente acontece com todas as garotas, mas eu sempre fui muito tímida e calada, sempre tentei ser neutra e, por muitas vezes, invisível. Kurenai dizia que isso era meu jeito de se proteger contra os sentimentos das pessoas por mim. Sempre achei isso uma bobeira, mas mais tarde comecei a perceber que talvez isso fosse verdade.

Além de meu busto crescer um pouco exageradamente, o uniforme do colegial não ajudava. Saia xadrez rodada, um pouco curta para meu gosto, e blusa branca com um leve decote em “v”, que não ajudava para pessoas com busto levemente avantajado e que tentam não chamar a atenção.

E na aula de educação física era pior. O uniforme não mudava tanto no comprimento, mas eu não podia usar minha tão amada jaqueta, pois com exercícios, ver o suor e o calor, e seria uma tentativa de suicídio se eu fizesse aulas com minha jaqueta.

Na primeira aula de educação física, então, eu decidi fingir que estava com cólicas, e o professor Guy me deixou na arquibancada. A partir daí, fiz com que meu tio me levasse ao médico, fingir ter algumas dores quando fazia exercícios e consegui um atestado médico alegando não estar apta a fazer exercícios. Sim, uma loucura, mas um problema a menos para lidar no colegial.

As aulas nem eram tão difíceis, claro que eu tinha duvida em algumas matérias, mas mesmo assim mantive minhas médias estáveis.

E assim, o último, e maior, problema era Uchiha Sasuke.





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Notas finais do capítulo

Mereço review?
Bem, espero que gostem e, se gostarem, postem um review!!!