When Darkness Forgiven Me - FABERRY escrita por Zombie Vic


Capítulo 8
To Let You Know My Past


Notas iniciais do capítulo

Here it is!
Gentee! Estamos próximas do fim!



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Seus lábios se movem suavemente contra os meus. Abro a boca deixando sua língua entrar. A sensação é incrível. Seus dedos se perdem no rosa dos meus cabelos. Viro-me e deito em cima dela. Desse modo ela não pode fugir.

– Estou orgulhosa de você.

– É muito cedo pra dizer isso.

– Quinn. – Ela me dá um selinho. - Seja lá o que aconteceu em seu passado... Eu não vou te deixar.

– Tá... Como eu já disse, em Nova York eu era a filha perfeita. Eu era uma cheerleader linda. Alguns diziam que eu era a mais bonita da escola, e eu nunca duvidei disso. Meus cabelos eram longos e dourados. Não usava maquiagem alguma além de um brilho labial. Não precisava. Minha pele era perfeita e meus cílios naturalmente longos.

– Não me parece muito diferente de agora, com excessão dos cabelos longos e loiros. Você ainda é linda, Quinn. A garota mais linda que já conheci. – Ela falou e eu sorri. Sinto falta de ouvir elogios. Faz mais de um ano que ninguém fala que sou bonita.

– E como eu disse, eu tinha o namorado perfeito. – Eu falei isso e nós duas rimos. – Todas as garotas o queriam, mas só eu o consegui. Numa festa na casa de um amigo, acabamos bebendo demais e acabamos sozinhos em um quarto. Não havia nada de mal nisso... Eu tinha dezesseis anos, nosso namoro estava firme... Mas eu engravidei. – Meu coração acelerou durante sua expressão de choque, mas logo ela me deu um sorriso encorajador e começou a passar as mãos pelo meu cabelo. – Estava tudo bem. Minha barriga não estava grande o suficiente para meus pais perceberem e Elliot dizia que me amava mesmo assim, e não só eu, mas também seu filho que eu carregava. Tudo estava tão bem que achei que meus pais iriam me apoiar. Mas não. Meu pai me expulsou de casa, mas minha mãe disse que se eu fosse ela iria junto. Então nos mudamos para um apartamento distante de Manhattan.

É estranho falar disso. Nunca contei isso pra ninguém antes. É assustador. Todas essas lembranças tão recentes, mas ao mesmo tempo tão antigas. Em minha mente revivo minha história. Revivo tudo isso que alguns chamam de pesadelo e eu chamo de parte da minha vida. As vezes desejo que houvesse um meio de simplesmente apagar essas coisas da memória. Era isso que estava tentando fazer no dia que vi Rachel pela primeira vez. “O dia que vi Rachel pela primeira vez” tem sido um termo que uso toda vez que penso naquele dia. Isso me faz lembrar que nem tudo é treva e que as vezes o sol nasce de manhã.

– Depois disso, - continuei – o pessoal da escola descobriu e a notícia começou a se espalhar. Fui expulsa das chearleaders, perdi minhas amigas e tudo o que me sobrou foi Elliot. Pra falar a verdade, nunca tive boas amigas. Todos queriam estar perto de mim, mas apenas por popularidade, por causa do uniforme. Mas quando vestia ele, podia ao menos fingir que fazia parte de alguma coisa. O que me fazia se sentir bem porque... –

– Fazer parte de algo especial te faz especial. – Ela completou.

– É... – Digo chorando nos braços de minha amada. Ela passa as mãos pelos meus cabelos e sussurra no meu ouvido palavras de conforto.

– Nós... – Ela falou. – Você faz parte de nós. Isso é especial. Isso te faz especial.

Palavras não podem descrever nesse momento o quanto eu a amo. O desespero que tenho para tê-la para sempre ao meu lado. O quanto meu coração dói em pensar no dia que ela me dirá adeus, e mais ainda no dia que adeus não seja uma palavra forte o suficiente para anunciar sua partida.. No dia que suas lembranças serão tudo o que sempre terei dela comigo. Afirmo com a cabeça e continuo minha história.

– Eu estava grávida de sete meses quando descobri que Elliot estava me traindo. Comecei a gritar com ele e fiquei tão nervosa que desmaiei e entrei em trabalho de parto. Fui para o hospital e minha filha nasceu prematura. Durante o tempo que ela teve que ficar na incubadora, desenvolvi uma depressão muito forte. Quando a menina finalmente foi pra casa, eu nem olhava pra ela. Eu via aqueles olhos azuis e desejava que nunca tivesse os visto em primeiro lugar. Comecei a tomar remédios e parecia ter melhorado, então minha mãe me deixou sozinha em casa com ela. Fui tentar dar banho e – lágrimas salgadas e mornas escorriam pelo meu rosto, assim como as que transbordavam dos olhos de Rachel. Ela já pode imaginar o que vem depois. – ela começou a chorar. E aqueles gritos penetravam em minha mente e me deixavam inquieta, então larguei ela na banheira e fui para o quarto. Não sei quando o choro parou. Sei que quando minha mãe chegou em casa nós dua estávamos dormindo. A diferença foi que eu acordei. E foi quando acordei, que o pesadelo realmente começou. Eu matei minha filha.

O peso daquelas últimas palavras saindo da minha boca era imenso. Rachel enxugou minhas lágrimas e olhou fundo nos meus olhos com uma expressão vazia. Ela vai me expulsar daqui. Vai me chamar de assassina, pois é o que sou. Mas ao invés disso, ela apenas me abraçou com toda a força. Mais força do que nunca.

– Eu te amo – eu falo pra ela e não me responde nada.

De algum modo, essas três palavras pesam mais do que todas as 423 anteriores. Essas três palavras significam que minha vida, agora a pertence. De um jeito metafórico, é claro. Meu coração se acalma e os pensamentos ruins aos poucos vão embora. Continuamos nos beijando e trocando pequenos gestos de carinho por horas. Não consigo parar de pensar, se um dia serei amada de volta. Se um dia ouvirei essas palavras saindo dos lábios de minha amada. Soando doce e suave em sua voz. Quando esse dia chegar, finalmente poderei dizer que para cada mágoa do passado, encontrei minha luz no fim do túnel.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Entãooo... Tinha uma música que eu desde o começo estava planejando colocar nessa fic mas acabei esquecendo... Vocês se encomodariam muito se eu adicionasse um capítulo entre o "To tell you my story" e o "what the water gave me"? Não precisam nem ler ele se não quiserem, também...



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