As Marotas II escrita por Laura Dias


Capítulo 29
Capítulo 29 - Quatro segredos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo grandão como recompensa.
Desculpa a demora, mas esse é o penúltimo, pfvr n me abandonem, vou postar toda semana na sexta feira, eu prometo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/244363/chapter/29

Assim que o jantar terminou, todos se retiraram do salão e foram para seus devidos dormitórios. Quando Madison passou pelo buraco da mulher gorda olhou para o relógio que tinha na mesinha da sala comunal da Grifinória, já marcava oito e quinze. Ela então subiu com as três amigas para trocarem de roupas.
Madison pegou a capa de invisibilidade por via das dúvidas e dobrou em vários pedaços. Pegou-a e guardou no bolso da jaqueta. Isabelle abriu o malão e tirou de lá o Mapa do Maroto. Não havia ninguém no corredor.
― Vamos logo, preciso achar o Pirraça ― Madison disse enquanto pegava a varinha e descia as escadas.
― Por quê precisa de distração? ― perguntou Emma ― Não vai ter ninguém nos corredores.
― Provavelmente no corredor do terceiro andar alguém vai estar vigiando a porta ― respondeu Madison.
Elas desceram as escadas até o terceiro andar. Madison foi lentamente andando encostada na parede e colocou apenas a cabeça para olhar. Haviam dois bruxos elegantes de terno vigiando a porta. Quando tinha movimento no corredor eles se disfarçavam de alunos e vigiavam a porta mais despistadamente.
― É, tem gente vigiando ― murmurou Safira.
― Vou procurar o Pirraça ― murmurou Isabelle de volta.
― Eu estou aqui fedelhas ― disse uma voz, porém, não falva alto, murmurava também ― O que querem comigo? ― era Pirraça, ele acabara de sair de um vaso de flores ―
― Preciso que você distraia aqueles guardas ― disse Madison.
― E o que faz você pensar que eu faria isso? ― disse Pirraça com sua gravata borboleta girando.
― Porque se não fizer eu falo para o Barão Sangrento ― Madison disse ameaçadoramente ― E você sabe, eu sou amiga dele. ― "Não exagera" murmurou Isabelle no ouvido da prima ―
― Certo ― disse Pirraça com ar importante ― Mas tomara que vocês sejam pêgas suas garotinhas chantagistas.
― Acha que ele não vai dedurar a gente? ― perguntou Safira quando o fantasma se fora.
― Não sei, eu espero que não ― respondeu Emma ― Do contrário, podemos ser expulsas.
Madison revirou os olhos. Logo depois só escutaram um estrondo. Pirraça jogara algumas armaduras no chão. Os dois "bruxos-seguranças" sacaram as varinhas e dispararam para a direção do barulho ― que graças a Merlin eram do lado oposto ao que as garotas estavam ―.
― Hogwarts contratando bruxos-seguranças. Ora, francamente ― reclamou Emma.
― O que significa que tem algo realmente importante naqueles caixotes ― retrucou Safira ― Pare de reclamar e vamos logo.
Isabelle foi a primeira a correr para onde os bruxos-seguranças estavam à poucos minutos. Madison observou as paredes e viu que tinha uma diferença sutil na coloração. O lugar onde ficava a porta era mais escuro. Madison lembrou-se de como Longbottom havia feito para abrir a passagem. Ela "arranhou" a parede de cima para baixo e ela arredou para o lado.
Safira arregalou os olhos e Madison sorriu vitoriosa. As quatro entraram e Madison tratou de tentar fechar a porta por dentro. Arranhou de baixo para cima, e deu certo, a passagem se fechou. "Ah, Merlin nos proteja" murmurou Safira.
Madison parou para observar onde estava. Estava numa espécie de labirinto, ou pelo menos era o que parecia. Tinha grandes "paredes" de plantas vivase o chão era todo forrado de grama, tudo estava muito silencioso e tranquilo, para o desespero de todas. "Lumus" murmurou Isabelle e todas fizeram o mesmo.
― Vamos e cuidado ― alertou Madison andando na frente com a varinha erguida.
Tomando cuidado e prestando atenção onde pisava, Madison continuou andando entre as paredes de plantas vivas. As outras garotas vinham atrás olhando para os lados tentando ver algo importante, mas, sem sucesso.
Elas já estavam andando à alguns minutos até que finalmente acharam algo diferente das coisas de sempre. Acharam uma grande quantidade de caixaas de madeiras empilhadas num canto. Um pouco mais para o lado tinha um grande portão de madeira.
― Isso é um bom sinal ― comentou Emma ― Estamos perto.
― Não estamos perto, nós achamos ― respondeu Madison colocando a mão no portão e tentando olhar pela fresta das madeiras ― Vamos entrar.
― Pulando? ― perguntou Isabella em tom de desdém.
― Não, tem uma fechadura ― comentou Emma arredando um pouco para trás, ficando na ponta dos pés e espiando no alto. O portão de madeira parecia ter uns três metros ― Tem um painel estranho ali, uma espécie de caixinha de vidro com umas chaves dentro, e uma das chaves abre a fechadura.
― Bem, só precisamos achar a chave certa então ― comentou Safira ― São quatro caixotes, aí dentro deve conter apenas um deles, provavelmente.
― Eu vou abrir a fechadura ― disse Emma.
― Por quê você? ― perguntou Isabelle.
― Porque eu tenho uma ideia e posso raciocinar ― respondeu Emma ― Posso ver qual o tamanho da fechadura e comparar com o tamanho da chave, você não teria paciência.
― Não mesmo ― rebateu Isabelle sentando-se sobre as folhas ― Vai lá então, suba.
Madison ficou apenas olhando. Emma caminhou e encostou-se no portão. Ele tinha frestas entre uma reta de madeira e outra, conforme serviu de escada para que a garota subisse. Ela colocava as mãos numa das frestas um pouco em cima e colocou os pés na primeira fresta. Aos poucos ela foi subindo até conseguir ficar de frente à caixinha de vidro com as chaves e a fechadura.
A primeira chave era grande e parecia ser feita de uma prata rústica. A segunda era apenas um pouco menor, era de cobre e tinha uma fita na ponta. A terceira era média e de ouro puro e alguns brilhantes cravados. A quarta era de metal, estava um pouco enferrujada e era a menor de todas.
― Eu acho que é aquela de ouro ― disse Isabelle lá do chão.
― Não é ― respondeu Emma ― É a de metal.
― Por que? Ela é tão simples! ― rebateu Isabelle fazendo careta.
― Exatamente por isso ― respondeu Emma ― Ela se encaixa perfeitamente no formato da fechadura, é esta mesmo. Só preciso quebrar o vidro.
― Vai quebrá-lo com o quê? ― perguntou Madison erguendo a cabeça para ver Emma lá no alto.
Emma desapoiou uma das mãos da fresta da madeira e checou os bolsos das vestes. Havia um guia de bolso sobre feitiços úteis de magia, sua varinha estava no bolso interior da capa, porém, não podia usá-la, estava muito perto da caixinha de vidro e só conhecia feitiços explosivos para quebrar o vidro. Olhou no outro bolso e tirou de lá uma pedra.
― Achei uma pedra, posso quebrar o vidro ― disse Emma.
― Espera! Você tem uma pedra nas vestes? ― gritou Isabelle.
― Nunca se sabe quando pode ser útil ― respondeu Emma pegando a ponta afiada da pedra e arranhando forte no vidro. O vidro se partiu ― Consegui.
As cascatas de pedaços de vidro caíram no chão. Emma com cuidado para não se cortar foi pegar a chave, porém, acabou cortando um pouco o braço. Um pouco de sangue escorreu e ela gemeu. Pegou a chave, colocou na fechadura e girou. O portão automaticamente se abriu e ela teve que segurar na fresta da madeira para não cair.
Madison se adiantou na frente enquanto Emma descia rapidamente. Isabelle e Safira manteram certa distância, tentando observar o que tinha lá dentro.
― Cuidado, Madison! ― pediu Emma andando atrás da amiga.
― Não parece ter nada aqui ― comentou Madison.
Havia uma espécie de caverna, porém, la dentro estava muito escuro para que ela pudesse enxergar alguma coisa. Porém, muito rapidamente Madison viu o que parecia ser um par de olhos um tanto estranhos e uma criatura saltou das sombras.
Tinha o pelo cinzento com algumas manchas brancas perto do focinho. Parecia ser três vezes maior que as garotas. Isabelle soltou um grito e Safira tampou a própria boca. Emma recuou e Madison apenas arregalou os olhos, imóvel.
― Isso é um Texugo! ― gritou Emma para Madison.
― Pensei que Texugos fossem amigáveis ― comentou Isabelle ― Lufanos são adoráveis.
― Pensei que Texugos fossem menores ― comentou Safira.
O Texugo ficou em pé nas patas traseiras e acertou uma pata em Madison. A garota caiu de costas no chão e a varinha escapou de suas mãos. Na bochecha dela havia a marca do arranhão das unhas do animal.
― Ai, isso doeu ― reclamou Madison colocando a mão na bochecha e viu que sangrava.
― Madison, cuidado! ― berrou Emma correndo e pegando a varinha de Madison que estava caída um pouco a frente de si ―
Madison ergueu os olhos, o Texugo erguera a pata mais uma vez. Ela se arrastou para trás esquivando das patas do animal e arrastando as folhas no chão.
― Alguém poderia me ajudar? ― gritou Madison se arrastando para trás mais rapidamente.
― Espere, preciso pensar ― gritou Emma de volta olhando para Safira e Isabelle que não sabiam o que fazer. Observou a pilha de caixas ao lado e uma ideia lhe ocorreu ― Preciso da ajuda de vocês, vamos lançar Depulso naquelas caixas e empurrar o portão para se fechar.
― Madison tem que sair primeiro ― respondeu Safira.
― Anda Madison saia daí, rápido! ― gritou Isabelle.
Madison se ergueu rapidamente e correu para perto das garotas. Isabelle, Safira e Emma apontaram as varinhas e gritaram ao mesmo tempo: "Depulso". As caixas voaram e bateram no portão de madeira que fechou rapidamente. Ouviram o barulho do Texugo batendo na cerca. Ele pareceu chorar e Emma subiu nas caixas para ver como ele estava.
― Ele quase mata a Madison e você vai ver se ele está bem? ― gritou Isabelle lá de baixo.
Emma não deu ouvidos. Apenas olhou para o Texugo, ele estava sentado e afagava o focinho que provavelmente ele batera. A garota sentiu pena e murmurou: "Calma, tudo vai ficar bem". Ele chegou perto da cerca e Emma ficou na ponta dos pés para afagar a pelugem do Texugo, que pareceu se acalmar.
Emma desceu novamente os caixotes e olhou para o braço que sangrava. Um pedaço de vidro cristalino estava no machucado, ela arrancou com força, como se arranca um curativo. Porém, o sangue não parava de sair. Madison passou a mão na bochecha que estava ferida e não ficou surpresa ao ver que também saia sangue.
― Precisamos ir à Madame Pomfrey ― comentou Safira olhando para as três garotas.
― Não agora ― respondeu Emma decidida ― Nós precisamos descobrir os outros três caixotes. Bem, mas, eu tenho alguns lenços aqui que Madison e eu podemos limpar os nossos machucados ― ela tirou dois lenços de seda branca das vestes e entregou um à Madison. O outro ela colocou no braço e limpou o sangue.
― É sempre isso ― reclamou Isabelle bem-humorada ― Nós sempre saímos machudadas de uma aventura.
― Nós? ― perguntou Madison arregalando os olhos ― Só estou vendo Emma e eu machucadas aqui.
― Aguarde ― disse Isabelle sorrindo ― Tem mais três caixotes, três segredos para Safira e eu nos machucarmos.
― Por Merlin, Isabelle ― Safira reclamou ― Eu não quero sair machucada ― todas riram.
― Vamos, sem perda de tempo ― chamou Madison guardando o lenço sujo de sangue no bolso interior das vestes.
Madison ergueu a varinha novamente e as três garotas a seguiram. Isabelle reclamava: "Meus pés estão doendo" ou "Estou com fome" e até dizia "Vamos sair daqui". Porém, eram Emma, Safira e Madison contra ela.
As quatro continuaram andando olhando para todos os lados, e para a tristeza de Madison, apenas o que elas viam eram as paredes de cerca viva. Emma bufou impaciente. Porém, as quatro continuaram andando.
Um pouco mais adiante, Safira foi a primeira a avistar um grande portão de madeira igual aquele que guardava o Texugo. No alto havia também uma caixinha de vidro só que não haviam chaves e sim algumas peças de um quebra cabeça. No lugar onde ficava a fechadura havia um lugar para que todas as peças fossem encaixadas.
Emma murmurou algo no ouvido de Madison e a loira assentiu. Ela tirou a varinha das vestes e apontou para um montinho de pedras no chão e murmurou: "Depulso" apontou para a caixinha de vidro, as pedras se chocaram na superfície transparente e a quebrou.
― Você conseguiu ― Emma sorriu ― Você conseguiu quebrar a caixinha.
― Sim, ― disse Madison sorrindo também ― Se você esperasse eu raciocinar também, não precisaria ter se cortado quebrando o vidro com uma pedra na mão ― Emma deu uma risadinha.
Safira começou a subir no portão sem que ninguém visse. Ela queria resolver o quebra cabeça e abrir a fechadura. Chegou diante das peças eram várias peças pequeninas e logo ela começou a tentar montar o quebra cabeça.
Isabelle esfregava os olhos, isso demonstrava que ela estava cansada. Safira conseguiu montar o quebra cabeça rapidamente e quando colocou a última peça no lugar, o portão se abriu. Ela desceu lentamente do portão e pisou firme no chão.
― Eu não vou primeiro ― murmurou Madison com firmeza.
Isabelle foi na frente com impaciência, seguida por Safira, Emma e por último Madison. Das sombras saltou um pássaro enorme e fechou as garras em volta do corpo de Isabelle. A morena gritou.
― O que é isso? ― berrou ela desesperada.
― Isso, é um Corvo ― respondeu Safira tranquilamente chegando perto. O bico do animal abria e fechava bem perto do rosto de Isabelle, que respirava pesadamente ― Ei, Corvo... ― Safira não sabia como chamá-lo ― Ei, solta a minha amiga.
O Corvo olhou para ela, assentiu como se entendesse e largou Isabelle. Ela levantou rapidamente, arrumou as vestes e ficou perto de Emma e Madison enquanto Safira continuava conversando com o corvo.
― Ah gente, ele é tão inofensivo ― disse Safira olhando para as meninas e afagando as penas do topo da cabeça do Corvo.
― Sim, claro, Safira, muito inofensivo ele ― reclamou Isabelle fulminando Safira com os olhos.
― Bem, precisamos ir ― interviu Emma ― Há outros dois caixotes esperando por nós.
― Não precisamos pensar muito para saber o que há nos outros, não é? ― perguntou Madison sem muito interesse em uma resposta ― O Texugo e o Corvo são respectivamente os símbolos da Lufa-Lufa e da Corvinal, e há quatro caixotes, quatro casas em Hogwarts. Obviamente os outros caixotes escondem um leão e uma cobra.
― É, ouvimos um rugido na noite em que trouxeram os caixotes ― lembrou-se Isabelle ― Mas, McGonagall o silenciou ― Devia ser o leão. ― Madison sorriu amigavelmente.
― Vamos embora então, já sabemos o que há nos caixotes ― disse Emma cruzando os braços enquanto Safira se afastava um pouco do Corvo.
― Não ― rebateu Madison ― Uma coisa é saber o que há, outra é ver.
― Certo, vamos fechar esse portão então ― concluiu Safira. O Corvo resmungou, porém, voltou para a escuridão ― Me ajudem a puxar o portão, vou tirar as peças do quebra cabeça, isso deve trancar o portão novamente.
As garotas puxaram as duas partes do portão e Safira retirou as peças do quebra-cabeça. Colocou-as novamente onde estavam e desceu. Logo forçou o portão, mas, ele estava trancado.
― Vamos logo ― chamou Isabelle correndo na frente ― Quero achar logo essa cobra e esse leão para podermos ir dormir!
Elas dispararam correndo pelos caminhos cercados por paredes de plantas vivas até acharem outros dois portões. Um de frente para o outro. Madison parou para observar, o portão do lado esquerdo tinha uma caixinha de vidro com chaves assim como os outros portões; já o portão do lado direito não estava trancado por nada muito especial, apenas um cadeado trouxa.
― Alohomora ― Madison apontou para o cadeado no portão do lado direito. Ela estava agindo por instinto. Alguma coisa dentro dela sabia que naquele portão estaria o leão.
O cadeado se abriu e caiu no chão. Madison empurrou o portão. Emma, Isabelle e Safira manteram uma distância enquanto a outra garota mergulhava na escuridão. O leão saltou por cima de Madison e Isabelle teria gritado se Emma não tapasse a boca dela.
Madison teve de se virar para mirar o leão. Os olhos da garota e do animal se encontraram e o leão se acalmou. Ele deu um rugido baixinho e o coração de Safira acelerou. O rabo dele balançava de um lado para o outro e quase esbarrava nas três garotas paradas junto à parede de cerca viva. Assim como o Corvo e o Texugo, o Leão era bem maior do que elas estavam acostumadas a ver.
― Olá ― Madison murmurou chegando perto e Emma fazia sinais para que ela não fizesse isso ― Sou Madison Potter, e eu não vou fazer mal para você.
― Ela vai morrer ― murmurou Isabelle para Emma e Safira ― Ai meu Merlin, tio Alvo e tia Megan vão me matar.
― Pare de agourar, Isabelle ― repreendeu Safira no mesmo tom de voz.
O leão se aproximou de Madison e abocachou suas vestes com delicadeza. Isabelle quase desmaiou. "Isabelle, calma" pedia Emma "Cadê sua coragem?".
O leão girou a cabeça e soltou Madison na suas grandes costas peludas e a garota se segurou na pelugem dele. Era como se o leão fosse um cavalo e Madison uma amazona. O animal se virou, agora estava de frente para as três garotas. Ambas respiraram fundo e olharam para Madison.
Parecia que Madison entendera o que o Leão queria e o que ela mesma queria. Parecia que ela e o animal se comunicavam com o pensamento.
― Isabelle, abra o próximo portão ― pediu Madison.
― Por quê eu? ― a morena rebateu.
― Porque todas nós já abrimos um e você não ― respondeu Madison.
Isabelle assentiu e escalou o portão. Dentro da caixinha de vidro haviam três chaves: uma de ouro com diamantes, outra de prata com rubis e bronze com esmeraldas.
― Tem vidro aqui ― anunciou Isabelle.
O leão ergueu a pata e com as garras quebrou o vidro.
― Madison, esse leão é assustador ― disse Emma.
― Não é, ele é apenas incompreendido ― respondeu Madison ― Trata bem quem o entende.
Isabelle tirou a chave de ouro da caixinha e colocou na fechadura. O portão se abriu. Rapidamente a cobra que estava lá dentro saltou e o leão rugiu. Ele ergueu a pata e colocou no "corpo" da cobra, fazendo-a ficar imóvel apenas sibilando e tentando arrumar um jeito de fincar seus dentes no leão e espalhar seu veneno.
― Cobras são traiçoeiras ― disse Isabelle arregalando os olhos e segurando firme no portão.
― Não me admira que seja símbolo da Sonserina ― respondeu Safira.
― Parem de julgar os Sonserinos ― pediu Emma mas ninguém deu ouvidos.
O leão pegou a cobra pela boca, sem machucá-la, e jogou-a de volta para onde ela estava. Emma e Safira puxaram as duas partes do portão e Isabelle girou novamente a chave para trancar. O leão deitou-se no chão e Madison pôde descer, ela acariciou sua pelugem e ele retornou para dentro da sua "jaula" e a garota tornou a fechar o portão.
― Isso está muito confuso ― concluiu Isabelle.
― Vamos falar sobre isso amanhã ― assegurou Madison ― Vamos embora, quero dormir.
― Todas queremos ― Emma completou fazendo todas rirem.



 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

os capítulos estão configurados estranhos, nao? mas acho que da p ler