Slipped Away – Avril Lavigne

(...)

Sinto sua falta,

Eu sinto tanto a sua falta

Eu não esqueci você,

Oh! É tão triste

Eu espero que você possa me ouvir

Eu me lembro claramente

(...)

Eu não consegui te beijar

Um aceno de adeus

Eu gostaria de vê-lo novamente

Mas eu sei que eu não posso

(...)

Eu tive meu despertar,

Você não irá acordar

Eu continuo perguntando porquê,

Eu não posso aguentar isso

Não era falso,

Isso aconteceu, você se foi.

Agora você se foi

Agora você se foi

Lá vai você

Lá vai você

Para um lugar onde não posso traze-lo de volta

Agora você se foi

Agora você se foi

Lá vai você

Lá vai você

Para um lugar que você não vai voltar

(...)

O dia em que você partiu

Foi o dia em que eu percebi

Que nada mais será igual

Oh!

Na, na

Na, na, na, na, na

Eu sinto sua falta

Ter duas noticias horríveis no mesmo dia é pra acabar com qualquer um! Saber que você praticamente virou uma sem teto e descobrir que a Tanya é sua irmã destrói o psicológico de qualquer um! Devia está parecendo uma mota-viva, por que enquanto andava pelos corredores todo me olhava ainda mais estranho do que antes.

–Olá, Melanie -Disse Tanya.

Depois daquele episodio de sair correndo pelo refeitório igual uma louca eu tentava com todas as forças evitar a Tanya por dois motivos:

Primeiro: Ela sempre me humilha quando estamos no mesmo lugar.

Segundo: Toda ver que eu olho ela, depois de ter descoberto que ela é minha irmã, uma sensação estranha toma conta de mim... Uma sensação de afeto, o mesmo que eu sentia pela Emily.

–Olá, Tanya -Disse sorrindo, ela me olhou assustada.

–Está feliz em me ver, Melanie? -Perguntou debochada.

–Sinceramente? -Pensei... Eu estava mesmo feliz em ver ela? Acho que sim... quando eu perdi a Emily foi uma sensação tão horrível que eu achei que ninguém iria me fazer sentir o afeto que eu tinha pela Emily, então eu enterrei esse sentimento no fundo do meu peito, e agora com toda essa coisa de que a Tanya é minha irmã esse sentimento está vindo atona -Estou sim, muito feliz em tiver -Disse sorrindo.

Tanya é a Emily que eu perdi a muito tempo, pode parecer loucura, mas depois que descobri tudo não vejo a Tanya como antes... Vejo ela como a irmã que eu pedi a anos.

–Está mesmo? -Perguntou assustada, assenti -Bem... -Voltou a colocar a mascara de antes -Se eu fosse você não ficaria tão feliz assim!

–E por que? -Perguntei aérea.

–Sabe o meu pai? O empresario bilionário conhecido em toda Londres? -Se gabou -Então, ele comprou essa escola, ou seja seu pai não é mais o dono e diretor daqui.

–Hum... -Ela me olhou estanho.

–Você não vai falar nada? -Perguntou incrédula -Você agora é um grande nada! Eu consegui tudo que era seu, e você não diz nada?

–Você quer eu te diga uma coisa? -Assentiu -Eu sei muito mais que você, coisas que você nem imagina, coisas que se você souber vai acabar com o seu mundinho de merda... Eu só te digo uma coisa, Tanya -Olhei fundo nos olhos dela -O Carma volta multiplicado por três –Ela me olhou com ódio.

Antes que ela dissesse alguma coisa sai de lá, tinha coisas mais importantes para fazer do que ouvir a insuportável da minha... Irmã falar merda... Sorri com esse pesamento, era sempre assim que eu pensava quando Emily queria falar alguma coisa comigo... Nossa!... Que saudades daquela birrenta.

Sempre quis que a Emily explodisse quando ela ainda era viva e agora eu queria tanto ter ela aqui, antes dela morrer tudo era mais fácil... A minha única preocupação era ser melhor que ela e chamar atenção de Esme e Charlie de alguma forma que eles olhassem pra mim e esquecem Emily nem que seja por um minuto.

Uma ideia maluca veio na minha cabeça. Não me importei que ainda tinha aula ou que Charlie ia brigar comigo por eu ter matado aula, eu tinha que fazer isso. Por sorte Edward deixou a chave do carro comigo, entrei e liguei e deixei com essa sensação me levasse pra onde sejá, mas eu tinha uma noção pra onde eu ia.

Sentia um peso enorme nas minhas costas, o peso do mundo! Já não tinha aquela cara feliz que eu tinha antes, mesmo sendo uma mascara de puro egoísmo. Cheguei onde eu nunca fui e nem sequer pisei.

O cemitério onde Emily estava enterrada o lugar que eu nunca pus o pé. Desde que Emily morreu nunca gostei de falar sobre ela, ouvir sobre ela... Tanto que nem no enterro dela eu fui e nunca fui visitar o tumulo dela sempre me senti culpada por conta disso, o que piorava a minha tristeza.

Tinha alguns trocado comprei umas flores entrei e logo encontrei o tumulo dela, de todos era o que tinha menos flores, Emily era igual a 'antiga eu' e igual Tanya... Mimada, egoísta, achava que todos a amava, mas na verdade todos só tinham medo e ódio dela, o que é facilmente confundido com o respeito.

–Oi, Emily -Disse rouca, era só ver aquele lugar e o nome dela na lápide que todo o choro que eu 'guardei' pra ele vinha a tona -Eu sei que eu nunca vim aqui... E nesse exato momento eu estou me sentindo uma idiota falando com um tumulo, mas... -As lágrimas começaram cair -Eu queria dizer que eu sinto muito a sua falta, mesmo você sendo o que eu nunca quis ser, mas acabei me transformando -Solucei.

–Você era tão forte, ao contrario de mim que sempre fui uma chorona -Sorri -Você era tudo o que queria ser... Bonita, amada, divertida e adorada por todos, mesmo alguns te odiando -Solucei -Sabe, agora tudo está desmoronando... O nosso castelo de areia se desmanchou, não somos mais princesas -Ri sem humor.

–Quando você estava aqui era tudo tão fácil, a gente só brigava por atenção ou por que eu pegava a sua roupa sem pedir -Sorri -Eu nunca entendi o por que de você ter morrido, você tinha tanto o que aprender, a viver e brigar comigo -Ri.

–Sabia que Charlie não é o meu pai? E que eu sou filha de Phillipe Cullen... Ou Denali -Mordi o lábio inferior -Sempre me sentia perdida dentro daquela casa e agora que eu finalmente encontrei as minhas raízes... Eu não queria ter encontrado, por conta disso a minha vida virou de cabeça pra baixo.

–Eu... -Corei -Finalmente encontrei o amor da minha vida -Sorri -E finalmente ficamos juntos depois de muita briga, ele é um fofo! Tudo eu sempre quis, mas.... Eu estou perdendo tudo e... Se eu perde ele? -Balancei a cabeça -Não gosto nem de pensar. Você deve ter ficado assim quando achou que o Scot ia terminar com você, não é?

–Eu quero você de volta, aqui comigo! Daria minha vida por isso. Eu te amo, Emily. Volta, por favor -Me deitei em cima do tumulo e comecei a chorar desesperadamente.

(...)

Acho que acabei chorando até dormir, pois abri os olhos estava tudo escuro. Me assustei... Cemitério... De noite... isso não é uma coisa muito boa.

Peguei meu celular, pelo menos isso não me tiram, tinha mais de 40 chamadas perdidas de Edward ele deve está enlouquecendo... Liguei pra ele.

–Melanie, onde você está? –Perguntou preocupado.

–No cemitério... Vim visitar a minha irmã -Disse normalmente.

–Você estava chorando? –Sorri.

–Como você sabe eu estava chorando? -Perguntei limpando as lágrimas.

–Eu te conheço, Mel–Dava para perceber que estava sorrindo -Eu vou desligar, eu vou ai te buscar. Tchau.

–Tchau.

Não demorou muito e Edward já estava na minha frente.

–Você está bem? -Me deu um selinho.

–Sim -Suspirei -Precisava de um tempo sozinha, você entende? -Ele assentiu.

–Então é aqui que a sua irmã está enterrada.

–Éh!... -Disse olhando para o tumulo -Tivemos uma conversa e tanto -Disse sorrindo.

–Pelo seu estado da pra percebe -Disse brincando.

–Como assim pelo meu estado? -Passei a mão no rosto -Estou tão mal assim? -Perguntei baixinho.

–Não... -Pegou minha mão e olhei para ele -Você é linda de qualquer jeito -Corei.

–Que isso, Ed. Estou parecendo um zumbi -Ele sorriu.

–Bom... -Disse pensativo -Você está em um cemitério... E esta parecendo um zumbi... -Fingiu medo -Então você foi mordida por um zumbi -Gargalhei.

–Então corre, se não eu te mordo -Disse sorrindo.

Ele saiu correndo e fui atrás, parecíamos duas crianças brincado em um parque, bom sem tirar o fato de que não era um parque é sim um cemitério e ainda mais a noite. Me senti bem naquele momento esqueci todos os problemas que me rondavam, só Edward conseguia fazer isso.

Chegamos ao portão de saída do cemitério que estava trancado.

–Como você conseguiu entrar? -Perguntei confusa.

–Eu pulei o portão -Deu de ombros.

–Nossa, Edward Cullen se rebelando -Ele gargalhou.

É tão bom ver Edward assim. Rindo com os olhos brilhando, isso contagiava qualquer pessoa a sua volta. Ri sozinha com os meus pensamentos.

Pulamos o portão, entramos no carro e seguimos para casa. Um frio estranho percorreu a minha espinha, como se fosse acontecer algo ruim ou fosse descobrir algo ruim.

Chegamos a casa de Carlisle, e demos de cara com Charlie sentado no sofá com uma cara de velório e Carlisle com um olhar estranho.

–Charlie? -Disse confusa.

–Oi, Melanie -Disse meio envergonhado.

–O que você está fazendo? -Perguntei desconfiando de que eu já sabia o motivo dele está aqui.

–Ele veio conversar comigo, Melanie -Disse Carlisle calmamente.

–Hum... -Ri sem humor -Eu não acredito que você fez isso, Charlie -Disse irritada.

–Melanie foi preciso -Disse Charlie.

–Foi preciso?! -Perguntei perplexa -Charlie você está fugindo da realidade.

–Eu não Tenho culpa... -Hesitou -Eu não tenho culpa de ser fraco -Sussurrou.

–Ainda bem que você sabe -Disse fria.

–Melanie... -Respirou fundo -As vezes você é cruel -Revirei os olhos -Eu não vou me consegui me ver na situação em eu estou.

–Você não vai conseguir se ver nessa situação? -Perguntei incrédula -E quanto eu e Esme? Hã?!... Isso é egoísmo -Disse entre dentes.

Pela primeira vez fui afetada por algo que eu tinha, ou ainda tenho, de sobra e que usava contra as pessoas sem saber o quanto isso machucava, mas agora eu sei, sei o quando é errado e idiota pensar só em sí mesmo. Aprendi mais uma lição, mais uma lição do meu carma.

–Vocês vão poder ficar aqui com Carlisle -Disse como se fosse a melhor noticia o mundo.

–E você acha que vamos poder passar quando tempo aqui? Em? -Levantei uma sobrancelha -O quanto o Sr. Egoísmo achar que é melhor para ele? -Perguntei debochada.

–Melanie, por favor... -Implorou.

–Por favor, nada! -Gritei, me aproximei dele e o encarei -Pare de usar as pessoas e depois joga-las fora como se não fosse nada -Disse entre dentes -Pois, quando você voltar e quere-las de volta, você não vai conseguir.

Ele me olhou serio, suspirou e olhou para o chão.

–Eu preciso fazer isso, Melanie -Disse determinado. Assenti, segurei o choro com todas as forças.

(...)

Depois que conversou com Carlisle, Charlie combinou que mandaria um tipo de mesada para ajudar Carlisle com os custos, não seria muito, mas qualquer ajuda seria bem vinda, palavras de Carlisle.

Apesar de tudo, eu ainda tinha uma admiração por Charlie que acabou quando ele decidiu ir embora. Minha raiva por Charlie aumentou, eu não tinha mais nada, nem um centavo no bolso graças a Charlie e Phillipe.

Phillipe.... Tudo começou com ele. Começou com ele tendo um caso com a mãe de Edward, começou com ele abandonando a Esme, começou sumindo sabe-se Deus onde e começou com ele voltando e destruindo o resto de felicidade que ainda sobrava em mim.

Quando chegamos na escola, a primeira pessoa que eu procurei foi a Rose e desabafei com ela, a única que ia me enteder. Estávamos na aula da Historia.

–Eu não acredito que ele teve coragem de fazer isso -Disse Rose incrédula.

–Ele foi embora e deixou eu e Esme com se fosse nada.

–Mas, onde vocês estão morando?

–Na casa do Ed -Sorri fraco -Pelos menos vou poder ficar mais perto dele -Ela sorriu -Mas, o que Charlie fez foi horrível... Carlisle pode ter deixado eu passar um tempo–Frisei o 'passar o tempo' -Mas, não morar lá!

–Ele pelo menos se despediu de você?

–Não... -Disse triste -Mas, eu também não queria.

–Hum... -Me olhou com pena -Eu sinto....

–Não termina -Disse fechando os olhos com força -Charlie não merece -Ela assentiu.

–Bom alunos! -O professor chamou atenção -Como vocês já devem saber, Charlie vendeu a escola -Começou o burburinho -Éh! Ele vendeu a escola... Shhh!! -O silencio se enstalou e todos olhavam pra mim -Mas, não se preocupem, pois temos um novo diretor e dono do colégio -Tanya abriu um enorme sorriso -Pode entrar diretor.

Ver Philipe entrando pela porta com um sorriso vitorioso no rosto fez meu sangue ferver, mas o a mesmo tempo uma sensação estranha percorreu em mim... Uma sensação de... Nem sei o que era.

–Bom dia, alunos -Disse gentilmente. Todos responderam o 'bom dia' , mesmo eu -Meu nome é Phillipe Denali. Eu sei que muitos de vocês deviam gostar do diretor Charlie... -Todos os alunos começaram a rir -Bom... Acho que nem tanto assim -Revirei os olhos -Eu só quero que vocês saibam que eu estou aqui a dispor de vocês -Algumas meninas sorriram maliciosamente -Não como vocês estão pensando -Disse brincando.

–Aquele é o seu pai? -Sussurrou Rose, assenti -Mas, ele é um gato!

–Rose! -A repreendi.

–Bom, vou aproveitar e já apresentar o novo aluno da escola -Um garoto loiro entrou na sala e pude ouvir os suspiros das garotas -Esse é Travis Till -Os olhos de Rosalie brilharam quando ela viu o tal do Travis -Se apresente par a turma, Travis.

–Er... Oi -Disse meio envergonhado.

–Pode ir se sentar, Travis -Disse o professor.

Um bando de garotas quase se estapearam para que o garoto novo se senta-se perto delas, ele foi até o fundo da sala e sentou na mesa atrás de nós, Rosalie deu um sorriso tão grande que parecia que o Brad Pitt tinha sentado atrás da gente.

–Boa aula para vocês -Disse Phillipe e depois saiu.

Um suspiro uníssono saiu de todas as garotas da sala e quase pude sentir os olhos de todos os garotos se revirarem.

–Agora essa escola vai pra frente, o meu pai vai ser melhor que qualquer diretor que pisou nessa escola -Disse Tanya alto o bastante para que eu ouvi-se.

(...)

Depois de varias piadinhas sobre Charlie ter vendido a escola, e vários comentários de quando o Phillipe, e o aluno novo, é bonito a aula finalmente terminou.

–Ele é tão sozinho -Disse Rose se referindo ao aluno novo. Rosalie não parou de fala sobre o aluno novo duranta a aula inteira.

–Hum... -Resmunguei.

–Hum? Vai dizer que não achou ele bonito?

–Qual é, Rose. Eu tenho namorado!

–Oi -Disse o novo aluno. Rosalie congelou.

–Oi -Disse gentilmente -Travis, certo? -Ele assentiu -Melanie, prazer -Ele sorriu tímido -Essa é Rosalie -Ele corou.

'Está pensando no mesmo que eu?' disse a Maline problemática.

'Com certeza' pensei com um sorriso.

Ouve aquele momento climaço, os dois sustentava o olha um do outro. Os dois estavam vermelhos como tomates, 'Adeus, Emmett e Olá Travis'.

–Travis! -Disse Tanya, estragando o momento -É muito melhor você andar com a gente do que com essa gentinha -Disse com nojo.

–Como assim? -Perguntou Travis confuso.

–Olha quem fala, a pessoa que é filha de um canalha -Disse entre dentes, Tanya me olhou com ódio (pelo jeito ela admira Phillipe).

–Olha como você fala do meu pai -Disse entre dentes -Eu não tenho culpa que o seu pai é um perdedor -Disse sorrindo sarcastica.

Me calei, eu queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. Ela disse a verdade, não pelo fato de Charlie ter perdido a escola, mas a atitude dele de ir embora o fez virar um perdedor.

–Viu! Até você concorda -Disse debochada.

–Cala a boca, Tanya -Disse Rosalie.

–Vei fazer -Desafiou Tanya. Rosalie ia pra cima dela, mas a impedi.

Respirei fundo, baixei a cabeça e sai. Charlie perdeu tudo e eu também, ele foi covarde e só teve 'coragem' sufiente de ir embora. Phillipe teve a cara de pau de voltar e comprar a escola logo de quem destruiu a família, pois por conta dele a minha família foi totalmente destruída, dois idiotas sem moral. Um é canalha e o outro é covarde... Covarde... Pera ai... Charlie é covarde, mas...

Corri até a sala do diretor, que era de Charlie, mas agora é do idiota do Phillipe. Entrei com tudo na sala, Phillipe me olhou assutada e com raiva... Mas, olha! A mulherzinha dele estava do lado dele, melhor do que pensei, sorri maligna.

–O que você pensa que está fazendo, Melanie? -Perguntou furioso.

Charlie é covarde, mas eu não! Vou ter tudo que é meu por direito, nem que a antiga Melanie precise voltar.

–Olá, papai -Disse debochada.