Perfect – Glee

Segui o caminho errado

Uma ou duas vezes

Cavei até conseguir sair

Sangue e fogo

Decisões ruins

Tudo bem

Bem vindo à minha vida boba

(...)

Querido, querido, por favor,

Nunca nunca se sinta

Como se fosse menos do que perfeito

(...)

Você é tão mau

Quando fala

Sobre si

Você está errado.

Mude essas vozes

Na sua cabeça

Faça eles gostarem de você dessa vez.

Chega,

Eu fiz tudo que pude

Eu persegui todos os meus demônios

E vejo que você faz o mesmo

(...)

Querido, querido, por favor,

Se em algum momento você se sentir

Como se fosse nada,

Você é perfeito pra mim

–Er... Eu não vou atrapalhar? -Perguntei insegura.

–É claro que não -Disse Carlisle.

–Então ta -Disse meio sem graça. Percebi que Edward sorria.

Sentei ao lado dele e ele sorriu pra mim.

O jantar foi super divertido. Carlisle tinha umas piadas de pontinhos uma mais sem graça que a outra, mas que todo mundo acabava rindo. Dona Elizabeth era super preocupada com o Edward sempre perguntava como foi o dia, eu até perdi a conta de quantos beijos na bochecha eu ganhei dela.

Carlisle sempre me olha a cada garfada que eu dava. A comida era muito boa, mas por conta da minha doença, o prazer que qualquer pessoa sentia quando comia. Meu celular tocou.

–Er... Licença -Disse sai da mesa e fui para a sala.

–Alô?

–A onde você está, garota? –Perguntou Charlie irritado.

–Eu to na casa do Edward.

–Ah! Na casa daquele medico? –Perguntou debochado.

–Esse medico tem nome... E o nome dele é Carlisle –Tava perdendo a paciência.

–Ah é! O nome dele é Carlisle? Então, vamos ver o que ele acha de você passar a noite ai? –Disse debochado e desligou o telefone.

–Que? -Disse perplexa.

Tentei ligar, mas só dava caixa postal.

–Mel? -Perguntou Edward.

–Se eu dizer que eu odeio o meu pai, vai parecer repetitivo? -Edward me olhou confuso -Quer saber, ela vai ter que falar comigo.

Sai e fui ate a minha casa (Edward e eu eramos vizinhos) Edward veio atrás de mim. Bati na porta com força.

–ABRE ESSA MERDA! -Gritei com ódio -CHARLIE !!!!!!!!!!!!!!!

–Melanie, acho melhor você.... -Edward nem terminou de falar Charlie apareceu na porta.

–O que você quer? -Perguntou ignorante.

–Eu quero entra na minha casa -Disse entre dentes, ele riu.

–Sua casa?! Por que não pergunto pro doutor Carlisle sobre onde é a sua casa? Ou melhor que é o seu pai, que por sinal ele conhece muito bem -Fechou a porta com força.

Virei lentamente e vi que a vizinhança inteira estava me olhando assustados. E de novo a garotinha assustada queria aparecer, mas eu não vou deixar.

–O QUE VOCÊS ESTÃO OLHANDO? CANBADA DE NÃO FAZ NADA -Gritei com todas as forças -PARECE QUE NUNCA VIRAM UMA FILHA BRIGAR COM PAI... OU MELHOR! BRIGAR COM UM PESSOA QUE NEM SABE SE É O PAI DELA OU NÃO!.

–Melanie! -Carlisle gritou -O que você está fazendo? -Perguntou irritado.

–Quem é o meu pai? -Comecei a chorar -Me fala! Eu tenho o direito de sabe QUEM É O MALDITO DO MEU PAI!!!

–Vamos entrar, e a gente conversa -Disse tentando me acalmar.

–NÃO! Eu quero ver a minha mãe! -Solucei -Eu quero ver ela! Me leva pra ver ela, Carlisle. Por favor -Cai sentada no chão -Por favor, por favor... -Repetir.

–Se acalma -Ele estava ajoelhado na minha frente -Você tem todo o direito de ver a sua mãe, mas não agora -Respirei fundo e olhei pra ele.

–Eu vou ver a minha mãe -Disse e sai correndo.

Por sorte eu e Edward tínhamos vindo no meu carro, peguei a chave reserva e sai feito louca até o Hospital que a minha mãe estava. Estacionei de qualquer jeito e sai correndo pra recepção, fui até o balcão de atendimento e a mulher me olhou assustada. Eu devia ta parecendo uma louca que acabo de fugir do Hospício, mas não tava nem ai.

–Oi, eu gostaria de ver a paciente Esme Harpe -Disse sorrindo, ela ainda me olhava estranho.

–Você é o que dela? -Perguntou me olhando assustada.

–Sou filha dela -Ai ele me olhou com aquela cara de 'ata, que eu acredito'.

–A senhora não pode pertubar uma paciente -Disse seria.

–Que? Mas, eu sou filha dela -Dois caras que eram mais que e o Emmett apareceram do nada ao meu lado.

–Por favor me acompanhe -Um deles disse.

–Por favor, senhora -Implorei -Eu to sem documento, mas eu sou filha dela.

–Senhor me acompanhe -O outro disse.

–Mas... -Baixei a cabeça, sentia o olhar de todo mundo da recepção sobre mim. Carlisle apareceu assustado, junto com Edward.

–Ela está comigo -Disse Carlisle para os dois, que assentiram e saíram -Você está louca, Melanie? -Disse irritado.

–Eu quero ver a minha mãe, Carlisle -Ainda chorava -Ela sabe quem é o meu pai... Ou você acha certo eu sofrer por quem nem é da minha família? -Disse me referindo a Charlie. Ele me olhou com compaixão.

–Eu acho melhor você deixar, pai -Disse Edward -Ela pode ter uma recaída... Ela nem bem começou o tratamento -Carlisle olhou pra Edward e pra mim, depois foi até a recepção começou a fala com a mulher que atendia.

–Obrigado, Ed -Disse limpando as lágrimas.

–Só acho que você tem o direito de saber quem é o seu pai -Disse meio triste -Mesmo parecendo uma louca -Disse sorrindo, ri.

–Parece que você fica meio triste quando fala sobre pais.

–É impressão sua -Disse ainda triste. Carlisle veio até a gente com o semblante feliz e preocupado.

–Sua mãe já saiu da UTI e está no quarto, e esta acordada -Sorri -Mas, é bom você ir bem devagar para não assusta-la -Assenti.

(...)

Estava na frente da porta do quarto da minha mãe, mas como eu vou fazer isso? Ela acha que eu sou a Emily, eu vou ter que contar tudo desdo começo. Respirei fundo e entrei no quarto.

Caraca! Como a minha estava linda... Quer dizer ela sempre foi linda, mas esses últimos anos ela mais parecia um morta-viva. Ela sorriu pra mim e sorri de volta, 'em pensar que... Esse sorriso vai desaparecer quando eu contar que sou não sou a Emily'.

–Mãe, eu....

–Me da um abraço -Pediu abrindo os braços, sorri a cori até ela.

Meu Deus, que saudade desse abraço! Comecei a chorar.

–Meu Deus, filha... Que saudade de você, Melanie -disse e eu me assustei, 'Melanie?'

–Melanie? -Disse com a voz fraca, olhei pra ela -Melanie? -Disse com um fio de voz.

–Filha me desculpa, me desculpa... -Repetiu -Eu te fiz sofrer tanto... Eu é minha ideia ficça com a Emily e esqueci de você, a minha outra filha que estava bem na minha frente sofrendo até mais que eu -Me deu um beijo na testa -Melanie, eu te amo.

Eu não sabia se sorri ou se chorava, era uma mistura de alegria, felicidade e várias outras coisas que eu sabia como me espressar.

–Er... Eu... -Tinha um nó na minha cabeça.

–Eu sei o quanto é dificil pra você isso -A olhei confusa -Eu sei que você nunca ouviu isso de mim ou do seu pai -Gemi ao ouvi 'seu pai' -O que foi, filha? -Perguntou confusa.

–Eu não sei por onde começar... Primeiro: Quem te contou que eu não a Emily?

–O seu pai -Gemi de novo, me doía a alma ouvir 'seu pai' -Ele nunca foi bom em dar noticias -Sorri sem humor.

–Hum... Segundo... -Respirei fundo -Quem é o meu pai?