Damian encarou a mulher em choque por um segundo. Essa era a mãe de Jody? Bem, se parecia bastante com ela e... Ele lembrou o que Jody tinha tão desesperadamente pedido.

-Desculpe. –Ele falou, com o tom de voz surpreendentemente neutro. –Não tem nenhuma Jody aqui. –Ele falou, colocando a mão na maçaneta para fechar a porta, mas ela colocou o pé, impedindo que ele a fechasse.

-Bom essa foi a informação que eu recebi. –Ela respondeu, com um tom determinado.

-Então você recebeu uma informação errada, senhora. –Ele falou, tranquilo. –Eu acho que eu saberia se alguém com esse nome morasse na mesma casa que eu. Agora com licença.

-Eu acho que não. Eu tenho certeza que o lugar era aqui.

-Olha, eu sei que a senhora deve estar louca pra ver a sua filha, mas não é aqui. Eu não conheço nenhuma Jody. Provavelmente, ela mora na cidade. –Ele apontou para a estrada. –Só seguir a rua aqui, você chega lá.

-Menino, eu só quero falar com a minha filha, e eu sei que ela está ai, então, por favor pare de palhaçada, e chame ela aqui. –Ela falou, a paciência se esgotando.

-Como você saberia se ela estivesse aqui? –Ele perguntou, a encarando.

-Eu estou tentando falar com a minha filha, e eu simplesmente sei. Chame ela agora por favor.

-Se a senhora continuar com isso, eu vou ser obrigado a chamar a policia. –Ele falou, continuando com o tom neutro. Ela recuou um passo, tirando o pé da porta. –Procure ela na cidade.

-Está bem. –Ela respondeu, se afastando da porta. Ele fechou a porta e se encostou na parede. Agora ele entendia o desespero da Joddy. Essa mulher parecia um pesadelo.  

Depois de um minuto, Damian se levantou, subindo as escada. Ele bateu na porta de Joddy de leve, e ela resmungou alguma coisa que ele esperava que fosse um entra.

Ela estava sentada na janela, com as pernas jogadas para fora. O vento forte que vinham do lado de fora e entrava pela janela aberta balançava os cabelos negros dela, e ela estava encarando o nada. Ele entrou, e fechou a porta, andando até ela, e se apoiando na janela. Ela não virou para encarar ele.

-Sua mãe parece um pesadelo. –Ele falou, e ela abriu um sorriso triste.

-Isso por que você não cresceu com ela até os seus seis anos de idade, antes dela te largar sozinha, depois que seu pai sumiu. –Ela falou, fungando. Ele passou os braços em volta da cintura dela, beijando de leve o topo de sua cabeça. –Ela não vai me deixar em paz Damian, ela vai me caçar, até ela conseguir o que ela quer, o que quer que isso seja.

A mão de Joddy estava tremendo. Ele simplesmente apertou o abraço mais forte. Os seus braços estavam frios, provavelmente por causa do frio que fazia do lado de fora e entrava pela janela.

-Sai da janela, sai. –Ele falou, ajudando ela a jogar as pernas para dentro do quarto.

-Eu não quero falar com ela, Damian. –Ela falou, escondendo o rosto no pescoço do Damian.

-Não fala então. Eu nunca vi alguém tão teimosa quanto você, ninguém consegue te obrigar a fazer nada. –Ela riu por um momento.

-Você não conhece a minha mãe.

-Na verdade, eu conheci sim, agora mesmo. E você não vê ela a anos. Você não precisa falar nada com ela. –Ele falou, trazendo ela para mais perto, deixando que ela se aninhasse em seus braços, e deixando que ela chorasse. Era o melhor que ele podia fazer agora.