Jody bateu a porta do seu quarto forte. Ela não ligava que ia quebrar, ela simplesmente estava com raiva. O que ele tinha de tão diferente pra deixar ela assim? Por que as suas palavras a incomodavam tanto?

Ela andou até a janela, sentindo o vento frio em seu rosto.  Alguns barulhos baixos do vento podiam ser ouvidos, mas fora isso, o silencio reinava. Jody levou ambas as mãos ao rosto, o esfregando forte.

-Jo? –Ela ouviu a voz de Lia chamar, seguida de uma batida de leve na porta. –Jody, amiga? Me deixa entrar?

-A porta tá aberta. –Ela murmurou, apoiando os cotovelos na beira da janela e observando o nada.

-O que acontecer Jody? Você quase quebrou a porta. –Lia estava parada na porta, olhando pra dentro do quarto para ver se Jody não tinha quebrado nada.

-Não aconteceu nada.

-Ah claro, nada. –Ela parou do lado da Jody na janela. –Não sei a graça que você vê em ficar olhando pro nada da Janela. É um saco.

-Por que tudo tem que ter graça pra vocês? Tudo tem que ter explicação. CÊS NÃO TEM IDEIA DE COMO ISSO IRRITA.

-Vocês? No plural? Já entendi tudo. –Lia se sentou na beira da cama.

-Não Lia, você não entendeu nada. Ninguém vai entender, por que as vezes não se tem o que entender.

-Tudo tem um motivo Jody.

-É ai que você se engana Lia. Agora com sua licença, eu quero dormir. Vai lá se esfregar no seu namorado vai.

-Ingrata. Eu to tentando te ajudar vagabunda. –Jody  empurrou Lia para fora do quarto

-Quem disse que eu preciso de ajuda?

-Essa sua atitude ai que tá dizendo.

-Boa noite Lia. –E Jody bateu a porta na cara da Lia.

-Boa noite Jody.