Angels Friends: Another Generation escrita por Caty Cullen


Capítulo 3
Um novo ano, um novo começo - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

acho que este foi o capítulo mais longo que fiz em toda a minha vida mas espero que gostem!



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Angel’s Friends: Another Generation

Capítulo 2 – Um novo ano, um novo começo – Parte 2

Sophie despediu-se da irmã e foi para a sua aula com Angélica e Joseph.

Sentou-se ao lado de Angélica numa mesa e atrás sentaram-se Claire e Joseph. O professor entrou e era um professor já idoso, com longos cabelos e longa barba branca.

“Muito bom dia meninos” disse o professor “Eu chamo-me Arkhan e vou ser o vosso professor ao longo destes três estágios” continuou “Bem hoje vou vos dizer quem são os vossos humanos e os demónios que irão enfrentar”

Pegou no livro de ponto onde tinha a lista de alunos “Bem vamos começar pela…Sophie” levantou a cabeça e Sophie levantou o braço.

“Estou aqui professor” Arkhan sorriu e olhou melhor para ela e lembrava-lhe uma pessoa muito familiar…ele nem podia acreditar que era a filha de Raf e Sulfus! “Minha querida, quem são os teus pais?” perguntou.

Hesitou em responder “Raf e Sulfus” Arkhan sorriu.

“Bem me parecia” disse sorrindo e no quadro apareceu de um rapaz loiro com olhos castanhos “Bem o teu humano é um rapaz chamado Samuel, é um rapaz muito estudioso, um dos melhores alunos do 10º ano. É também muito carinhoso e está sempre pronto a ajudar só que hesita algumas vezes…as únicas pessoas com quem ele anda nos intervalos é uma rapariga chamada Samantha mas toda a gente a trata por Sam e também com os gémeos Catherine e Alexander” disse “O teu rival demónio é a Cynthia” Sophie assentiu…embora estivesse preocupada que o seu humano fosse o melhor amigo da sua irmã…mas tinha a vantagem de que ela já o conhecia e podia usar isso para guardá-lo e protege-lo das tentações.

“A seguir Angélica” disse e no quadro a imagem de Samuel foi substituída pela de uma rapariga com cabelos castanhos e olhos cor de chocolate “Angélica o teu humano é uma rapariga chamada Catherine. É muito calma e estudiosa…é a melhor amiga de Sam e de Samuel…andam sempre juntos e nunca se separaram” disse “O teu rival demónio é a Anna” disse e a imagem de Catherine foi diminuída para outra de um rapaz de cabelos castanhos e olhos castanhos aparecer ao lado da de Catherine.

“Claire, o teu humano é um rapaz chamado Alexander e é irmão gémeo de Catherine. Também é amigo de Samuel e Sam tal como a irmã e nunca se separa deles. É também muito estudioso e gentil” disse “O teu rival demónio é a Mikaela”

As imagens de Catherine e Alexander foram substituídas por uma de um rapaz de cabelos pretos e olhos castanhos “Joseph, o teu humano é um rapaz chamado Daniele. É um rapaz um pouco solitário, mas isso começou depois de o irmão ter morrido. Agora quer afastar-se de tudo e de todos ficando sempre sozinho” disse “O teu demónio rival é o Adam”

“Bem agora podem sair e dou-vos o resto da tarde livre”

Todos saíram e foram ter com os seus humanos mas Sophie quis falar com o professor “Professor posso falar consigo?” perguntou gentilmente.

“Claro Sophie o que se passa?”

“É que o meu humano é o melhor amigo da minha irmã gémea a Sam”

“Bem me parecia que ela era parecida contigo…mas isso não tem problema…aliás é uma motivação para que o Samuel não faça coisas erradas”

“Mas eu também já o conheço…e se ele me reconhecer?”

“Não te preocupes com isso Sophie…não faz mal nenhum”

“Tem a certeza?”

“Tenho…agora vai ter com o teu humano e os teus amigos”

Sophie assentiu e saiu da sala.

******

Sam entrou na escola e estava a ver a lista de turmas e ela ficou feliz por estar na mesma turma que os seus amigos. De repente ouviu uma voz grave a chamá-la “Sam!” gritou a voz e ela virou-se para ver de onde vinha e vinha do seu amigo Samuel.

“Samuel!” exclamou e abraçou-o com força “Como correram as férias?” perguntou enquanto o soltava.

“Muitíssimo bem…mas para serem ainda melhores só faltava estares lá tu, a Cat e o Alex” Sophie sorriu e depois viu uma figura feminina e uma figura masculina a correrem para eles.

“Samuel! Sam!” gritou a rapariga.

“Cat!” gritou e Sam abraçou Cat “Tive tantas saudades tuas!”

“Se tu tiveste imagina-me a mim” disse ela e Sam sorriu.

“Sam esqueceste-te do Alex?” perguntou Samuel enquanto soltava Alex.

“Claro que não” disse abraçando Alex.

“Acho bem Sam” disse Alex e Sam riu.

“Bem e tenho boas notícias…ficamos outra vez na mesma turma…só que o problema é que a turma é um bocado ‘lesma’ por assim dizer”

“Não faz mal…deve ser por isso que nos puseram lá…para melhorarmos a turma” disse Cat e Sam, Samuel e Alex sorriram.

De repente viram um rapaz de cabelos pretos e olhos castanhos passar por eles “Olá Daniele” disse Sam acenando com a mão mas ele não olhou para ela.

“Aquele rapaz começa-me a preocupar…” disse Cat “Desde que o irmão está doente no hospital que ele agora parece um zombie”

“Sim” disseram Samuel e Alex.

“Vocês não estiveram cá durante as férias por isso eu vou contar-vos” disse e todos olharam para ela “O irmão dele não resistiu à doença e faleceu”

“Coitado…ainda por cima era irmão gémeo” disse Alex “Eu ficaria assim se a Cat morresse” disse ele abraçando a irmã.

“Eu também se perdesse a minha irmã gémea” disse Sam “Eu fui ao funeral com os meus pais e os meus irmãos e ele nem os pais estavam bem…a mãe estava sempre a chorar e a perguntar porque é que o filho a tinha deixado e o pai estava tão branco que parecia que ia desmaiar”

“É normal” disse Cat.

“Já agora…por falar na Sophie…onde é que ela anda?” perguntou Samuel.

Sam hesitou em responder “Não lhes posso dizer que a Sophie está a fazer um estágio para se tornar num Anjo da Guarda…tenho de inventar qualquer coisa” pensou “Ela…foi para um colégio privado”

“Ah” respondeu Samuel “E o Shade?”

“Também” respondeu sem hesitar.

Ouviram a campainha a tocar “Bem temos de ir para a aula” disse Cat.

Os quatro foram para a aula.

Passou uma hora e a aula acabou num instante. Todos foram para os jardins da escola e Sam viu Sophie, Angélica, Claire, Mikaela e Anna em cima da cabeça dos amigos e sorriu-lhes sem ninguém reparar. Depois viu uma demónio estranha que nunca tinha visto…não era nenhum familiar seu demónio…os únicos familiares que tinha demónios eram as suas tias Cabiria e Kabalé, o seu tio Gas, o pai que também foi um demónio mas que agora era humano, o seu irmão Shade e as suas primas Mikaela e Anna…

E além disso sentia que naquela demónio não se podia confiar…podia ser humana mas sabia muito bem reconhecer o perigo…ela também tinha um sétimo sentido que tinha herdado dos seus pais quando tinha nascido…embora esse tal ‘sétimo-sentido’ era exclusivamente para os seres eternos mas…como os pais foram eternos também, ela herdou isso deles.

******

Shade voou em direcção ao parque, para tentar encontrar a sua humana chamada Anne. Ele ainda não tinha tirado aquela anjo da sua cabeça…estivera a manhã toda a pensar nela “O que é que se passa comigo? Porque não consigo deixar de pensar nela? Será que estou a apaixonar-me? Será que eu vou acabar por seguir os passos do meu pai e apaixonar-me por ela? Não, não…isto é só a minha cabeça a inventar histórias…só pode ser isso” pensou ele.

Estava tão perdido nos pensamentos que nem reparou que estava a ir em direcção a uma pessoa…e acabou por bater nela “Ei vê lá por onde-” disse a pessoa e depois olharam para os rostos um do outro.

“É ela!” disse Shade para si.

“Tu outra vez? Não tens um humano para ir vigiar?” perguntou a anjo.

“Ter até tenho e a minha humana está ali” disse ele apontando para uma rapariga de cabelos loiros e olhos verdes.

“Espera…então se aquela é a tua humana…quer dizer que és o meu rival?” perguntou a rapariga.

“Parece que sim” disse Shade “E podes já estar a preparar as falas que vais dizer ao teu professor quando lhe disseste que perdeste os desafios comigo-” queria dizer o nome dela mas não sabia.

“Sarah” disse ela.

“Comigo Sarah” continuou ele num tom irónico.

“Isso é o que vamos ver…” disse “É que quem ri por último, ri melhor nunca ouviste dizer?”

Continuaram a vigiar a rapariga e chegaram ao final do dia e ambos não tinham feito nenhum desafio.

Passaram umas semanas e Shade neste momento estava a voar até ao portão da escola para ver se no meio dos alunos que ali estavam à espera do autocarro para ir para casa, estava a sua irmã à espera dos pais para a vir buscar…mas em vez de isso viu o portão sem pessoal e apenas viu as suas irmãs e os seus pais decerto à espera dele. Aproximou-se mais das quatro figuras “Ei Shade, vamos jantar em nossa casa?” perguntou Sophie.

“Depende…o que é o jantar cá na escola?” Sophie deu-lhe uma folha de papel com uma imagem do prato da noite.

Shade fez uma cara de esquisito e atirou o papel para trás de si e foi para o pé da mãe “Mãe…tive tantas saudades tuas e dos teus cozinhados será que não te importas de fazer jantar para mais dois pois não? É que afinal quando o jantar cá na escola não é grande coisa tu tens de nos alimentar…és nossa mãe e nós somos teus filhos” perguntou ele e Sulfus, Sam e Sophie não se conterão em não soltar um risinho…

“Dá graxa à mãe dá” disse Sam.

A mãe ergueu uma sobrancelha “Claro que não querido, claro que não me importo em alimentar o meu filho que se aproveita dos meus cozinhados quando o jantar na escola não presta” disse ela.

“Óptimo…eu só vou avisar a professora Temptel que não vou jantar cá na escola” disse saindo dali.

“E eu vou avisar o professor Arkhan”

Raf abanou a cabeça “Parece que aquele rapaz continua o mesmo de sempre” disse e Sulfus pôs um braço em volta da cintura dela.

“Não podes fazer nada…é meu filho depois é o que dá”

“Lembra-me de tomar nota para não ter mais filhos contigo que três já chegam” disse Raf e Sulfus olhou para ela como se estivesse a ter uma ideia e uma lâmpada acendesse na sua cabeça.

Raf arregalou os olhos “Não, não, não…não tenhas ideias menino” disse ela apontando o dedo para o nariz dele “A fábrica fechou há já 15 anos, por isso não é agora que ela vai reabrir…quisesses fazer isso dois anos depois das gémeas…mas como não quiseste azar” disse ela e Sulfus revirou os olhos enquanto a esposa entrava no carro.

Sulfus virou-se para Sam “Gostavas de ter um irmão pequenino?” perguntou Sulfus.

“Não pai não é preciso…já tenho uma irmã gémea e um irmão mais velho muito chato…não preciso de um irmão mais novo que poderá não deixar-me dormir durante a noite” disse Sam entrando também no carro.

“Bolas…as mulheres são mesmo desmancha-prazeres” disse e Raf e Sam abriram as janelas.

“Nós ouvimos isso!” exclamaram as duas ao mesmo tempo e Sulfus suspirou.

“Qual era o problema em ter mais um filho?”

“O problema é que a fábrica já fechou e anda que o Shade e a Sophie também já estão à tua espera” disse Raf enquanto sorria matreira para o marido.

Sulfus entrou no carro e assim que entrou virou o espelho e viu os seus dois filhos mais velhos “Shade e Sophie gostavam de ter mais um irmão?” perguntou Sulfus.

“Não obrigado, já tenho duas irmãs que são muito chatas” disse Shade e Sophie e Sam olharam para ele com cara de caso.

“Olha quem fala” disse Sam.

“E eu já tenho uma irmão gémea muito querida” sorriu para a irmã e abraçaram-se as duas “E um irmão mais velho muito, mas muito chato, por isso não preciso de mais nenhum” disse Sophie.

Sulfus suspirou e Raf sorriu triunfante “Mas Shade não querias ter mais um rapaz na família? É que não achas que a casa já é feminina demais?” perguntou Sulfus e sorriu matreiro para a esposa.

“Não pai, não preciso…estou bem assim como está” o sorriso de Sulfus desapareceu e Raf sorriu de novo triunfante.

“Como eles não querem e eu também não, não vamos ter mais nenhum” disse Raf.

Sulfus suspirou “Bolas, sois todos uns desmancha-prazeres”

“Saíram a mim ‘amorzinho’” Sulfus revirou os olhos e arrancou o carro em direcção a casa “Não tivesses pedido opinião”

“Para a próximo fico caladinho no meu sítio” pensou “Como é que consegues ter o apoio deles posso saber?” perguntou.

“Eles tiveram dentro de mim durante 9 meses…isso reforçou os laços de mãe e filhos” Sulfus suspirou perante a resposta da esposa.

Entraram em casa e Shade sentou-se logo no sofá e Sophie ao pé dele “Ah já tinha saudades” disseram em coro.

“Então aproveitem…” disse Sulfus surgindo no meio dos dois “É que daqui a umas horas eu vou roubar-vos o sofá” disse ele matreiro e os dois riram-se.

Raf foi para a cozinha preparar o jantar e Shade foi reaver o seu quarto. Sulfus estava sentado no sofá e depois Sam e Sophie vieram para o pé dele e puseram as suas cabeças sobre o peito do pai e ele pôs os seus braços em roda das cinturas delas. Beijou-lhes as cabeças “As minhas meninas agora querem voltar a ser pequeninas é?” perguntou Sulfus.

As duas assentiram “Parece que tenho de novo dois bebés” suspirou.

“Para quem queria ter mais um bebé…” disse Sam revirando os olhos.

“Concordo plenamente com a Sam” disse Sophie.

“Não faz mal…tenho saudades das minhas bebés” as duas sorriram “Mas infelizmente agora não vos posso chamar bebés porque já sois grandes demais para vos chamar bebés”

“Pai…nós vamos ser sempre as tuas bebés…vamos ser sempre mesmo se tivermos 20 e tal anos” disse Sophie.

“E além disso, ainda gostamos que nos chames bebés…papá” disse Sam.

Sulfus abraçou-as “Gosto tanto de vocês minhas lindas meninas”

“Nós também gostamos muito de ti papá” disseram as gémeas em coro.

Soltaram-se “Bem alguma de vocês já se apaixonou?” as duas coraram e tentaram esconder o rosto no peito do pai.

“Não” disseram duas completamente envergonhadas pela pergunta.

“Vá lá meninas…sou vosso pai…podem-me dizer à vontade”

“A Sam diz primeiro” disse Sophie.

“Mas tu foste a primeira a nascer”

“Nunca ouviste dizer que os últimos são sempre os primeiros?” perguntou Sophie com a sobrancelha erguida.

Sam suspirou “Tenho mesmo de dizer pai?” perguntou Sam.

“Tens” disse Sulfus e ela viu-se num beco sem saída.

“Gosto do meu melhor amigo…”

“Qual deles? O Alex ou o Samuel?” perguntou Sulfus.

“Samuel” Sophie arregalou os olhos.

“Oh bolas, ainda estás a tornar a minha tarefa mais difícil do que aquilo que ela já é” disse Sophie.

“Porquê?” perguntou Sophie.

“Porque o Samuel é o meu humano, ou seja, é o rapaz que estou encarregue de guardar”

“Olha pensa assim, até podem ter-te escolhido para anjo da guarda dele por causa de mim”

“Convencida” disse Sophie.

“Bem e tu Sophie?”

“E-Eu?” gaguejou ela.

“Sim tu maninha…diz lá” disse Sam.

“Gosto do filho da Miki…” respondeu.

“Do Joseph?” perguntou Sulfus e a filha assentiu “Acho que é bom rapaz, assim como o Samuel” as duas sorriram.

Abraçaram o pai “Adoramos-te papá!” disseram as duas.

Sulfus abraçou-as também “Eu também vos adoro”

Soltaram-se “Bem se não se importam eu vou para o meu quarto fazer as minhas últimas revisões para o teste de inglês de amanhã” disse e saiu.

“Quando foi a última vez que ela estudou inglês ou outra coisa qualquer?” perguntou Sophie.

“Ontem” disse Sulfus.

“E ela veio jantar logo que a chamaram ou…” disse a rapariga loira.

“Tivemos de esperar por ela uns bons 50 minutos” a miúda arregalou os olhos.

“5-50 minutos?” gaguejou ela.

O pai assentiu e ambos caminharam para a cozinha “Bem querida é melhor atrasares o jantar” disse Sulfus para a esposa e esta olhou para ele confusa.

“Porquê?” perguntou.

“Porque a Sam foi estudar para o teste, por isso é melhor atrasares, e assim não é como ontem que tivemos de esperar por ela 50 minutos”

“Acho que devias ter avisado mais cedo é que o jantar já está feito” disse Raf.

Raf foi para o fundo das escadas chamar a Sam e o Shade, mas apenas o rapaz desceu e Sam continuou lá cima.

Os quatro sentaram-se e estavam decididos a não comer sem Sam “Mãe já passaram 15 minutos e ela não vem” reclamou Sophie.

“Vamos esperar mais um bocadinho que ela pode vir”

10 minutos depois

“Muito bem eu vou chamá-la” disse Sulfus levantando-se do seu lugar.

Sulfus subiu as escadas e passado um bocadinho voltou e abanou a cabeça em sinal de negação.

A seguir foi Shade, que não obteve nada. Sophie também foi e nada. Raf subiu e entrou no quarto da filha e cheirou “Ai Sam nem sei como tu consegues aguentar este cheiro” disse ela pondo a mão no nariz, mas depois quando a filha virou a cara para ela, estava com uma mola da roupa no nariz.

“E não aguento”

“Ai hoje vais dormir ao pé de nós…é que nem pensem que vais dormir aqui com este cheiro” aproximou-se da filha que continuava a estudar sem parar por um segundo. Ajoelhou-se ao pé dela “Filha vá lá vem jantar, estamos todos à tua espera” disse mas a filha continuou “Depois de jantar estudas no escritório ao pé do pai para não estares aqui com este cheiro”

Sam suspirou derrotada e apercebeu-se que a mãe a ia continuar a insistir por isso decidiu satisfazer a vontade. Sam abraçou a mãe “Estás muito nervosa para o teste?” perguntou a mãe enquanto dava um beijo na cabeça da filha.

“Não mas é que…eu sempre tirei 100% nos testes e tenho medo de não compreender 100% esta matéria e depois baixar a nota…por isso é que eu estudo assim”

Raf tirou o rosto da filha do seu peito e fê-la olhar nos seus olhos “Mas também não podes andar a matar a tua cabeça desta maneira Sam…tu só tens uma, e para nós a tua cabeça é um dos três orgulhos para mim e para o teu pai”

Sam sorriu ao ouvir que ela era um dos orgulhos dos seus pais. Abraçaram-se de novo “As únicas coisas que eu e o teu pai queremos é que tu e os teus irmãos sejam felizes e não sofram como eu e o teu pai sofremos…queremos que vás para a faculdade e tenhas um bom emprego…só depois daí é que te casas, tens filhos e por aí adiante” Sam sorriu.

“Mãe, será que algum dia me poderás contar de novo a história de amor entre ti e o pai? É que eu gosto de a ouvir…e às vezes quando estou bloqueada num teste ou assim penso nela e lembro-me da resposta” Raf sorriu.

“Claro que sim…se quiseres hoje há noite eu conto-ta antes de ires dormir pode ser?” perguntou Raf carinhosamente.

A filha olhou para ela com um sorriso “Sim” respondeu…ela adorava ver o sorriso dos seus filhos, porque eram iguais aos sorrisos do marido que tanto amava.

“Tu e os teus irmãos herdaram o sorriso do vosso pai” disse “Principalmente tu”

“Eu?” perguntou confusa.

“Porque se calhar, como fisicamente não és parecida com ele, tiveste de herdar o sorriso dele”

“Mãe sabes eu orgulho-me muito de ter esta estrela que tenho por debaixo do olho” disse passando a mão por cima da sua estrela vermelha “Sabes porquê? Porque assim sinto que o meu pai está sempre comigo, quer esteja perto ou longe” Raf sorriu.

“Bem vamos para baixo” disse Raf e Sam pôs um braço em roda da cintura da mãe e a Raf fez o mesmo com a filha.

Ambas desceram e jantaram com a sua família.

Depois do jantar terminado, Shade e Sophie deram um beijo de despedida à mãe “O pai?” perguntou Shade.

“Está no escritório. Tem andado muito atarefado sabem?”

“Porquê?” perguntou Sophie.

“Porque o presidente da empresa dele está a pensar em reformar-se e dedicar-se a outra coisas, por isso quer que o vosso pai seja o presidente, mas para isso tem de provar que consegue gerir o dinheiro. Por isso ele anda muito atarefado a estudar métodos para gerir o dinheiro o melhor possível”

“Uau. Fico muito feliz pelo pai” disse Shade.

Shade e Sophie caminharam até ao escritório e bateram à porta “Sim?” perguntou a voz de dentro.

“Pai somos nós” disse Sophie.

“Podem entrar” disse.

Quando entraram estava tudo cheio de papéis por todo o lado “Aqui está um bocado desarrumado pai…acho que devias organizar melhor isto” disse Shade enquanto abraçava o pai.

“E estamos felizes por estares quase a ser promovido” disse Sophie abraçando e dando um beijo no rosto do pai.

“Sim, mas para isso tenho de me empenhar e tenho de entregar isto daqui a dois dias” disse Sulfus.

“Bem pai até sexta” disse Shade.

“Até sexta, filhos” sorriram os dois e quando iam a fechar a porta a voz do pai parou-os.

“Olhem será que podem chamar a Sam? É que ela disse que me ia ajudar aqui numas coisas…” os dois assentiram com um sorriso.

Sulfus deixou-se cair para trás…já não tinha a certeza se queria ser promovido…é que aquele cargo exigia que lhe tirasse o todo o tempo livre que tinha…e se o fizesse não iria poder estar com a sua família não lhes dedicar tempo. Fechou os olhos e imaginou como seria se ele não tivesse tempo para os seus filhos e para a sua esposa…iria perder tudo aquilo que mais amava na sua vida por causa de um cargo.

Continuou na mesma posição até que Sam entrou “Pai? Estás a dormir?” perguntou e ele abriu os olhos.

“Não estava só a pensar”

“Sobre o quê?” perguntou ela enquanto pousava os seus livros numa mesa e puxava uma cadeira para o pé do pai mas ele impediu-a.

“Sam, põe essa cadeira no sítio e senta-te no meu colo” ela sentiu-se um pouco nervosa.

“Mas não achas que eu já sou um pouco mais pesada para isso?” perguntou.

“Vá lá Sam” Sam assentiu e sentou-se no colo do pai e ainda assim não conseguia ultrapassar a sua altura “Bem eu estava a pensar como seria se eu aceitasse ser presidente da empresa”

“E era bom?” perguntou.

“Infelizmente cheguei à conclusão de que não…porque para se ser presidente tem de se ocupar todo o tempo que se tem e depois ao fim e ao cabo não iria sobrar tempo para me dedicar a ti, à Sophie, ao Shade e à tua mãe e depois tenho medo de vos perder” disse e a filha abraçou-o.

“Oh pai…tu nunca nos irás perder”

“Mas mesmo assim não vou aceitar…é verdade a oferta de dinheiro é irrecusável mas…talvez ainda não esteja preparado para isso…e nesta fase quero estar sempre ao vosso lado para tudo o vocês possam precisar ou vir a precisar” disse “Por isso mesmo é que eu vou recusar…quero estar com vocês e não passar os meus dias inteiros aqui fechado a tratar de assuntos da empresa, quando posso estar com a minha família”

“E além disso, tu, os teus irmãos e a tua mãe, para mim valem muito mais do que toneladas de euros. A seguir à tua mãe, os vossos nascimentos foram as melhores coisas que alguma vez me podiam ter acontecido”

“Pai não me faças chorar que eu já estou com as lágrimas no canto do olho” disse ela esfregando os olhos “A mãe hoje disse-me que eu e os meus irmãos herdamos o teu sorriso”

“Eu acho que tu herdaste o sorriso da tua mãe…és a cópia perfeita dela” disse ele enquanto acariciava o rosto da filha “Se não tivesses esta estrela eras a cópia 100% dela”

“Para mim a estrela não me incomoda” disse “Pelo contrário orgulho-me bastante de a ter…porque faz-me sentir que estás a meu lado nos bons e maus momentos” disse a filha já com as lágrimas quase a escorrer.

“Também tu vais estar sempre no meu coração nos bons e maus momentos” disse ele e as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto da filha. Sulfus limpou-lhe as lágrimas e faziam-lhe lembrar as lágrimas cristalinas da esposa que por muitas vezes tinham escorrido pelo seu rosto “Parece que também tens as lágrimas cristalinas como a tua mãe” Sam sorriu e os dois abraçaram-se.

Raf desde o início daquela cena tinha estado ali a observar pela porta. Lágrimas de felicidade escorriam o seu rosto quando viu aquele abraço carinhoso que pai e filha tinham trocado…

Sam depois de estudar um pouco ao lado do seu pai decidiu ir dormir e tinha-se lembrado que a mãe lhe contaria a história de amor entre os seus pais…apesar de já ter ouvido essa história vezes sem conta, ela gostava de ouvi-la.

Como ia dormir no quarto dos pais decidiram pôr lá um colchão insuflável para que assim fosse mais confortável do que dormir no chão. O quarto era grande e espaçoso…cabiam perfeitamente duas camas de casal ali! A mãe quis que enquanto lhe contasse a história, Sam estivesse deitada na cama que os pais partilhavam desde que se tinham casado.

Depois quando Raf contou de acabar a história ficaram a conversar e a meio da conversa Sam adormeceu nos braços da mãe e Raf não passado muito tempo adormeceu também…

TBC… 


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Notas finais do capítulo

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